Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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1917’: O virtuosismo filmando a angústia e o medo
Sam Mendes, para transmitir esta história de medo, de lama e sujeira,
inventou uma impressionante linguagem com sua câmera
Os quatro cavaleiros do Apocalipse são assustadores, nenhum é preferível a outro, é complicado optar entre eles pelo ruim ou o pior, mas há um ancestral cujo sinistro protagonismo não descansa nunca, que se distribui ciclicamente por todos os lugares do universo. É a guerra. Algo que o cinema descreveu muitas vezes com ares enaltecedores, no qual os bons sempre vencem, tentando fazer os espectadores saírem encantados da sala. É uma frivolidade imperdoável. Algo que despreza o melhor cinema realizado sobre esse inferno que nunca perde a atualidade.
O desembarque na Normandia foi crucial para a derrota daquele monstro com bigodinho, mas Spielberg se encarregou nos primeiros vinte e impactantes minutos do Resgate do soldado Ryan de transmitir as sensações físicas e mentais dos que estavam indo para a batalha. Vomitam, bebem, desmaiam, perdem o controle de seu organismo, estão fora de si, essas coisinhas que o pânico provoca. Você também sai entre alucinado e exaurido de Apocalypse Now, Nascido para matar e nos últimos instantes do prodigioso Dunkirk, sente na própria pele o medo e o mal-estar daqueles soldados encurralados e metralhados pelo exército alemão. Em todos eles, o cinema usou a linguagem mais poderosa para descrever esse horror eternamente repetido.
Da guerra nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, é inesquecível a imagem de Kirk Douglas usando um apito para ordenar o ataque ou a retirada. Acontecia em Glória feita de sangue. Sam Mendes, esse diretor tão inteligente que se move com desenvoltura e brilhantismo em gêneros variados (levam sua reconhecida assinatura Beleza americana, Estrada para perdição, Foi apenas um sonho, 007 – Operação Skyfall), retorna em 1917 à era trágica e às trincheiras angustiantes que Kubrick retratou.
Mas se Kubrick se valeu daquela guerra para descrever a ignomínia dos chefes militares do exército francês executando vários de seus soldados inocentes acusados de covardia e traição, Sam Mendes narra o heroico calvário de dois soldados muito jovens do exército inglês com uma missão que pode ser suicida, a de abandonar as trincheiras e sair a céu aberto para avisar seus companheiros que os alemães fingiram uma retirada, armaram uma armadilha para massacrá-los. É uma missão com poucas chances de sobrevivência para esses dois homens responsáveis e assustados, mas com um motivo inapelável para um deles, já que seu irmão está entre os alvos do engodo.
Sam Mendes, para transmitir essa história de medo, de incerteza, de monstros que espreitam na luz ou na sombra os dois aventureiros involuntários, de lama e sujeira, de languidez e sobrevivência, inventou uma impressionante linguagem com sua câmera. Você tem a sensação de que as duas horas de filmagem se desenrolam em um só plano. Não percebe os cortes. E esse exercício estilístico nunca é gratuito. Não busca o exibicionismo. É a forma de fazer de você um cúmplice de todos os sentimentos que dominam os protagonistas em paisagens que às vezes parecem surreais, com o tom dos pesadelos.
Há aparições breves e contundentes de pesos pesados do cinema inglês, atores que sempre estão bem, como Benedict Cumberbatch, Colin Firth, Mark Strong, mas são dois intérpretes muito jovens, e que eu não conhecia, chamados Georges MacKay e Dean-Charles Chapman, que carregam o peso absoluto neste filme angustiante e surpreendente. E eles são tão comoventes como plausíveis.
Disponível em:<https://brasil.elpais.com/cultura/2020-01-22/o-virtuosismo-filmando-a-angustia-e-o-medo.html>
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
No último período do primeiro parágrafo, a substituição do
conectivo “Se” por Conquanto seria gramaticalmente
correta, pois ambos expressam noção de condição.
Texto 2A1- III
Considerando os aspectos linguísticos do texto 2A1-III, julgue o item que se segue.
Em “Loteamento é a subdivisão do solo em lotes”, a
expressão “é a subdivisão” poderia ser substituída por trata-se da subdivisão, sem prejuízo da correção gramatical
e do sentido original do trecho.
Texto 2A1- III
Considerando os aspectos linguísticos do texto 2A1-III, julgue o item que se segue.
No trecho “aproveitando-se as já existentes”, o termo “as já
existentes” poderia ser corretamente substituído por as que
já existem, sem prejuízo da informação veiculada no texto.
Texto 2A1-II
As discriminações atreladas à falta de oportunidades são a tradução da complexa realidade de diversos países e compõem um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário, surgem as chamadas ações afirmativas: medidas políticas que visam acabar com a exclusão social, cultural e econômica de indivíduos pertencentes a grupos que sofrem algum tipo de discriminação. Essas medidas se baseiam na igualdade e garantem a equidade ao estimularem a inserção, a inclusão e a participação política de grupos sociais vulneráveis nos espaços sociais.
Julia Ignácio. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?
Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).
Quanto aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item a seguir.
No trecho “medidas políticas que visam acabar com a
exclusão social, cultural e econômica”, o verbo visar está
empregado como transitivo direto e significa direcionar o
olhar, mirar.
Texto 2A1-II
As discriminações atreladas à falta de oportunidades são a tradução da complexa realidade de diversos países e compõem um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário, surgem as chamadas ações afirmativas: medidas políticas que visam acabar com a exclusão social, cultural e econômica de indivíduos pertencentes a grupos que sofrem algum tipo de discriminação. Essas medidas se baseiam na igualdade e garantem a equidade ao estimularem a inserção, a inclusão e a participação política de grupos sociais vulneráveis nos espaços sociais.
Julia Ignácio. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?
Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).
Quanto aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item a seguir.
Mantendo-se os sentidos originais do primeiro período do
texto, os termos “complexa” e “diversos” poderiam ser
empregados em posição pós-nominal — escrevendo-se
realidade complexa e países diversos.
Texto 2A1-I
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras obrigatórias, o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para o curso de Direito, a assim chamada “ciência do Direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os direitos de cada um de nós, chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses direitos.
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge praticamente todas as nossas atividades. A vida de cada um de nós é regulada de dia e de noite, desde antes do nascimento e, por incrível que pareça, até depois da morte.
Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito em toda parte, para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos que seguir as normas, os outros também têm de cumpri-las e, desse modo, respeitar os direitos de cada um de nós, os ditos direitos subjetivos.
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
No trecho “Muitos pensadores têm destacado que o direito
atual parece ter invadido tudo” (último parágrafo), a locução
verbal “têm destacado” indica uma ação que acontece no
momento em que se produz o texto e poderia ser substituída
por destacam, sem alteração dos sentidos originais do texto.
Texto CB1A1-II
Historicamente, o meio ambiente tem sido tratado pela economia apenas como a fonte de recursos e o local de destino dos rejeitos do sistema econômico. Uma vez que não é preciso que todo ser humano aja sobre o meio ambiente para obter os materiais de que necessita, seu uso e seu consumo se fizeram de forma despreocupada ao longo do tempo. No final do século XVIII, a preocupação com a escassez começou a tomar forma com os estudos de Malthus, o qual avaliou que, com a limitação da quantidade de terra disponível para o plantio e com o contínuo crescimento populacional, a disponibilidade de alimentos seria restrita, vindo eventualmente a esgotar-se.
Com o acúmulo histórico da degradação das fontes ambientais de recursos, compreendeu-se que a escassez não era apenas um exercício teórico. Ela estava transformando-se em realidade, e a preocupação com o valor do meio ambiente foi lentamente inserida na teoria econômica.
Assim, nos anos mais recentes, problemas como a redução da disponibilidade natural de recursos e a poluição passaram a gerar custos que começaram a indicar que os recursos e serviços ambientais, embora de livre acesso, não são, de forma alguma, gratuitos, impondo gastos para sua reposição ou pela sua degradação.
José Julio Ferraz de Campos Jr. Introdução à economia ambiental,
economia ecológica e valoração econômica. Edição do Kindle (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
No trecho “vindo eventualmente a esgotar-se” (primeiro
parágrafo), o termo “vindo” poderia ser substituído por
podendo vim, mantendo-se a coerência e a correção
gramatical do texto.
Texto CB1A1-II
Historicamente, o meio ambiente tem sido tratado pela economia apenas como a fonte de recursos e o local de destino dos rejeitos do sistema econômico. Uma vez que não é preciso que todo ser humano aja sobre o meio ambiente para obter os materiais de que necessita, seu uso e seu consumo se fizeram de forma despreocupada ao longo do tempo. No final do século XVIII, a preocupação com a escassez começou a tomar forma com os estudos de Malthus, o qual avaliou que, com a limitação da quantidade de terra disponível para o plantio e com o contínuo crescimento populacional, a disponibilidade de alimentos seria restrita, vindo eventualmente a esgotar-se.
Com o acúmulo histórico da degradação das fontes ambientais de recursos, compreendeu-se que a escassez não era apenas um exercício teórico. Ela estava transformando-se em realidade, e a preocupação com o valor do meio ambiente foi lentamente inserida na teoria econômica.
Assim, nos anos mais recentes, problemas como a redução da disponibilidade natural de recursos e a poluição passaram a gerar custos que começaram a indicar que os recursos e serviços ambientais, embora de livre acesso, não são, de forma alguma, gratuitos, impondo gastos para sua reposição ou pela sua degradação.
José Julio Ferraz de Campos Jr. Introdução à economia ambiental,
economia ecológica e valoração econômica. Edição do Kindle (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
No segundo período do primeiro parágrafo, a expressão
“Uma vez que” exprime circunstância de causa e poderia ser
corretamente substituída por Como, sem alteração do sentido
original do texto.
Texto CB1A1-I
Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico.
A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária ― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos, o final dos anos 60 do século passado.
Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta, havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana de Arte Moderna de 1922; o atraso político, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos, algo de missionário.
No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se, como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país.
Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
No trecho “(em sentido lato)” (último parágrafo), a palavra
“lato” poderia ser substituída por literal, sem alteração do
sentido original do texto.
Texto CB1A1-I
Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico.
A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária ― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos, o final dos anos 60 do século passado.
Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta, havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana de Arte Moderna de 1922; o atraso político, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos, algo de missionário.
No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se, como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país.
Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
Sem alteração do sentido original do texto, o vocábulo
“sobretudo” (quarto parágrafo) poderia ser substituído por
especialmente.
Texto CB1A1-I
Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico.
A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária ― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos, o final dos anos 60 do século passado.
Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta, havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana de Arte Moderna de 1922; o atraso político, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos, algo de missionário.
No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se, como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país.
Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
A forma verbal “existam” (último período do terceiro
parágrafo) poderia ser substituída por tenham, sem prejuízo
da correção gramatical e do sentido do texto.
Texto CB1A1-I
Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico.
A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária ― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos, o final dos anos 60 do século passado.
Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta, havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana de Arte Moderna de 1922; o atraso político, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos, algo de missionário.
No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se, como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país.
Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
No trecho “um período cujo objetivo é encerrar
definitivamente a modernidade” (segundo parágrafo), o
termo “cujo” poderia ser substituído por onde, sem prejuízo
da correção gramatical do texto.
Leia o texto para responder à questão.
Ideologia mortal
• ... renovam-se as discussões acerca do controle de armas de fogo no país... (1° parágrafo) • ... somado a uma cultura que enaltece sua posse... (4° parágrafo) • ... sempre que o Congresso ensaia endurecer as regras... (7° parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Leia o texto para responder à questão.
O imitador de gato
Há um imitador de gato naquela cidade. Pode-se pensar que é fácil imitar gatos, mas não é. Trata-se de uma arte. Em primeiro lugar é necessário ter um saco de farinha ou de estopa, desses em que se guardam cereais. O saco pode ser colocado embaixo do braço ou mesmo sobre o ombro. É importante saber: aquilo que à primeira vista parece simples e banal, porém requer alguma prática e habilidade.
O saco de farinha ou estopa deve ser manuseado sem problemas e serve para distrair a atenção do público, fazendo-o criar a ilusão de que em seu interior haja um gato. Além do saco, existe um dispositivo que se põe na boca, de preferência sobre a ponta da língua, para um desempenho perfeito. Com ele, será possível emitir sons e gemidos típicos dos gatos.
Então o imitador de gato dramatiza o que seria uma briga de gatos, fazendo de conta que encena formidáveis golpes contra um imaginário gato, que grita, esperneia, chia e mia dentro do saco de farinha ou estopa. Mas não há gato no saco. Todos os ruídos vêm da harmonia entre o gesto e o som.
As pessoas param admiradas com a cena. Mas ao perceberem que o gato é simplesmente a criação artística de um modesto habitante da cidade, põem-se a rir e se divertem, naquele minuto mágico de relaxamento e repouso.
O imitador de gato aproveita para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permite a emissão dos ruídos. É disso que ele vive. Parece um negócio sério e honrado. O gato não existe. Existe apenas o direito de sobreviver e de alegrar a cidade.
(Lourenço Diaféria. O imitador de gato e outras crônicas.
Para gostar de ler. Vol. 30. São Paulo: Ática, 2001. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
O imitador de gato
Há um imitador de gato naquela cidade. Pode-se pensar que é fácil imitar gatos, mas não é. Trata-se de uma arte. Em primeiro lugar é necessário ter um saco de farinha ou de estopa, desses em que se guardam cereais. O saco pode ser colocado embaixo do braço ou mesmo sobre o ombro. É importante saber: aquilo que à primeira vista parece simples e banal, porém requer alguma prática e habilidade.
O saco de farinha ou estopa deve ser manuseado sem problemas e serve para distrair a atenção do público, fazendo-o criar a ilusão de que em seu interior haja um gato. Além do saco, existe um dispositivo que se põe na boca, de preferência sobre a ponta da língua, para um desempenho perfeito. Com ele, será possível emitir sons e gemidos típicos dos gatos.
Então o imitador de gato dramatiza o que seria uma briga de gatos, fazendo de conta que encena formidáveis golpes contra um imaginário gato, que grita, esperneia, chia e mia dentro do saco de farinha ou estopa. Mas não há gato no saco. Todos os ruídos vêm da harmonia entre o gesto e o som.
As pessoas param admiradas com a cena. Mas ao perceberem que o gato é simplesmente a criação artística de um modesto habitante da cidade, põem-se a rir e se divertem, naquele minuto mágico de relaxamento e repouso.
O imitador de gato aproveita para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permite a emissão dos ruídos. É disso que ele vive. Parece um negócio sério e honrado. O gato não existe. Existe apenas o direito de sobreviver e de alegrar a cidade.
(Lourenço Diaféria. O imitador de gato e outras crônicas.
Para gostar de ler. Vol. 30. São Paulo: Ática, 2001. Adaptado)
Leia o texto a seguir e responda à questão:
Cientistas buscam seu lugar nas Eleições 2018
Combalidos por uma sequência de cortes orçamentários e diversas tentativas frustradas de transformar a ciência numa prioridade de Estado, cientistas brasileiros apostam nas eleições deste ano para conquistar mais apoio e, quem sabe, até aumentar sua representatividade no cenário político nacional, elegendo cientistas para o Congresso e para as legislaturas estaduais.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) devem divulgar nos próximos meses uma série de documentos endereçados aos futuros candidatos do Executivo e do Legislativo, delineando propostas e prioridades para o setor — entre elas, a recomposição do orçamento federal de Ciência e Tecnologia (reduzido pela metade nos últimos cinco anos), a recriação do MCTI como ministério único (separado das Comunicações), a desburocratização dos sistemas de pesquisa e o fomento à inovação, tanto na esfera pública quanto na indústria.
(Trecho. Herton Escobar. O Estado de São Paulo. 04 Maio 2018. Disponível em: <http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/cientistasbuscam-seu-lugar-nas-eleicoes-2018/>)
Leia o texto a seguir e responda à questão:
Cientistas buscam seu lugar nas Eleições 2018
Combalidos por uma sequência de cortes orçamentários e diversas tentativas frustradas de transformar a ciência numa prioridade de Estado, cientistas brasileiros apostam nas eleições deste ano para conquistar mais apoio e, quem sabe, até aumentar sua representatividade no cenário político nacional, elegendo cientistas para o Congresso e para as legislaturas estaduais.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) devem divulgar nos próximos meses uma série de documentos endereçados aos futuros candidatos do Executivo e do Legislativo, delineando propostas e prioridades para o setor — entre elas, a recomposição do orçamento federal de Ciência e Tecnologia (reduzido pela metade nos últimos cinco anos), a recriação do MCTI como ministério único (separado das Comunicações), a desburocratização dos sistemas de pesquisa e o fomento à inovação, tanto na esfera pública quanto na indústria.
(Trecho. Herton Escobar. O Estado de São Paulo. 04 Maio 2018. Disponível em: <http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/cientistasbuscam-seu-lugar-nas-eleicoes-2018/>)