Questões de Vestibular
Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português
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A QUESTÃO REFERE-SE AO TEXTO II.
A QUESTÃO REFERE-SE AO TEXTO I.
A QUESTÃO REFERE-SE AO TEXTO I.
A QUESTÃO REFERE-SE AO TEXTO I.
Leia o trecho abaixo, retirado do conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”
“A lembrança do dia em que fui roubada voltava incessantemente. Às vezes, com todos os detalhes, ora grosseiramente modificada. Na versão modificada, eu-menina era jogada no porão de um navio pelo casal que tinha me roubado de casa”. EVARISTO, Conceição. “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”. p.4
Apesar de se tratar de uma reconstrução dos fatos, por meio do sonho ou da imaginação, a nova versão para o rapto mostra-se coerente com algumas experiências vividas por Maria do Rosário, EXCETO:
Leia as afirmações abaixo sobre a estruturação do enredo do conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, de Conceição Evaristo.
I - a situação inicial do enredo caracteriza-se por uma cena cotidiana: Maria do Rosário, criança, encontra-se sentada à porta de sua casa junto com sua família. II - o contexto da vida pacata é quebrado pela chegada de um jipe, comandado por um casal de estrangeiros que se aproxima da família dos Santos e dos Reis e que, apesar da dificuldade linguística, consegue convencer os adultos a levar as crianças para um passeio no automóvel. III - o conflito se estabelece com a partida do casal, levando consigo, para outro país, duas crianças: Maria do Rosário e um dos seus irmãos, que, raptados, passarão anos de suas vidas junto aos raptores. IV - o clímax da história, como ponto alto da narrativa, ilustra-se pela angústia internalizada de Maria do Rosário a partir do momento em que toma consciência de que havia sido roubada dos seus. V - a vida apartada de sua origem desencadeia na protagonista o medo de constituir família e a necessidade de se deslocar rumo à cidade natal. VI - a resolução do conflito ocorre com a chegada da protagonista à cidade Flor de Mim, onde, finalmente, reencontra parte de sua família.
Mostra-se INCOERENTE com a narrativa o que se afirma em:
"O drama da pobreza e do preconceito racial constitui também o núcleo de Clara dos Anjos, romance inacabado, vindo à luz postumamente, mas cuja primeira redação remonta a 1904/05 [...] A proximidade da composição e do tema está a definir a necessidade de expressão autobiográfica em que penava o jovem Lima Barreto. As humilhações do mulato encarna-as Clara dos Anjos, moça pobre do subúrbio, seduzida e desprezada por um rapaz de extração burguesa.” BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. p.323
O desfecho da história se dá com Clara sendo humilhada pela mãe de Cassi Jones. A conclusão a que chega a protagonista, depois dessa cena, indica a:
A questão se refere ao livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto:
Leia o trecho abaixo, retirado do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto:
“Cassi Jones de Azevedo era filho legítimo de Manuel Borges de Azevedo e Salustiana Baeta de Azevedo. O Jones é que ninguém sabia onde ele o fora buscar, mas usava-o, desde os vinte e um anos, talvez, conforme explicavam alguns, por achar bonito o apelido inglês.
Era bem misterioso esse seu violão; era um elixir ou talismã de amor. Fosse ele ou fosse o violão, fossem ambos conjuntamente, o certo é que, no seu ativo, o Senhor Cassi Jones, de tão pouca idade, relativamente, contava perto de dez desfloramentos e a sedução de muito maior número de mulheres casadas”
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. p.7
Nesse trecho, Cassi Jones é apresentado ao leitor por meio do narrador que antecipa a ausência de caráter do jovem moço. A construção do perfil desse “malandro dos subúrbios” dá-se, ao longo da narrativa, por meio de ações e comportamentos de Cassi Jones, tais como:
I – a sedução da jovem Clara dos Anjos, iniciada na festa de aniversário desta, e concretizada por meio da troca de cartas de amor, intermediada por Meneses.
II – a incapacidade para o exercício profissional, em virtude da ausência de conhecimento e da falta de dedicação do jovem.
III – a criação de galos de briga, para disputas e comercialização, como forma de obter algum dinheiro.
IV – a elaboração e execução de um plano para assassinar o seu opositor, padrinho de Clara, o Sr. Marramaque.
V – a prática de furtos de objetos de pouco valor, nos bondes do centro do Rio de Janeiro, a fim de vendê-los no comércio local.
VI – o rompimento das relações familiares, e o consequente isolamento, a fim de que pudesse viver o estilo de vida escolhido, sem dever satisfações aos seus.
Mostra-se INCOERENTE com a narrativa, o que se afirma em:

Sobre a campanha publicitária produzida pela Federação Nacional de Educação e Inclusão dos Surdos (FENEIS) são feitas as seguintes afirmações:
I- O uso do adjetivo "total" produz o sentido de que a inclusão ainda é incompleta. II – A expressão “com a língua de sinais” indica o modo como “uma inclusão total” será conquistada. III – O uso do termo “quando” indica uma condição para que uma “inclusão total com a língua de sinais” seja possível.
São corretas as afirmações feitas em:
Disponível em: http://cdn.atividadesparaprofessores.com.br/uploads/preconceito.jpeg Acesso em: 30.10.18
Para a produção de sua crítica, o cartunista faz uso de diferentes recursos, EXCETO o(a):
"Ludwig Wittgenstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. “Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo”, contou em suas memórias."
Nesse trecho, os termos em destaque constituem recursos anafóricos, utilizados para retomar palavras ou expressões anteriores. Assinale a alternativa que NÃO indica um recurso anafórico utilizado para fazer referência a Ludwig Wittgenstein:
Estudante de Letras da UFSCar, o indígena Luciano Ariabo Quezo, decidiu escrever um livro didático para evitar o desaparecimento da língua que era falada em sua aldeia, o umutina-balatiponé.
A cada dia, o estudante Luciano Ariabo Quezo, 25, percebia que a língua portuguesa ocupava mais espaço na aldeia indígena onde nasceu e “engolia” sua língua materna, o umutina-balatiponé.
Preocupado com a situação, especialmente após a morte de um ancião – um dos poucos que só falava o idioma nativo –, ele resolveu escrever um livro bilíngue para tentar evitar o desaparecimento da língua de sua família.
Quezo é natural de uma reserva indígena de Barra do Bugres (MT), onde cerca de 600 pessoas falam o idioma.
Aluno do último ano do curso de Letras da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em São Carlos, no interior paulista, ele trabalha no tema desde 2012, quando obteve uma bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para sua pesquisa.
Só existem duas escolas indígenas no território umutina e, segundo ele, aprender a língua dependia do interesse individual. Após a morte do ancião, diz, não há mais idosos que dominem completamente a língua e nem todos os jovens a conhecem.
Um esboço do projeto foi lançado em 2013, com 40 páginas e 180 exemplares, para ser testado e aprovado pela comunidade.
“Língua e Cultura Indígena Umutina no Ensino Fundamental” é destinado a alunos das séries iniciais das escolas de sua aldeia. Um irmão de Quezo trabalha em uma delas e utiliza o material com os estudantes.
TOLEDO, Marcelo. “Minha língua, minha pátria”. Folha de São Paulo, 15 abr. 2015. Cotidiano.
Pode-se depreender, a partir da leitura do texto acima, que sua intencionalidade discursiva é:
• A questão se refere ao Texto I
Texto I
Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condições de vida
Há muito tempo, a floresta amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, miraña, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.
Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muita essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.
A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre têm bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros, ressaltou a antropóloga.”
[...]
Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país.
“Há ainda forte preconceito e discriminação. E os indígenas que moram nas cidades são realmente os que enfrentam a situação assim no dia a dia, constantemente”, conta o presidente da Organização dos Índios da Cidade, de Boa Vista, Eliandro Pedro de Sousa, do povo Wapixana.
Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.
A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, destaca que desde a colonização, a presença indígena nas cidades é constante, mas, em décadas passadas, a cidade era um espaço proibido.
“Eles iam pras cidades e não diziam que eram indígenas. Ocultavam a origem e também ocultavam as referências culturais, digamos assim”, explica. De acordo com ela, o medo da discriminação e de represálias do antigo Serviço de Proteção ao Índio impedia os indígenas de se apresentarem como tal.
Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente, conta a professora.
A própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, indaga o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.
Bianca Paiva, Maíra Heinen – repórteres do radiojornalismo – EBC – Agência Brasil, 19/04/2017.
Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidade-pobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida>
Sinovaldo, Correio Gravataí, 19/04/2016. Disponível em: <http://www.correiogravatai.com.br/_conteudo/2016/04/noticias/regiao/315696-dia-do-ndio-e-brasilia-nas-charges-dos-jornais-desta-quarta.html> . Acesso em: 10 set. 2017.
A relação entre a charge e o excerto do texto I, reproduzido acima, se dá, principalmente, porque ambos: