Questões de Português - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... para Concurso

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Q2134268 Português
A saúde em primeiro lugar

O pânico criado pela pandemia do novo coronavírus afetou a vida da população mundial. A necessidade de isolamento social adiou projetos, afetou a economia e, infelizmente, fez com que muitos pacientes postergassem os cuidados com a saúde. O diagnóstico e tratamento de muitas doenças como câncer e hipertensão tiveram reduções sensíveis nos últimos meses. Isso também ocorreu com as consultas.

O fenômeno não é exclusividade nossa e ocorre em vários países. Em Portugal, agora em julho, o Sistema Nacional de Vigilância de Mortalidade do país registrou aumento de 24% de mortes não relacionadas com a Covid-19 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nos EUA, os pacientes com câncer, por exemplo, reduziram os cuidados. No Brasil, entre diversos indicadores, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) registrou queda de 30% no número de pacientes novos que procuram a instituição no início da pandemia.

As complicações desse adiamento terão reflexos no curto, médio e longo prazos tanto na saúde pública como no setor privado; entretanto elas serão mais sensíveis para os pacientes que poderiam ter tomado uma decisão capaz de salvar sua vida.

O tempo é um fator importante no tratamento do câncer. Alguns tumores são extremamente agressivos, como é o caso do câncer de pulmão, que tem letalidade de 99% para pacientes de qualquer idade sem diagnóstico e tratamentos adequados. No caso da Covid-19, os índices variam entre 6% a 10% nas pessoas acima de 80 anos.

Para os outros tipos de câncer, os cuidados devem seguir os mesmos critérios. Quanto mais cedo diagnosticado o tumor, maiores são as chances de um resultado positivo para o paciente.

No sistema de saúde, os efeitos dos adiamentos serão igualmente danosos. Podemos enfrentar um crescimento na procura por tratamento – cirurgias e quimioterapias – com o risco de encontrarmos os serviços de saúde sem condições de atender essa alta da demanda no futuro.

Por isso, o paciente não deve adiar sua consulta ao médico. A telemedicina, por exemplo, pode reduzir o número de visitas ao especialista, contribuindo para diminuir a exposição aos riscos da pandemia. Outra boa alternativa vem do sistema de saúde. Os hospitais vêm adotando medidas para reduzir os riscos de contaminação pela Covid-19 separando pacientes desse novo coronavírus dos demais.

Portanto, nesse momento, o maior risco para o paciente é não tratar o câncer. O essencial é procurar um especialista e tirar as dúvidas. Com certeza, ele vai indicar o melhor caminho e ajudar o paciente a superar esse momento tão difícil na vida de qualquer pessoa.

Disponível em: https://bit.ly/3VAahUN. Acesso em: 19 out. 2022 (adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“Quanto mais cedo diagnosticado o tumor, maiores são as chances de um resultado positivo para o paciente.”

A relação entre as orações é de

Alternativas
Q2133545 Português

Texto CB3A1-I


     Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.

     “Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a separação de poderes.”

    Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.

    As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.

     Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.

Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador.

In: Revista Pesquisa FAPESP, ago./2022 (com adaptações). 


Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente. 


A oração “marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência” (primeiro período do primeiro parágrafo) expressa uma oposição à informação apresentada na oração imediatamente anterior.  

Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDEPES Órgão: Prefeitura de Marechal Deodoro - AL Provas: FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Analista de Controle Interno | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Médico Clínico Geral | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Bibliotecário | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Contador | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Profissional de Educação Física | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Enfermeiro | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Assistente Social | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Arquiteto e Urbanista | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro Civil | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro de Trânsito | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Farmacêutico | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fonoaudiólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Meio Ambiente | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Tributos | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fisioterapeuta | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Nutricionista | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Odontólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Psicólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Professor Artes / Ciências / Educação Física / Geografia / História / Inglês / Matemática / Música / Português |
Q2131775 Português
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No segundo quadrinho, o período: “Se formos ao deserto,  você terá camuflagem de deserto”, a oração em destaque é a
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDEPES Órgão: Prefeitura de Marechal Deodoro - AL Provas: FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Analista de Controle Interno | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Médico Clínico Geral | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Bibliotecário | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Contador | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Profissional de Educação Física | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Enfermeiro | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Assistente Social | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Arquiteto e Urbanista | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro Civil | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro de Trânsito | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Farmacêutico | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fonoaudiólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Meio Ambiente | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Tributos | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fisioterapeuta | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Nutricionista | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Odontólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Psicólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Professor Artes / Ciências / Educação Física / Geografia / História / Inglês / Matemática / Música / Português |
Q2131765 Português
O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas, em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permite levar uma vida digna, gozar de bem-estar e é portador solene de obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente, para as gerações presentes e futuras. A esse respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o ‘apartheid’, a segregação racial, a discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira permanecem condenadas e devem ser eliminadas. Os recursos naturais da Terra, incluídos o ar, a água, o solo, a flora e a fauna e, especialmente, parcelas representativas dos ecossistemas naturais, devem ser preservados em benefício das gerações atuais e futuras, mediante um cuidadoso planejamento ou administração adequados. Deve ser mantida e, sempre que possível, restaurada ou melhorada a capacidade da Terra de produzir recursos renováveis vitais. O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar judiciosamente o patrimônio representado pela fauna e flora silvestres, bem assim o seu habitat, que se encontram atualmente em grave perigo, por uma combinação de fatores adversos. Em consequência, ao planificar o desenvolvimento econômico, deve ser atribuída importância à conservação da natureza, incluídas a flora e a fauna silvestres.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração de Estocolmo sobre meio ambiente. In:  Anais Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. Estocolmo, 1972 (Preâmbulo).
A respeito dos segmentos do texto em destaque, 

I. “... em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permite levar uma vida digna”   II. “... as políticas que promovem ou perpetuam o ‘apartheid" III. “... pela fauna e flora silvestres, bem assim o seu habitat, que se encontram atualmente em grave perigo"
é correto afirmar que  
Alternativas
Q2129874 Português
Texto

   A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

     Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

     Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

       A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%.

       Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves.

      O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados. 
 
       O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

       Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia – casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.

        Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

      O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.

        O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

      Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

       O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia.

      Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

       É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

       Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.

       “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África.

CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto confirmado pela OMS. Disponível em:<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburg-que-teve-surto-confirmado-pela-oms/> . Último acesso em 18 fev. 2023. (Adaptado)
No período “É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19”, a oração em destaque é:
Alternativas
Q2129829 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Texto 1:

Pobres, negros e da periferia

Pesquisador da UFSC identifica como o sistema penal criminaliza jovens com menos de 18 anos

Erick Souza

Ao invés de ressocializar e educar, as medidas socioeducativas do sistema penal brasileiro produzem o jovem "menor infrator" e consolidam essa figura. É o que defende a tese de Gustavo Meneghetti no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Mais de 26 mil jovens e adolescentes cumprem alguma medida socioeducativa no Brasil. Dentre as mais utilizadas estão as ações de internação, semiliberdade e internação provisória, segundo o levantamento anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) de 2016, último ano da pesquisa. Essas medidas são aplicadas a jovens com menos de 18 anos que cometeram algum ato considerado infracional, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A tese demonstra como, em Santa Catarina, a polícia, o judiciário e as medidas socioeducativas agem de maneira coordenada na criminalização, principalmente, de jovens pobres, negros e moradores das regiões periféricas. Durante a pesquisa, Gustavo investigou documentos do Juizado da Infância e Juventude e das comarcas de Joinville, Chapecó e Florianópolis, de 2015. Naquele ano, entrava em vigor a Lei do Sinase, que estabelece as normas de execução de medidas para jovens e adolescentes que cometem atos infracionais. Ao todo, chegou a analisar 20 processos de apuração e mais 20 processos de execução. "Totalizaram mais de dez mil páginas", ele afirma. Esses arquivos se referiam a processos de apuração de ato infracional, aplicado em investigações e processos de execução de medida socioeducativa.

"Todos nós participamos dessa colagem gradativa e cumulativa do rótulo de menor infrator sem sequer nos darmos conta disso, apenas cumprindo o nosso dever profissional", comenta Gustavo, que também é assistente social do Judiciário catarinense. Em sua tese, o pesquisador enquadra e detalha as três fases da construção do 'menor infrator', como produto final do ciclo que deveria ressocializar.

A polícia inicia esta rede de criminalização juvenil, com a produção do "menor suspeito", "a partir de estereótipos e preconceitos sociais e raciais, passando a vigiá-lo e persegui-lo até lograr sua apreensão", afirma Gustavo. Na segunda etapa, descreve o pesquisador, o Poder Judiciário processa, julga e condena o adolescente criminalizado, principalmente a partir do mecanismo de confissão, independente da gravidade do ato infracional.

Nesta segunda etapa, cria-se o perfil do "menor perigoso", portador de antecedentes criminais, o que lhe causa maior exclusão.

A terceira e última fase do processo de criminalização de adolescentes negros e moradores de periferia passa pelo Sistema Socioeducativo, onde o jovem tem de enfrentar condições desumanas que fracassam em ressocializar, mas têm êxito em produzir o "menor infrator", que interioriza e reproduz este rótulo definitivamente, segundo Gustavo. "O atestado de reclusão e a certidão de óbito são os documentos-símbolos desse fracasso/sucesso", escreve Gustavo.

Problema complexo

Antes de propor algumas estratégias de resistência, Gustavo alerta: "Não existem soluções simples para problemas de tamanha complexidade". Com ações voltadas para a opinião pública, ele ressalta a importância de promover debates sobre criminalização juvenil e a violência do sistema penal contra adolescentes, que indiquem formas alternativas de controle social e que defendam os direitos humanos desses jovens. Ele também sugere ações mais práticas, como a abolição de medidas restritivas de liberdade.

"Creio que seja necessário subverter a lógica disciplinar socioeducativa, para estimular o pensar e o agir político do adolescente criminalizado e, em vez de discipliná-lo, tratar de reconhecer sua capacidade política", propõe Gustavo.

Retrato do Sistema Socioeducativo

Pesquisa de Gustavo Meneghetti
- 82,2% com renda per capita familiar de até meio salário mínimo
- 86,66% têm ensino fundamental incompleto
- 73,33% são pardos, negros ou não-brancos Medidas Socioeducativas*
- Total de 26.450 atendidos, sendo:
- 18.567 em medida de internação (70%)
- 2.178 em regime de semiliberdade (8%)
- 5.184 em internação provisória (20%)
Perfil demográfico*
- 25.360 são homens e 1.090 são mulheres
- 15. 627 são pretos ou pardos
(* Fonte: Sinase - 2016)

Retirado e adaptado de: https://ciencia.ufsc.br/2019/12/19/pobresnegros-e-da-periferia/. Acesso em: 17 mar. 2023.

Texto 2:

Em ação racista, homem joga marmita em funcionária de padaria em Ribeirão Preto: "Essa raça?"

Rafael Beutler Marconato é acusado de promover o ato racista

Uma denúncia de racismo está mobilizando a Polícia de São Paulo. A agressão aconteceu em frente à porta lateral de uma padaria em Ribeirão Preto (SP), que já estava fechada.

De acordo com denúncia reproduzida no portal G1, um homem sem camisa, o advogado Rafael Beutler Marconato, queria fazer uma reclamação para a gerente. Alessandra se apresentou, mas, segundo ela, ele não aceitou.

"Ele entrou na padaria e pediu para falar com a gerente. Foi na hora que eu virei e falei: 'Prazer, Alessandra. Sou eu a gerente'. Ele virou para mim e falou assim: 'Essa raça?' Foi essa a frase que ele falou", conta Alessandra Silva Biserra.

Os funcionários contaram que ele invadiu o corredor querendo trocar a marmita, que teria vazado e sujado o carro dele. "Ele questionou que caiu dentro do carro dele, que sujou tudo o carro dele, que o carro dele estava todo cheirando a feijão, que o carro dele, inclusive, valia R$ 250 mil. Que eu tinha que ressarcir ele e ainda fazer a limpeza do mesmo", diz Alessandra.

Depois, Rafael joga a marmita nela. Outros funcionários também disseram que foram ofendidos por ele: "Acabando com todo mundo, falando que a gente era favelado. Foi isso que aconteceu. Ele estava muito alterado", relembra a operadora de caixa Cristiane Aparecida do Nascimento.

Retirado e adaptado de: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/emaoo-racista-homem-joga-marmita-em-funcionaria-de-padaria-em-ribeiraopreto-essa-raca. Acesso em: 17 mar. 2023.
Considerando a leitura dos textos 1 e 2, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I.Outras políticas que se voltem à segurança pública, à inclusão e ao respeito aos cidadãos são fundamentais,
EMBORA
II.jovens com menos de 18 não sejam criminalizados.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2129410 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Poluição por plásticos nos oceanos atinge níveis sem precedentes em 15 anos

Cerca de 170 trilhões de pedaços de plástico e microplásticos estariam presentes na superfície dos oceanos, de acordo com estudo

A poluição por plásticos nos oceanos em todo o mundo alcançou níveis sem precedentes nos últimos 15 anos. Cerca de 170 trilhões de pedaços de plástico e microplásticos estariam presentes na superfície dos oceanos, de acordo com um estudo que alerta para esse novo recorde preocupante.

Os autores do estudo, publicado nesta quarta-feira (08/03/2023) na revista americana PLOS One, preveem até uma aceleração do fenômeno se nada for feito para impedir essa tendência e pedem ao mundo que conclua o tratado internacional, previsto para 2024, que supostamente salvará o planeta desse lixo.

O peso total dessa poluição representa 2,3 milhões de toneladas, estima o estudo. Os resultados são baseados em amostras de plástico coletadas em mais de 11 mil estações de observação em todo o mundo, ao longo de 40 anos, de 1979 a 2019.

Os pesquisadores não encontraram nenhuma tendência clara até 1990 e depois flutuações entre 1990 e 2005. Mas, depois dessa data, "vemos um aumento muito rápido, devido ao grande crescimento na produção [de plástico] e um número limitado de políticas de controle de eliminação na natureza", explicou Lisa Erdle, uma das autoras da pesquisa.

No meio dos oceanos, essa poluição é formada principalmente por equipamentos de pesca e boias, enquanto roupas, pneus de carros e plásticos de uso único costumam ser mais encontrados perto da costa. A presença desses dejetos ameaça os animais, que ficam presos nos pedaços maiores ou ingerem microplásticos, que circulam na cadeia alimentar até chegar aos humanos.

Se a tendência se confirmar, o uso de plásticos nos países do G20 deve quase dobrar até 2050 em relação a 2019, para 451 milhões de toneladas por ano, de acordo com um relatório internacional recente. Depois da guerra, em 1950, eram apenas 2 milhões de toneladas produzidas no planeta.

Os resíduos certamente diminuíram entre 1990 e 2005, em parte devido a políticas eficazes, como a convenção Marpol, de 1988, para acabar com as descargas por navios. Mas a reciclagem, mesmo nos países mais ricos, não tem sido suficiente para conter o problema.

No ano passado, 175 países concordaram em acabar com essa poluição desenvolvendo um tratado, amparado pela ONU, até o final de 2024. A próxima sessão de negociação está marcada para maio, em Paris. Para os autores, esse tratado deve ser ambicioso o suficiente para reduzir a produção e o uso de plástico, mas também gerenciar melhor sua eliminação.

"A coleta de plástico no meio ambiente tem apenas um efeito limitado, por isso as soluções devem se concentrar em limitar as liberações de plástico", indica o estudo.

Retirado e adaptado de: cossnnoos-oeeaos-atingee-neess-emm-prcee dentes-em-15--anos. por-plasticos-nos-oceanos-atinge-niveis-sem-precedentes-em-15-anos. Acesso em: 13 mar. 2023.
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona o valor semântico das expressões negritadas a exemplos de seu uso retirados do texto:
Primeira coluna: valores semânticos (1)Explicação (2)Oposição (3)Condição (4)Causa
Segunda coluna: exemplos do texto (__)"Os autores do estudo, publicado nesta quarta-feira (08/03) na revista americana PLOS One, preveem até uma aceleração do fenômeno se nada for feito para impedir essa tendência [...]"
(__)"Mas, depois dessa data, 'vemos um aumento muito rápido, devido ao grande crescimento na produção [de plástico] e um número limitado de políticas de controle de eliminação na natureza' [...]"
(__)"A presença desses dejetos ameaça os animais, que ficam presos nos pedaços maiores ou ingerem microplásticos [...]"
(__)"Os resíduos certamente diminuíram entre 1990 e 2005, em parte devido a políticas eficazes, como a convenção Marpol, de 1988, para acabar com as descargas por navios. Mas a reciclagem, mesmo nos países mais ricos, não tem sido suficiente para conter o problema."

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:
Alternativas
Q2129250 Português
Leia o texto a seguir

Reembolso: em quais situações o consumidor tem direito e como solicitar

Apesar de ser um direito disponível para todos os consumidores, poucas pessoas conhecem as regras por trás do ressarcimento nas compras

   Com tantos produtos e serviços sendo vendidos diariamente, a insatisfação de parte dos consumidores é algo iminente. Em algumas ocasiões, o produto recebido por uma compra pela internet não é tão agradável quanto em seu anúncio, apresentou algum defeito de fábrica ou apenas não serve para o consumidor, como é o caso de uma peça de roupa, por exemplo. Situações como estas são comuns, ainda mais levando em consideração que apenas o varejo (tradicional e digital) movimenta centenas de bilhões de reais todo ano.

As decepções são tão comuns, que apenas em 2021 os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) registraram um total de 1.823.797 de atendimentos no Brasil todo, dados que foram divulgados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom).

Quanto às reclamações especificamente sobre produtos comprados pela internet, em 2021, o Procon-SP registrou um número de reclamações 535% maior se comparado com o ano de 2019, um total de 498.877 queixas.

Mas, afinal, o que buscam os consumidores com as reclamações?

Quando um consumidor se sente insatisfeito com o produto ou serviço contratado e busca solucionar o problema, ele pode recorrer a um reembolso, que terá a sua quantia gasta ressarcida.
[...]

Porém, apesar do reembolso ser uma possibilidade para todos os consumidores, existem pessoas que ainda não estão cientes dessa possibilidade e outras que não sabem em quais situações elas podem solicitar esse direito.

Foi pensando nisso que a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) divulgou um guia rápido que explica em quais situações a opção de ter o dinheiro ressarcido está disponível, qual a quantia acordada da compensação e em que ocasiões as companhias são obrigadas a ressarcir o consumidor ou não.

Em quais ocasiões o ressarcimento é possível?

O primeiro ponto a ser destacado é de que, no caso de uma compra pela internet ou por telefone, dado que o consumidor tenha entrado em contato com a loja no prazo de 7 dias depois do recebimento do produto, o cliente tem o direito de desistir da compra e receber o valor gasto de volta.

Quando a compra é realizada em uma loja física, o fornecedor não é obrigado a devolver o dinheiro, uma vez que o CDC entende que o consumidor teve a possibilidade de olhar, provar ou experimentar o produto ou serviço.

Fonte: https://exame.com/invest/minhas-financas/reembolso-quais-situacoes-oconsumidor-tem-direito-e-como-solicitar/. Acesso em 30/12/2022
No trecho “As decepções são tão comuns, que apenas em 2021 os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) registraram um total de 1.823.797 de atendimentos no Brasil todo [...]” (2º parágrafo), a oração destacada pode ser classificada como:
Alternativas
Q2128676 Português

A história do método braile





ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https:// super.abril.com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022. Adaptado.

Em “Mas, como a ideia não pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos” (parágrafo 3), a oração destacada apresenta o valor semântico de 
Alternativas
Q2128603 Português
No trecho “Ainda que não exista uma concepção única sobre o empreendedorismo social” (parágrafo 1), a expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido do texto, por
Alternativas
Q2127653 Português
Texto



Projeções sobre o impacto do clima no fluxo de rios têm sido calculadas há décadas, a maioria com base em modelos físicos, como é o caso das projeções realizadas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Entretanto, novas análises indicam que esses modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática.

É o caso de uma pesquisa conduzida pelo professor Günter Blöschl, da Universidade Técnica de Viena, na Áustria, que se uniu a colegas da China, da Austrália, dos EUA e da Arábia Saudita para construir e analisar um grande banco de dados de observações de fluxos d'água em todo o mundo. A investigação incluiu mais de 9.500 bacias hidrográficas do planeta, com dados de diferentes décadas.

Os resultados foram publicados no periódico Nature Water e mostram que as consequências das mudanças climáticas ao criar crises hídricas locais têm uma extensão ainda maior do que o esperado. Isso porque, segundo o novo estudo, a conexão entre precipitação e quantidade de água nos rios é mais sensível do que se pensava.

"Na comunidade da climatologia, os efeitos das mudanças climáticas na atmosfera são muito bem compreendidos. No entanto, suas consequências locais nos rios e na disponibilidade de água caem no campo da hidrologia", explica Blöschl, em comunicado.

A crise climática altera a circulação atmosférica global, que por sua vez muda o regime de chuvas e a evaporação em boa parte do mundo. Consequentemente, a quantidade de água dos rios para ser utilizada localmente também sofre mudanças.

Daí porque, segundo os autores, os modelos de previsão dos efeitos das mudanças climáticas no abastecimento hídrico devem ser revisados, pois eles não têm as medições de escoamento que o novo modelo proporciona.

De acordo com a análise, o fluxo global de água esperado entre 2021 e 2050 pode ser menor do que o previsto pelos Modelos do Sistema Terrestre. Principalmente na África, na Austrália e na América do Norte, que têm um risco significativamente maior de crises de abastecimento de água nas próximas três décadas.


Redação Galileu. Crise global da água é mais severa do que se
pensava, conclui estudo. Disponível em:
<https://revistagalileu.globo.com/um-soplaneta/noticia/2023/02/crise-global-da-agua-e-mais-severa-doque-se-pensava-conclui-estudo.ghtml>. Último acesso em 08
fev. 2023. (Adaptado)
“Os resultados foram publicados no periódico Nature Water e mostram que as consequências das mudanças climáticas ao criar crises hídricas locais têm uma extensão ainda maior do que o esperado”.
Assinale a alternativa que apresenta o valor semântico atribuído à oração destacada. 
Alternativas
Q2127582 Português
Texto


       O Ministério da Saúde decretou situação de emergência na região da Terra Indígena Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, com 100 mil quilômetros quadrados distribuídos pela floresta amazônica entre os estados do Amazonas e de Roraima. O motivo? A morte de crianças por desnutrição.

       A área ocupada pelos yanomami conta com grandes reservas de ouro, o que é um atrativo enorme para a mineração. Nísia Trindade, ministra da saúde, afirmou que o garimpo ilegal (que usa mercúrio, um metal tóxico), é a principal causa da crise sanitária que afeta os yanomami.

        De 2016 a 2020, o garimpo em terras yanomami cresceu 3350%. E as consequências foram sentidas no ambiente: um laudo da Polícia Federal feito em meados de 2022 constatou que quatro rios da região tinham contaminação por mercúrio 8600% superior à concentração máxima para consumo.
 
     Líquido à temperatura ambiente, o mercúrio é um metal cuja liberação indevida na natureza vem da atividade humana: usinas elétricas a carvão, processos industriais, incineradores de resíduos e, principalmente, na mineração de ouro.

      O mercúrio é usado no garimpo para facilitar a separação. Ele se liga aos pequenos pedaços de ouro e forma uma amálgama, o que ajuda os garimpeiros a recolher o metal que interessa.

     O processo tem um preço: para cada quilo de ouro extraído, são usados até oito de mercúrio, e a maior parte desse metal tóxico é jogado nos rios. Estima-se que esse descarte represente cerca de 38% das emissões de mercúrio no mundo. E a contaminação pela substância traz fortes efeitos negativos para o meio ambiente e para a saúde dos garimpeiros e das pessoas que vivem por perto.

    Uma vez no ambiente, o mercúrio pode ser transformado por bactérias em metilmercúrio. Essa forma orgânica do metal é acumulada pelos organismos do rio – e a concentração aumenta conforme a cadeia alimentar avança.

       Imagine que muitos plânctons contaminados por mercúrio virarão jantar de um único peixe. A carga de mercúrio, então, vai se acumular nesse animal. Na sequência, um grande predador que tenha esse peixe no cardápio vai se alimentar dele e de vários outros peixes que comeram plânctons contaminados. A dose de mercúrio vai ficando cada vez mais alta.
   
       Essa é, justamente, uma das principais formas de exposição ao mercúrio. Cozinhar os peixes e mariscos não basta para se livrar do metal, e quem se alimenta desses animais torna-se mais um elo na cadeia de acúmulo da substância.

      Diversas variáveis determinam se a contaminação vai ocasionar problemas de saúde e qual será a sua gravidade. Entre elas estão a dose de mercúrio, a idade da vítima, por quanto tempo ela ficou exposta e a via de exposição (inalação, ingestão ou contato com a pele).
   
      Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dois grupos são mais sensíveis aos efeitos do mercúrio. O primeiro são fetos que, geralmente, são expostos ao metilmercúrio no útero graças ao consumo de peixes e mariscos pela mãe. Eles podem ter o desenvolvimento neurológico prejudicado, afetando cognição, memória, atenção, linguagem e habilidades motoras da criança.
 
      O segundo grupo são pessoas frequentemente expostas a altos níveis de mercúrio – por exemplo, populações que dependem da pesca de subsistência em regiões de garimpo. O metilmercúrio afeta os sistemas nervoso central e periférico, causando tremores, insônia, perda de memória, efeitos neuromusculares, dores de cabeça e disfunção cognitiva e motora.

     Em doses elevadas, o envenenamento por mercúrio pode causar disfunção renal, insuficiência respiratória e até morte. No século 20, no que ficou conhecido como o Desastre de Minamata, uma indústria dessa cidade japonesa descartava materiais com mercúrio próximo a uma baía. 1.700 pessoas morreram por intoxicação ao consumir a pesca da região.



CAPARROZ, Leo. Intoxicação por mercúrio: entenda como o
metal age no corpo. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/intoxicacao-por-mercurioentenda-como-o-metal-age-no-corpo/>. Último acesso em 20
fev. 2023. (Adaptado)
Em “a concentração aumenta conforme a cadeia alimentar avança”, o termo destacado introduz a ideia de: 
Alternativas
Q2127575 Português
Texto


       O Ministério da Saúde decretou situação de emergência na região da Terra Indígena Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, com 100 mil quilômetros quadrados distribuídos pela floresta amazônica entre os estados do Amazonas e de Roraima. O motivo? A morte de crianças por desnutrição.

       A área ocupada pelos yanomami conta com grandes reservas de ouro, o que é um atrativo enorme para a mineração. Nísia Trindade, ministra da saúde, afirmou que o garimpo ilegal (que usa mercúrio, um metal tóxico), é a principal causa da crise sanitária que afeta os yanomami.

        De 2016 a 2020, o garimpo em terras yanomami cresceu 3350%. E as consequências foram sentidas no ambiente: um laudo da Polícia Federal feito em meados de 2022 constatou que quatro rios da região tinham contaminação por mercúrio 8600% superior à concentração máxima para consumo.
 
     Líquido à temperatura ambiente, o mercúrio é um metal cuja liberação indevida na natureza vem da atividade humana: usinas elétricas a carvão, processos industriais, incineradores de resíduos e, principalmente, na mineração de ouro.

      O mercúrio é usado no garimpo para facilitar a separação. Ele se liga aos pequenos pedaços de ouro e forma uma amálgama, o que ajuda os garimpeiros a recolher o metal que interessa.

     O processo tem um preço: para cada quilo de ouro extraído, são usados até oito de mercúrio, e a maior parte desse metal tóxico é jogado nos rios. Estima-se que esse descarte represente cerca de 38% das emissões de mercúrio no mundo. E a contaminação pela substância traz fortes efeitos negativos para o meio ambiente e para a saúde dos garimpeiros e das pessoas que vivem por perto.

    Uma vez no ambiente, o mercúrio pode ser transformado por bactérias em metilmercúrio. Essa forma orgânica do metal é acumulada pelos organismos do rio – e a concentração aumenta conforme a cadeia alimentar avança.

       Imagine que muitos plânctons contaminados por mercúrio virarão jantar de um único peixe. A carga de mercúrio, então, vai se acumular nesse animal. Na sequência, um grande predador que tenha esse peixe no cardápio vai se alimentar dele e de vários outros peixes que comeram plânctons contaminados. A dose de mercúrio vai ficando cada vez mais alta.
   
       Essa é, justamente, uma das principais formas de exposição ao mercúrio. Cozinhar os peixes e mariscos não basta para se livrar do metal, e quem se alimenta desses animais torna-se mais um elo na cadeia de acúmulo da substância.

      Diversas variáveis determinam se a contaminação vai ocasionar problemas de saúde e qual será a sua gravidade. Entre elas estão a dose de mercúrio, a idade da vítima, por quanto tempo ela ficou exposta e a via de exposição (inalação, ingestão ou contato com a pele).
   
      Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dois grupos são mais sensíveis aos efeitos do mercúrio. O primeiro são fetos que, geralmente, são expostos ao metilmercúrio no útero graças ao consumo de peixes e mariscos pela mãe. Eles podem ter o desenvolvimento neurológico prejudicado, afetando cognição, memória, atenção, linguagem e habilidades motoras da criança.
 
      O segundo grupo são pessoas frequentemente expostas a altos níveis de mercúrio – por exemplo, populações que dependem da pesca de subsistência em regiões de garimpo. O metilmercúrio afeta os sistemas nervoso central e periférico, causando tremores, insônia, perda de memória, efeitos neuromusculares, dores de cabeça e disfunção cognitiva e motora.

     Em doses elevadas, o envenenamento por mercúrio pode causar disfunção renal, insuficiência respiratória e até morte. No século 20, no que ficou conhecido como o Desastre de Minamata, uma indústria dessa cidade japonesa descartava materiais com mercúrio próximo a uma baía. 1.700 pessoas morreram por intoxicação ao consumir a pesca da região.



CAPARROZ, Leo. Intoxicação por mercúrio: entenda como o
metal age no corpo. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/intoxicacao-por-mercurioentenda-como-o-metal-age-no-corpo/>. Último acesso em 20
fev. 2023. (Adaptado)
Em “1.700 pessoas morreram por intoxicação ao consumir a pesca da região”, o termo destacado expressa a ideia de:
Alternativas
Q2127459 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Cientistas tentam curar o envelhecimento


E se desse para "parar no tempo," envelhecendo mais lentamente - ou quem sabe até revertendo e deixando de envelhecer -, evitando doenças comuns à terceira idade e ficando jovem por muito mais tempo? 


Ainda que nossa expectativa de vida tenha quase dobrado entre os anos de 1900 e 2020, viver por mais tempo não é, necessariamente, uma coisa tão boa. É claro que ter a possibilidade de ficar entre nossos entes queridos por muito mais anos, apreciar um pouco mais os nossos hobbies e, até mesmo, ter tempo para conhecer mais pessoas e lugares é uma ótima perspectiva de vida. O problema é que, por mais que demoremos a morrer, ainda estamos fadados ao envelhecimento.


Ficar velho não significa apenas ganhar experiência de vida: com o tempo, nossas células perdem a capacidade de se renovar, abrindo as portas para os malefícios do envelhecimento. Conforme nossa idade avança, tornamo-nos mais suscetíveis a doenças como câncer, Alzheimer, diabetes, artrite e por aí vai.


Não é à toa que a ciência vem, há anos, buscando formas de combater, desacelerar e até impedir o envelhecimento de seres humanos. Este objetivo já foi alcançado com ratos em laboratório, permitindo aos roedores viver por muito mais tempo ao mesmo tempo que continuam jovens por períodos bem mais longos.


Para isso, foram utilizadas drogas como rapamicina, metformina e carbose, por exemplo, todas comuns em alguns tipos de tratamentos de doenças em humanos


Em 2006, um pesquisador japonês chamado Shinya Yamanaka fez uma descoberta que lhe rendeu um Prêmio Nobel: ele foi capaz de reprogramar células adultas a um estado similar ao de embriões, revolucionando o campo de biologia celular e abrindo as portas para mais formas de tratar doenças. Cientistas, agora, buscam aprimorar a técnica de reprogramação celular e aplicá-la em seres humanos para "curar" o envelhecimento.


ndoocuuraroeeveheeimmentoom.br/ciencia/124265-cientistas-estao-tentando-curar-o-envelhecimento-em-promissor-estudo.htm. Adaptado.

Para isso, foram utilizadas drogas 'como rapamicina, metformina e carbose'.


expressão em destaque, sintaticamente, trata-se de:

Alternativas
Q2127397 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Cientistas tentam curar o envelhecimento


E se desse para "parar no tempo," envelhecendo mais lentamente - ou quem sabe até revertendo e deixando de envelhecer -, evitando doenças comuns à terceira idade e ficando jovem por muito mais tempo? 


Ainda que nossa expectativa de vida tenha quase dobrado entre os anos de 1900 e 2020, viver por mais tempo não é, necessariamente, uma coisa tão boa. É claro que ter a possibilidade de ficar entre nossos entes queridos por muito mais anos, apreciar um pouco mais os nossos hobbies e, até mesmo, ter tempo para conhecer mais pessoas e lugares é uma ótima perspectiva de vida. O problema é que, por mais que demoremos a morrer, ainda estamos fadados ao envelhecimento.


Ficar velho não significa apenas ganhar experiência de vida: com o tempo, nossas células perdem a capacidade de se renovar, abrindo as portas para os malefícios do envelhecimento. Conforme nossa idade avança, tornamo-nos mais suscetíveis a doenças como câncer, Alzheimer, diabetes, artrite e por aí vai.


Não é à toa que a ciência vem, há anos, buscando formas de combater, desacelerar e até impedir o envelhecimento de seres humanos. Este objetivo já foi alcançado com ratos em laboratório, permitindo aos roedores viver por muito mais tempo ao mesmo tempo que continuam jovens por períodos bem mais longos.


Para isso, foram utilizadas drogas como rapamicina, metformina e carbose, por exemplo, todas comuns em alguns tipos de tratamentos de doenças em humanos


Em 2006, um pesquisador japonês chamado Shinya Yamanaka fez uma descoberta que lhe rendeu um Prêmio Nobel: ele foi capaz de reprogramar células adultas a um estado similar ao de embriões, revolucionando o campo de biologia celular e abrindo as portas para mais formas de tratar doenças. Cientistas, agora, buscam aprimorar a técnica de reprogramação celular e aplicá-la em seres humanos para "curar" o envelhecimento.


ndoocuuraroeeveheeimmentoom.br/ciencia/124265-cientistas-estao-tentando-curar-o-envelhecimento-em-promissor-estudo.htm. Adaptado.

Para isso, foram utilizadas drogas 'como rapamicina, metformina e carbose'.
A expressão em destaque, sintaticamente, trata-se de: 
Alternativas
Q2127013 Português
TENSÃO ENTRE CHINA E EUA: POR QUE A
DESTRUIÇÃO DO BALÃO CHINÊS AGRAVA
AINDA MAIS A CRISE DIPLOMÁTICA
ENTRE OS PAÍSES?


             Governo chinês argumenta que balão tinha fins meteorológicos e teve a rota desviada por ventos. No entanto, americanos rebatem versão e afirmam que instrumento era usado para vigilância.
        Um balão misterioso da China apareceu no céu dos EUA e acabou derrubado no mar pelos americanos. EUA alegaram tratar-se de um objeto de espionagem; China afirmou que o balão era um instrumento meteorológico. Especialistas ouvidos pelo G1 divergem sobre a possibilidade de o balão ter sido usado para espionagem, mas concordam que o caso eleva a crise entre as duas maiores potências mundiais.
           Para Elias Khalil Jabbour, da UERJ, os EUA usaram o balão para fazer uma provocação, numa jogada de Biden. Tanguy Baghdadi, criador do podcast Petit Journal, acredita que o balão pode ter sido usado pela China para saber, por exemplo, qual o tempo de reação dos EUA e quem comanda o abatimento. De um lado, os Estados Unidos alegam que o balão misterioso que apareceu nos céus do estado americano de Montana na última quinta-feira (2) tratava-se de um objeto chinês de espionagem. De outro, a China informa que o balão nada mais era que um instrumento meteorológico que desviou da sua rota e viajou até o território americano.
            O vai e vem de declarações e acusações é mais um ponto de estresse de uma relação muito desgastada entre as duas maiores potências do mundo. E a derrubada do balão no mar no último sábado (4) pelos Estados Unidos, na costa dos estados da Carolina do Norte e do Sul, gerou insatisfação da China.
                E para entender mais este capítulo de crise diplomática entre os Estados Unidos e a China, o G1 conversou com Elias Khalil Jabbour, professor da faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e com Tanguy Baghdadi, criador do podcast Petit Journal.
               “Esse balão, na minha opinião, é tudo menos um balão espião. Eu, particularmente, acho que é uma provocação aberta dos Estados Unidos e, evidentemente, que isso vai mexer com as relações com a China. Até porque a China não precisa colocar um balão nos Estados Unidos para saber o que está acontecendo lá dentro”, defende Elias Khalil Jabbour.
               Para ele, os americanos nada mais querem que dialogar com o seu público interno e reforçar, ainda mais, a ideia “de que existe uma ameaça à hegemonia americana”. Jabbour, além de achar uma piada a possibilidade de o balão ser um objeto de espionagem, acredita que a acusação faça parte de uma jogada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
                  “Hoje, a China é cercada por 80 bases militares americanas”, comenta Jabbour. Com isso, diz o professor, “existe uma força desproporcional empregada pelos Estados Unidos nesse processo que passa essa imagem de que a China é uma ameaça ao mundo”.
                Por outro lado, Tanguy Baghdadi discorda: “Meu palpite é que, sim, tenha algum elemento de coleta de informações”. Na opinião dele, ao lançar um balão, a China consegue obter uma série de informações, como, por exemplo: Quanto tempo os Estados Unidos vão demorar para abater aquele balão? Quem comanda o abatimento deste instrumento? Quanto tempo demora? É ágil a ação americana?

(Retirado de:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/02/07/tensao-entrechina-e-eua-por-que-a-destruicao-do-balao-chines-agravaainda-mais-a-crise-diplomatica-entre-os-paises.ghtml. Acesso
em: 08/02/2022)

“Na próxima semana, a autora da restauração, Cecilia Giménez, e a administração do santuário devem assinar um acordo para dividir os lucros de merchandising da imagem.” 

A oração sublinhada no trecho acima é:
Alternativas
Q2125900 Português
Leia a matéria que se apresenta na sequência de modo a responder à questão.


PENSAR MUITO REALMENTE CANSA O CÉREBRO


Não é frescura ou impressão; é um fenômeno fisiológico real. E acontece porque, quando fazemos muito esforço cognitivo, há um acúmulo do neurotransmissor glutamato no córtex pré-frontal, a região cerebral responsável pelo raciocínio. Foi o que descobriu um grupo de cientistas franceses, que monitorou os cérebros de 40 voluntários enquanto eles realizavam versões fáceis ou difíceis do mesmo teste (o voluntário via uma sequência de letras exibidas em uma tela, e tinha de dizer se cada uma era vogal ou consoante, maiúscula ou minúscula e se estava na cor verde ou vermelha). Os pesquisadores usaram uma técnica chamada espectroscopia por ressonância magnética para observar o fluxo do glutamato – e constataram que, quando as pessoas faziam muitas tarefas difíceis, esse neurotransmissor acabava saturando as sinapses (conexões entre os neurônios) (Bruno Garattoni/ Superinteressante, set/22)
No fragmento textual: “O voluntário via uma sequência de letras exibidas em uma tela, e tinha de dizer se cada uma era vogal ou consoante, maiúscula ou minúscula e se estava na cor verde ou vermelha”, as duas orações subordinadas introduzidas pela conjunção SE classificam-se, respectivamente, como: 
Alternativas
Q2125898 Português
Tomando por base o excerto da matéria abaixo exposta, responda à questão.


NADAALÉM DO NECESSÁRIO


No quiet quitting, nova e ruidosa tendência do mundo corporativo, o funcionário cumpre apenas o que foi estabelecido pelo contrato de trabalho – nem mais, nem menos


        “O trabalho dignifica o homem.” A máxima do sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) perdura há mais de um século como a mais nobre definição sobre o termo que, a rigor, deriva do latim tripalium, que designava um instrumento de tortura. O conceito parece estar cada vez mais embaralhado em tempos pós-pandêmicos. A Covid-19 alterou para sempre a dinâmica corporativa, normalizou o home office e escancarou a necessidade de priorizar o bem-estar. Especialmente no começo do surto, funcionários esticaram a jornada por temer a demissão. [...] A conta chegou com efeitos devastadores à saúde física e mental dos sobreviventes. Nesse contexto, surgiu uma alternativa inusitada: o quiet quitting, algo como “desistência silenciosa”, em tradução livre.
             Não se trata exatamente de uma tendência consolidada, mas de uma ideia que ganhou tração nas redes sociais, especialmente no Tik Tok, depois que Zaid Khan, um engenheiro de 24 anos, passou a detalhar seu propósito. [...]
         Por trás disso tudo está um termo em inglês mundialmente conhecido: o burnout, que desde 1º de janeiro é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional. A pane pode acometer qualquer funcionário e deve ser tratada com urgência. [...]
         A consagração do trabalho remoto ou híbrido impôs novos desafios: é possível treinar um estagiário à distância com a mesma eficiência? Para Priscyla Queiroz, analista de recrutamento e seleção do CIEE, trata-se de um caminho sem volta. [...]
       O conceito, ressalve-se, é recauchutado. Em 1996, o sociólogo suíço Johannes Siegrist documentou a necessidade de equilíbrio entre esforço e recompensa no ambiente do trabalho. A falta de reciprocidade pode desencadear uma série de emoções negativas.[...]
         As maiores corporações estão atentas. Há inclusive implicações legais para quem negligenciar a saúde de seus colaboradores.
[...]
         Os especialistas entrevistados por Veja afirmaram que o termo quiet quitting não é o mais adequado, por não se tratar de desistência do trabalho e por não ser uma reação silenciosa, às escondidas. O mérito de Zaid Khan e de seus seguidores foi, na verdade, trazer a questão para o centro dos debates. O segredo é encontrar o equilíbrio.

(Luiz Felipe Castro/Veja, 14/09/22)
O período abaixo transcrito é formado por quatro orações. Quanto à sua configuração, é CORRETO afirmar que:

“A Covid-19 alterou para sempre a dinâmica corporativa, normalizou o home office e escancarou a necessidade de priorizar o bem estar”.
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Q2124680 Português
Leia o texto a seguir:

As crianças precisam voltar a brincar mais

Um estudo recente, realizado no Reino Unido, mostrou o impacto que a pandemia causou na saúde das crianças. Por lá, as restrições para tentar combater a contaminação por Covid-19 foram bastante severas e implicaram o fechamento de parques e escolas.

Isso fez com que as crianças se tornassem mais sedentárias, já que não havia espaços adequados para a prática de atividades onde elas pudessem gastar toda energia.

O estudo em questão, que mostrou como ficou a saúde das crianças após o isolamento, foi realizado por quatro universidades britânicas que avaliaram crianças na faixa etária entre 8 e 10 anos de idade.

Durante as avaliações os pesquisadores descobriram que 51% das crianças foram classificadas como “inaptas” (em comparação com 35% esperado) e 47% estavam acima do peso ou obesas (em comparação com os 33% usuais).

Os pesquisadores verificaram também que a massa corporal das crianças aumentou em média 6,8 kg, o que corresponde a aproximadamente duas vezes a quantidade esperada neste período de tempo. Logo, podemos observar claramente como o sedentarismo é prejudicial para a saúde das crianças.

A verdade é que a pandemia veio reforçar algo que já é fato há muito tempo. A atividade física é uma necessidade real para as crianças, e os pais devem ficar atentos a isso.

Várias pesquisas já mostraram outros dados alarmantes sobre isso.

Para que você tenha uma ideia, além do estudo realizado no Reino Unido atestando a necessidade urgente das crianças realizarem atividades físicas, uma revisão de mais de 50 estudos científicos, que avaliaram 22 mil crianças em todo o planeta, mostrou que vem reduzindo a quantidade de exercícios feitos por crianças na faixa de quatro e cinco anos de idade.

A revisão mostrou também que essas crianças vêm fazendo, em média, 4 a 5 minutos a menos de exercícios por ano (o que pode até parecer pouco, mas na média, não é).

Além disso, a Organização Mundial da Saúde estima que 80% das crianças entre 11 e 17 anos não cumprem a recomendação diária de 1 hora de exercícios.

Não é segredo para ninguém o quanto os exercícios físicos são fundamentais para o bom funcionamento do nosso organismo. Mas, no caso específico das crianças, sabe-se que mesmo os exercícios das mais novas – de 3 a 5 anos de idade – já é suficiente para melhorar o condicionamento cardiovascular, rigidez arterial e pressão arterial.

            Mas afinal, qual exercício as crianças devem fazer?

A resposta é simples… Aqueles que elas sempre fizeram!

Correr, pular, brincar e praticar esportes é o suficiente para que seus filhos fiquem mais saudáveis agora e no futuro.

Afinal, se exercitar agora não apenas ajuda a ter mais saúde depois... Também cria hábitos saudáveis que podem durar a vida toda!

Então, tente ao máximo estimular que as crianças sob sua responsabilidade não fiquem sedentárias. Promova atividades em que elas possam se movimentar, gastar energia e, acima de tudo, se divertir!

Esse é um caminho importante para uma Supersaúde!


Fonte: https://www.jb.com.br/colunistas/saude-e-alimentacao/2022/12/1041406- as-criancas-precisam-voltar-a-brincar-mais.html. Acesso em 02/01/2023. Adaptação
No trecho “Os pesquisadores verificaram também que a massa corporal das crianças aumentou em média 6,8 kg, o que corresponde a aproximadamente duas vezes a quantidade esperada neste período de tempo. Logo, podemos observar claramente como o sedentarismo é prejudicial para a saúde das crianças” (5º parágrafo), o conectivo destacado expressa a noção de: 
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Q2122489 Português
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


          A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
          A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
         A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
       A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
        A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
      A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
      A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
     A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


(COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco,
1996.)
No trecho “E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.” (1º§), a oração destacada exerce a função sintática de subordinada adverbial
Alternativas
Respostas
501: B
502: E
503: A
504: C
505: C
506: E
507: A
508: D
509: B
510: D
511: D
512: D
513: C
514: B
515: A
516: A
517: B
518: C
519: D
520: E