Questões de História para Concurso
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Para Philipe Ariès, a “dimensão diacrônica” do tempo é percebida quando se constata a diferença entre o ontem e o hoje e o objetivo da pesquisa histórica é a explicação dessa diferença. O autor e historiador Lucien Febvre sustenta que a função da História é explicar o mundo ao mundo, organizar o passado em função do presente, o que significa que o historiador se dirige ao presente, a seus contemporâneos. O tempo da históriaproblema seria um tempo de diálogo, de aproximação, observação e comunicação (REIS, 2012).
É através da área de Ciências Humanas e do ensino de História que os alunos podem desenvolver a capacidade de observação de diferentes indivíduos. A respeito do ensino de História, baseado na BNCC para Educação Infantil e Ensino Fundamental, assinale a alternativa incorreta.
“A relação passado/presente não se processa de forma automática, pois exige o conhecimento de referências teóricas capazes de trazer inteligibilidade aos objetos históricos selecionados. Um objeto só se torna documento quando apropriado por um narrador que a ele confere sentido, tornando-o capaz de expressar a dinâmica da vida das sociedades. Portanto, o que nos interessa no conhecimento histórico é perceber a forma como os indivíduos construíram, com diferentes linguagens, suas narrações sobre o mundo em que viveram e vivem, suas instituições e organizações sociais” (BNCC, 2017, p. 395).
No que se refere à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e suas competências específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental em História, assinale a alternativa incorreta.
No livro “A transição do Feudalismo para o Capitalismo” o autor Rodney Hilton escreve em seu artigo: “Capitalismo – O que representa esta palavra?”, algumas das ideias do sociólogo Karl Marx e de como ele entendia a palavra “Capitalismo primitivo”:
Acreditava ele que as instituições sociais e políticas, as ideias e conquistas de qualquer sociedade derivam realmente de seu modo de produção. A renda feudal paga pelo camponês ao terratenente, quer em trabalho, espécie ou dinheiro, é análoga a mais-valia que o capitalista tira do assalariado. A renda do solo no capitalismo não é a principal fonte de rendimentos da classe dominante. É apenas um superlucro extraído pelo terratenente do fazendeiro capitalista em virtude de seu monopólio de uma força da natureza, a terra. (HILTON, 1997).
A respeito da transição do Feudalismo para o Capitalismo, leia as alternativas abaixo e assinale a incorreta.
De 1974 em diante, nas condições relativamente favoráveis criadas pela distensão lenta, segura e gradual, comandada pelo general Geisel, haveria um reflorescimento lento das esquerdas moderadas e democráticas na sociedade. A mudança da ditadura não fora em uma noite. Mas, triunfaria algum dia pela manhã confirmando a profecia do poeta Thiago de Melo: “Faz escuro, mas eu canto, porque a manhã vai chegar.” Em 1979 a manhã chegou, finalmente (REIS, 2005). Em relação ao período citado acima, atribua valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Em 1979, já na administração Figueiredo, o Congresso aprovou a anistia, que, embora limitada, permitiu a reintegração à vida pública de políticos exilados e de ativistas de esquerda punidos pelo Regime Militar.
( ) A Reforma Partidária ocorrida nesse período, fim do bipartidarismo, representou importante avanço no processo de liberalização, mas foi também uma estratégia do Governo para dividir a oposição e assim manter a transição sob controle.
( ) Entre diversas decisões de natureza econômica, podemos citar o AI-8 que estabeleceu uma liberdade aos Estados, Distritos Federais e Municípios, com mais de 200.000 habitantes, para fazer reformas administrativas por Decreto-Lei.
( ) O agravamento dos problemas externos deixados pelo governo de Geisel obrigou a equipe econômica de Figueiredo, seu sucessor, a mudar radicalmente a política econômica. Uma tentativa de reajuste econômico foi pela primeira vez implementada.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
A produção, conservação e transmissão da cultura popular é o objetivo principal dos Mestres da Cultura no Ceará. Em Juazeiro do Norte encontram-se entre alguns de seus representantes e suas respectivas atividades:
I. Mestre Pedro Bandeira representou Juazeiro em 2017 com as atividades de cantoria, repente e atividade de cordel.
II. Mestre Tico no ano de 2015 tornou-se Mestre da Cultura com reisado.
III. Mestre Geraldo Ramos foi considerado Mestre da Cultura com a atividade artesanato de relojoaria de torre, coluna e sinos de igreja.
IV. Mestre Maurício Flandeiro destacou-se em 2010 na arte de trabalhar com flandres.
Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.
Em 3 de setembro de 1759 a Coroa portuguesa expulsou a Companhia de Jesus de todos os seus territórios ultramarinos.
Entre as principais razões apontadas para o banimento da ordem religiosa está:
A Escola dos Annales é um movimento historiográfico do século XX que se constituiu em torno do periódico acadêmico francês Annales d'histoire économique et sociale, tendo se destacado por incorporar métodos das Ciências Sociais à História. Destacou-se posteriormente por divulgar a chamada “nova história” e desenvolver a “história das mentalidades”.
Entre seus precursores e fundadores do periódico estavam:
Leia parte de uma entrevista com Plínio Salgado, líder do movimento Integralista dos anos 30: “Contando eu a Mussolini o que tenho feito, ele achou admirável o meu processo, dada a situação diferente de nosso país. Também como eu, ele pensa que, antes da organização de um partido, é necessário um movimento de ideias [...] Refleti sobre a necessidade que temos de dar ao povo brasileiro um ideal que o conduza a uma finalidade histórica. Essa finalidade, capaz de levantar o povo, é o Nacionalismo impondo ordem e disciplina no interior, impondo a nossa hegemonia na América do Sul”. (SALGADO apud TRINDADE, 1979).
O movimento Integralista brasileiro, que se inspirava em ideias fascistas, ficou conhecido pela saudação “ANAUÊ”, que, segundo os integralistas, em língua tupi quer dizer:
Leia o trecho de uma redação escolar de um menino de 12 anos. Ele descreve seu cotidiano de operário, enfiando linhas nas agulhas dos teares, nos anos 1880. "Assim que me levanto pela manhã, tenho que descer as escadas até o porão, para começar minha jornada. São mais ou menos cinco e meia da manhã. Aí eu tenho que enfiar as linhas nas agulhas dos teares até as sete horas e só então tomo o café-da-manhã. Depois volto ao trabalho até a hora de ir para a escola. Quando a escola termina, às onze horas, vou para casa e volto para as agulhas até às doze horas. Almoço e volto a trabalhar até pouco antes de uma da tarde. Retorno à escola, onde aprendo muitas coisas úteis. Quando chego em casa, trabalho até escurecer. Aí janto. Depois da janta, trabalho novamente até as dez da noite. Às vezes, quando o trabalho é urgente, fico até às onze da noite no porão. Depois digo aos meus pais boa noite e vou dormir.
É assim todos os dias”. As indústrias entre os séculos XVIII e XIX aumentaram muito os casos de exploração infantil porque:
“O Programa Nacional de Desestatização serviu como um marco regulatório para a privatização de numerosas companhias estatais brasileiras. O PND é um regime jurídico relativamente flexível, pois permite ao administrador público um espaço discricionário para a adoção de critérios e procedimentos diferentes, que vão de acordo com as necessidades técnicas específicas de cada equipamento a ser desestatizado, bem como orientações ideológicas”. (SANTOS; VARÃO, 2007)
O Programa Nacional de Desestatização foi elaborado e implementado pelo governo:
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de História, no terceiro e quarto ciclos do Ensino fundamental, (...) “Espera-se que ao longo do ensino fundamental os alunos gradativamente possam ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente confrontando-a e relacionando-a com outras realidades históricas, e, assim, possam fazer suas escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações”. (PCN, 1998, p. 43)
Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de, entre outros:
“Em quase todos os lugares do mundo não europeu a chegada do homem branco gerou algum tipo de resistência, reação que culminou no grande movimento de descolonização em todo o Terceiro Mundo”. (SAID, 2011). No contexto das descolonizações, entre o final do século XIX e durante o século XX além da resistência armada, houve também um empenho considerável na:
“A ideia do nascimento de uma cultura afro-americana tem sido pensada na sua dimensão política, conceitual e histórica. Se há uma série de práticas culturais no Brasil, ou nas Américas, que podem ser “localizadas” na África, é importante discutir os significados dessas continuidades. Mas não só das continuidades, já que não é possível pensar a permanência de uma cultura apenas africana (e/ou negra) nas Américas. Ou seja, inversamente, também é importante pensar as descontinuidades, ou o que os descendentes de africanos fazem (ou fizeram) no Brasil que não se encontra na África”. (MATTOS, 2008)
Segundo o trecho acima, o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana são uma oportunidade para:
Em 1826 Simon Bolívar convocou o primeiro Congresso dos Estados Americanos que contou com a participação da Grã Colômbia (atualmente os territórios da Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela), da América Central (Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador), dos Estados Unidos Mexicanos e do Peru, tendo como observadores a Grã-Bretanha e a Holanda.
Esse congresso visava, entre outros:
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de Novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos Um dos principais pontos era de que as nações perdedoras pagariam reparações aos países da Tríplice Entente. Entre os Estados que deveriam reconhecer a derrota e pagar reparações estão:
Leia o trecho de Emílio, romance de Jean-Jacques Rousseau de 1762: “Já que precisamos absolutamente de livros, existe um que oferece, a meu ver, o melhor tratado de educação natural. Será o primeiro livro que Emílio lerá; sozinho, constituirá por bastante tempo sua biblioteca inteira, e nela sempre ocupará um lugar de destaque. Será o texto a que todas as nossas conversas sobre ciências naturais servirão apenas de comentários. Servirá de prova durante nosso aprendizado sobre o estado de nosso juízo e, enquanto nosso gosto não se corromper, sua leitura sempre nos agradará. Qual é então, esse livro maravilhoso? Será Aristóteles? Será Plínio? Buffon? Não, é Robinson Crusoé”. (Rousseau, 1995, p. 233, Apud: DINARDO, 2001, p.205)
Uma razão ligada aos fundamentos do Iluminismo que levou o preceptor de Emílio recomendar a obra de Daniel Defoe foi a seguinte:
Em seu diário Colombo registrou ao chegar em uma das ilhas do Caribe: "Estou convencido de que isto é uma terra firme, imensa, sobre a qual até hoje nada se soube. E o que me reforça a opinião é o fato deste rio tão grande, e do mar que é doce; em seguida, são as palavras de Esdras em seu livro IV, capítulo 6, onde ele diz que seis partes do mundo são de terra seca e uma de água, este livro tendo sido aprovado por Santo Ambrósio em seu Hexamerone por Santo Agostinho (...) Além disso, asseguraram-me as palavras de muitos índios canibais que eu tinha apresado em outras ocasiões, os quais diziam que ao sul de seu país estava a terra firme". (Historia, 1, 138, Apud: TODOROV, A conquista da América. P. 64).
As argumentações de Colombo expressam, em parte, os seguintes impulsos essenciais às Grandes Navegações:
Hilário Franco Junior, ao analisar o fenômeno das Cruzadas (1096- 1270), afirma que podem ser interpretadas como “válvula de escape para as tensões sociais, econômicas e políticas presentes na sociedade feudal” (FRANCO JÚNIOR, 1999, p. 10).
Entre as principais razões para as tensões sociais, econômicas e políticas entre os séculos XII e XIII, pode-se apontar:
“Na pesquisa histórica (...) Têm sido fortalecidas, por outro lado, diferentes abordagens que enfatizam a problematização do social, procurando ora nos grandes movimentos coletivos, ora nas particularidades individuais, de grupos e nas suas inter-relações, o modo de viver, sentir, pensar e agir de homens, mulheres, trabalhadores, que produzem, no dia-a-dia e ao longo do tempo, as práticas culturais e o mundo social. Nesta última tendência, que não deixa de abrigar diferentes modelos analíticos e conceituais, as obras de arte, as articulações de poderes religiosos, os rituais, os costumes, as tradições, os desvios de comportamento, as resistências cotidianas, os valores presentes em imagens e textos, as relações e papéis interpessoais e intergrupais, são abordados em suas particularidades, em suas inter-relações ou na perspectiva de suas permanências e transformações no tempo”.
PCN, História 3° e 4° ciclos, 1997. P. 31.
A abordagem citada no PCN tem contribuído para:
Em 1801 Napoleão Bonaparte assinou a Concordata com a Santa Sé, mas ao promulgá-la acresceu “Setenta e sete Artigos Orgânicos” que obrigava: