Questões de Concurso
Para seplag-df
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Os sistemas escolares são burocracias, organizações baseadas na autoridade legal. A educação pode servir de marca de identificação de um grupo de status, assim como critério de seleção que não está necessariamente ligado à competência. A educação é um recurso utilizado pelos grupos sociais em sua competição pela riqueza, prestígio e poder. Essas são ideias de
É correto afirmar que, em uma perspectiva marxista,
Texto VIII, para responder às questões 38 e 39.
No que se refere às escolas públicas, a cultura institucional reproduz o atendimento das repartições públicas, com o distanciamento da população desde a presença no espaço físico até a tomada de decisões acerca das questões administrativas, financeiras e pedagógicas. A organização dos movimentos populares do século XX impulsionou a mudança dos marcos legislativos, para garantir o direito à participação efetiva da comunidade nos espaços de decisão das políticas públicas; no entanto, a apropriação desses espaços ainda carece da participação ativa das comunidades. Pelo aprendizado político no cotidiano das instituições escolares, percebe-se que a escola tem resistido a transformar suas práticas autoritárias de séculos de história de exclusão em um espaço democrático de garantia de direitos.
Se entendermos a escola pública, exclusivamente, como aparelho ideológico do Estado, o seu papel seria reforçar o modelo neoliberal, colocando para o sujeito a responsabilidade pelo seu sucesso ou fracasso escolar. Para nós, que entendemos a escola pública como uma instituição partícipe do sistema capitalista, mas potencialmente carregada de elementos de transformação, haja vista a diversidade de ideias, pessoas, crenças, ideologias e projetos políticos que compõe a 'massa' dos intelectuais das escolas, há vários tipos de resistências no interior da escola, como, por exemplo, a resistência à hegemonia neoliberal.
Isis S. Longo. O desafio das escolas públicas e dos Conselhos Tutelares na defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente. In: II Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2., 2008, São Paulo. Proceedings online... Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Internet: . Acesso em 7/8/2010.
A partir da organização dos movimentos populares do século XX que impulsionaram a mudança dos marcos legislativos para garantir o direito à participação efetiva da comunidade nos espaços de decisão escolar, foram criados os conselhos escolares. Com relação aos conselhos escolares, julgue os itens a seguir.
I Têm como única função fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola.
II Têm como única função discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores.
III São constituídos por representantes de pais, estudantes e, opcionalmente, membros da comunidade local.
IV São constituídos por representantes de pais, estudantes, professores, demais funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola.
Assinale a alternativa correta.
Texto VIII, para responder às questões 38 e 39.
No que se refere às escolas públicas, a cultura institucional reproduz o atendimento das repartições públicas, com o distanciamento da população desde a presença no espaço físico até a tomada de decisões acerca das questões administrativas, financeiras e pedagógicas. A organização dos movimentos populares do século XX impulsionou a mudança dos marcos legislativos, para garantir o direito à participação efetiva da comunidade nos espaços de decisão das políticas públicas; no entanto, a apropriação desses espaços ainda carece da participação ativa das comunidades. Pelo aprendizado político no cotidiano das instituições escolares, percebe-se que a escola tem resistido a transformar suas práticas autoritárias de séculos de história de exclusão em um espaço democrático de garantia de direitos.
Se entendermos a escola pública, exclusivamente, como aparelho ideológico do Estado, o seu papel seria reforçar o modelo neoliberal, colocando para o sujeito a responsabilidade pelo seu sucesso ou fracasso escolar. Para nós, que entendemos a escola pública como uma instituição partícipe do sistema capitalista, mas potencialmente carregada de elementos de transformação, haja vista a diversidade de ideias, pessoas, crenças, ideologias e projetos políticos que compõe a 'massa' dos intelectuais das escolas, há vários tipos de resistências no interior da escola, como, por exemplo, a resistência à hegemonia neoliberal.
Isis S. Longo. O desafio das escolas públicas e dos Conselhos Tutelares na defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente. In: II Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2., 2008, São Paulo. Proceedings online... Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Internet: . Acesso em 7/8/2010.
No segundo parágrafo do texto VIII, Isis Longo menciona a escola pública como um aparelho ideológico do Estado. Essa ideia tem como origem
Com relação ao processo de ensino-aprendizagem de sociologia, assinale a alternativa correta.
Para atingir o objetivo de que o estudante, ao final do ensino médio, tenha o domínio dos conhecimentos de sociologia necessários ao exercício da cidadania, o professor deverá organizar os conteúdos de suas aulas de forma que, segundo uma perspectiva atual e crítica dos processos de ensino e aprendizagem e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
Texto VII, para responder às questões 34 e 35.
Agora se pode ver que cada sociedade tem meios privilegiados de expressão — veículos que, em certos momentos, englobam a tudo e a todos. Isso não significa que outros problemas sejam esquecidos, mas apenas que a atenção coletiva se desloca. Seriam os franceses alienados porque gostam de literatura? Estaríamos alienados porque nos voltaremos, vidrados, para as eleições, em breve?
Concordo que o futebol nos apaixona e nos enlouquece. Mas há lógica nessa loucura. Principalmente porque o futebol inverte um dos princípios básicos da nossa conhecida mentalidade colonial. Se essa lógica afirma que tudo o que vem de fora é bom, mas não é para nós; se ela garante que seremos sempre o país da bagunça e da incompetência, lugar da roubalheira e do apadrinhamento, o espaço onde o trabalho e o talento não contam, o reino da inferioridade moral e racional, o futebol inverte e subverte tudo isso. Primeiro, porque veio "lá de fora", de um dos centros do nosso mundo colonial, a velha Inglaterra, que foi a primeira nação moderna a nos explorar. Mas, em vez de o futebol continuar sendo uma instituição inatingível, que nos envergonha, como o funcionalismo público, o sistema partidário, a moeda, a universidade, a literatura e tudo o mais em que, no entendimento de nossas elites, somos inferiores, fracos ou infantis — e que também foram “importados” —, ele nos revelou fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões.”
R. Damatta. Torre de Babel. Rio de Janeiro, 1996, p.144 (com adaptações).
Com relação às informações do texto VII, é correto afirmar que,
Texto VII, para responder às questões 34 e 35.
Agora se pode ver que cada sociedade tem meios privilegiados de expressão — veículos que, em certos momentos, englobam a tudo e a todos. Isso não significa que outros problemas sejam esquecidos, mas apenas que a atenção coletiva se desloca. Seriam os franceses alienados porque gostam de literatura? Estaríamos alienados porque nos voltaremos, vidrados, para as eleições, em breve?
Concordo que o futebol nos apaixona e nos enlouquece. Mas há lógica nessa loucura. Principalmente porque o futebol inverte um dos princípios básicos da nossa conhecida mentalidade colonial. Se essa lógica afirma que tudo o que vem de fora é bom, mas não é para nós; se ela garante que seremos sempre o país da bagunça e da incompetência, lugar da roubalheira e do apadrinhamento, o espaço onde o trabalho e o talento não contam, o reino da inferioridade moral e racional, o futebol inverte e subverte tudo isso. Primeiro, porque veio "lá de fora", de um dos centros do nosso mundo colonial, a velha Inglaterra, que foi a primeira nação moderna a nos explorar. Mas, em vez de o futebol continuar sendo uma instituição inatingível, que nos envergonha, como o funcionalismo público, o sistema partidário, a moeda, a universidade, a literatura e tudo o mais em que, no entendimento de nossas elites, somos inferiores, fracos ou infantis — e que também foram “importados” —, ele nos revelou fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões.”
R. Damatta. Torre de Babel. Rio de Janeiro, 1996, p.144 (com adaptações).
A respeito da cultura e da identidade brasileiras, julgue os itens a seguir.
I O fato de o Brasil ter sido colonizado por Portugal deixou marcas profundas na mentalidade e na cultura nacionais, que inviabilizam uma assimilação das normas e valores das instituições sociais, em vista de uma excelência, como ocorre em países como a Inglaterra, os Estados Unidos e outros.
II O fato de o Brasil ter sido colonizado por Portugal não deixou marcas na mentalidade e na cultura nacionais.
III O autor questiona uma visão elitista e preconceituosa das elites, que inferioriza a cultura brasileira.
IV O futebol revelou os brasileiros fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões, porque veio de uma outra cultura diferente da brasileira, que é disciplinada e organizada.
A quantidade de itens certos é igual a
Assinale a alternativa que descreve o objeto próprio da sociologia, segundo Emile Durkheim.
Segundo o paradigma sociológico do consenso, a escola é um lugar no qual a sociedade transmite valores e prepara seus membros para a vida adulta. Conforme a sociologia durkheimiana, o papel da escola na educação moral é o de desenvolver nos alunos regularidade e autodomínio. Assim, é correto afirmar que o paradigma sociológico do consenso
Texto V, para responder às questões 30 e 31.
Internet: <www.dimensao.com.br>.
Acesso em 19/3/2010.
Texto VI, para responder às questões 30 e 31.
Entrevista com Roberto Damatta
TRÂNSITO: "O que sabemos de como dirigimos? Nada. Não quero psicologizar ou criminalizar o trânsito. Todo mundo faz isso. Quero propor a sua politização. Quero ver o que significa dirigir automóveis como um jogo de forças num sistema hierárquico. Quero ver a nossa imprudência e violência como um sintoma e uma reação [...] O que significa dirigir um automóvel numa sociedade que se diz igualitária, mas que no fundo odeia a igualdade? O que significa o espaço público numa sociedade igualitária na forma, mas profundamente aristocrática e hierárquica nos procedimentos que vão do furar a fila a arrumar emprego para amigos e parentes quando se comanda o serviço público? Significa evidentemente você ter consciência do outro como igual e não como um atrapalhador. Dá uma reportagem ver como as pessoas usam telefone público. Elas ficam 40 minutos, não estão preocupadas que seja um telefone de todos."
Internet: <www.dizventura2.blogger.com.br>. Acesso em 4/6/2010.
Considerando os textos V e VI, assinale a alternativa correta.
Texto V, para responder às questões 30 e 31.
Internet: <www.dimensao.com.br>.
Acesso em 19/3/2010.
Texto VI, para responder às questões 30 e 31.
Entrevista com Roberto Damatta
TRÂNSITO: "O que sabemos de como dirigimos? Nada. Não quero psicologizar ou criminalizar o trânsito. Todo mundo faz isso. Quero propor a sua politização. Quero ver o que significa dirigir automóveis como um jogo de forças num sistema hierárquico. Quero ver a nossa imprudência e violência como um sintoma e uma reação [...] O que significa dirigir um automóvel numa sociedade que se diz igualitária, mas que no fundo odeia a igualdade? O que significa o espaço público numa sociedade igualitária na forma, mas profundamente aristocrática e hierárquica nos procedimentos que vão do furar a fila a arrumar emprego para amigos e parentes quando se comanda o serviço público? Significa evidentemente você ter consciência do outro como igual e não como um atrapalhador. Dá uma reportagem ver como as pessoas usam telefone público. Elas ficam 40 minutos, não estão preocupadas que seja um telefone de todos."
Internet: <www.dizventura2.blogger.com.br>. Acesso em 4/6/2010.
Assinale a alternativa correta, com base nos textos V e VI.
Para a elaboração de um plano de aula, o professor de sociologia, segundo os PCN, deve ter como critério para seleção de conteúdo
A sociologia era a ciência que contribuiria para levar a sociedade capitalista à perfeição. Essa é uma ideia de
“O capitalismo é o sistema econômico mais compatível com a liberdade do ser humano. Não conheço sociedade com liberdade política sem mercado livre. Com o capitalismo, o consumidor é protegido pela presença de outros vendedores com quem pode negociar. O vendedor é protegido por outros consumidores a quem pode vender. O empregado é protegido devido aos outros empregadores com quem pode trabalhar”, explica Milton Friedman, americano, Prêmio Nobel de Economia em 1986, em seu livro Capitalismo e liberdade.
“O capitalismo é uma religião fanática, intolerante e dogmática com três divindades: a Moeda, o Mercado e o Capital. É um culto com suas igrejas (as bolsas de valores), seus Santos Ofícios (FMI, OMC etc.) e a exigir terríveis sacrifícios humanos, ao transformar tudo em mercadoria”, analisa Michael Lowy, brasileiro, cientista social, diretor do Instituto de Ciências Políticas de Paris.
Superinteressante. São Paulo: Abril, n.º 222, jan./2006, p. 43 (com adaptações).
Acerca do tema abordado no texto acima, assinale a alternativa correta.
O estado da sociedade em que desaparecem os padrões normativos de conduta e de crença, e o indivíduo, em conflito íntimo, encontra dificuldade para conformar-se às contraditórias exigências das normas sociais, corresponde ao conceito sociológico de
Texte IX, pour répondre aux questions de 44 à 50.
Une langue vivante de référence, la langue française
1 Toute communauté possède un bien précieux, sa
langue, premier lien entre tous ses membres et porteuse,
en elle, de tout ce qui en fait l'esprit. Mais dès lors que cette
4 communauté ne vit plus seule, qu'elle s'associe à d'autres
dans un ensemble où chacune a son propre mode
d'expression — Babel en fit l'expérience en son temps —,
7 l'incommunicabilité s'instaure, les incompréhensions
s'installent, les conflits s'insinuent.
L'union durable des peuples ne se fait pas sur des
10 intérêts matériels; ceux-ci sont trop aléatoires et deviennent
souvent contradictoires. L'ensemble se disloque, car il n'a
pas, comme en maçonnerie, un liant qui maintient la cohésion
13 des éléments.
La francophonie illustre le propos. La langue
française en est le liant. Mais pour ses pays membres, la
16 volonté de se rassembler autour d'une langue témoigne de
I'intérêt qu'ils lui portent comme fondement essentiel de leur
rapprochement.
19 En outre, si des pays non francophones viennent s'y
joindre, faut-il prosaïquement n'y voir qu'une simple envie de
se rallier à quelque chose d‘existant? Il est quand même
22 difficile de croire que l'attrait financier soit à l'origine de leur
démarche, les subsides de la francophonie ne devant pas
être particulièrement abondants! Certes, un peu, c'est mieux
25 que rien, mais encore! Peut-être cherchent-ils autre chose,
comme une sorte de référence culturelle et morale que, pour
eux, notre langue symboliserait?
28 Car il est indéniable que, dans un monde qui donne
l'impression d'être tiraillé de toute part, se rapprocher de
quelque chose qui affiche une certaine stabilité et qui serve
31 de point d'ancrage est vraisemblablement une ambition à
laquelle plusieurs pays doivent aspirer. La langue française,
de par son passé et ce qu'elle a acquis au cours du temps, ne
34 pourrait-elle être un de ces pôles de ralliement?
Mais encore faut-il qu'elle soit vivante, qu'elle sache
suivre le monde dans son évolution! La langue française est
37 vivante, où du moins la considère-t-on comme telle. Et si elle
l'est, c'est qu'elle s'adapte à son temps. Mais pour qu'il en soit
ainsi, encore faut-il que ce qui en fait l'essence soit
40 parfaitement préservé. Ce qui l'identifie notamment c'est son
vocabulaire, sa grammaire, sa rhétorique et sa poétique, à
savoir, les mots qui la composent, les règles qui s'appliquent
43 à leur emploi, la manière dont on en fait usage, en particulier
pour exprimer la beauté.
Or toute cette gradation de ce qui fait notre langue
46 est soumise aux exigences du temps qui passe, d'une pensée
et de mœurs qui changent. Et dans cette évolution
permanente, il importe qu'elle ne perde jamais son identité et
49 ce qui en fait sa richesse. La faire vivre et connaître passe
par l'enseignement du français.
Prenons par exemple, en grammaire, les
52conjugaisons dont la langue française regorge en modes et
temps parmi lesquels certains sont tombés en désuétude.
Faut-il les maintenir? Comment faudrait-il les enseigner pour
55 qu'ils soient à nouveau en usage? Le passé simple, par
exemple, est parfaitement connu des enfants qui l'entendent
régulièrement dans les contes et les histoires qu'on leur lit et
58 en comprennent sans difficulté la signification. Et, pourtant, il
s'est exclu de la vie courante, orale et écrite, des adultes.
Serait-ce un temps dont l'usage demande la fraîcheur
61 enfantine? Comment en améliorer l'apprentissage et la
pratique?
Enfin, considérons les pluriels des adjectifs en -al.
64 À moins que des raisons étymologiques en expliquent les
particularités, doit-on les maintenir? Faut-il les abolir? Il est
vrai qu'à l'oreille, des objectifs finaux, par exemple, ne
67 sonnent pas très futé, surtout si on les considère finals!
Et c'est parce que notre langue saura respecter ce
qu'elle a d'essentiel au cours de son évolution qu'elle vaincra
70 le temps et l'espace pour se rendre utile et même
indispensable à ceux qui l'aiment et la choisissent.
Michel Borel. Internet: (adapté). Acesso em 5/7/2010.
Par rapport à l’usage des formes verbales dans le texte et en général dans la langue française, marquez l’option correcte.
Texte IX, pour répondre aux questions de 44 à 50.
Une langue vivante de référence, la langue française
1 Toute communauté possède un bien précieux, sa
langue, premier lien entre tous ses membres et porteuse,
en elle, de tout ce qui en fait l'esprit. Mais dès lors que cette
4 communauté ne vit plus seule, qu'elle s'associe à d'autres
dans un ensemble où chacune a son propre mode
d'expression — Babel en fit l'expérience en son temps —,
7 l'incommunicabilité s'instaure, les incompréhensions
s'installent, les conflits s'insinuent.
L'union durable des peuples ne se fait pas sur des
10 intérêts matériels; ceux-ci sont trop aléatoires et deviennent
souvent contradictoires. L'ensemble se disloque, car il n'a
pas, comme en maçonnerie, un liant qui maintient la cohésion
13 des éléments.
La francophonie illustre le propos. La langue
française en est le liant. Mais pour ses pays membres, la
16 volonté de se rassembler autour d'une langue témoigne de
I'intérêt qu'ils lui portent comme fondement essentiel de leur
rapprochement.
19 En outre, si des pays non francophones viennent s'y
joindre, faut-il prosaïquement n'y voir qu'une simple envie de
se rallier à quelque chose d‘existant? Il est quand même
22 difficile de croire que l'attrait financier soit à l'origine de leur
démarche, les subsides de la francophonie ne devant pas
être particulièrement abondants! Certes, un peu, c'est mieux
25 que rien, mais encore! Peut-être cherchent-ils autre chose,
comme une sorte de référence culturelle et morale que, pour
eux, notre langue symboliserait?
28 Car il est indéniable que, dans un monde qui donne
l'impression d'être tiraillé de toute part, se rapprocher de
quelque chose qui affiche une certaine stabilité et qui serve
31 de point d'ancrage est vraisemblablement une ambition à
laquelle plusieurs pays doivent aspirer. La langue française,
de par son passé et ce qu'elle a acquis au cours du temps, ne
34 pourrait-elle être un de ces pôles de ralliement?
Mais encore faut-il qu'elle soit vivante, qu'elle sache
suivre le monde dans son évolution! La langue française est
37 vivante, où du moins la considère-t-on comme telle. Et si elle
l'est, c'est qu'elle s'adapte à son temps. Mais pour qu'il en soit
ainsi, encore faut-il que ce qui en fait l'essence soit
40 parfaitement préservé. Ce qui l'identifie notamment c'est son
vocabulaire, sa grammaire, sa rhétorique et sa poétique, à
savoir, les mots qui la composent, les règles qui s'appliquent
43 à leur emploi, la manière dont on en fait usage, en particulier
pour exprimer la beauté.
Or toute cette gradation de ce qui fait notre langue
46 est soumise aux exigences du temps qui passe, d'une pensée
et de mœurs qui changent. Et dans cette évolution
permanente, il importe qu'elle ne perde jamais son identité et
49 ce qui en fait sa richesse. La faire vivre et connaître passe
par l'enseignement du français.
Prenons par exemple, en grammaire, les
52conjugaisons dont la langue française regorge en modes et
temps parmi lesquels certains sont tombés en désuétude.
Faut-il les maintenir? Comment faudrait-il les enseigner pour
55 qu'ils soient à nouveau en usage? Le passé simple, par
exemple, est parfaitement connu des enfants qui l'entendent
régulièrement dans les contes et les histoires qu'on leur lit et
58 en comprennent sans difficulté la signification. Et, pourtant, il
s'est exclu de la vie courante, orale et écrite, des adultes.
Serait-ce un temps dont l'usage demande la fraîcheur
61 enfantine? Comment en améliorer l'apprentissage et la
pratique?
Enfin, considérons les pluriels des adjectifs en -al.
64 À moins que des raisons étymologiques en expliquent les
particularités, doit-on les maintenir? Faut-il les abolir? Il est
vrai qu'à l'oreille, des objectifs finaux, par exemple, ne
67 sonnent pas très futé, surtout si on les considère finals!
Et c'est parce que notre langue saura respecter ce
qu'elle a d'essentiel au cours de son évolution qu'elle vaincra
70 le temps et l'espace pour se rendre utile et même
indispensable à ceux qui l'aiment et la choisissent.
Michel Borel. Internet: (adapté). Acesso em 5/7/2010.
D’après le texte,
Texte IX, pour répondre aux questions de 44 à 50.
Une langue vivante de référence, la langue française
1 Toute communauté possède un bien précieux, sa
langue, premier lien entre tous ses membres et porteuse,
en elle, de tout ce qui en fait l'esprit. Mais dès lors que cette
4 communauté ne vit plus seule, qu'elle s'associe à d'autres
dans un ensemble où chacune a son propre mode
d'expression — Babel en fit l'expérience en son temps —,
7 l'incommunicabilité s'instaure, les incompréhensions
s'installent, les conflits s'insinuent.
L'union durable des peuples ne se fait pas sur des
10 intérêts matériels; ceux-ci sont trop aléatoires et deviennent
souvent contradictoires. L'ensemble se disloque, car il n'a
pas, comme en maçonnerie, un liant qui maintient la cohésion
13 des éléments.
La francophonie illustre le propos. La langue
française en est le liant. Mais pour ses pays membres, la
16 volonté de se rassembler autour d'une langue témoigne de
I'intérêt qu'ils lui portent comme fondement essentiel de leur
rapprochement.
19 En outre, si des pays non francophones viennent s'y
joindre, faut-il prosaïquement n'y voir qu'une simple envie de
se rallier à quelque chose d‘existant? Il est quand même
22 difficile de croire que l'attrait financier soit à l'origine de leur
démarche, les subsides de la francophonie ne devant pas
être particulièrement abondants! Certes, un peu, c'est mieux
25 que rien, mais encore! Peut-être cherchent-ils autre chose,
comme une sorte de référence culturelle et morale que, pour
eux, notre langue symboliserait?
28 Car il est indéniable que, dans un monde qui donne
l'impression d'être tiraillé de toute part, se rapprocher de
quelque chose qui affiche une certaine stabilité et qui serve
31 de point d'ancrage est vraisemblablement une ambition à
laquelle plusieurs pays doivent aspirer. La langue française,
de par son passé et ce qu'elle a acquis au cours du temps, ne
34 pourrait-elle être un de ces pôles de ralliement?
Mais encore faut-il qu'elle soit vivante, qu'elle sache
suivre le monde dans son évolution! La langue française est
37 vivante, où du moins la considère-t-on comme telle. Et si elle
l'est, c'est qu'elle s'adapte à son temps. Mais pour qu'il en soit
ainsi, encore faut-il que ce qui en fait l'essence soit
40 parfaitement préservé. Ce qui l'identifie notamment c'est son
vocabulaire, sa grammaire, sa rhétorique et sa poétique, à
savoir, les mots qui la composent, les règles qui s'appliquent
43 à leur emploi, la manière dont on en fait usage, en particulier
pour exprimer la beauté.
Or toute cette gradation de ce qui fait notre langue
46 est soumise aux exigences du temps qui passe, d'une pensée
et de mœurs qui changent. Et dans cette évolution
permanente, il importe qu'elle ne perde jamais son identité et
49 ce qui en fait sa richesse. La faire vivre et connaître passe
par l'enseignement du français.
Prenons par exemple, en grammaire, les
52conjugaisons dont la langue française regorge en modes et
temps parmi lesquels certains sont tombés en désuétude.
Faut-il les maintenir? Comment faudrait-il les enseigner pour
55 qu'ils soient à nouveau en usage? Le passé simple, par
exemple, est parfaitement connu des enfants qui l'entendent
régulièrement dans les contes et les histoires qu'on leur lit et
58 en comprennent sans difficulté la signification. Et, pourtant, il
s'est exclu de la vie courante, orale et écrite, des adultes.
Serait-ce un temps dont l'usage demande la fraîcheur
61 enfantine? Comment en améliorer l'apprentissage et la
pratique?
Enfin, considérons les pluriels des adjectifs en -al.
64 À moins que des raisons étymologiques en expliquent les
particularités, doit-on les maintenir? Faut-il les abolir? Il est
vrai qu'à l'oreille, des objectifs finaux, par exemple, ne
67 sonnent pas très futé, surtout si on les considère finals!
Et c'est parce que notre langue saura respecter ce
qu'elle a d'essentiel au cours de son évolution qu'elle vaincra
70 le temps et l'espace pour se rendre utile et même
indispensable à ceux qui l'aiment et la choisissent.
Michel Borel. Internet: (adapté). Acesso em 5/7/2010.
Par rapport aux relations entre les langues et les nations, marquez l’option correcte. Selon le texte,
Texte VIII, Pour répondre aux questions de 40 à 43.
L’enfoncement du Boucan, 1892
1 Du plus loin que je me souvienne, j’ai entendu
la mer. Mêlé au vent dans les aiguilles des filaos, au vent qui
ne cesse pas, même lorsqu’on s’éloigne des rivages et qu’on
4 avance à travers les champs de canne, c’est ce bruit qui a
bercé mon enfance. Je l’entends maintenant, au plus profond
de moi, je l’emporte partout où je vais, le bruit lent, inlassable,
7 des vagues qui se brisent au loin sur la barrière de corail, et
qui viennent mourir sur le sable de la Rivière Noire.
Pas un jour sans que j’aille à la mer, pas une nuit sans que je
10 m’éveille, le dos mouillé de sueur, assis sur mon lit de camp,
écartant la moustiquaire et cherchant à percevoir la marée,
inquiet, plein d’un désir que je ne comprends pas.
13 Je pense à elle comme à une personne humaine, et
dans l’obscurité, tous mes sens sont en éveil pour mieux
l’entendre arriver, pour mieux la recevoir. Les vagues géantes
16 bondissent par-dessus les récifs, s’écroulent dans le lagon, et
le bruit fait vibrer la terre et l’air comme une chaudière. Je
l’entends, elle bouge, elle respire.
19 Quand la lune est pleine, je me glisse hors du lit
sans faire de bruit, prenant garde à ne pas faire craquer le
plancher vermoulu. Pourtant, je sais que Laure ne dort pas, je
22 sais qu’elle a les yeux ouverts dans le noir et qu’elle retient
son souffle. J’escalade le rebord de la fenêtre et je pousse les
volets de bois, je suis dehors, dans la nuit.
J. M. G. Le Clézio. Le chercheur d’or. Paris: Gallimard, 1985, p. 11-2.
En considérant le texte présenté ci-dessus, marquez l’option correcte.