Questões de Literatura - Gêneros Literários para Concurso
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Leia o Texto 3 para responder à questão.
Texto 3
INTERVENÇÃO HUMANA
O homem como ser animal,
De todos é o mais perigoso,
Pelo seu diferencial.
É dotado de inteligência,
Tem o domínio da ciência,
É um ser sensacional,
Homem de grande sapiência.
Domina a fala e a escrita,
Constrói a morada onde habita,
Defensor da ética e da moral,
Faz o bem e faz o mal.
Mas destrói a natureza sem pena,
E nessa intervenção humana,
Contribui para um desastre total.
Não destrói com tua vida. Pensas que és imortal?
Um(a) ………. é um gênero literário marcado por uma narrativa curta que gira em torno de uma única ação dramática. O desenrolar deste drama central possui início, meio e fim bem definidos e, em geral, há poucos personagens envolvidos na trama.
Massaud Moisés, em A Criação Literária - Prosa I, define um(a) da seguinte maneira:
“(o)(a).................... é, pois, uma narrativa unívoca, univalente: constitui uma unidade dramática,
uma célula dramática, visto gravitar ao redor de um só conflito, um só drama, uma só ação. (…) A
ação pode ser externa, quando as personagens se deslocam no espaço e no tempo, e interna, quando
o conflito se localiza em sua mente.”
O espaço de tempo em que a narrativa do(a).......................ocorre também é parte das suas
características. Trata-se geralmente de um período curto — de horas, dias ou poucas semanas.
Com relação ao espaço físico da narrativa, ele também é restrito, quando se trata de uma ação externa. Moisés pontua: “começando pela noção de espaço, verificamos que o lugar onde as personagens circulam é sempre de âmbito restrito. No geral, uma rua, uma casa, e, mesmo, um quarto de dormir ou uma sala de estar basta para que o enredo se organize. Raramente os protagonistas se movimentam para outros lugares.”
Qual subgênero literário, pertencente ao gênero narrativo, preenche corretamente os espaços em branco do texto acima? Assinale a alternativa correta.
Julgue o item que se segue.
O gênero narrativo consiste na apresentação de traços ou
características de uma pessoa, objeto, ambiente, cena
etc. Os textos mais comuns desse gênero são os perfis
jornalísticos de alguma celebridade ou instituição.
O Cântico da Terra
.
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranquilo dormirás.
Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.
Cora Coralina
O eu-lírico do texto O Cântico da Terra, de Cora Coralina, é:
Firmo, o vaqueiro
No dia seguinte, à hora em que saía o gado, estava eu debruçado à varanda quando vi o cafuzo que preparava o animal viajeiro:
— Raimundinho, como vai ele?...
De longe apontou a palhoça.
— Sim.
O braço caiu-lhe, olhou-me algum tempo comovido; depois, saltando para o animal, levou o polegar à boca fazendo estalar a unha nos dentes: “Às quatro horas da manhã... Atirei um verso e disse, para bulir com ele: Pega, velho! Não respondeu. Tio Firmo, mesmo velho e doente, não era homem para deixar um verso no chão... Fui ver, coitado!... estava morto”. E deu de esporas para que eu não lhe visse as lágrimas.
NETTO, C. In: MARCHEZAN, L. G. (Org.). O conto regionalista. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
A passagem registra um momento em que a expressividade lírica é reforçada pela
Texto 11 para responder às questões 79 e 80.
1--------Sou um homem arrasado. Doença! Não. Gozo
-----perfeita saúde. Quando o Costa Brito, por causa de duzentos
-----réis que me queria abafar, vomitou os dois artigos, chamou
4----me doente, aludindo a crimes que me imputam. O Brito da
-----Gazeta era uma besta. Até hoje, graças a Deus, nenhum
-----médico me entrou em casa. Não tenho doença nenhuma.
7----O que estou é velho. Cinquenta anos pelo S. Pedro.
-----Cinquenta anos perdidos, cinquenta anos gastos sem
-----objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado
10---é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta
-----casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade
-----embotada.
13-------Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se
-----uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e
-----dormir como um orco! Levantar-se cedo todas as manhãs e
16---sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida
-----para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que
-----estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar
19---tudo?
1--------Levanto-me, procuro uma vela, que a luz vai apagar-se.
-----Não tenho sono. Deitar-me, rolar no chão até a
22---madrugada, é uma tortura. Prefiro ficar sentado, concluindo
-----isto. Amanhã não terei com que me entreter.
1--------De longe em longe sento-me fatigado e escrevo uma
25---linha. Digo em voz baixa:
26---- Estraguei a minha vida, estraguei-a estupidamente.
----------------------------------RAMOS, Graciliano. São Bernardo.
-------------São Paulo: Editora Martins Fontes, 1970, com adaptações.
A principal expressão do romance de 30 encontra-se no regionalismo nordestino representado por escritores. Esse gênero narrativo também teve bastante relevância em outro movimento literário. Considerando-se o contexto apresentado, assinale a alternativa que relaciona, corretamente, o movimento literário, a obra e seu autor.
INSTRUÇÃO: Leia esta citação de Fernando Pessoa para responder às questões de 7 a 10.
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“Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cômodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.”
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Disponível em: www.livroecafe.com.
Acesso em: 27 mar. 2021.
A voz poética que se expressa em primeira pessoa no texto sugere identificar-se
Este é um poema de:
A peculiaridade da linguagem do cordel deve-se ao fato de o texto ser
ATO PRIMEIRO
Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores, cortinas etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela etc., etc.
CENA 1
AMBRÓSIO (só, de calça preta e chambre) — No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo o homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa.
(PENA, Martins. O noviço. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.)
De acordo com as características estruturais do texto apresentado, pode-se afirmar que:
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino*, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
Olavo Bilac. Tarde. In: Olavo Bilac: obra reunida (org. Alexei Bueno).
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 268.
*monge da ordem de S. Bento