Questões do ENEM 2021 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia -Edital 2021

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Q1853173 Literatura

O pavão vermelho


        Ora, a alegria, este pavão vermelho,

        está morando em meu quintal agora.

        Vem pousar como um sol em meu joelho

        quando é estridente em meu quintal a aurora.


        Clarim de lacre, este pavão vermelho

        sobrepuja os pavões que estão lá fora.

        É uma festa de púrpura. E o assemelho

        a uma chama do lábaro da aurora.


        É o próprio doge a se mirar no espelho.

        E a cor vermelha chega a ser sonora

        neste pavão pomposo e de chavelho.


        Pavões lilases possuí outrora.

        Depois que amei este pavão vermelho,

        os meus outros pavões foram-se embora.


COSTA, S. Poesia completa: Sosígenes Costa. Salvador: Conselho Estadual de Cultura, 2001.


Na construção do soneto, as cores representam um recurso poético que configura uma imagem com a qual o eu lírico

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Q1853174 Artes Plásticas
Imagem associada para resolução da questãoImagem associada para resolução da questão
LICHTENSTEIN, R. Garota com bola. Óleo sobre tela, 153 cm x 91,9 cm. Museu de Arte Moderna de Nova York, 1961.
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 4 dez. 2018.
A obra, da década de 1960, pertencente ao movimento artístico Pop Art, explora a beleza e a sensualidade do corpo feminino em uma situação de divertimento. Historicamente, a sociedade inventou e continua reinventando o corpo como objeto de intervenções sociais, buscando atender aos valores e costumes de cada época. Na reprodução desses preceitos, a erotização do corpo feminino tem sido constituída pela 
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Q1853175 Português
Imagem associada para resolução da questão
D'SALETE, M. Cumbe. São Paulo: Veneta, 2018, p. 10-11 (adaptado).
A sequência dos quadrinhos conjuga lirismo e violência ao
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Q1853176 Português
    Naquele tempo, Itaguaí, que, como as demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e da matriz; — ou por meio de matraca.
    Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão. De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam, — um remédio para sezões, umas terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. O sistema tinha inconvenientes para a paz pública; mas era conservado pela grande energia de divulgação que possuía. Por exemplo, um dos vereadores desfrutava a reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses. E dizem as crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto cascavéis dançando no peito do vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso século. 
ASSIS, M. O alienista. Disponível em: www.dominiopubico.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).
O fragmento faz uma referência irônica a formas de divulgação e circulação de informações em uma localidade sem imprensa. Ao destacar a confiança da população no sistema da matraca, o narrador associa esse recurso à disseminação de
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Q1853177 Português
    No ano em que o maior clarinetista que o Brasil conheceu, Abel Ferreira, faria 100 anos, o choro dá mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa riquíssima manifestação da genuína alma brasileira seja forte o suficiente para driblar a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada em sua sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente seu maior admirador, foi quem melhor o definiu, ‘alma sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 músicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à espera de compilação adequada. O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do clarinete, doados em 1995.
    Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, “a música instrumental fica apartada do que é popular porque não vai à sala de concerto. O público em geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui essa situação à falta de conhecimento e à pouca divulgação do gênero nas escolas.
FERRAZ, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).
Considerando-se o contexto, o gênero e o público-alvo, os argumentos trazidos pela autora do texto buscam
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Respostas
41: D
42: C
43: D
44: D
45: C