Questões de Concurso
Para psiquiatria
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O vício à ingestão do álcool etílico, fisiologicamente e funcionalmente, está ligado diretamente ao
M., de 22 anos, chega ao consultório com relatos de alteração de comportamento há cerca de dez dias, mais ansioso que o habitual. A família relata que M. apresenta um padrão estável e persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas de sua cultura, apresentando tal padrão desde a adolescência. Demonstra déficits sociais e interpessoais com grande desconforto nos relacionamentos, ideias de referência, tem fortes crenças em telepatia, desconfiança, afeto limitado, ausência de amigos, aparência excêntrica, ansiedade social excessiva. Nos últimos dias, contudo, tornou-se mais “ansioso” que o habitual, se queixando de sensações ruins no corpo, como formigamento, aperto no peito, taquicardia, sem ligação alguma com nenhum fator estressor. Os sintomas são frequentes, diários, e já duram mais de cinco dias.
O diagnóstico compatível com o quadro descrito é de Transtorno
Paciente A., 15 anos, iniciou tratamento em unidade de saúde mental, com queixas de muita “ansiedade” na escola. A mãe relata que ele sempre teve muita dificuldade de fazer amizade, tanto na escola, quanto com familiares. É sempre muito literal nas suas colocações e parece ser muito inocente para a idade. A mãe refere que A. demorou muito para começar a falar (dois anos de idade) e que parecia sempre desligado das pessoas. Gostava sempre de coisas que ninguém gostava, como colecionar tampinhas de garrafa, ou estudar tudo sobre dinossauros. Sempre tinha dificuldade com barulhos altos, que o deixavam irritado. Só gostava de comer arroz com feijão. Quando as coisas saíam da rotina, ficava mais ansioso e irritado. Sempre teve bom desempenho acadêmico, mas há cerca de 3 anos, após mudar para outra escola, A. começou a se queixar de aperto no peito, angústia, parestesia em membros e desrealização. Refere que isso acontecia toda vez que tinha que falar na frente dos colegas e que já não conseguia nem lanchar com eles. Em casa, começou a se isolar mais, evitando sair para lojas ou shoppings. O psiquiatra então iniciou o uso de 25 mg/dia de Paroxetina. Cerca de dez dias depois do início da medicação, a mãe reparou que A. estava mais alegre, falante, “radiante”, cheio de planos e relatava que queria se candidatar a representante da sala. Cheio de energia, não dormia direito à noite. Quinze dias após o início da Paroxetina, a família retornou ao psiquiatra, que suspendeu a medicação. Dois dias depois, A. voltou a se queixar dos mesmos sintomas de antes, retornando ao comportamento evitativo.
Baseado na história clínica, a suspeita diagnóstica para o caso é de transtorno
Paciente de 53 anos de idade, sexo masculino, dá entrada no pronto-socorro geral com quadro de agitação psicomotora intensa, labilidade emocional, comportamento desorganizado, com discurso incoerente. Havia sido encontrado na rua, perambulando a esmo, com nítida ataxia de marcha. Não apresentava sinais de embriaguez. Dizia que era poderoso e que as pessoas queriam matá-lo, mas não sabia por quê. Ao exame físico, apresenta-se gravemente emagrecido, com desidratação evidente, além de hipertermia. Ao exame psíquico, além da intensa agitação, apresentava desorientação tempo-espacial, intenção, com pensamento confusional.
A conduta adequada para esse caso, em ambiente hospitalar, é
Mulher, G.N, 18 anos, solteira, é presa, acusada de infanticídio. Nos autos do processo, constam que G.N deu a luz a um bebê, em uma sexta-feira, às 19 horas. Voltou para a casa dos pais no dia seguinte, abatida, em mutismo importante, evitando pegar a criança para amamentar. Dois dias depois, abandonou a criança em casa e saiu andando a esmo pela rua, em desalinho, com corte e sangramento nos pulsos, ainda em mutismo. A família a reconduziu para casa e a obrigou a cuidar da criança. No quinto dia após o parto, a família encontrou G.N no quarto cantarolando canções de ninar, com palavras sem nexo, com o bebê nos braços, sem respirar, em cianose. O laudo do IML apontou asfixia mecânica como causa da morte do bebê. Na entrevista com a polícia, G.N permaneceu calada, com olhar longínquo e, nas poucas vezes que falava, parecia desconexa e dizia que não aguentava mais “os barulhos” e os “choros” de bebê na sua cabeça: “– Estão ouvindo? O bebê chorar? Alguém segura ele... Não aguento mais”. Ainda na prisão, começou a se machucar, batendo a cabeça na parede, dizendo que os “choros do bebê a mandavam se matar”. Foi encaminhada para uma clínica psiquiátrica. O pai da criança, que havia sido o primeiro namorado de G.N e com quem ela havia perdido a virgindade, negou a paternidade desde o início da gravidez e se afastou. Na curva vital, G.N nunca havia apresentado alterações de comportamento ou indícios de transtorno de personalidade. Sempre muito recatada e religiosa, com pais opressivos, escondeu a gravidez dos pais até o dia do parto. O juiz, na fase processual do inquérito, solicitou perícia psiquiátrica para o caso.
O psiquiatra perito concluiu que se trata de caso de