Questões Militares Para pm-go

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Q1940385 Português

O texto a seguir refere-se à questão.


PRATOS QUEBRADOS

Vladimir Safatle


    “Um homem não se recupera desses solavancos, ele se torna uma pessoa diferente e eventualmente a nova pessoa encontra novas preocupações.” Foi isso o que Scott Fitzgerald tinha a dizer depois de seu colapso nervoso. Ele se via como um prato quebrado, “o tipo que nos perguntamos se vale a pena conservar”. Prato que nunca mais será usado para visitas, mas que servirá para guardar biscoitos tarde da noite.

    De fato, há certos momentos no interior da vida de um sujeito nos quais algo quebra, que não será mais colado. Olhando para trás, é estranho ter a sensação de que andávamos em direção a esse ponto de ruptura, como se fosse impossível evitá-lo caso quiséssemos continuar avançando. Como se houvesse passagens que só poderiam ser vivenciadas como quebra. Talvez isso ocorra porque somos feitos de forma tal que precisamos nos afastar de certas experiências, de certos modos de gozo, para podermos funcionar. Dessa forma, conseguiremos fabricar um prato com nossas vidas, um prato pequeno. A mulher que precisa se afastar da maternidade, o homem que precisa se afastar de uma paixão na qual se misturam coisas que deveriam estar separadas: todos esses são casos de pratos fabricados para não passarem de certo tamanho.

   No entanto, somos às vezes pegos por situações nas quais acabamos por nos confrontar com aquilo que nos horroriza e fascina. Se quisermos continuar, sabemos que, em dado momento, o prato se quebrará, que ele nunca será recuperado, que talvez não funcionará “melhor”, até porque ele viverá com a consciência clara de que há vários pontos da superfície nos quais sua vulnerabilidade ficará visível. Como disse Fitzgerald, um homem não se recupera desses solavancos. Algo desse sofrimento fica inscrito para sempre.

    Mas ele também poderá descobrir que, mesmo depois da quebra, ainda é capaz de se colar, de continuar funcionando, um pouco como esses pratos que pintamos de outra forma para disfarçar as rachaduras. Se bem elaborada, tal experiência poderá levar à diminuição do medo daquilo que, um dia, fomos obrigados a excluir. Talvez aprendamos a compor com doses do excluído, já que a necessidade da exclusão não era simplesmente arbitrária, embora ela não precise ser radicalmente hipostasiada. Algo do excluído poderá ser trabalhado e integrado; algo deverá ser irremediavelmente perdido.

   Um dia, descobriremos que todos os pratos da sala de jantar estão quebrados em algum ponto e que é com pratos quebrados que sempre se ofereceram jantares. Os pratos que não passam por alguma quebra são pequenos e, por isso, só servem para a sobremesa. No entanto, ninguém vai ao banquete por causa da sobremesa.

Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/pratos-quebrados/. Acesso em: 18 abr. 2022.

Sobre a pontuação empregada no texto, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q1940383 Português

O texto a seguir refere-se à questão.


PRATOS QUEBRADOS

Vladimir Safatle


    “Um homem não se recupera desses solavancos, ele se torna uma pessoa diferente e eventualmente a nova pessoa encontra novas preocupações.” Foi isso o que Scott Fitzgerald tinha a dizer depois de seu colapso nervoso. Ele se via como um prato quebrado, “o tipo que nos perguntamos se vale a pena conservar”. Prato que nunca mais será usado para visitas, mas que servirá para guardar biscoitos tarde da noite.

    De fato, há certos momentos no interior da vida de um sujeito nos quais algo quebra, que não será mais colado. Olhando para trás, é estranho ter a sensação de que andávamos em direção a esse ponto de ruptura, como se fosse impossível evitá-lo caso quiséssemos continuar avançando. Como se houvesse passagens que só poderiam ser vivenciadas como quebra. Talvez isso ocorra porque somos feitos de forma tal que precisamos nos afastar de certas experiências, de certos modos de gozo, para podermos funcionar. Dessa forma, conseguiremos fabricar um prato com nossas vidas, um prato pequeno. A mulher que precisa se afastar da maternidade, o homem que precisa se afastar de uma paixão na qual se misturam coisas que deveriam estar separadas: todos esses são casos de pratos fabricados para não passarem de certo tamanho.

   No entanto, somos às vezes pegos por situações nas quais acabamos por nos confrontar com aquilo que nos horroriza e fascina. Se quisermos continuar, sabemos que, em dado momento, o prato se quebrará, que ele nunca será recuperado, que talvez não funcionará “melhor”, até porque ele viverá com a consciência clara de que há vários pontos da superfície nos quais sua vulnerabilidade ficará visível. Como disse Fitzgerald, um homem não se recupera desses solavancos. Algo desse sofrimento fica inscrito para sempre.

    Mas ele também poderá descobrir que, mesmo depois da quebra, ainda é capaz de se colar, de continuar funcionando, um pouco como esses pratos que pintamos de outra forma para disfarçar as rachaduras. Se bem elaborada, tal experiência poderá levar à diminuição do medo daquilo que, um dia, fomos obrigados a excluir. Talvez aprendamos a compor com doses do excluído, já que a necessidade da exclusão não era simplesmente arbitrária, embora ela não precise ser radicalmente hipostasiada. Algo do excluído poderá ser trabalhado e integrado; algo deverá ser irremediavelmente perdido.

   Um dia, descobriremos que todos os pratos da sala de jantar estão quebrados em algum ponto e que é com pratos quebrados que sempre se ofereceram jantares. Os pratos que não passam por alguma quebra são pequenos e, por isso, só servem para a sobremesa. No entanto, ninguém vai ao banquete por causa da sobremesa.

Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/pratos-quebrados/. Acesso em: 18 abr. 2022.

Sobre os mecanismos de coesão empregados no texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1940382 Português

O texto a seguir refere-se à questão.


PRATOS QUEBRADOS

Vladimir Safatle


    “Um homem não se recupera desses solavancos, ele se torna uma pessoa diferente e eventualmente a nova pessoa encontra novas preocupações.” Foi isso o que Scott Fitzgerald tinha a dizer depois de seu colapso nervoso. Ele se via como um prato quebrado, “o tipo que nos perguntamos se vale a pena conservar”. Prato que nunca mais será usado para visitas, mas que servirá para guardar biscoitos tarde da noite.

    De fato, há certos momentos no interior da vida de um sujeito nos quais algo quebra, que não será mais colado. Olhando para trás, é estranho ter a sensação de que andávamos em direção a esse ponto de ruptura, como se fosse impossível evitá-lo caso quiséssemos continuar avançando. Como se houvesse passagens que só poderiam ser vivenciadas como quebra. Talvez isso ocorra porque somos feitos de forma tal que precisamos nos afastar de certas experiências, de certos modos de gozo, para podermos funcionar. Dessa forma, conseguiremos fabricar um prato com nossas vidas, um prato pequeno. A mulher que precisa se afastar da maternidade, o homem que precisa se afastar de uma paixão na qual se misturam coisas que deveriam estar separadas: todos esses são casos de pratos fabricados para não passarem de certo tamanho.

   No entanto, somos às vezes pegos por situações nas quais acabamos por nos confrontar com aquilo que nos horroriza e fascina. Se quisermos continuar, sabemos que, em dado momento, o prato se quebrará, que ele nunca será recuperado, que talvez não funcionará “melhor”, até porque ele viverá com a consciência clara de que há vários pontos da superfície nos quais sua vulnerabilidade ficará visível. Como disse Fitzgerald, um homem não se recupera desses solavancos. Algo desse sofrimento fica inscrito para sempre.

    Mas ele também poderá descobrir que, mesmo depois da quebra, ainda é capaz de se colar, de continuar funcionando, um pouco como esses pratos que pintamos de outra forma para disfarçar as rachaduras. Se bem elaborada, tal experiência poderá levar à diminuição do medo daquilo que, um dia, fomos obrigados a excluir. Talvez aprendamos a compor com doses do excluído, já que a necessidade da exclusão não era simplesmente arbitrária, embora ela não precise ser radicalmente hipostasiada. Algo do excluído poderá ser trabalhado e integrado; algo deverá ser irremediavelmente perdido.

   Um dia, descobriremos que todos os pratos da sala de jantar estão quebrados em algum ponto e que é com pratos quebrados que sempre se ofereceram jantares. Os pratos que não passam por alguma quebra são pequenos e, por isso, só servem para a sobremesa. No entanto, ninguém vai ao banquete por causa da sobremesa.

Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/pratos-quebrados/. Acesso em: 18 abr. 2022.

Assinale a alternativa em que o “se” é uma conjunção integrante.
Alternativas
Q1646170 Odontologia
O controle do comportamento infantil é baseado em princípios científicos e permite que a criança desenvolva uma relação de confiança e atitude positiva com o odontopediatra. A técnica que guia e reforça o comportamento através do contato, postura e expressão facial, é:
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Q1646169 Odontologia
É importante conhecer as características anatômicas de cada dente para se saber diferenciá-los entre si e executar o restabelecimento correto das estruturas perdidas, realizando diagnóstico e tratamentos adequados. Nesse sentido, verifica-se que
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Q1646168 Odontologia
Quando os molares decíduos apresentam comprometimento pulpar avançado, ao exame radiográfico observamos rarefação óssea mais frequentemente localizada na região da bifurcação ou trifurcação, o que ocorre porque
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Q1646167 Odontologia
As crianças diferem dos adultos em relação aos aspectos psicossociais, comportamentais e fisiológicos. As mudanças no desenvolvimento afetam a resposta a fármacos, por isso a prescrição medicamentosa deve ser segura, precisa e eficaz. O cálculo da dose de medicamentos para a prescrição em crianças é baseado
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Q1646166 Odontologia
De acordo com os conceitos atuais para o tratamento de lesões de cárie limitadas ao esmalte em superfícies oclusais de dentes posteriores, o tratamento mais indicado para essas lesões é:
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Q1646165 Odontologia
Hábitos saudáveis são estabelecidos em idade precoce, o que ressalta a importância de programas de atenção à saúde materno infantil e de práticas educativas direcionadas a gestantes e mães de crianças de baixa idade. A saúde bucal de bebês requer alguns cuidados, tais como:
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Q1646164 Odontologia
Indivíduos sob alto desafio cariogênico são aqueles que mais precisam de fluoretos, embora o flúor sozinho não controle a doença se os fatores determinantes forem negligenciados. Quando selecionamos o flúor gel para ser aplicado em moldeira, devemos dar preferência àqueles que apresentam características tixotrópicas. Um gel tixotrópico define-se como aquele que
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Q1646163 Odontologia
As anomalias dentárias são alterações que ocorrem durante o crescimento e desenvolvimento das estruturas anatômicas que compõem os dentes e que seguem padrões hereditários ou adquiridos. As anomalias: amelogênese imperfeita, incisivos laterais conoides, dentinodisplasia e odontoma ocorrem, respectivamente, no período da odontogênese de
Alternativas
Q1646162 Odontologia
Paciente do sexo feminino, 4 anos de idade, sofreu traumatismo no dente 51. Os pais levaram ao consultório a criança, que se queixava de dor ao se alimentar. Ao exame clínico, o dente se apresentou sensível à percussão vertical e horizontal, porém sem deslocamento, apresentando leve mobilidade e presença de hemorragia no sulco gengival marginal. Também verificou-se que não houve perda de estrutura dental. Tendo como base os dados acima, a lesão sofrida pelos tecidos de suporte (ligamento periodontal) é:
Alternativas
Q1646161 Odontologia
Os cimentos de ionômero de vidro (CIV) são materiais bastante utilizados na clínica de odontopediatria. A proteção superficial do CIV com verniz ou vaselina tem por objetivo
Alternativas
Q1646160 Odontologia
A anestesia tópica é aquela que se produz pelo contato direto do agente anestésico com as mucosas, às custas de sua permeabilidade, tornando as terminações nervosas livres incapazes de responderem a estímulos dolorosos, devendo ser sempre realizada em crianças. Sobre a sua adequada utilização, nota-se que
Alternativas
Q1646159 Odontologia
O exame clínico de uma criança com 5 anos de idade, com primeiros molares permanentes não irrompidos, revela no dente 85 a presença de uma grande lesão de cárie e fístula na região vestibular. O exame radiográfico mostra uma extensa lesão na região de furca e reabsorção externa, envolvendo grande parte da raiz distal. A conduta adequada para o caso acima é:
Alternativas
Q1646158 Odontologia
Criança com alta atividade de cárie, incluindo lesões cariosas cavitadas nas distais dos dentes 75 e 85, além de manchas brancas ativas nas mesiais dos dentes 36 e 46. O material restaurador mais adequado aos decíduos referidos, visando prevenir a progressão da lesão de cárie nos dentes permanentes, é:
Alternativas
Q1646157 Odontologia
A grande vantagem do isolamento absoluto na realização de um procedimento de dentística restauradora em odontopediatria se dá em razão de que
Alternativas
Q1646156 Odontologia
Toda exodontia de um dente decíduo deveria ser considerada como uma perda precoce. Qual exodontia pode ser realizada sem trazer problemas de perda de espaço?
Alternativas
Q1646155 Odontologia
Em crianças, a complicação mais comum após a anestesia por bloqueio do nervo alveolar inferior é
Alternativas
Q1646154 Odontologia
O risco para o desenvolvimento da doença cárie na dentição decídua está associado a uma dieta cariogênica e a uma higiene bucal desfavorável, sendo mais prevalente nos pacientes que possuem
Alternativas
Respostas
821: B
822: B
823: A
824: D
825: A
826: C
827: A
828: B
829: D
830: D
831: B
832: A
833: C
834: A
835: D
836: C
837: B
838: B
839: C
840: D