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José Murilo de Carvalho, em sua obra “Cidadania no Brasil: o longo caminho”, salienta que, no auge do entusiasmo cívico, considerou-se a Constituição de 1988 como sendo a "Constituição Cidadã". O autor destaca ainda que para se pensar uma cidadania plena é necessária, em uma democracia, a garantia dos direitos civis, políticos e sociais.
Nesta perspectiva, em que consistem os direitos civis?
“No aluir das paredes, no ruir das pedras, no esfarelar do barro, havia um longo gemido. Era o gemido lamentoso do Passado, do Atraso, do Opróbrio. A cidade colonial, imunda, retrógrada, emperrada nas suas velhas tradições, estava soluçando no soluçar daqueles apodrecidos materiais que desabavam. Mas o hino claro das picaretas abafava esse protesto impotente. Com que alegria cantavam elas — as picaretas regeneradoras! E como as almas dos que ali estavam compreendiam bem o que elas diziam, no seu clamor incessante e rítmico, celebrando a vitória da higiene, do bom gosto e da arte!”
BILAC, Olavo. Crônica. Revista Kosmos, Rio de Janeiro, mar.1904.
“De uma hora pra outra, a antiga cidade desapareceu e outra surgiu como se fosse obtida por uma mutação de teatro. Havia mesmo na cousa muito de cenografia.”
BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Os Bruzundangas. São Paulo: Brasiliense, 1956.
Observadores de sua época e partícipes do novo jornalismo que se levantava com toda a força no início do século XX, os cronistas Olavo Bilac e Lima Barreto comentavam a nova era de metamorfoseamento material e imaterial pela qual passava o Rio de Janeiro com posições diametralmente opostas. Quanto as perspectivas adotadas por estes autores, é correto afirmar que
“Para além de uma rejeição ou negação dos valores de civilização e progresso que se tentava materializar na cidade do Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina, na sua dimensão popular, trazia em seu bojo a defesa e a afirmação de uma outra lógica de interpretação do mundo.”
AQUINO e MITTELMAN, Tania. A revolta da vacina. Vacinando contra a varíola e contra o povo. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2003.
Entre as crenças que geraram desconfiança e aversão à obrigatoriedade da vacinação imposta pelas autoridades cariocas e que resultaram na Revolta da Vacina, encontramos as tradições culturais das populações negras descendentes dos grupos bantus e iorubás, para quem
As principais tribos que dominavam o litoral brasileiro durante o século XVI faziam parte de um grupo indígena muito amplo conhecido como tupi, nome da língua que eles falavam. Mas os tupis não eram uma nação indígena homogênea. Eles tinham grandes rivalidades internas que acabaram sendo exploradas pelos europeus que tentavam colonizar a região.
Qual destes povos tupis foi considerado grande inimigo dos portugueses após o episódio da morte do primeiro bispo do Brasil, Dom Pero Fernandes Sardinha, em 1556, que, depois de sobreviver ao naufrágio de sua embarcação, foi capturado, morto e devorado pelos índios, segundo o relato do historiador Frei Vicente do Salvador?
“Até o século 18, as civilizações mais avançadas do mundo, em todos os sentidos, eram a Chinesa e Indiana. A própria insistência em buscar novas rotas para o Oriente desde o século 16 (o ‘Caminho das Índias’, entre outros), nos revela de modo cabal que eram os europeus que iam comprar seus artigos de luxo na Ásia. A exploração das Américas estava intimamente ligada ao fornecimento de ouro e prata, utilizados na aquisição dessas mercadorias (seda, porcelana, especiarias, etc.).”
BUENO, André. Por que precisamos de China e Índia? In: BUENO, André; DURÃO, Gustavo. Novos olhares para os antigos: visões da antiguidade no mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Edição Sobre Ontens, 2018. p. 239-240.
Embora para as metrópoles europeias a busca por metais preciosos estivesse no centro de suas atenções expansionistas, quanto à colonização da América do Norte, qual dos seguintes fatores esteve especificamente relacionado a ela?
“A América, de fato, foi inventada sob a espécie física de “continente” e sob a espécie histórica de “novo mundo”. Surgiu, pois, como um ente físico dado, já feito e inalterável, e como um ente moral dotado da possibilidade de realizar-se na ordem do ser histórico. Estamos na presença de uma estrutura ontológica que, como a humana, pressupõe um suporte corporal de uma realidade espiritual.”
O’GORMAN, Edmundo. A Invenção da América. SP: UNESP, 1992. p. 199.
Em relação às consequências que a “descoberta” da América acarretou para a mentalidade europeia a partir do século XV, é correto afirmar que esta
“Aquele grande processo histórico-religioso do desencantamento do mundo que teve início com as profecias do judaísmo antigo e, em conjunto com o pensamento científico helênico, repudiava como superstição e sacrilégio todos os meios mágicos de busca de salvação, encontrou aqui sua conclusão.”
WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
A qual dos seguintes aspectos característicos da Idade Moderna europeia Max Weber se refere ao tratar desse processo de “desencantamento do mundo”?
O Islamismo originou-se nas redondezas da cidade de Meca, na atual Arábia Saudita, por volta do ano 600 d.C., com as revelações de Alá ao profeta Maomé. Nos séculos VII e VIII, o Islamismo cresceu e se espalhou por toda a Península Arábica. Maomé e seus seguidores haviam conseguido, com a nova religião, dar início à unificação das tribos árabes. Com isso, o Islamismo, expandiu-se em todas as direções. Em poucas décadas, ocupou uma extensão de terra somente comparável ao Império romano em seu auge.
Quanto às consequências que a expansão e o domínio do Império Árabe-Muçulmano acarretaram para a Europa, é correto afirmar que
“Antes do século XV, de acordo com o geógrafo grego Ptolomeu, o mundo consistia em Mediterrâneo oriental, parte da Europa meridional e segmentos do litoral da África do norte, ao sul do qual jazia um abismo sem fim, um inferno que ninguém ousava penetrar. Esse limitado conceito descritivo do mundo e de seu inferno adjacente, semelhante aquele exposto na Bíblia, viria a se tornar a imagem convencional da África. Entretanto, seria impossível negar que existiam diversas civilizações que o mundo pretensamente consciente, isto é, a Europa ocidental, ignorava absolutamente.”
HAMENOO, Michael. A África na ordem mundial. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (org.). A matriz africana no mundo. São Paulo: Selo Negro, 2008. p. 109-110
Assim, entre os antigos povos, impérios ou civilizações africanas que os europeus desconheciam completamente até o século XV, encontra-se
Temido e odiado por muitos, este é um dos deuses mais curiosos da antiga mitologia egípcia. Inicialmente era tido como um deus violento, mas heroico, pois era guardião da barca solar, enfrentando a serpente Apófis todas as noites para garantir que o deus Sol renascesse a cada alvorada. Mais tarde recebeu como herança de seu bisavô os desertos e oásis que cercavam o Egito. Contudo, por inveja de seu irmão, que detinha a parte fértil do Egito, o matou, perdendo assim a imagem de bravura e passando a de assassino cruel. Era casado com sua irmã Néftis e não teve nenhum filho com ela.
A qual dos seguintes deuses egípcios do Mito de Heliópolis a descrição acima corresponde?
“Cidadania, participação política, democracia: estas noções fundamentais, de grande atualidade, formaram-se no período das cidades-Estados da Antiguidade clássica. Naquele mundo das cidades gregas independentes e da República romana, todos estariam de acordo com a ideia de Aristóteles quanto a ser o homem um animal cuja finalidade consiste em viver, como cidadão, uma vida associativa numa cidade-Estado e com a crença de que no Estado imperam as leis, não os homens.”
CARDOSO, Ciro Flamarion S. A cidade-Estado antiga. São Paulo: Ática, 1985.
Dentre as características comuns às cidades-Estados clássicas no mundo antigo, identificamos: