Questões de Concurso
Para igp-sc
Foram encontradas 572 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Um cadáver dá entrada no Instituto Médico Legal/IGP/SC sem que tenha havido um reconhecimento e/ou está desacompanhado de um documento de identidade. Em relação a esse indivíduo não identificado, seria o papel do Papiloscopista:
I. Realizar, se necessário, movimentos para diminuir a rigidez cadavérica dos dedos, flexões nos braços e antebraços para relaxamento das mãos e posteriormente efetuar a necropsia do cadáver.
II. Efetuar, quando possível, a coleta das impressões datiloscópicas pelo método do entintamento.
III. Utilizar outros métodos de coleta de impressões digitais, dependendo do estado de conservação do corpo. Ex: cadáver em adiantado estado de putrefação pode ser utilizado o processo de destacamento das “luvas epidérmicas”.
IV. Confrontar as impressões digitais coletadas do cadáver com aquelas apresentadas como padrão datiloscópico para confirmação da identidade e, se necessário, incluí-las no Sistema Automatizado de Impressão digital (AFIS).
A sequência correta é:
O croata-argentino naturalizado Juan Vucetich criou o sistema de classificação de impressões digitais conhecido como Sistema Datiloscópico, que foi adotado oficialmente no Brasil no início do século passado De acordo com os estudos de Vucetich, é correto afirmar que:
I. O sistema de Vucetich tinha como trunfo a possibilidade de arquivamento de um grande número de individuais datiloscópicas (fichas com impressões digitais dos 10 dedos), organizado de acordo com as fórmulas oriundas da classificação e subclassificação das impressões digitais de um indivíduo.
II. Os tipos fundamentais da classificação do Sistema Datiloscópico de Vucetich são: 1-Arco, 2-Presilha, 3- Turbilhão e 4-Verticilo.
III. A partir da determinação dos sistemas de linhas limitados pelas linhas diretrizes, a classificação de uma impressão digital (datilograma) no sistema de Vucetich leva em consideração: a existência ou ausência da figura conhecida como “delta”, sua localização e a trajetória das linhas no campo digital.
IV. Pontos característicos são caracteres individualizadores, também conhecidos como minúcias ou particularidades morfológicas, que encontramos em uma impressão digital. A “bifurcação” e a “ponta de linha” são alguns exemplos de pontos característicos. O conjunto desses pontos característicos NÃO é levado em consideração em uma comparação entre duas impressões digitais.
A sequência correta é:
Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:
I. QUIROSCOPIA
II. DESENHO DIGITAL
III. PODOSCOPIA
IV. SULCOS INTERPAPILARES
( ) Figura formada pelas cristas papilares da falangeta, ou seja, é o desenho observado diretamente no dedo.
( ) Intervalos ou depressões que separam as cristas papilares.
( ) Processo de identificação por meio das impressões plantares.
( ) Processo de identificação por meio das impressões papilares compreendidas entre a dobra do pulso e a dobra da primeira falange.
A sequência correta é:
No estudo da pele encontram-se os elementos necessários para elaboração do método papiloscópico de identificação humana. É correto afirmar:
I. Os poros são aberturas dos canais sudoríparos, que iniciam na derme e terminam na superfície externa da pele, a epiderme.
II. Na pele encontramos dois tipos de glândulas: as sudoríparas, que excretam o suor com a finalidade de regulação térmica e as sebáceas, que segregam substância gordurosa com a finalidade de dar proteção, elasticidade e maciez.
III. A pele é formada por três camadas sobrepostas distintas: epiderme, derme e hipoderme.
IV. A pele é uma vastíssima membrana, resistente e flexível, que reveste externamente o corpo, com espessura variável e que funciona como uma capa. É o maior órgão do corpo humano.
V. As papilas dérmicas, localizadas na epiderme, são responsáveis pelos desenhos em relevo, observáveis a olho nu, que originam as impressões papilares.
A sequência correta é:
Em relação aos Princípios Fundamentais da Papiloscopia:
I. PERENIDADE – os desenhos papilares se manifestam definidos desde a vida intrauterina até a completa decomposição cadavérica. Se mantêm por toda a vida do indivíduo, podendo servir como elemento individualizador após a morte.
II. IMUTABILIDADE - os desenhos papilares não se alteram durante toda a existência do indivíduo, salvo por ação externa como queimaduras, cortes ou doenças de pele.
III. VARIABILIDADE - propriedade que os desenhos papilares têm de não se repetirem, sendo diferentes de região para região papilar e de pessoa para pessoa.
A sequência correta é:
I. Além dos assinalamentos antropométrico (onze medidas), descritivo e dos sinais particulares, também incluíam fotografias do identificado, de frente e de perfil.
II. Contribuíram para o abandono do uso do método: o aumento do número de fichas de identificação arquivadas - que gerou problemas na classificação; sua aplicação somente em indivíduos adultos; as medidas tomadas tinham forte componente pessoal, passíveis de erros, e dois indivíduos poderiam apresentar valores antropométricos idênticos, dentro dos limites de precisão do sistema.
III. Baseava-se em três princípios: 1-fixidez do esqueleto humano adulto; 2-variação das dimensões do esqueleto humano entre um indivíduo e outro; 3- facilidade e precisão na tomada de medidas ósseas.
IV. Apesar do sistema ter sido adotado na França, e posteriormente por outros países da Europa e do mundo, nunca foi utilizado no Brasil.
V. Bertillon passou a adicionar as impressões digitais do identificado nas fichas sinaléticas. Porém, representavam um mero elemento de identificação a mais, pois o sistema era baseado na antropometria.
A sequência correta é:
De acordo com a legislação vigente que versa sobre Carteiras de Identidade:
I. A Carteira de Identidade fará prova de todos os dados nela incluídos, dispensando a apresentação dos documentos que lhe deram origem ou que nela tenham sido mencionados.
II. A Carteira de Identidade será expedida com base no processo de identificação datiloscópica.
III. Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.
IV. São emitidas pelos órgãos de Identificação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, tem fé pública e validade em todo o território nacional pelo prazo de 10 anos.
A sequência correta é:
I. O indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si.
II. Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
III. A identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade policial competente.
IV. O documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
V. O estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
A sequência correta é:
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016.
Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam,
B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa.
O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no
discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode”
ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Universidade Estadual de Campinas
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016.
Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam,
B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa.
O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no
discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode”
ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Universidade Estadual de Campinas
I. A palavra “simulacro”, destacada no texto, foi empregada para potencializar o sentido de disputa.
II. A ideia expressa pelo título é retomada, no texto, por: “A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende”.
III. A presença de todos os parênteses que ocorrem no texto indica que se quer assegurar o entendimento de seu conteúdo, por isso são introduzidas explicações, através do uso desse recurso.
IV. A palavra “empírico” modifica o sentido do termo “tratamento”, atribuindo-lhe a conotação de “baseado na experiência”, ou seja, “na prática”.
Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.