Questões de Concurso Sobre português

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Q3026048 Português

Leia o texto a seguir e responda o que se pede:



O Galo


O Dr. Marcolino apeou-se, entrou na palhoça, examinou o enfermo, auscultou-o, martelou-lhe o corpo inteiro com o nó do dedo grande e explicou a moléstia com palavras difíceis que aquela pobre gente não entendeu. Depois, abriu o saco de viagem que levava à garupa do animal, tirou alguns vidros, de cujo conteúdo derramou algumas gotas num copo d'água, e disse doutoralmente: - Aqui fica esta poção para ser tomada de três em três horas.


- Ah! seu doutor, nós aqui não podemos contar as horas, porque não temos relógio!

- Regulem-se pelo sol. O sol é um excelente relógio quando não chove e o tempo está seguro.

- Não sei disso, seu doutor, não entendo do relógio do sol...

- Nesse caso não sei como... Ah!...


Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente.


- Ali está um relógio, continuou o doutor: aquele galo. Todas as vezes que ele cantar, dê-lhe uma colher do remédio. E adeus! Não será nada: Depois de amanhã voltarei para ver o doente.


Foi-se o médico, e daí a dois dias voltou ao trote do seu jumento. Quem o recebeu foi o marido:


- Que é isto?... já de pé... - Sim, senhor: estou completamente bom, não tenho mais nada. E não sei como agradecer... Mas a mulher interveio com ar magoado:

- Sim, ele não tem mais nada, mas o pobre galo morreu.

- Morreu? Por quê?.

- Não sei, doutor... ele bebeu todo o remédio.

- Quem?... o galo?...

- Sim, senhor; todas as vezes que ele cantava, eu, segundo a recomendação do doutor, abria-lhe o bico, e derramava-lhe uma colher da droga pela goela abaixo! Que pena! Era um galo tão bonito!


Texto adaptado da obra de: AZEVEDO, Artur. O Galo. Disponível em: Biblioteca Virtual de Literatura. Acesso em: 28 jun. 2024.

As palavras “lugarejo” e “palhoça”, encontradas no primeiro parágrafo do texto, apresentam que processo em sua formação respectivamente?
Alternativas
Q3026047 Português

Leia o texto a seguir e responda o que se pede:



O Galo


O Dr. Marcolino apeou-se, entrou na palhoça, examinou o enfermo, auscultou-o, martelou-lhe o corpo inteiro com o nó do dedo grande e explicou a moléstia com palavras difíceis que aquela pobre gente não entendeu. Depois, abriu o saco de viagem que levava à garupa do animal, tirou alguns vidros, de cujo conteúdo derramou algumas gotas num copo d'água, e disse doutoralmente: - Aqui fica esta poção para ser tomada de três em três horas.


- Ah! seu doutor, nós aqui não podemos contar as horas, porque não temos relógio!

- Regulem-se pelo sol. O sol é um excelente relógio quando não chove e o tempo está seguro.

- Não sei disso, seu doutor, não entendo do relógio do sol...

- Nesse caso não sei como... Ah!...


Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente.


- Ali está um relógio, continuou o doutor: aquele galo. Todas as vezes que ele cantar, dê-lhe uma colher do remédio. E adeus! Não será nada: Depois de amanhã voltarei para ver o doente.


Foi-se o médico, e daí a dois dias voltou ao trote do seu jumento. Quem o recebeu foi o marido:


- Que é isto?... já de pé... - Sim, senhor: estou completamente bom, não tenho mais nada. E não sei como agradecer... Mas a mulher interveio com ar magoado:

- Sim, ele não tem mais nada, mas o pobre galo morreu.

- Morreu? Por quê?.

- Não sei, doutor... ele bebeu todo o remédio.

- Quem?... o galo?...

- Sim, senhor; todas as vezes que ele cantava, eu, segundo a recomendação do doutor, abria-lhe o bico, e derramava-lhe uma colher da droga pela goela abaixo! Que pena! Era um galo tão bonito!


Texto adaptado da obra de: AZEVEDO, Artur. O Galo. Disponível em: Biblioteca Virtual de Literatura. Acesso em: 28 jun. 2024.

Nas seguintes frases, “Nesse caso não sei como... Ah!...” e “Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente”, os “Ah” utilizados nas orações pertencem, respectivamente, a que classe gramatical:
Alternativas
Q3026046 Português

Leia o texto a seguir e responda o que se pede:



O Galo


O Dr. Marcolino apeou-se, entrou na palhoça, examinou o enfermo, auscultou-o, martelou-lhe o corpo inteiro com o nó do dedo grande e explicou a moléstia com palavras difíceis que aquela pobre gente não entendeu. Depois, abriu o saco de viagem que levava à garupa do animal, tirou alguns vidros, de cujo conteúdo derramou algumas gotas num copo d'água, e disse doutoralmente: - Aqui fica esta poção para ser tomada de três em três horas.


- Ah! seu doutor, nós aqui não podemos contar as horas, porque não temos relógio!

- Regulem-se pelo sol. O sol é um excelente relógio quando não chove e o tempo está seguro.

- Não sei disso, seu doutor, não entendo do relógio do sol...

- Nesse caso não sei como... Ah!...


Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente.


- Ali está um relógio, continuou o doutor: aquele galo. Todas as vezes que ele cantar, dê-lhe uma colher do remédio. E adeus! Não será nada: Depois de amanhã voltarei para ver o doente.


Foi-se o médico, e daí a dois dias voltou ao trote do seu jumento. Quem o recebeu foi o marido:


- Que é isto?... já de pé... - Sim, senhor: estou completamente bom, não tenho mais nada. E não sei como agradecer... Mas a mulher interveio com ar magoado:

- Sim, ele não tem mais nada, mas o pobre galo morreu.

- Morreu? Por quê?.

- Não sei, doutor... ele bebeu todo o remédio.

- Quem?... o galo?...

- Sim, senhor; todas as vezes que ele cantava, eu, segundo a recomendação do doutor, abria-lhe o bico, e derramava-lhe uma colher da droga pela goela abaixo! Que pena! Era um galo tão bonito!


Texto adaptado da obra de: AZEVEDO, Artur. O Galo. Disponível em: Biblioteca Virtual de Literatura. Acesso em: 28 jun. 2024.

No fragmento: “Depois, abriu o saco de viagem que levava à garupa do animal, tirou alguns vidros, de cujo conteúdo derramou algumas gotas num copo d'água, e disse doutoralmente”, a palavra destacada não existe no dicionário de língua portuguesa, no entanto, percebe-se que o autor se utilizou desse neologismo para compor o humor do texto. Tendo isso em mente, a palavra doutoralmente assume que função sintática dentro do período?
Alternativas
Q3026045 Português

Leia o texto a seguir e responda o que se pede:



O Galo


O Dr. Marcolino apeou-se, entrou na palhoça, examinou o enfermo, auscultou-o, martelou-lhe o corpo inteiro com o nó do dedo grande e explicou a moléstia com palavras difíceis que aquela pobre gente não entendeu. Depois, abriu o saco de viagem que levava à garupa do animal, tirou alguns vidros, de cujo conteúdo derramou algumas gotas num copo d'água, e disse doutoralmente: - Aqui fica esta poção para ser tomada de três em três horas.


- Ah! seu doutor, nós aqui não podemos contar as horas, porque não temos relógio!

- Regulem-se pelo sol. O sol é um excelente relógio quando não chove e o tempo está seguro.

- Não sei disso, seu doutor, não entendo do relógio do sol...

- Nesse caso não sei como... Ah!...


Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente.


- Ali está um relógio, continuou o doutor: aquele galo. Todas as vezes que ele cantar, dê-lhe uma colher do remédio. E adeus! Não será nada: Depois de amanhã voltarei para ver o doente.


Foi-se o médico, e daí a dois dias voltou ao trote do seu jumento. Quem o recebeu foi o marido:


- Que é isto?... já de pé... - Sim, senhor: estou completamente bom, não tenho mais nada. E não sei como agradecer... Mas a mulher interveio com ar magoado:

- Sim, ele não tem mais nada, mas o pobre galo morreu.

- Morreu? Por quê?.

- Não sei, doutor... ele bebeu todo o remédio.

- Quem?... o galo?...

- Sim, senhor; todas as vezes que ele cantava, eu, segundo a recomendação do doutor, abria-lhe o bico, e derramava-lhe uma colher da droga pela goela abaixo! Que pena! Era um galo tão bonito!


Texto adaptado da obra de: AZEVEDO, Artur. O Galo. Disponível em: Biblioteca Virtual de Literatura. Acesso em: 28 jun. 2024.

Pode-se dizer que a confusão da mulher quanto à maneira de dar o remédio ao marido surge a partir de um problema de coesão referencial: anáfora, produzido pela colocação incorreta de um pronome, cujo uso deixa a esposa confusa e ela não consegue saber que referente o pronome retoma. Esse uso inadequado do pronome pode ser encontrado na seguinte fala:
Alternativas
Q3025930 Português

De acordo com as disposições do Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o próximo item. 


Nas comunicações oficiais, o vocativo sempre deve ser seguido de vírgula. 

Alternativas
Q3025929 Português

        “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.


        Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente.


        Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único.


        No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma.


        Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.


        Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.


        Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.


        Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. 


        O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.


Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


Mantém a correção gramatical e a coerência do texto a seguinte reescrita para o trecho “O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas” (último parágrafo): O estudo ajuda a mostrar que cada língua e cultura indígenas têm percepções únicas.

Alternativas
Q3025928 Português

        “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.


        Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente.


        Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único.


        No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma.


        Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.


        Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.


        Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.


        Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. 


        O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.


Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


A vírgula empregada no trecho “No noroeste da Amazônia, 100%” (sétimo parágrafo) marca a elipse de um termo. 

Alternativas
Q3025927 Português

        “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.


        Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente.


        Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único.


        No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma.


        Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.


        Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.


        Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.


        Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. 


        O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.


Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


Na expressão “Para isso”, que introduz o quinto parágrafo com sentido de finalidade, o pronome “isso” refere-se ao termo “extinção de determinado idioma” (quarto parágrafo). 

Alternativas
Q3025926 Português

        “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.


        Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente.


        Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único.


        No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma.


        Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.


        Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.


        Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.


        Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. 


        O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.


Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


A inclusão do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “atrelado a apenas uma língua indígena” (quarto parágrafo), manteria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, o emprego do acento é facultativo. 

Alternativas
Q3025925 Português

        “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.


        Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente.


        Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único.


        No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma.


        Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.


        Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.


        Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.


        Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. 


        O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.


Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


Depreende-se do texto que a extinção da biodiversidade não é o foco da pesquisa de Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte acerca do desaparecimento de conhecimentos sobre plantas medicinais. 

Alternativas
Q3025924 Português

        “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.


        Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente.


        Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único.


        No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma.


        Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.


        Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.


        Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.


        Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. 


        O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.


Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


O texto apresenta dados de uma pesquisa que alerta sobre o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos acerca de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas. 

Alternativas
Q3025743 Português
“Isso tudo pode ser comprovado por qualquer eleitor”.

A oração na forma ativa é:
Alternativas
Q3025742 Português
Analise as sentenças a seguir em relação ao plural dos substantivos e marque a opção incorreta.
Alternativas
Q3025741 Português

-Na frase em destaque o plural é:

“...um gatinho miou triste em algum canto...” :

Alternativas
Q3025740 Português
Aponte a sentença que apresenta erro de ortografia.
Alternativas
Q3025739 Português
Indique a alternativa em que as palavras “mau” ou “mal” estão utilizadas de maneira incorreta:
Alternativas
Q3025738 Português
Em algumas situações, a pessoa usa a linguagem obrigando-o a adaptá-la para ser mais bem compreendido. Observe as frases apresentadas a seguir.
- Mermão, penso que esse negócio de andar de skate não é minha onda…
- O Cavalheiro poderia pegar uma cadeira para mim, por gentileza?


Dentre estas variedades linguísticas, indique a afirmativa incorreta.
Alternativas
Q3025737 Português
Em qual frase há oração subordinada substantiva predicativa?
Alternativas
Q3025736 Português
"O ser humano sempre se esquece de que somos todos mortais." 

Esta oração é:
Alternativas
Q3025735 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.

O pé de jabuticaba.

Janete foi ao sítio do seu tio Janjão.
No sítio tem um belo Pomar!
- Puxa o pé está lotado, titio! O tio deu-lhe uma sacola para ela colocar as jabuticabas.
Ele pediu a Janete que as lavasse antes de comê-las. Janete sabe que o tio tem razão.
No texto, a palavra “pé”:
Alternativas
Respostas
3521: A
3522: B
3523: C
3524: C
3525: C
3526: C
3527: C
3528: E
3529: E
3530: C
3531: C
3532: A
3533: D
3534: C
3535: B
3536: A
3537: C
3538: A
3539: B
3540: C