Questões de Literatura - Gêneros Literários para Concurso

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Q2555062 Literatura
Assinale a única alternativa que indica um gênero literário. 
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Q2555059 Literatura
Em relação ao gênero narrativo, avalie a relação entre os romances e autores, assinalando a alternativa cuja correspondência está INCORRETA. 
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Q2497102 Literatura
Leia com atenção o texto a seguir para responder à questão.

Texto 1

Tentação 

       Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
       Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
       Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
       Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.
       A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.
       Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
       Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
       Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
       No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.
       Mas ambos eram comprometidos.
       Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
       A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina.
       Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.

Fonte: (LISPECTOR, Clarice. Tentação. In Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 46-48.) 
Conforme suas características relativas ao conteúdo e à estrutura, o texto 1 é um exemplo do gênero: 
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Q2470971 Literatura

Leia o Texto 3 para responder à questão.


Texto 3


INTERVENÇÃO HUMANA


O homem como ser animal,

De todos é o mais perigoso,

Pelo seu diferencial.

É dotado de inteligência,

Tem o domínio da ciência,

É um ser sensacional,

Homem de grande sapiência.

Domina a fala e a escrita,

Constrói a morada onde habita,

Defensor da ética e da moral,

Faz o bem e faz o mal.

Mas destrói a natureza sem pena,

E nessa intervenção humana,

Contribui para um desastre total.

Não destrói com tua vida. Pensas que és imortal? 


KAMBEBA, Márcia Wayna. O lugar do Saber. São Leopoldo: Casa Leiria, 2020. p. 38.

Na organização do texto, a autora confere ao eu lírico uma voz cuja intenção é
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Q2463309 Literatura
Qual é a diferença principal entre a poesia tradicional e a contemporânea:
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Q2447959 Literatura
Leia o texto para responder a questão de Língua portuguesa

“UMA VELA PARA DARIO” 

Dalton Trevisan

    Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram em chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade e sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade. Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes. O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. A última boca repetiu: 
    - Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair. 

    Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág. 20. Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.

Um(a) ………. é um gênero literário marcado por uma narrativa curta que gira em torno de uma única ação dramática. O desenrolar deste drama central possui início, meio e fim bem definidos e, em geral, há poucos personagens envolvidos na trama.

Massaud Moisés, em A Criação Literária - Prosa I, define um(a) da seguinte maneira: “(o)(a).................... é, pois, uma narrativa unívoca, univalente: constitui uma unidade dramática, uma célula dramática, visto gravitar ao redor de um só conflito, um só drama, uma só ação. (…) A ação pode ser externa, quando as personagens se deslocam no espaço e no tempo, e interna, quando o conflito se localiza em sua mente.”

O espaço de tempo em que a narrativa do(a).......................ocorre também é parte das suas características. Trata-se geralmente de um período curto — de horas, dias ou poucas semanas.

Com relação ao espaço físico da narrativa, ele também é restrito, quando se trata de uma ação externa. Moisés pontua: “começando pela noção de espaço, verificamos que o lugar onde as personagens circulam é sempre de âmbito restrito. No geral, uma rua, uma casa, e, mesmo, um quarto de dormir ou uma sala de estar basta para que o enredo se organize. Raramente os protagonistas se movimentam para outros lugares.”



Qual subgênero literário, pertencente ao gênero narrativo, preenche corretamente os espaços em branco do texto acima? Assinale a alternativa correta. 

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Q2446892 Literatura

Julgue o item que se segue. 


O gênero narrativo consiste na apresentação de traços ou características de uma pessoa, objeto, ambiente, cena etc. Os textos mais comuns desse gênero são os perfis jornalísticos de alguma celebridade ou instituição.

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Q2434298 Literatura

O Cântico da Terra

.

Eu sou a terra, eu sou a vida.

Do meu barro primeiro veio o homem.

De mim veio a mulher e veio o amor.

Veio a árvore, veio a fonte.

Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.

Sou o chão que se prende à tua casa.

Sou a telha da coberta de teu lar.

A mina constante de teu poço.

Sou a espiga generosa de teu gado

e certeza tranquila ao teu esforço

Sou a razão de tua vida.

De mim vieste pela mão do Criador,

e a mim tu voltarás no fim da lida.

Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.

Tua filha, tua noiva e desposada.

A mulher e o ventre que fecundas.

Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.

Teu arado, tua foice, teu machado.

O berço pequenino de teu filho.

O algodão de tua veste

e o pão de tua casa.

E um dia bem distante

a mim tu voltarás.

E no canteiro materno de meu seio

tranquilo dormirás.

Plantemos a roça.

Lavremos a gleba.

Cuidemos do ninho,

do gado e da tulha.

Fartura teremos

e donos de sítio

felizes seremos.


Cora Coralina

O eu-lírico do texto O Cântico da Terra, de Cora Coralina, é:

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Q2404973 Literatura

Firmo, o vaqueiro


No dia seguinte, à hora em que saía o gado, estava eu debruçado à varanda quando vi o cafuzo que preparava o animal viajeiro:

— Raimundinho, como vai ele?...

De longe apontou a palhoça.

— Sim.

O braço caiu-lhe, olhou-me algum tempo comovido; depois, saltando para o animal, levou o polegar à boca fazendo estalar a unha nos dentes: “Às quatro horas da manhã... Atirei um verso e disse, para bulir com ele: Pega, velho! Não respondeu. Tio Firmo, mesmo velho e doente, não era homem para deixar um verso no chão... Fui ver, coitado!... estava morto”. E deu de esporas para que eu não lhe visse as lágrimas.


NETTO, C. In: MARCHEZAN, L. G. (Org.). O conto regionalista. São Paulo: Martins Fontes, 2009.


A passagem registra um momento em que a expressividade lírica é reforçada pela

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Q2403708 Literatura

Texto 11 para responder às questões 79 e 80.


1--------Sou um homem arrasado. Doença! Não. Gozo

-----perfeita saúde. Quando o Costa Brito, por causa de duzentos

-----réis que me queria abafar, vomitou os dois artigos, chamou

4----me doente, aludindo a crimes que me imputam. O Brito da

-----Gazeta era uma besta. Até hoje, graças a Deus, nenhum

-----médico me entrou em casa. Não tenho doença nenhuma.

7----O que estou é velho. Cinquenta anos pelo S. Pedro.

-----Cinquenta anos perdidos, cinquenta anos gastos sem

-----objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado

10---é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta

-----casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade

-----embotada.

13-------Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se

-----uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e

-----dormir como um orco! Levantar-se cedo todas as manhãs e

16---sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida

-----para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que

-----estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar

19---tudo?

1--------Levanto-me, procuro uma vela, que a luz vai apagar-se.

-----Não tenho sono. Deitar-me, rolar no chão até a

22---madrugada, é uma tortura. Prefiro ficar sentado, concluindo

-----isto. Amanhã não terei com que me entreter.

1--------De longe em longe sento-me fatigado e escrevo uma

25---linha. Digo em voz baixa:

26---- Estraguei a minha vida, estraguei-a estupidamente.


----------------------------------RAMOS, Graciliano. São Bernardo.

-------------São Paulo: Editora Martins Fontes, 1970, com adaptações.

A principal expressão do romance de 30 encontra-se no regionalismo nordestino representado por escritores. Esse gênero narrativo também teve bastante relevância em outro movimento literário. Considerando-se o contexto apresentado, assinale a alternativa que relaciona, corretamente, o movimento literário, a obra e seu autor.

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Q2403355 Literatura

INSTRUÇÃO: Leia esta citação de Fernando Pessoa para responder às questões de 7 a 10.

-

“Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cômodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.”

-

Disponível em: www.livroecafe.com.

Acesso em: 27 mar. 2021.

A voz poética que se expressa em primeira pessoa no texto sugere identificar-se

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Q2403009 Literatura
Literatura de cordel é uma manifestação literária do interior do nordeste brasileiro. É um gênero literário que tem por característica:
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Q2381671 Literatura
“Vou-me Embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei...”

Este é um poema de:
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Q2381007 Literatura
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a diferença entre "gênero literário" e "gênero jornalístico".
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Q2379845 Literatura
A literatura de cordel é uma das mais ricas manifestações da cultura popular brasileira. Nela, a linguagem é o principal veículo de expressão e, por isso, é preciso que o cordelista seja um bom conhecedor das palavras e saiba como usá-las, pois, como ele mesmo diz, "o cordel é a voz do sertão". A linguagem do cordel é bastante peculiar, com um vocabulário que, em muitos casos, já não é mais utilizado no português falado no Brasil. (BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 15 out. 2023. Adaptado).

A peculiaridade da linguagem do cordel deve-se ao fato de o texto ser
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Q2373060 Literatura
Leia o texto a seguir:
ATO PRIMEIRO

Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores, cortinas etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela etc., etc.

CENA 1
AMBRÓSIO
(só, de calça preta e chambre) — No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo o homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. 
(PENA, Martins. O noviço. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.)

De acordo com as características estruturais do texto apresentado, pode-se afirmar que:

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Q2373058 Literatura
“Uma das características mais marcantes do texto literário é a sua função _______________ por oposição à função _______________ do texto não-literário.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 
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Q2364044 Literatura

A um poeta 



Longe do estéril turbilhão da rua,


Beneditino*, escreve! No aconchego


Do claustro, na paciência e no sossego,


Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! 



Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço; e a trama viva se construa


De tal modo, que a imagem fique nua,


Rica mas sóbria, como um templo grego. 



Não se mostre na fábrica o suplício


Do mestre. E, natural, o efeito agrade,


Sem lembrar os andaimes do edifício: 



Porque a Beleza, gêmea da Verdade,


Arte pura, inimiga do artifício,


É a força e a graça na simplicidade.



Olavo Bilac. Tarde. In: Olavo Bilac: obra reunida (org. Alexei Bueno).


Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 268.


*monge da ordem de S. Bento 

Considerando a leitura do poema apresentado e os aspectos da obra de Olavo Bilac, assinale a opção correta. 
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Q2364043 Literatura
Canção do Exílio 


Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá. 


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores. 


Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá. 


Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar — sozinho, à noite —

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá. 


Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Gonçalves Dias. Primeiros cantos. 

In: Gonçalves Dias: poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1972. 
Assinale a opção correta em relação ao poema precedente e à obra poética de Gonçalves Dias. 
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Q2364042 Literatura
Considerando aspectos estilísticos tanto da obra do poeta Antonio Gonçalves Dias quanto do movimento literário a que ele é historicamente vinculado, assinale a opção correta. 
Alternativas
Respostas
101: B
102: D
103: C
104: A
105: A
106: D
107: E
108: D
109: D
110: E
111: B
112: A
113: A
114: C
115: B
116: B
117: B
118: B
119: E
120: B