Questões de Concurso Para detran-pa

indignidade, experimentado como a vergonha de ser robotizado, de não ser mais que um apêndice da máquina, de não ter mais imaginação ou inteligência.

desafio, no qual o trabalhador se sente pressionado a desenvolver novas habilidades e atitudes no desempenho de suas funções.

desqualificação, cujo sentido repercute não só para si como para o ambiente de trabalho.

inutilidade, percebido pela falta de qualificação e de finalidade de trabalho, já que muitas vezes o indivíduo não conhece a própria significação de seu trabalho em relação ao conjunto da atividade da organização.

O tema da subjetividade coletiva situa-se no limite entre diferentes domínios da pesquisa: psicologia e biologia, psicologia cognitiva e psicologia social, entre estas e a clínica, mas também entre as ciências e a filosofia. Nesse plano que chamamos de transdisciplinar, coloca-se o problema da produção da subjetividade.

Para pensar o tema da subjetividade coletiva deve-se evitar partir da dicotomia indivíduo/sociedade, sujeito/grupo, parte/todo que separa o aquém e o além do indivíduo, pois a dimensão coletiva deve ser entendida como sendo ao mesmo tempo aquém e além do sujeito e da sociedade.

O plano coletivo confunde-se com a sociedade e com as regras simbólicas da cultura, constituindo-se no somatório das formas do indivíduo e das formas da sociedade.

A subjetividade contemporânea relaciona-se com as tecnologias, com a cidade, com a arte, com o mundo do trabalho, com a política, com o corpo, com a violência, com as novas formas de conhecimento e as novas exigências e perspectivas da clínica que acolhe o subjetivo.

A psicologia social contemporânea expressa a perspectiva da psicologia social hegemônica, que aponta para uma concepção de ser humano como produto histórico-social e, ao mesmo tempo, como construtor da sociedade e capaz de transformar essa sociedade por ele construída.

Na psicologia social contemporânea, a concepção de ser humano recoloca a relação indivíduo e sociedade, rompendo com a perspectiva dualista e dicotômica e, em vez de considerar indivíduo e contexto social influenciando-se mutuamente, propõe a construção de um espaço de intersecção em que um implica o outro e vice-versa.

A herança dos homens, no campo da psicologia social, foi dolorosamente tendenciosa e reducionista. O que se tinha era uma espécie de réplica acrítica de uma psicologia social que se desenvolveu principalmente nos Estados Unidos, fundamentada em dois pressupostos teóricos básicos: o pressuposto positivista — segundo o qual só vale o experimental, e o mental é considerado apenas enquanto se pode ser sujeito de experimentação — e o pressuposto individualista, onde o social é reduzido ao individual.

A partir da década de 80 do século XX, novos horizontes começaram a se vislumbrar e novas perspectivas começaram a ser introduzidas na psicologia social, algumas a partir da própria América Latina. Sem abandonar as conquistas anteriores, quer-se então devolver à psicologia social seu caráter realmente social, além de sua dimensão histórico-crítica e política na constituição das pessoas e das sociedades humanas.

O fator biológico pode representar um risco no desenvolvimento do sujeito humano, no qual se leva em conta, por exemplo, a prematuridade, a presença de doenças físicas severas e o temperamento do bebê.

A capacidade de formação de vínculo cuidador (pais), bebê ou adolescente, assim como a presença de psicopatologia dos pais, são os fatores de risco mais relevantes da função parental

Em relação às características sociais e familiares, encontram-se como fatores de risco, influenciando o desenvolvimento, a qualidade da interação do casal, a maternidade na adolescência e a violência familiar.

A formação de sintomas na infância ou na adolescência ao longo do desenvolvimento é sempre considerada fator de risco, pois indica sofrimento e estagnação no desenvolvimento.

Em alguns tratamentos institucionais da toxicomania, como, por exemplo, as tentativas de seitas religiosas, a ação é direcionada para promover a inserção do adolescente usuário de drogas em um grupo ideologicamente coeso, fazendo a inclusão do adolescente em uma hierarquia, o que é efetivo para retirar definitivamente o toxicômano de sua marginalização em relação à sociedade.

A toxicomania pode estar ligada ao fato de que o sujeito vai buscar, no grupo de sua geração, o grupo dos “irmãos”, ou seja, o estatuto social que a sociedade não lhe outorga. Dessa forma ele abre mão definitivamente de sua individualidade, de sua originalidade, optando por ausentar-se do grupo familiar hierarquizado.

As primeiras experiências com droga, em particular com maconha, são, na maior parte do tempo, vividas como a possibilidade de inserção em um grupo: estão em jogo efeitos de moda, de segurança coletiva mútua, de integração de tipo iniciático. Por outro lado, nos casos de toxicomania crônica, especialmente com heroína, a experiência é, cada vez mais, essencialmente solitária, uma regressão em direção a um investimento narcísico e a um desinvestimento nas relações pessoais.

A adolescência é a idade das experiências, no sentido forte: tentar, experimentalmente, reconstruir um mundo cuja lógica está posta em causa. Nesse sentido, essas experiências precisam ser realizadas, mesmo que impliquem alguns perigos, sob pena de impossibilitarem seu acesso à identidade adulta.