Questões de Concurso Para prefeitura de poá - sp

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Q516401 Português
       “Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infeliz­mente meu clamor não estava vinculado à admiração pela glo­riosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
      Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessá­rio em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
      Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensi­naram­me a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a perso­nagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
      De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exi­bindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
      No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que consi­dera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
      A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaram­se enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
      A porta­voz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lem­brou - ­me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violen­tamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
      Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentou­se, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
      “Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
      Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali pare­cem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.

                                                                                                            (Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)



Considerando a atitude de Angélica Liddell com relação aos manifestantes, a autora sugere que a atriz se revelou
Alternativas
Q516400 Português
       “Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infeliz­mente meu clamor não estava vinculado à admiração pela glo­riosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
      Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessá­rio em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
      Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensi­naram­me a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a perso­nagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
      De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exi­bindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
      No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que consi­dera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
      A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaram­se enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
      A porta­voz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lem­brou - ­me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violen­tamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
      Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentou­se, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
      “Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
      Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali pare­cem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.

                                                                                                            (Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)



Para a autora, a presença do cavalo no palco causou
Alternativas
Q516399 Português
       “Cacilda!", exclamei ao entrar na plateia do teatro Cacilda Becker para assistir ao espetáculo “Eu Não Sou Bonita", com direção e atuação da espanhola Angélica Liddell. Não, infeliz­mente meu clamor não estava vinculado à admiração pela glo­riosa atriz que batiza a casa. Fato está que dei de cara com um cavalo branco que, de tão grande, mais parecia um alce. O pobre animal estava entocado num canto do palco atrás de um monte de feno, cena assaz perturbadora.
      Enquanto a protagonista não chegava ao palco para nos brindar com sua crítica à brutalidade da sociedade patriarcal, eu viajei perdida em conjecturas. “E esse animal é mesmo necessá­rio em cena?", pensei. Lembrei de “Equus", de Peter Shaffer, em 1975. Minha mãe me levou para assistir na Broadway, estrelado por Anthony Perkins. Que show! A maneira como resolveram a presença de cavalos em cena foi eficiente e sintética: máscaras, tamancões, bailarinos e pronto.
      Uma imponente Angélica Liddell entrou em cena jorrand o versos em choro. “Cansei de ser mulher, de ter vergonha! Ensi­naram­me a detestar meu corpo…" A atriz é performática, bem anos 1980. Vai abrindo uma cerveja e outra e afogando as mágoas do tamanho do equino. Você começa a entender que a perso­nagem sofreu alguma barbaridade na infância. Só quem não se comove é o cavalo, que não para de mastigar alfafa e parece se incomodar a cada vez que ela quebra um objeto ou grita.
      De repente, um punhado de ativistas está sobre o palco exi­bindo cartazes. “Tirem o animal!"; “Animal não é propriedade!"; “Sejamos artistas, não algozes!".
      No mínimo, é interessante ver a interferência de jovens e xpressando os direitos de quem não tem voz ativa, não? Só que o público não viu graça. Devo ter tido a má sorte de cair com uma plateia intolerante. Vai ver, sobrei com a turma que consi­dera “arte" uma coisa que deve ser levada muito, muito a sério.
      A garotada pediu para dizer umas palavras e avisou que iria embora logo. Porém, homens adultos, mulheres refinadas, supostos apreciadores de cultura levantaram­se enfurecidos e, amparados na unanimidade de respeitadores da ordem, partiram para um bullying violento contra os manifestantes.
      A porta­voz tentou falar, mas foi abafada pela gritaria. Lem­brou - ­me da cena deprimente que presenciei no ano passado, ao mediar um debate da blogueira cubana Yoani Sánchez, violen­tamente impedida de falar. Intransigência no lugar de diálogo.
      Finalmente, depois de serem xingadas, humilhadas e tratadas por loucas, as moças puderam falar. Uma das manifestantes desceu do palco e sentou­se, tremendo, na cadeira ao meu lado. “Como a senhora se chama?", perguntou. Respondi. Ela havia me visto filmando.
      “Sou estudante de veterinária, posso lhe garantir que o cavalo não deveria estar ali, a senhora entende, sabe o que é um ser senciente?"
      Sei sim, é um ser capaz de sentimentos como dor e agonia e emoções próximas ao pensamento. Mais do que muitos ali pare­cem dominar. Inclusive a protagonista. Sim, porque, para quem deseja denunciar injustiça e preconceito, o ato de jogar seus irmãos de armas aos leões mostrou a medida de sua sinceridade.

                                                                                                            (Barbara Gancia, Folha de S.Paulo, 15.03.2014. Adaptado)



Uma frase coerente com as informações do texto é:
Alternativas
Q1360440 Direito Administrativo
Lei que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, estabelece que, para a habilitação nas licitações, exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, além da proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos, documentação relativa a:
Alternativas
Q1360427 Contabilidade Pública
Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa não descontados, que se espera que sejam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade.
De acordo com os Princípios de Contabilidade, o texto remete
Alternativas
Q1013601 Legislação Federal
Assinale a alternativa que traz corretamente o entendimento de uma súmula do STF ou do STJ sobre direitos difusos e coletivos.
Alternativas
Q1013571 Direito Administrativo
As contratações públicas seguem, em regra, o princípio do dever de licitar. Porém, a própria Constituição prevê a possibilidade de a lei estabelecer exceções às regras gerais, admitindo contratação direta com
Alternativas
Q1013570 Direito Administrativo
Entre os atos administrativos praticados durante o processo licitatório, encontra-se a homologação. Com relação a ela, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1013567 Direito Administrativo
Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão. Assim, é correto concluir que
Alternativas
Q623341 Segurança e Saúde no Trabalho
O engenheiro de segurança do trabalho é profissional qualificado para ministrar o curso de formação de membros de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e, para atender a legislação vigente, deverá contemplar no conteúdo programático do curso, entre outros assuntos,
Alternativas
Q623323 Segurança e Saúde no Trabalho
Em conformidade com a Norma Regulamentadora 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos,
Alternativas
Q575806 Legislação de Trânsito
Assinale a alternativa que contempla uma infração de natureza gravíssima.
Alternativas
Q575802 Legislação de Trânsito
Quando uma rodovia não está sinalizada com placa de velocidade máxima permitida, um caminhão não pode ultrapassar a velocidade de
Alternativas
Q516473 Direito do Trabalho
Com relação à duração de trabalho, marque a alternativa correta.
Alternativas
Q516470 Direito Eleitoral
É correto afirmar que:
Alternativas
Q516468 Direito Eleitoral
Com relação aos Direitos Políticos, é correto dizer que
Alternativas
Q516450 Direito Processual Civil - CPC 1973
Assinale a alternativa correta a respeito da ação civil pública.
Alternativas
Q516448 Direito Processual Civil - CPC 1973
No tocante ao recurso especial, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
Alternativas
Q516447 Direito Processual Civil - CPC 1973
Assinale a alternativa correta a respeito da ação de usucapião de terras particulares.
Alternativas
Q516445 Direito Processual Civil - CPC 1973
São causas de suspensão do processo:
Alternativas
Respostas
501: D
502: E
503: C
504: B
505: C
506: C
507: E
508: A
509: D
510: B
511: E
512: A
513: E
514: C
515: D
516: A
517: D
518: E
519: B
520: C