Questões de História - História da América Latina para Concurso
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A Revolução Cubana de 1959 incendiou ideologicamente a América Latina, inclusive o Brasil, estimulando a radicalização das posições políticas, especialmente depois da guinada para o socialismo (1961) do regime de Fidel Castro.
As práticas econômicas mercantilistas vigentes na Europa na Idade Moderna, especialmente pela concepção de que a riqueza do Estado estava atrelada ao entesouramento, foram transplantadas, em larga medida, para as colônias ibéricas na América, entre as quais o Brasil.
Doze países votaram por ativar um tratado de defesa mútua do continente americano para tratar da crise venezuelana.
O conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu, nesta quarta-feira (11), aprovar uma resolução proposta pela Colômbia para ativar o Tratado de Interamericano Assistência Recíproca (TIAR) contra a Venezuela. Como resultado, uma reunião com os ministros do Exterior dos países-membros será convocada para a segunda quinzena de setembro para deliberar sobre possíveis medidas.
(Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2019/09/11/oea-resgata-tratado-da-guerra-fria-para-aumentar-pressao-contra-maduro-na-venezuela.)
No início de 2019, a Venezuela chegou ao ápice de uma crise político-econômica que já vinha se estendendo desde 2017, com o governo de Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, e, agora, com um governo paralelo deflagrado pelo presidente da Assembleia Juan Guaidó. Tal acontecimento levou os países vizinhos a ativar a OEA e mais ainda o TIAR conhecido também como Tratado do Rio, pois foi firmado no Rio de Janeiro em 1947 como forma de proteção mútua dos países. Sobre a OEA e o TIAR, podemos considerar que:
Mais prudente e refletido do que os seus vizinhos espanhóis, o Brasil mediu a grandeza do objeto: derrubar o antigo edifício e erguer o novo; conheceu-se com forças de o fazer, e assim o tem felizmente executado sem se precipitar na torrente de desgraças que nem os Iturbides, nem os S. Martines, nem os Bolívares, com todos os seus talentos, são capazes de suster. Para nos convencermos, pois, desta verdade, acompanhemos as duas potências na sua revolução, e vejamos o futuro que uma e outra nos promete. [...] Tal tem sido a marcha do Brasil no curso da sua regeneração; marcha que tem constituído das suas diferentes partes um todo colossal, que o torna respeitável aos estranhos, formidável aos inimigos, e afiança para o futuro à perpetuidade do seu sistema.
(Diário do Governo n.28, 05/02/1823, grifos no original). (Fonte: PIMENTA, João Paulo G. A independência do Brasil como uma revolução: história e atualidade de um tema clássico. História da historiografia- Ouro Preto- n. 3, Set. de 2009, p. 52-82.)
Neste ano, estamos comemorando o bicentenário da Independência do Brasil, tema e muitos trabalhos historiográficos no século XX, por sua perspectiva conservadora, levaram a vários questionamentos sobre o nosso rompimento com a metrópole portuguesa. Com relação ao processo de independência da América Latina que foi com o uso da força e da violência, nosso processo pareceu mais pacífico, sendo, por isso, elogiado, nos jornais da época, como nos mostra a citação acima. Nesse sentido, podemos considerar que o processo de Independência foi:
I- Diferente da América Latina pela presença da Família Real que tornou o Brasil a sede do Império, criando uma estrutura de metrópole para comportar a corte que chegou aqui fugida em 1808.
II- Considerado revolucionário hoje porque houve um rompimento do sistema colonial, abrindo as portas para o Capitalismo Industrial do café e da cana-de-açúcar mesmo mantendo o sistema escravista.
III- Mediado pelos fazendeiros e pelos políticos que defendiam a manutenção da escravidão sob o argumento que não saberiam utilizar outra forma de mão de obra que não fosse a escrava, colocando em risco a economia.
IV- Revolucionária, mas não rompeu com o sistema colonial e com a quebra de monopólio comercial que era imposto por Portugal e Espanha, marcando uma transição do Feudalismo para o Capitalismo.
V- Manteve a monarquia e o sistema escravista por causa da política conciliatória entre os fazendeiros de cana-de-açúcar e de café, marcando a permanência feudal no modo de produção.
Estão CORRETAS:
No deslace da última guerra de Independência de Cuba, no século XIX, dada a intervenção, a revolução foi bloqueada no plano _____________ e paralisada no plano político, o que resultou dele foi, em sentido estrito, uma transição __________ para uma ________ e longínqua emancipação nacional.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
O Haiti foi a última colônia a protagonizar uma revolução
levada adiante por escravos oriundos da África em
território americano.
Quanto ao período da Revolução Mexicana, julgue (C ou E) o item a seguir.
A ascensão de Álvaro Obregón ao poder, em 1920,
levou a um investimento em políticas culturais
ambiciosas, que iam desde iniciativas contra o
analfabetismo até o fomento de coleções literárias
contendo textos nacionais e internacionais tidos por
necessários à formação para a cidadania. Também
remonta a esse momento a criação do Departamento
de Belas-Artes.
Quanto ao período da Revolução Mexicana, julgue (C ou E) o item a seguir.
O Congresso Constituinte de 1916 foi composto,
majoritariamente, por políticos experientes e leais a
Venustiano Carranza, os quais, divididos entre alas
reformistas e conservadoras, lograram fortalecer os
poderes presidenciais e vetar as demandas anticlericais
encampadas pelos aliados de Obregón, principalmente
o interesse de proibir a educação religiosa nos
estabelecimentos oficiais de ensino primário do país.
Quanto ao período da Revolução Mexicana, julgue (C ou E) o item a seguir.
O governo de Victoriano Huerta foi marcado, além de
crises econômicas e tensões diplomáticas com
os Estados Unidos da América, pela ascensão de
movimentos trabalhistas. Foi esse o período
da formação da Confederação de Grêmios
Mexicanos (CGM).
Quanto ao período da Revolução Mexicana, julgue (C ou E) o item a seguir.
Um episódio importante no âmbito das movimentações
políticas que vieram a culminar na Revolução
Mexicana diz respeito ao conjunto de discussões
conduzidas por Francisco Madero, ao lado de aliados
antirreeleicionistas, no Texas, onde foi elaborado o
plano de San Luis Potosí. Embora o plano tenha
chamado a atenção de setores do campesinato de
Chihuahua e Morelos com promessas de reforma
agrária, foi rechaçado pelos fazendeiros dos estados do
norte, que o consideraram uma ameaça à sua
prosperidade econômica.
A respeito da crise da monarquia espanhola e dos processos de independência na América, julgue (C ou E) o item a seguir.
Até o fim de 1810, todos os cabildos do Chile já
haviam aderido à Junta de Governo sediada em
Santiago. No entanto, os grupos dirigentes criollos não
manifestaram apoio explícito e generalizado à ruptura
com a Coroa espanhola até 1812, preferindo privilegiar
a defesa de uma autonomia circunstancial.
A respeito da crise da monarquia espanhola e dos processos de independência na América, julgue (C ou E) o item a seguir.
Entre as repercussões da crise dinástica espanhola no rio da
Prata, destaca-se o esforço do governador de Montevidéu,
Francisco Javier de Elío, pela deposição do vice-rei de
Buenos Aires. A convocação de um cabildo abierto para
tomar providências a respeito da questão e a campanha
publicitária contra o vice-rei foram estimuladas por um
forte sentimento antiportenho.
A respeito da crise da monarquia espanhola e dos processos de independência na América, julgue (C ou E) o item a seguir.
Na Nova Espanha, o primeiro movimento
insurrecional deu-se com o Grito de Dolores,
estimulado pelo padre Miguel Hidalgo na província de
Guanajuato. Hidalgo renegava os espanhóis
peninsulares porque teriam impedido o autogoverno
dos espanhóis americanos e por terem capitulado
perante os franceses, considerados hereges pelo padre.
A respeito da crise da monarquia espanhola e dos processos de independência na América, julgue (C ou E) o item a seguir.
As chamadas Abdicações de Bayona constituem um
momento decisivo de crise da monarquia espanhola. O
estabelecimento da nova dinastia deflagrou reações
contrárias à ocupação francesa tanto na Europa quanto na
América. Os setores liberais organizaram-se na forma de
juntas provinciais que formaram a Junta Suprema e
Governativa, em Sevilha, ao passo que os reformistas e
legitimistas optaram por aderir a um Conselho de Regência.