Questões de Concurso
Comentadas sobre história da educação dos surdos em libras
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Considere o texto que segue:
Trata-se de um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e a narrar-se como se fosse ouvinte. Além disso, é nesse olhar-se, e nesse narrar-se que acontecem as percepções do ser deficiente, do não ser ouvinte que legitimam as práticas terapêuticas habituais (SKLIAR, 2010, p. 15).
O constructo teórico dos Estudos Surdos presente nesse excerto é
Sobre a educação de surdos, analise as afirmações a seguir.
1) A educação bilíngue é uma proposta de ensino surgida nas escolas de surdos, originada da teoria crítica, com o entendimento de que a pessoa surda não é mais rotulada como deficiente, mas como sujeito compreendido em uma cultura.
2) O bilinguismo surge inicialmente da compreensão de que a educação de surdos tem a necessidade de os surdos serem instruídos em duas línguas.
3) A comunicação total substituiu o oralismo, que, com a presença da teoria criacionista, admite adequação ao modelo educacional de pessoas surdas.
4) A comunicação total propôs combinar o oralismo com a língua de sinais, bem como estratégias pedagógicas com enfoque na comunicação.
5) O fato de vivermos em sociedades, majoritariamente, de falantes de línguas orais faz que os sujeitos falantes apenas de línguas de sinais sofram limitações nas interações educacionais em escolas comuns.
Estão corretas:
I As filosofias da educação de surdos têm início e fim bem delimitados, não convivendo entre si num mesmo momento histórico: o oralismo perdurou de 1880 a 1970; a Comunicação Total, de 1970 a 1990; e o Bilinguismo de 1990 até o dia em que uma nova filosofia surgir. II O oralismo concebe o surdo como sujeito a ser curado. III A Comunicação Total considera a Língua de Sinais e a Língua Oral como formas de comunicação legítimas para o surdo. IV O Bilinguismo defende a extinção de escolas inclusivas.
Sobre as Filosofias da Educação de Surdos, estão corretas as assertivas
[...] os surdos sempre souberam, intuitivamente, que a língua de sinais era uma língua. Mas talvez fosse preciso uma confirmação científica antes que esse conhecimento pudesse tornar-se consciente e explícito e formar a base de uma nova e arrojada consciência dos surdos sobre sua própria língua.
O reconhecimento científico de que fala o autor aconteceu
Considere o excerto abaixo:
"[...] no convívio com os surdos, o abade L’Epée percebe que os gestos cumpriam as mesmas funções das línguas faladas e, portanto, permitiam uma comunicação efetiva entre eles. E assim inicia-se o processo de reconhecimento da Língua de Sinais. Não apenas em discursos, mas em práticas metodológicas desenvolvidas por ele [...]. Além disso, para o abade, os sons articulados não eram o essencial na educação de surdos, mas sim a possibilidade que tinham de aprender a ler e a escrever através da Língua de Sinais, pois essa era a forma natural que possuíam para expressar suas ideias. A língua utilizada no processo educativo era a de sinais. É interessante realçar que, nessa época, a educação de surdos tinha os mesmos objetivos que a educação dos ouvintes, ou seja, o acesso à leitura. Para o abade, a comunicação em sala de aula se efetivava graças ao domínio que ambos, professores e alunos, tinham da Língua de Sinais. Portanto, não se justificava poucos alunos surdos nesse espaço, mas sim classes com a mesma arquitetura das escolas públicas para ouvintes." (SILVA, 2006, p. 23).
QUADROS, Ronice Müller de. (Org.). Estudos surdos I. Petrópolis: Arara Azul, 2006. p. 14-37. (Série Pesquisas).
Nesse excerto, há descrição de fatos decorrentes da