Questões de Vestibular de Biologia - Introdução à genética: 1ª e 2ª leis de Mendel

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Ano: 2017 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2017 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q853467 Biologia

Nos cães labradores, a cor da pelagem preta, chocolate ou dourada depende da interação entre dois genes, um localizado no cromossomo 11 (alelos B e b) e o outro, no cromossomo 5 (alelos E e e). O alelo dominante B é responsável pela síntese do pigmento preto e o alelo recessivo b, pela produção do pigmento chocolate. O alelo dominante E determina a deposição do pigmento preto ou chocolate nos pelos; e o alelo e impede a deposição de pigmento no pelo.

Dentre 36 cães resultantes de cruzamentos de cães heterozigóticos nos dois lócus com cães duplo-homozigóticos recessivos, quantos com pelagem preta, chocolate e dourada, respectivamente, são esperados?

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Ano: 2017 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2017 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q853461 Biologia

A surdez é geneticamente heterogênea: pode ser causada por mutações em diferentes genes, localizados nos autossomos ou no cromossomo X ou, ainda, por mutações em genes mitocondriais.


Os heredogramas representam quatro famílias, em que ocorrem pessoas com surdez Imagem associada para resolução da questão


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A(s) família(s) em que o padrão de herança permite afastar a possibilidade de que a surdez tenha herança mitocondrial é(são) apenas

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Vestibular |
Q848609 Biologia
Em uma espécie de mamíferos, a cor da pelagem é influenciada por dois genes não ligados. Animais AA ou Aa são marrons ou pretos, dependendo do genótipo do segundo gene. Animais com genótipo aa são albinos, pois toda a produção de pigmentos está bloqueada, independentemente do genótipo do segundo gene. No segundo gene, o alelo B (preto) é dominante com relação ao alelo b (marrom). Um cruzamento entre animais AaBb irá gerar a seguinte proporção de prole quanto à cor da pelagem:
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Ano: 2015 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2015 - PUC - RS - Vestibular - Primeiro Semestre 1º Dia |
Q809461 Biologia

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as afirmações sobre a herança genética.

I. Em um caso de monoibridismo com dominância completa, espera-se que, em um cruzamanto entre heterozigotos, as proporções genotípicas e fenotípicas sejam, respectivamente, 1:2:1 e 3:1.

II. Em um cruzamento entre heterozigotos para um par de genes, considerando um caso de “genes letais”, no qual o referido gene é dominante, as proporções genotípicas e fenotípicas não serão iguais.

III. No cruzamento entre diíbridos, podemos encontrar uma proporção fenotípica que corresponde a 12:3:1, o que configura um caso de epistasia recessiva.

Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)


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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - 2º Dia |
Q809414 Biologia
Um homem tem surdez congênita devido a um alelo recessivo em homozigose no gene A. Ele se casou com uma mulher com surdez congênita de herança autossômica recessiva devido a um alelo recessivo no gene B. O filho do casal nasceu com audição normal. O genótipo dessa criança é
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Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768356 Biologia

TEXTO 8

                                             IX

Horas depois, teve Rubião um pensamento horrível. Podiam crer que ele próprio incitara o amigo à viagem, para o fim de o matar mais depressa, e entrar na posse do legado, se é que realmente estava incluso no testamento. Sentiu remorsos. Por que não empregou todas as forças, para contê-lo? Viu o cadáver do Quincas Borba, pálido, hediondo, fitando nele um olhar vingativo; resolveu, se acaso o fatal desfecho se desse em viagem, abrir mão do legado.

Pela sua parte o cão vivia farejando, ganindo, querendo fugir; não podia dormir quieto, levantava-se muitas vezes, à noite, percorria a casa, e tornava ao seu canto. De manhã, Rubião chamava-o à cama, e o cão acudia alegre; imaginava que era o próprio dono; via depois que não era, mas aceitava as carícias, e fazia-lhe outras, como se Rubião tivesse de levar as suas ao amigo, ou trazê-lo para ali. Demais, havia-se-lhe afeiçoado também, e para ele era a ponte que o ligava à existência anterior. Não comeu durante os primeiros dias. Suportando menos a sede, Rubião pôde alcançar que bebesse leite; foi a única alimentação por algum tempo. Mais tarde, passava as horas, calado, triste, enrolado em si mesmo, ou então com o corpo estendido e a cabeça entre as mãos.

Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente; deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa.

— Certa?

— Mais tarde ou mais cedo. Levou o tal cachorro?

— Não, senhor, está comigo; pediu que cuidasse dele, e chorou, olhe que chorou que foi um nunca acabar. Verdade é, disse ainda Rubião para defender o enfermo, verdade é que o cachorro merece a estima do dono; parece gente.

O médico tirou o largo chapéu de palha para concertar a fita; depois sorriu. Gente? Com que então parecia gente? Rubião insistia, depois explicava; não era gente como a outra gente, mas tinha coisas de sentimento, e até de juízo. Olhe, ia contar-lhe uma...

— Não, homem, não, logo, logo, vou a um doente de erisipela... Se vierem cartas dele, e não forem reservadas, desejo vê-las, ouviu? E lembranças ao cachorro, concluiu saindo.

Algumas pessoas começaram a mofar do Rubião e da singular incumbência de guardar um cão em vez de ser o cão que o guardasse a ele. Vinha a risota, choviam as alcunhas. Em que havia de dar o professor! sentinela de cachorro! Rubião tinha medo da opinião pública. Com efeito, parecia-lhe ridículo; fugia aos olhos estranhos, olhava com fastio para o animal, dava-se ao diabo, arrenegava da vida. Não tivesse a esperança de um legado, pequeno que fosse. Era impossível que lhe não deixasse uma lembrança.

(ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 2011. p. 30-31.)

O Texto 8 faz menção a cão, fiel companheiro do ser humano desde os tempos mais remotos. Considere uma determinada raça de cachorros, em que o alelo para pelos negros seja dominante sobre o alelo para pelos brancos e o alelo que determina a cor café dos olhos seja dominante sobre o alelo para olhos azuis. Uma cadela negra com olhos azuis gera oito filhotes com as seguintes características: dois de pelos negros e olhos café, dois de pelos negros e olhos azuis, dois de pelos brancos e olhos café e dois de pelos brancos e olhos azuis. Analise as alternativas a seguir e marque dentre elas aquela que apresenta o fenótipo de cachorro com maior probabilidade de ser o pai dos filhotes:
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Ano: 2016 Banca: PUC-PR Órgão: PUC - PR Prova: PUC-PR - 2016 - PUC - PR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q748128 Biologia
Suponha a existência de dois genes, A e B, localizados no mesmo cromossomo e com frequência de permuta de 16%. Do cruzamento de um macho di-híbrido com genótipo cis com uma fêmea aabb, qual a frequência esperada, na primeira geração filial, de indivíduos com o genótipo aabb?
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Ano: 2016 Banca: PUC-PR Órgão: PUC - PR Prova: PUC-PR - 2016 - PUC - PR - Vestibular - Medicina |
Q738377 Biologia

Leia o texto a seguir.

   Brasileiros descobrem mudança genética ligada ao câncer

Diagnóstico precoce da mutação permite prevenção e tratamento mais efetivos

Uma mutação genética que favorece o aparecimento do câncer de mama foi descoberta por pesquisadores do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Dois genes estão comprovadamente relacionados ao câncer de mama: o brca1, no cromossomo 13, e o brca2, no cromossomo 17 (eles foram batizados em função do nome em inglês da doença -- breast cancer ). Ambos são supressores de multiplicação celular, ou seja, contêm informações para sintetizar proteínas que bloqueiam a reprodução das células.

As células humanas contêm duas cópias de cada gene, chamadas de alelos. Para que o câncer de mama apareça, as duas cópias do gene brca1 ou do brca2 devem apresentar mutação. Mesmo que uma mulher nasça com apenas um dos alelos alterado, ela corre o risco de desenvolver a doença, pois a outra cópia pode sofrer mutação pela ação de fatores ambientais, como consumo de álcool, nicotina ou outras substâncias cancerígenas.

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/medicina-e-saude/brasileiros-descobrem-mudanca-genetica-ligada-ao/?searchterm=genetica Acesso: 02 de maio de 2016. 

A mutação que possibilita a manifestação do câncer de mama é caracterizada por ser uma herança
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Ano: 2016 Banca: PUC - RJ Órgão: PUC - RJ Prova: PUC - RJ - 2016 - PUC - RJ - Vestibular - 1º Dia Grupo 2 |
Q736265 Biologia

Em uma determinada população humana, o locus A está em equilíbrio.

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Considerando a tabela acima, marque a opção que corresponde à frequência do alelo A e à frequência de heterozigotos, repectivamente.

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Ano: 2016 Banca: PUC - RJ Órgão: PUC - RJ Prova: PUC - RJ - 2016 - PUC - RJ - Vestibular - Grupo 2 |
Q736201 Biologia
Uma população de besouros está em equilíbrio para um determinado locus gênico A, apresentando, para o alelo A, frequência igual a 0,7; e, para o alelo a, frequência igual a 0,3. As frequências para os genótipos AA, Aa e aa são, respectivamente, as seguintes: 
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Ano: 2016 Banca: UFU-MG Órgão: UFU-MG Prova: UFU-MG - 2016 - UFU-MG - Vestibular - 1ª Prova Comum |
Q731042 Biologia
Nos camundongos, o gene e, recessivo, produz pelos encrespados, e seu alelo dominante, pelos normais. Em outro par de genes alelos, o gene recessivo a produz fenótipo albino, enquanto seu alelo dominante produz fenótipo selvagem. Quando camundongos diíbridos foram cruzados com camundongos albinos e de pelos encrespados, foram obtidos 79 camundongos de pelos encrespados e selvagens, 121 com pelos encrespados e albinos, 125 de pelos normais e selvagens e 75 com pelos normais e albinos. Qual esquema representa a posição dos genes no diíbrido?
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Ano: 2015 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2015 - UECE - Biologia - 2ª Fase - 1º dia |
Q705515 Biologia
A probabilidade de que o cruzamento AabbCc X aaBBCc origine um descendente de genótipo aaBbCC é dada por
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Ano: 2015 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2015 - UECE - Biologia - 2ª Fase - 1º dia |
Q705510 Biologia

De acordo com a pesquisadora Rosana Nogueira Pires da Cunha (2000), não existe uma única causa para a miopia. Nesse sentido, a etiologia dessa doença pode ser genética ou ambiental, sendo, segundo a autora, três fatores importantes para o seu desenvolvimento: relação entre o esforço visual para perto e uma fraca acomodação; predisposição hereditária e relação entre a pressão intraocular e debilidade escleral. Quanto à predisposição hereditária, a miopia autossômica recessiva é característica de comunidades com alta frequência de consanguinidade, estando também relacionada a alguns casos esporádicos. Em três gerações de uma amostra da população chinesa analisada, pesquisadores estabeleceram que o desenvolvimento da miopia segue um modelo poligênico e multifatorial, no qual a influência genética permanece constante, enquanto a influência ambiental mostra-se aumentada nas três últimas gerações.

(Rosana Nogueira Pires da Cunha, Myopia in children. Arq. Bras. Oftalmol. vol.63, nº3. São Paulo, Junho, 2000).

No caso de miopia autossômica recessiva, a probabilidade de nascer uma criança míope de um casal normal, heterozigoto para essa forma de predisposição hereditária para a miopia é de

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Ano: 2015 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2015 - UECE - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q700799 Biologia

As doenças ligadas à genética são muitas e variadas, e algumas dessas patologias aparentam não ter muita importância, uma vez que não são quantitativamente significantes, como é o caso da polidactilia. Há uma variação muito grande em sua expressão, desde a presença de um dedo extra, completamente desenvolvido, até a de uma simples saliência carnosa. Distinguem-se dois tipos de polidactilia: a pós–axial, do lado cubital da mão ou do lado peroneal do pé, e a pré–axial, do lado radial da mão ou tibial do pé.

(http://fisiounec2015.blogspot.com.br/2011/05/polidactilia.h tml).

No que concerne à polidactilia, é correto afirmar que

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Ano: 2016 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2016 - PUC - RS - Vestibular - Segundo Semestre - 1˚ Dia |
Q648851 Biologia
A Fibrose Cística é um distúrbio autossômico recessivo que se manifesta quando o indivíduo herda dois alelos não funcionais do gene CFTR. Segundo o heredograma abaixo, qual a probabilidade de o indivíduo III.4 ter a doença?
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Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Segundo Semestre |
Q642857 Biologia

Na cobra do milharal, os alelos A/a e B/b regulam a coloração da pele. O pigmento preto é determinado pelo alelo dominante A, enquanto o alelo recessivo a não produz esse pigmento. O pigmento laranja é determinado pelo alelo dominante B, enquanto o alelo b não produz esse pigmento. A cobra selvagem produz os pigmentos preto e laranja. Cobras pretas produzem apenas pigmento preto. Cobras laranja produzem apenas pigmento laranja. Existem ainda cobras albinas, que não produzem os dois pigmentos. As figuras apresentam os quatro fenótipos possíveis de coloração da pele.

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Assinale a alternativa na qual os genótipos representam, respectivamente, uma cobra selvagem e uma cobra albina.

Alternativas
Q588306 Biologia
Uma característica genética de uma espécie animal, cuja determinação sexual obedece ao sistema XY, é condicionada por um par de alelos autossômicos recessivos. Foram cruzados dois indivíduos heterozigotos para essa característica. Sabendo que um dos indivíduos gerados apresenta o mesmo fenótipo dos pais, com relação à característica analisada, a probabilidade de este indivíduo ser homozigoto e do sexo feminino é
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Ano: 2015 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2015 - PUC-GO - Vestibular - 2º Semestre |
Q584535 Biologia

TEXTO 3

                              A dor do mundo

      Eu não queria sair do meu brinquedo. Eu escrevia versos na areia na clara areia sob a paineira frondosa ou pensava mundos com a mão enquanto mexia com a terra. Eram formas de nada que acabavam compondo seres estranhos, animais de outro mundo, fantasmas, tudo o que a areia podia fornecer às minhas mãos de oito anos. Mas mãos de oito anos já suportam a alça de um balde com água, ou um feixe de gravetos para ajudar a fazer fogo no fogão a lenha. Mãos de oito anos já podem fazer coisas concretas, como tirar água da cisterna se o balde não for muito grande. Elas não servem apenas para criar mundos com terra molhada ou escrever poemas na areia seca. Não se pode dizer que é feio ser pobre, mas não há como negar que a pobreza dói. E essa dor sentida pelo adulto é intuída pela criança das mais variadas formas. Todas elas repousam na intrincada natureza do não. Era tão simples o meu modo de brincar. Do que vivenciei na infância, ficaram os mais puros fios de tristeza. As alegrias ficaram nas intenções de ser. As mais puras veias de dor. As sensações de não compreensão por estar ali, fazendo o quê? O que fazia ali, um menino com dor de ter de ficar ali, no canto do mundo, mirando e mirando as coisas em si? Todas elas ali, do mesmo jeito do monte de lenha, ou das galinhas no terreiro que aprendi desde cedo a entender sua forma enigmática de olhar o mundo. Elas olhavam ao ar como se vissem algo que pudesse anunciar um estranhamento qualquer com que se devesse ter cuidado. O universo das galinhas é uma espécie de síntese crucial da humanidade. Uma de minhas obrigações era colher os ovos nos ninhos esparramados pelo quintal. Eu gostava e não gostava de fazer esse trabalho. De procurar eu gostava. Os ninhos ficavam bem escondidos e arquitetonicamente perfeitos. Eram construídos em espaços difíceis. Ao construírem seus ninhos, as galinhas optam pelo difícil, como os bons poetas. Suas escolhas se apresentam desde a topologia do lugar onde constroem até o detalhamento, a perfeição na elaboração do ninho. Havia ninhos que ficavam suspensos em filetes secos, ramos complexos, espaços abertos. Havia ninhos que ficavam suspensos e presos por poucos ramos. Mas ficavam muito bem protegidos. Encontrá-los era uma emoção, era uma quase de felicidade. Sempre era nova a sensação. Se acontecesse da galinha estar no ninho, eu me afastava rapidamente e da maneira mais delicada possível. Ela poderia se assustar e aquele era um momento mágico. Eu só me aproximava do ninho, na ausência da galinha. Daí, ao ver aquilo, como se fosse a primeira vez que eu via um ninho e ainda mais precioso, como se fosse a primeira vez que eu visse um ninho de galinha com ovos, então eu ficava a contemplar por um tempo, sem saber o que fazer a não ser olhar pro ninho e olhar pros ovos e olhar pro ninho com ovos e ficar olhando. A forma de composição era tão perfeita e tão bonita que minhas mãos não conseguiam tocar os ovos. Era a profunda sensação do proibido que me invadia. Na verdade, era uma espécie de crime o que a gente cometia. Imaginemos como a galinha se sentia ao ver o seu belo ninho quase completamente esvaziado. Eu deixava só um, o endez, para ela não abandonar o ninho. Era bom, por outro lado, encher de ovos o cestinho de vime e ir correndo mostrar pra minha mãe o meu grande feito. Algumas vezes, e isso era raro, surgia entre os ovos, uns dois ou três azuis. Era muito bonito e a gente mostrava pra todo o mundo. Esse universo de aves e ninhos é muito rico e muito próximo do processo de composição artístico. Guimarães Rosa mostrou isso de forma maravilhosa na sua narrativa Uns inhos engenheiros, criando uma analogia entre o processo de criação do ninho do pássaro e o poema lírico. Para mim, a relação era totalmente lúdica.

                                       (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 64-65.)

O Texto 3, “A dor do mundo" faz referência a galinhas, animal de grande importância alimentar no que diz respeito a fonte de proteínas. Nesses animais, o tipo de crista é um caso de interação gênica entre dois genes (“R" e “E") nas seguintes configurações:   

                 GENÓTIPO            FENÓTIPO

                      rrE-                       Ervilha

                      R-ee                     Rosa

                      R-E-                     Noz rree Simples

     Ao cruzar um galo de crista rosa com uma galinha de crista noz, se produz a seguinte geração: 3/8 noz, 3/8 rosa, 1/8 ervilha e 1/8 simples. Com base nessas informações, podemos afirmar que (marque a resposta correta):


Alternativas
Ano: 2015 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2015 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q583173 Biologia
No heredograma ao lado, a menina II-1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a um alelo mutante de gene localizado num autossomo.


A probabilidade de que seu irmão II 2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é
Alternativas
Q581327 Biologia
Analisando-se a genealogia das famílias Alfa e Beta, observa-se que na família Alfa apenas a mãe tem cabelos azuis, enquanto na família Beta todos têm cabelos dessa cor.

                Imagem associada para resolução da questão

Admita que a característica cabelo azul siga os princípios descritos por Mendel para transmissão dos genes.

Com base nas genealogias apresentadas, a herança genética para cor azul do cabelo é classificada como:


Alternativas
Respostas
241: B
242: C
243: A
244: A
245: C
246: B
247: C
248: C
249: D
250: C
251: A
252: A
253: A
254: B
255: B
256: A
257: D
258: C
259: E
260: D