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Q1677464 Português
A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo predominantemente feminino. Homens que dançam são geralmente considerados homossexuais, por não se enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro lado, demonstram a não existência de um único tipo de masculinidade, enfatizando que as identidades humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, as representações hegemônicas de gênero e as regulações sociais que essas impõem não se manifestam de forma igual em todas as modalidades de dança. Persiste essa forte representação cultural ocidental que associa o balé à feminilidade e à homossexualidade. Em outras danças, ela não se revela tão forte, e os homens não aparecem em menor número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no moderno hip hop.
ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Movimento, n. 1, 2011 (adaptado).
No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam o(a)
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Q1677463 Português

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: www.vidasimples.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).


A apropriação das informações produzidas na imagem do GPS, nesse texto, tem o propósito de

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Q1677462 Português

Pessoal intransferível


Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. Nada no bolso e nas mãos. Sabendo: perigoso, divino, maravilhoso.


Poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. Difícil é não correr com os versos debaixo do braço. Difícil é não cortar o cabelo quando a barra pesa. Difícil, pra quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos sorridentes. E sair por aí, ainda por cima sorridente mestre de cerimônias, “herdeiro” da poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuam levando, graças a Deus.


E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: leve um homem e um boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. Adeusão.


TORQUATO NETO. Melhores poemas de Torquato Neto. São Paulo: Global, 2018.


Expoente da poesia produzida no Brasil na década de 1970 e autor de composições representativas da Tropicália, Torquato Neto mobiliza, nesse texto,

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Q1677461 Português

Caso pluvioso

A chuva me irritava. Até que um dia

descobri que maria é que chovia.


A chuva era maria. E cada pingo

de maria ensopava o meu domingo.


E meus ossos molhando, me deixava

como terra que a chuva lavra e lava.


E eu era todo barro, sem verdura...

maria, chuvosíssima criatura!


Ela chovia em mim, em cada gesto,

pensamento, desejo, sono, e o resto.


Era chuva fininha e chuva grossa,

Matinal e noturna, ativa... Nossa!


ANDRADE, C. D. Viola de bolso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1952 (fragmento).


Considerando-se a exploração das palavras “maria” e “chuvosíssima” no poema, conclui-se que tal recurso expressivo é um(a)

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Q1677460 Português

Carlos é hoje um homem dividido, Mário, e isso graças às suas cartas.

Às vezes ele torce pelas palmeiras paródicas do Oswald de Andrade (a ninguém cá da terra passou despercebido o título que quer dar ao seu primeiro livro de poemas — Minha terra tem palmeiras). Às vezes não quer esquecer o gélido cinzel de Bilac e a prosa clássica dos decadentistas franceses, e à noite, ao ouvir o chamado da moça-fantasma, fica cismando ismálias em decassílabos rimados. Às vezes sucumbe ao trato cristão da condição humana e, à sombra dos rodapés de Tristão de Ataíde, tem uma recaída jacksoniana. Às vezes não sabe se prefere o barulho do motor do carro em disparada, ou se fica contemplando o sinal vermelho que impõe stop ao trânsito e silêncio ao cidadão. Às vezes entoa loas à vida besta, que devia jazer para sempre abandonada em Itabira. Mas na maioria das vezes sai saracoteando ironicamente pela rua macadamizada da poesia, que nem um pernóstico malandro escondido por detrás dos óculos e dos bigodes, ou melhor, que nem a foliona negra que você tanto admirou no Rio de Janeiro por ocasião das bacanais de Momo.


SANTIAGO, S. Contos antológicos de Silviano Santiago. São Paulo: Nova Alexandria, 2006.


Inspirado nas cartas de Mário de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, o autor dá a esse material uma releitura criativa, atribuindo-lhe um remetente ficcional. O resultado é um texto de expressividade centrada na

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276: C
277: C
278: E
279: C
280: B