Questões de Vestibular

Foram encontradas 68.627 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021182 Artes Plásticas


       A Semana de Arte Moderna envolveu as áreas de literatura, artes plásticas e música com o intuito de renovar e transformar o contexto artístico brasileiro. Os representantes da área de música na semana de 22 foram Heitor Villa-Lobos, Ernani Braga, Lucília Villa-Lobos, Guiomar Novaes. Heitor Villa-Lobos, desde 1914, com o lançamento de Danças Africanas, já criticava o modelo de produção europeu utilizado no Brasil. Os bailados Amazonas e Uirapuru, ambos de 1917, firmaram o compromisso do autor em unir a música erudita da época com as tradições do folclore e da música regionalista brasileira.


Internet:<agenciabrasil.ebc.com.br>  (com adaptações).


          Para a cena musical brasileira, a Semana de Arte Moderna foi o ponto de partida de uma história bastante contada. Em resumo, ali nascia a ideia de uma arte capaz de recriar uma identidade nacional, baseada no folclore, dando origem a uma música nacionalista, a qual, já nos anos 1950, se opôs à vanguarda cosmopolita, em uma briga estética que se diluiu nos anos 1980, no início da pós-modernidade, chegando até nós como artefato histórico.


Internet:<www.concerto.com.br>  (com adaptações).


         Segundo Frederico Oliveira Coelho, “o principal legado musical deixado pela geração que participou da Semana de Arte Moderna foi a abertura do pensamento cultural brasileiro para as novas informações estéticas que circulavam no mundo e, ao mesmo tempo, a articulação dessas novas informações com uma musicalidade ligada aos valores do território nacional, ditas populares, seja no âmbito rural, seja no âmbito urbano. Uma música em que a fronteira entre o erudito e o popular foi sendo cada vez mais fluida até chegarmos a uma música popular brasileira com nomes como Tom Jobim ou Egberto Gismonti, cuja obra pode ser localizada tanto no âmbito do consumo cultural de massas quanto no universo da música de orquestra”.


Internet:<www.concerto.com.br> (com adaptações).

Tendo como referência inicial os fragmentos de textos precedentes, julgue o item subsecutivo.


A música é a arte que lida com o som e o silêncio, organizando-os sequencialmente de modo que adquiram forma e sentido; os elementos principais da música são a melodia, o ritmo e a organização das relações dos sons entre si (harmonia).

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021181 História


     Em 2022, o Brasil celebra 200 anos de vida independente, sem projeto de nação e longe da grandeza anunciada em 1500 pela natureza exuberante e sonhada no século XIX pelos que lutaram por sua independência. A constatação é do historiador José Murilo de Carvalho, que avalia com desânimo o atual panorama nacional. Ele diz que o Brasil é um “país sem revolução”, no qual ocorreram movimentos apenas de “ajuste” entre as elites.


O Estado de S. Paulo, Aliás, 4/9/2022, p. C4 (com adaptações).

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à trajetória histórica do Brasil.  


Segundo o historiador citado no texto antecedente, as poucas revoluções que ocorreram na história brasileira restringem-se àquela que deu origem à Independência do Brasil e àquela que resultou na Proclamação da República. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021180 História


     Em 2022, o Brasil celebra 200 anos de vida independente, sem projeto de nação e longe da grandeza anunciada em 1500 pela natureza exuberante e sonhada no século XIX pelos que lutaram por sua independência. A constatação é do historiador José Murilo de Carvalho, que avalia com desânimo o atual panorama nacional. Ele diz que o Brasil é um “país sem revolução”, no qual ocorreram movimentos apenas de “ajuste” entre as elites.


O Estado de S. Paulo, Aliás, 4/9/2022, p. C4 (com adaptações).

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à trajetória histórica do Brasil.  


A Independência do Brasil, ocorrida no contexto da era revolucionária, que pôs fim ao antigo regime e ao antigo sistema colonial, rompeu com as estruturas básicas do período colonial, a exemplo da monocultura exportadora, do latifúndio e da escravidão. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021179 História


     Em 2022, o Brasil celebra 200 anos de vida independente, sem projeto de nação e longe da grandeza anunciada em 1500 pela natureza exuberante e sonhada no século XIX pelos que lutaram por sua independência. A constatação é do historiador José Murilo de Carvalho, que avalia com desânimo o atual panorama nacional. Ele diz que o Brasil é um “país sem revolução”, no qual ocorreram movimentos apenas de “ajuste” entre as elites.


O Estado de S. Paulo, Aliás, 4/9/2022, p. C4 (com adaptações).

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à trajetória histórica do Brasil.

A “natureza exuberante” a que o texto em questão alude remete à carta de Caminha ao rei de Portugal, na qual o escrivão relata a chegada da frota de Cabral ao que seria o Brasil, transmitindo uma visão promissora em relação à nova terra.

    
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021178 Literatura
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


No texto, as referências à história romana denotam que a obra de Machado de Assis tem como uma de suas características a


rejeição dos conteúdos eurocêntricos.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021177 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


O narrador estabelece uma contradição ao defender que o “grito do Ipiranga” é “mais sumário, mais bonito e mais genérico”, e, ao mesmo tempo, reconhecer que esse grito possa não ter ocorrido de fato.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021176 História
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


Na segunda metade do século XIX, o interesse pelos mitos fundadores do Brasil apresentou-se na ficção romântica a partir de uma revisão crítica e desmistificadora de grandes eventos históricos, como revoluções, batalhas e gestos políticos. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021175 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


O diálogo do narrador com as ideias de “um nobre amigo”, veiculadas por meio do jornal “Gazeta de Notícias”, confirma a definição de crônica como um gênero textual que faz parte ao mesmo tempo das esferas literária e jornalística.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021174 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


No texto, o fato de o narrador considerar a Independência do Brasil uma “criança” justifica-se pelas controvérsias que envolvem o relato de como ela teria sido proclamada.  

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021173 Português


     Na tarde em que o príncipe dom Pedro e sua guarda de honra chegaram às margens do Ipiranga naquele célebre dia 7 de setembro de 1822, o Brasil era majoritariamente negro e africano, o maior território escravista da América naquele início do século XIX, cuja rotina era pautada pelo chicote e pela violência contra os cativos. O novo país independente nascia empanturrado de escravidão. E assim permaneceria até quase o final do século XIX. Homens e mulheres escravizados perfaziam mais de um terço do total da população. Os indígenas, a esta altura já dizimados por guerras, doenças e invasão de seus territórios, sequer apareciam nas estatísticas.


Laurentino Gomes. Escravidão (Volume III). Rio de Janeiro:

Globo Livros, 2022 (com adaptações). 

Com base na leitura do texto anterior, julgue o item que se segue, concernentes ao período de surgimento do Brasil como Estado-nação.


Infere-se do texto referido que, superada a hegemonia da economia açucareira nordestina (séculos XVI e XVII) e da mineração (século XVIII), a população escrava do Brasil encontrava-se reduzida e concentrada em algumas porções do território.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021172 Português


     Na tarde em que o príncipe dom Pedro e sua guarda de honra chegaram às margens do Ipiranga naquele célebre dia 7 de setembro de 1822, o Brasil era majoritariamente negro e africano, o maior território escravista da América naquele início do século XIX, cuja rotina era pautada pelo chicote e pela violência contra os cativos. O novo país independente nascia empanturrado de escravidão. E assim permaneceria até quase o final do século XIX. Homens e mulheres escravizados perfaziam mais de um terço do total da população. Os indígenas, a esta altura já dizimados por guerras, doenças e invasão de seus territórios, sequer apareciam nas estatísticas.


Laurentino Gomes. Escravidão (Volume III). Rio de Janeiro:

Globo Livros, 2022 (com adaptações). 

Com base na leitura do texto anterior, julgue o item que se segue, concernentes ao período de surgimento do Brasil como Estado-nação.


O texto de Laurentino Gomes sugere que, no Brasil colonial e no império, as populações originárias foram preservadas, até como forma de poupar o colonizador e a monarquia de guerras dispendiosas e de alto risco, portanto, diferentemente do que ocorreu nas demais colônias americanas, não houve genocídio indígena no Brasil. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021171 História

     

         A história está em constante reconstrução. E não é diferente com o processo da Independência do Brasil no contexto de seu bicentenário. O que os holofotes dos historiadores trazem à luz é que, ao contrário do que diziam os antigos livros didáticos, o processo de separação do Brasil de Portugal foi múltiplo, extenso e repleto de violências. “Foi um processo muito mais complexo do que simplesmente D. Pedro I gritar ‘Independência ou Morte’, com muitas camadas e todas as guerras acontecendo naquele momento”, explica a historiadora Lucia Maria Bastos das Neves. Entre 1821 e 1824, foram inúmeros os levantes em lugares como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Cisplatina.


O Estado de S. Paulo, 16/8/2022, p. C6 (com adaptações).

Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item. 


Da afirmativa “a história está em constante reconstrução” entende-se que o conhecimento histórico é suscitado pelo presente, de modo que cada presente levanta novas e diferentes indagações que podem propiciar interpretações distintas sobre os fatos passados.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021170 História

     

         A história está em constante reconstrução. E não é diferente com o processo da Independência do Brasil no contexto de seu bicentenário. O que os holofotes dos historiadores trazem à luz é que, ao contrário do que diziam os antigos livros didáticos, o processo de separação do Brasil de Portugal foi múltiplo, extenso e repleto de violências. “Foi um processo muito mais complexo do que simplesmente D. Pedro I gritar ‘Independência ou Morte’, com muitas camadas e todas as guerras acontecendo naquele momento”, explica a historiadora Lucia Maria Bastos das Neves. Entre 1821 e 1824, foram inúmeros os levantes em lugares como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Cisplatina.


O Estado de S. Paulo, 16/8/2022, p. C6 (com adaptações).

Considerando os sentidos do texto precedente e sua inserção no contexto da Independência do Brasil, julgue o item subsequente.


Reação de tropas portuguesas à decisão de D. Pedro de proclamar a Independência do Brasil levou a que, em vários pontos do território, brasileiros, sobretudo populares, pegassem em armas para garantir a emancipação do país, como aconteceu, por exemplo, na batalha do Jenipapo, no Piauí, e nas lutas ocorridas na Bahia. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021169 Literatura
Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas,
entre sigilo e espionagem,
acontece a Inconfidência.
E diz o Vigário ao Poeta:
“Escreva-me aquela letra
do versinho de Vergílio...
E dá-lhe o papel e a pena.
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência:
“Tenha meus dedos cortados,
antes que tal verso escrevam...
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus - pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
- e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Leem notícias nas Gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(Antiguidades de Nimes
em Vila Rica suspensas!
Cavalo de La Fayette
saltando vastas fronteiras!
Ó vitórias, festas, flores
das lutas da Independência!
Liberdade - essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!)
E a vizinhança não dorme:
murmura, imagina, inventa.
Não fica bandeira escrita,
mas fica escrita a sentença.


Cecília Meireles. Obra poética. Nova Aguilar: Rio de Janeiro, 1977.

Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item. 


Os poemas do Romanceiro da Inconfidência contêm elementos característicos da forma clássica pastoril, à maneira do Arcadismo, o que fica evidente nas imagens descritas nesse fragmento. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021168 Literatura
Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas,
entre sigilo e espionagem,
acontece a Inconfidência.
E diz o Vigário ao Poeta:
“Escreva-me aquela letra
do versinho de Vergílio...
E dá-lhe o papel e a pena.
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência:
“Tenha meus dedos cortados,
antes que tal verso escrevam...
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus - pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
- e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Leem notícias nas Gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(Antiguidades de Nimes
em Vila Rica suspensas!
Cavalo de La Fayette
saltando vastas fronteiras!
Ó vitórias, festas, flores
das lutas da Independência!
Liberdade - essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!)
E a vizinhança não dorme:
murmura, imagina, inventa.
Não fica bandeira escrita,
mas fica escrita a sentença.


Cecília Meireles. Obra poética. Nova Aguilar: Rio de Janeiro, 1977.

Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item. 


Um dos eventos históricos a que se refere o poema é a criação do lema da bandeira do movimento de inconfidência: “LIBERDADE, AINDA QUE TARDE”. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021167 Literatura
Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas,
entre sigilo e espionagem,
acontece a Inconfidência.
E diz o Vigário ao Poeta:
“Escreva-me aquela letra
do versinho de Vergílio...
E dá-lhe o papel e a pena.
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência:
“Tenha meus dedos cortados,
antes que tal verso escrevam...
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus - pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
- e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Leem notícias nas Gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(Antiguidades de Nimes
em Vila Rica suspensas!
Cavalo de La Fayette
saltando vastas fronteiras!
Ó vitórias, festas, flores
das lutas da Independência!
Liberdade - essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!)
E a vizinhança não dorme:
murmura, imagina, inventa.
Não fica bandeira escrita,
mas fica escrita a sentença.


Cecília Meireles. Obra poética. Nova Aguilar: Rio de Janeiro, 1977.

Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item. 


O vocabulário, a métrica e o sistema de rimas utilizados nesse poema de Cecília Meireles sinalizam sua recusa à apropriação da linguagem popular, conforme propuseram as diferentes gerações modernistas.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021166 Literatura
Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas,
entre sigilo e espionagem,
acontece a Inconfidência.
E diz o Vigário ao Poeta:
“Escreva-me aquela letra
do versinho de Vergílio...
E dá-lhe o papel e a pena.
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência:
“Tenha meus dedos cortados,
antes que tal verso escrevam...
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus - pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
- e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Leem notícias nas Gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(Antiguidades de Nimes
em Vila Rica suspensas!
Cavalo de La Fayette
saltando vastas fronteiras!
Ó vitórias, festas, flores
das lutas da Independência!
Liberdade - essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!)
E a vizinhança não dorme:
murmura, imagina, inventa.
Não fica bandeira escrita,
mas fica escrita a sentença.


Cecília Meireles. Obra poética. Nova Aguilar: Rio de Janeiro, 1977.

Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item. 


No poema, é recontado fato histórico brasileiro por meio de um ponto de vista não oficial, o que se evidencia nos versos “Atrás de portas fechadas” (primeiro verso da primeira estrofe) e “Através de grossas portas” (primeiro verso da segunda estrofe). 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021165 Sociologia



7 DE SETEMBRO DE 1960

Eu não sai porque, hoje é feriado passei o dia em casa, lavando roupas. O senhor Antonio Soeiro Cabral foi pra casa de sua sogra. Que silencio. Os visinhos são bons.

8 DE SETEMBRO DE 1960 Levantei as 5 horas, preparei a refeição matinal para os filhos, preparei o almoço, carne com batata. A Vera está alegre. Eu comprei um radio, eu gosto de dramas e tangos.

9 DE SETEMBRO DE 1960

Ela diz: agora, nós somos ricos porque temos o que comer, ate encher a barriga. E da risada. Vendo-a sorrir eu fico contente e penso em Deus, ele escreveu outra peça para eu representa-lá no palco da vida. Aquela peça de morar na favela e ouvir aquela canção que o custo de vida compôs. Eu estou com fome!

Carolina Maria de Jesus. Casa de alvenaria. Vol. 1. Osasco, São
Paulo: Companhia das Letras, 2021, p. 47-8 (com adaptações). 

Considerando a obra artística representada na imagem precedente, o fragmento de texto extraído da obra de Carolina Maria de Jesus, publicada em 1961, bem como as características e a repercussão da produção literária dessa autora, julgue o item a seguir.


O caráter celebratório do 7 de setembro, conhecido como o dia da Independência do Brasil, apresenta sempre o risco de a data ser apropriada de maneira a exaltar o país, fazendo esquecer das contradições que continuam sendo parte das relações sociais no Brasil.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021164 Artes Plásticas



7 DE SETEMBRO DE 1960

Eu não sai porque, hoje é feriado passei o dia em casa, lavando roupas. O senhor Antonio Soeiro Cabral foi pra casa de sua sogra. Que silencio. Os visinhos são bons.

8 DE SETEMBRO DE 1960 Levantei as 5 horas, preparei a refeição matinal para os filhos, preparei o almoço, carne com batata. A Vera está alegre. Eu comprei um radio, eu gosto de dramas e tangos.

9 DE SETEMBRO DE 1960

Ela diz: agora, nós somos ricos porque temos o que comer, ate encher a barriga. E da risada. Vendo-a sorrir eu fico contente e penso em Deus, ele escreveu outra peça para eu representa-lá no palco da vida. Aquela peça de morar na favela e ouvir aquela canção que o custo de vida compôs. Eu estou com fome!

Carolina Maria de Jesus. Casa de alvenaria. Vol. 1. Osasco, São
Paulo: Companhia das Letras, 2021, p. 47-8 (com adaptações). 

Considerando a obra artística representada na imagem precedente, o fragmento de texto extraído da obra de Carolina Maria de Jesus, publicada em 1961, bem como as características e a repercussão da produção literária dessa autora, julgue o item a seguir.


A indiferença com a população negra está refletida na obra Proclamação da Independência, por meio da retratação dos camponeses, cujas vestimentas reproduzem características europeias, e no texto de Carolina Maria de Jesus, por meio do relato da tranquilidade do feriado.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021163 Sociologia



7 DE SETEMBRO DE 1960

Eu não sai porque, hoje é feriado passei o dia em casa, lavando roupas. O senhor Antonio Soeiro Cabral foi pra casa de sua sogra. Que silencio. Os visinhos são bons.

8 DE SETEMBRO DE 1960 Levantei as 5 horas, preparei a refeição matinal para os filhos, preparei o almoço, carne com batata. A Vera está alegre. Eu comprei um radio, eu gosto de dramas e tangos.

9 DE SETEMBRO DE 1960

Ela diz: agora, nós somos ricos porque temos o que comer, ate encher a barriga. E da risada. Vendo-a sorrir eu fico contente e penso em Deus, ele escreveu outra peça para eu representa-lá no palco da vida. Aquela peça de morar na favela e ouvir aquela canção que o custo de vida compôs. Eu estou com fome!

Carolina Maria de Jesus. Casa de alvenaria. Vol. 1. Osasco, São
Paulo: Companhia das Letras, 2021, p. 47-8 (com adaptações). 

Considerando a obra artística representada na imagem precedente, o fragmento de texto extraído da obra de Carolina Maria de Jesus, publicada em 1961, bem como as características e a repercussão da produção literária dessa autora, julgue o item a seguir.


A ausência de representatividade de negros na obra de François René Moreaux constitui índice que permite inferir a discriminação da população negra em relação à vida política brasileira, o que explicaria o fato de ela não se sentir motivada, ainda quase um século depois da proclamação da independência, a comemorar o feriado de 7 de setembro, tal como se pode observar no fragmento da obra Casa de Alvenaria.

Alternativas
Respostas
1961: C
1962: E
1963: E
1964: C
1965: C
1966: C
1967: E
1968: C
1969: E
1970: E
1971: E
1972: C
1973: C
1974: E
1975: C
1976: E
1977: C
1978: C
1979: E
1980: C