Questões de Concurso Nível médio

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Q3078974 Português
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:

Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou

     Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite, lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
     O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora, revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se misturassem aos meus.
     Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito, danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição precisa.
    Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo, absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
     Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma. A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
     Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo tempo, ri porque consegue.

Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
Qual é a principal crítica que a autora faz à vida moderna no trecho "Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos"?
Alternativas
Q3078973 Português
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:

Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou

     Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite, lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
     O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora, revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se misturassem aos meus.
     Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito, danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição precisa.
    Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo, absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
     Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma. A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
     Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo tempo, ri porque consegue.

Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
O que a autora entende por "um sul em mim que adoece e um norte em mim que se expande"? 
Alternativas
Q3078972 Português
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:

Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou

     Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite, lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
     O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora, revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se misturassem aos meus.
     Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito, danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição precisa.
    Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo, absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
     Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma. A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
     Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo tempo, ri porque consegue.

Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No texto, o que a autora sugere sobre a relação das pessoas com a tecnologia?
Alternativas
Q3078971 Português
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:

Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou

     Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite, lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
     O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora, revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se misturassem aos meus.
     Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito, danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição precisa.
    Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo, absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
     Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma. A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
     Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo tempo, ri porque consegue.

Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No texto, a autora menciona que "Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou". Qual é a estratégia que ela utiliza para alcançar esse objetivo?
Alternativas
Q3078970 Pedagogia
Sobre o desenvolvimento na infância e na Educação Infantil, é INCORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q3078969 Pedagogia
Marque a alternativa CORRETA. Ao Monitor infantil, compete:  
Alternativas
Q3078968 Gestão de Pessoas
É CORRETO afirmar quanto ao desenvolvimento das Relações interpessoais no trabalho: 
Alternativas
Q3078967 Pedagogia
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao “educar” na infância:  
Alternativas
Q3078966 Pedagogia
Quanto ao processo de alimentação das crianças nas instituições escolares, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q3078965 Pedagogia
Sobre as vestimentas do profissional Monitor de Creche, é CORRETO afirmar:  
Alternativas
Q3078964 Pedagogia
Marque a alternativa CORRETA que define a principal Lei que integra o sistema de Proteção Integral à Criança e defesa de seus direitos:
Alternativas
Q3078963 Pedagogia
Sobre o desenvolvimento infantil, é CORRETO afirmar que:  
Alternativas
Q3078962 Pedagogia
A Lei nº 9394/96, é intitulada CORRETAMENTE como:  
Alternativas
Q3078961 Pedagogia
Quanto à higiene e manutenção dos espaços e brinquedos nas instituições escolares da Educação Infantil, podemos afirmar como alternativa CORRETA:
Alternativas
Q3078960 Pedagogia
Quanto ao processo de aprendizagem das crianças que frequentam espaços de Educação Infantil, é INCORRETO ao Monitor afirmar que:
Alternativas
Q3078959 Pedagogia
No processo de adaptação da criança à instituição escolar, é CORRETO afirmar:  
Alternativas
Q3078958 Pedagogia
Sobre a participação das famílias na instituição escolar, é CORRETO afirmar:  
Alternativas
Q3078957 Pedagogia
Constitui, dentre os apresentados abaixo, a principal Lei que rege a Educação brasileira em território nacional. Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q3078956 Pedagogia
Quanto à ética no cuidado com as crianças, é CORRETO afirmar que:  
Alternativas
Q3078955 Pedagogia
Sobre as normas de segurança de utilização dos brinquedos nos espaços de Educação Infantil, é INCORRETO afirmar: 
Alternativas
Respostas
281: D
282: B
283: A
284: C
285: D
286: B
287: D
288: A
289: B
290: C
291: E
292: C
293: E
294: A
295: A
296: E
297: D
298: B
299: C
300: A