Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1214615 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Texto 1: Liberdade

     Segundo o Dicionário de Filosofia, em sentido geral, o termo liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência; autonomia.
     A história desse conceito perpassa os estudos de épocas e pensadores diversos e registra a interpretação de doutrinas sociais bastante variadas. Podemos fazer uma distinção inicial entre o que se convencionou chamar de concepção “negativa” e “positiva” da liberdade. Em seu sentido negativo, liberdade significa a ausência de restrições ou de interferência. O sentido positivo de liberdade significa a posse de direitos, implicando o estabelecimento de um amplo âmbito de direitos civis, políticos e sociais. O crescimento da liberdade é concebido como uma conquista da cidadania.
     No sentido político, a liberdade civil ou individual é o exercício de sua cidadania dentro dos limites da lei e respeitando os direitos dos outros. "A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro" (Spencer).
     Em um sentido ético, trata-se do direito de escolha pelo indivíduo de seu modo de agir, independentemente de qualquer determinação externa. "A liberdade consiste unicamente em que, ao afirmar ou negar, realizar ou enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de modo a sentir que, em nenhum momento, qualquer força exterior nos constrange" (Descartes).
     A liberdade de pensamento, em seu sentido estrito, é inalienável, inquestionável. Reivindicar a liberdade de pensar significa lutar pela liberdade de exprimir o pensamento. Voltaire ilustra bem essa liberdade: "Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direito de dizê-lo."
     T. Hobbes afirma que o “homem livre é aquele que não é impedido de fazer o que tem vontade, no que se refere às coisas e que pode fazer por sua força e capacidade”.
     Kant diz que ser livre é ser autônomo, isto, é dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Para Jean-Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de tudo, livre. O homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo.
     No livro “A sociedade do espetáculo” (1997), Guy Debord, ao criticar a sociedade de consumo e o mercado, afirma que a liberdade de escolha é uma liberdade ilusória, pois escolher é sempre optar entre duas ou mais coisas prontas, isto é, predeterminadas por outros. Uma sociedade como a capitalista, onde a única liberdade que existe socialmente é a liberdade de escolher qual mercadoria consumir, impede que os indivíduos sejam livres na sua vida cotidiana. A vida cotidiana na sociedade capitalista, segundo Debord, se divide em tempo de trabalho e tempo de lazer. Assim, a sociedade da mercadoria faz da passividade (escolher, consumir) a liberdade ilusória que se deve buscar a todo o custo, enquanto que, de fato, como seres ativos, práticos (no trabalho, na produção), somos não livres.
     De maneira geral, a liberdade de indivíduos ou grupos sempre sugere, ou tem a possibilidade de implicar, a limitação da liberdade de outros.

Orson Camargo - Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
“Para Jean-Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano.” 7º§
É sinônimo da palavra destacada:
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Q1214462 Português
“Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.” A palavra destacada apresenta como significado  correto:
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Monte Alto - SP
Q1214294 Português
Um bom neto
Quem é um bom neto será um bom filho. Porque a criança aprenderá a ouvir aquele que veio antes, a se importar com as lembranças familiares, a respeitar o ritmo da idade e da calma. Terá paciência para caminhar mais devagar e suportar ouvir várias vezes a mesma história. Perderá o egoísmo da pressa. Verá que as pessoas envelhecem e precisam de cuidados maiores. Nada mais generoso do que assistir à televisão com os avós e ser afastar um pouco do celular. Neto que passa uma noite com os avós conhece o que é saudade e tem medo da morte. Manterá em si um pouco do jeito de enfermeiro e de cuidador por toda a vida. 
(Fabrício Carpinejar. Cuide de seus pais antes que seja tarde. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018. Adaptado)
Na frase “Porque a criança aprenderá a ouvir aquele que veio antes...”, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração do sentido do texto, por
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Monte Alto - SP
Q1214269 Português
Um bom neto
Quem é um bom neto será um bom filho. Porque a criança aprenderá a ouvir aquele que veio antes, a se importar com as lembranças familiares, a respeitar o ritmo da idade e da calma. Terá paciência para caminhar mais devagar e suportar ouvir várias vezes a mesma história. Perderá o egoísmo da pressa. Verá que as pessoas envelhecem e precisam de cuidados maiores. Nada mais generoso do que assistir à televisão com os avós e ser afastar um pouco do celular. Neto que passa uma noite com os avós conhece o que é saudade e tem medo da morte. Manterá em si um pouco do jeito de enfermeiro e de cuidador por toda a vida. 
(Fabrício Carpinejar. Cuide de seus pais antes que seja tarde. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018. Adaptado)
Na frase “Nada mais generoso do que assistir à televisão com os avós...”, a palavra “generoso” significa
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Monte Alto - SP
Q1214050 Português
Um bom neto
Quem é um bom neto será um bom filho. Porque a criança aprenderá a ouvir aquele que veio antes, a se importar com as lembranças familiares, a respeitar o ritmo da idade e da calma. Terá paciência para caminhar mais devagar e suportar ouvir várias vezes a mesma história. Perderá o egoísmo da pressa. Verá que as pessoas envelhecem e precisam de cuidados maiores. Nada mais generoso do que assistir à televisão com os avós e ser afastar um pouco do celular. Neto que passa uma noite com os avós conhece o que é saudade e tem medo da morte. Manterá em si um pouco do jeito de enfermeiro e de cuidador por toda a vida. 
(Fabrício Carpinejar. Cuide de seus pais antes que seja tarde. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018. Adaptado)
No trecho “Terá paciência para caminhar mais devagar...”, a palavra “devagar” tem sentido contrário ao de
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Ano: 2013 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 12ª Região ( PE-AL)
Q1213879 Português
Qual o esporte mais antigo do mundo? 
É difícil para os historiadores estabelecer como, quando e onde, exatamente, os homens começaram a praticar esportes. Teoricamente, esporte é a realização de uma atividade física sem nenhuma motivação externa (a sobrevivência, por exemplo), o que é essencial para buscar o momento em que os exercícios do dia a dia começaram a ser executados por prazer, ou se preferir, por esporte, literalmente. 
Os primeiros registros de prática esportiva aparecem ligados à atividade militar, junto com os primeiros cuidados com o corpo, isso perto de 4.000 a.C. Nesse momento há os primeiros registros de prática de ginástica, na China. Mais de dois mil anos depois, há indícios de prática esportiva para exibições no Egito Antigo: no caso, os "esportes" eram natação, lançamento de dardo, salto em altura e luta livre.
Na sequência, há atividades importantes na Pérsia e Grécia, especialmente nesta última, onde a prática de esportes foi sistematizada com regras e competições regulares (as olimpíadas). As principais modalidades eram maratona, luta livre, boxe, dardo e lançamento de disco. 
A superação do homem e a exaltação de suas habilidades eram os principais objetivos das atividades na época. A ideia de esporte permaneceu na Roma Antiga, onde novas (e algumas sanguinárias) modalidades foram criadas, como a corrida de bigas e as lutas de gladiadores. Durante a Idade Média, a prática esportiva teve como base o cavaleiro, e as habilidades que ele pôde desenvolver em torneios e competições. A concepção moderna de esporte, com a profissionalização dos competidores, surgiu no final do século 19, com as Olimpíadas do Mundo Moderno. 
(revistagalileu.globo.com)
A palavra ou expressão que melhor substituiria “do dia a dia” (em destaque no texto), dentre as opções abaixo,é:
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Ano: 2016 Banca: FUNDEPES Órgão: HRTN - MG
Q1213632 Português
Dona Ana Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado. Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância. Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho. Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade. Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento. Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai. Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades. A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa. Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido. Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles. Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidála para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela. Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente: – Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando? Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro. No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: – Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai? – Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova. Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais. A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria. Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental. Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta: – Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém. VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em <http://drauziovarella.com.br/drauzio/donaana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno [...].”
A palavra destacada não pode ser substituída, nesse contexto, por:
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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Olímpia - SP
Q1213384 Português
O poder do “não”
Pedrinho tinha um sorriso com dentinhos brancos e alinhados e o cabelinho repartido na lateral, inclinado da esquerda para a direita. Vestia uma camisa xadrezinha de vermelho e preto, uma calça jeans com elástico na cintura e não aparentava mais de 4 ou 5 anos. Não fosse pelo comportamento, poderia dizer que era uma graça de criança. Numa tarde de domingo, num shopping center, Pedrinho se jogou no chão, fez birra e gritou na porta de uma loja. Queria que a mãe lhe comprasse uma dessas sandalinhas crocs com estampas de uma famosa porquinha dos desenhos animados de tevê. A mãe ficou completamente quieta diante da situação. Depois, constrangida, ficou entre ignorar o filho ou pedir a ele, sem nenhuma firmeza, que ficasse quieto. Cara de tacho definiria bem a expressão dela. Aquela era uma criança que cresceria sem limites, alienada de tudo aquilo que signifique cordialidade, adequação, limite e respeito. O “não” tem uma força impressionante. Não pela negativa em si, mas pelos limites que impõe. Dizer “sim” é muito mais fácil, o “sim” não machuca, não contraria, não requer explicações. É o “não” que ensina respeito, delimita espaço, dimensiona o mundo. Afinal, não vivemos sozinhos, e viver em sociedade é algo que vai sendo moldado pelo “não”. Deixar de dizer “não” é perder o compromisso com o legado para o    futuro, com o respeito e a civilidade.
(Jamil Alves. O anjo Miguel – crônicas da vida que insiste em dar certo.  São Paulo: Scortecci, 2018. Adaptado)
No trecho “… ficou entre ignorar o filho, ou pedir a ele, sem nenhuma firmeza, que ficasse quieto.”, a palavra destacada tem sentido contrário de
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Ano: 2009 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Guarapari - ES
Q1212798 Português
TEXTO I: Abalo global
Não existe brasileiro de bom senso que não deseje, como o presidente, que esta crise dos países ricos não contamine o Brasil. Mas como ter esta esperança se temos uma política monetária invertida, que tem as maiores taxas de juros do planeta, sufoca os empresários e a produção, explode a dívida pública, favorecendo somente aos bancos, que nada produzem.
Desgraçadamente, temos ainda o descontrole total dos gastos públicos, comandado por gestores dos três poderes, irresponsáveis e ávidos por enriquecimento a qualquer custo. Pagam esta conta com tributos inflados e escorchantes. Recursos para financiar e desenvolver serviços públicos essenciais, nem pensar. 
(Cartas dos Leitores, O Globo, 18/01/09)
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à estrutura do texto “Abalo global”:
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Ano: 2009 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Guarapari - ES
Q1212698 Português
TEXTO I: Abalo global
Não existe brasileiro de bom senso que não deseje, como o presidente, que esta crise dos países ricos não contamine o Brasil. Mas como ter esta esperança se temos uma política monetária invertida, que tem as maiores taxas de juros do planeta, sufoca os empresários e a produção, explode a dívida pública, favorecendo somente aos bancos, que nada produzem.
Desgraçadamente, temos ainda o descontrole total dos gastos públicos, comandado por gestores dos três poderes, irresponsáveis e ávidos por enriquecimento a qualquer custo. Pagam esta conta com tributos inflados e escorchantes. Recursos para financiar e desenvolver serviços públicos essenciais, nem pensar. 
(Cartas dos Leitores, O Globo, 18/01/09) 
De acordo com o texto I, todas as palavras grifadas podem ser substituídas pelas palavras dos parênteses, EXCETO em:
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Ano: 2016 Banca: FAUEL Órgão: Prefeitura de Pinhão - SE
Q1212576 Português
Leia os seguintes versos de Olavo Bilac, extraídos de seu poema “O Tempo”: “Trabalhai, porque a vida é pequena, E não há para o Tempo demoras! Não gasteis os minutos sem pena! Não façais pouco caso das horas!” Assinale a alternativa que apresenta um termo cujo sentido corresponde à expressão “façais pouco caso”, presente no último verso do poema: 
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Q1212077 Português
Em “Varamos a noite conversando com os amigos.”, qual é o sinônimo da palavra sublinhada? 
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Q1211999 Português
Na frase “Os pesquisadores seguiram as pistas deixadas pela onça.”, a palavra sublinhada tem o sentido de.
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Ano: 2011 Banca: FAUEL Órgão: Prefeitura de Castro - PR
Q1211587 Português
Leia atentamente o texto abaixo e assinale alternativa incorreta:
A cavalgada
A lua banha a solitária estrada... Silêncio!... Mas além, confuso e brando, O som longínquo vem-se aproximando Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada; Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando. E as trompas a soar vão agitando O remanso da noite embalsamada...
E o bosque estala, move-se, estremece... Da cavalgada o estrépito que aumenta Perde-se após no centro da montanha...
E o silêncio outra vez soturno desce... E límpida, sem mácula, alvacenta A lua a estrada solitária banha...
Raimundo Correia
In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Vol.3, Rio de Janeiro, Ed: Civilização Brasileira, 1999.
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Q1211580 Português
“[...] E, se nos tornamos professores de português, esse enorme bicho-papão gramatical se atravessa no nosso caminho profissional”.
Na primeira ocorrência, ajustando-se a flexão modo-temporal do verbo “tornar-se”, o elemento linguístico se poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por: 
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Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: CRMV-ES
Q1211396 Português
Aplicativos: inovação em transporte 
Rio - A inovação é o fator mais importante para o desenvolvimento econômico. A concorrência só existe em razão da inovação, das melhorias realizadas no produto. As empresas não devem basear suas estratégias empresariais de crescimento e maximização dos lucros apenas e tão somente na variável preço, e sim devem se tornar competitivas “através de novas mercadorias, novas tecnologias, novas fontes de oferta, novos tipos de organização (a grande unidade de controle em larga escala)”, concorrência esta que comanda uma vantagem decisiva de custo ou qualidade e que atinge não a fímbria dos lucros e das produções das firmas existentes, mas suas fundações e suas próprias vidas.
A empresa que não se atualiza, morre asfixiada! O consumidor gosta do novo, do melhor, e do custo benefício que o produto gera a ele.
Quando falamos de Uber, não é diferente. O Uber é mais uma inovação conjunta de um serviço já prestado, não é concorrência desleal, não se pode limitar uma prestação de serviço por fazer concorrência a outra. A concorrência existe, é real e é benéfica para a sociedade, cuja finalidade é o bem maior.
O contraposto veio para o taxista, que deverá melhorar sua forma de atender o cliente: carro limpo, carro arrumado, sem cheiro de cigarro, sem mau humor e o mais importante, não poder dizer “não” ao cliente em razão do pequeno trajeto a ser realizado; o que se vê em épocas de grandes eventos aqui na cidade do Rio de Janeiro, como no carnaval e no ano novo.
Alguns taxistas já aderiram a aplicativos, como o “Taxi Rio”, no qual a relação de preço e o atendimento são tão bons quanto o Uber. Hoje já podemos notar que a concorrência no setor de transporte privado vem fazendo a diferença, e o beneficiado costumeiramente é o consumidor!
A concorrência é um dos Princípios da Ordem Econômica, previsto no artigo 170, da Carta Magna, sendo fator essencial para o desenvolvimento econômico e o bem estar do consumidor. No caso Táxi x Uber, e “Táxi x Táxi aplicativo, o que observamos é a mudança vindo com uma roupagem nova na prestação do serviço já existente, e o fim do monopólio do serviço de transporte individual dos táxis.
Para concluir, é necessário dar ênfase tanto ao princípio da livre concorrência quanto ao da livre iniciativa, que possuem como objetivo proteger os agentes econômicos, as pessoas físicas e jurídicas e os consumidores de quaisquer atos ou condutas que possam impedir, dificultar, obstruir, falsear ou restringir as atividades econômicas e o mercado em si, mediante o abuso do poder econômico.
Por Fernanda Pereira — Advogada criminalista  Retirado em: https://odia.ig.com.br/opiniao/2018/10/5581463- aplicativos-inovacao-em-transporte .htmlHfoto= 1
“(...) concorrência esta que comanda uma vantagem decisiva de custo ou qualidade e que atinge não a FÍMBRIA dos lucros e das produções das firmas existentes, mas suas fundações e suas próprias vidas.”
O termo em destaque poderia ser substituído, sem alterar o sentido da sentença, por:
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Ano: 2008 Banca: CONSULPLAN Órgão: SDS-SC
Q1211335 Português
TEXTO: 
A contadeira de histórias
Não sei se é impressão de meninice, mas a verdade é que, até hoje, não encontrei ninguém que tivesse mais jeito para contar histórias infantis.
Na sua boca, as coisas simples e as coisas insignificantes tomavam um tom de grandeza que nos arrebatava; tudo era surpresa e maravilha que nos entrava de um jato na compreensão e no entusiasmo.
E não sei onde ela ia buscar tanta coisa bonita. Ora eram princesas formosas, aprisionadas em palácios de coral, erguidos no fundo do oceano ou das florestas; ora reis apaixonados que abandonavam o trono para procurar pelo mundo a mulher amada, que as fadas invejosas tinham transformado em coruja ou rã.
Não perdíamos uma só das suas palavras, um só dos seus gestos.
Ela ia contando, contando... Os nossos olhinhos nem piscavam.
A lua, como se fosse uma princesa encantada, ia vagando pelo céu, toda vestida de branco, a mandar para a terra a suavidade dos seus alvos véus de virgem.
Lá para as tantas, um de nós encostava a cabeça no companheiro mais próximo e fechava os olhos cansados. Depois outro; depois outro.
E quando vovó Candinha acabava a história, todos nós dormíamos uns encostados aos outros, a sonhar com os palácios do fundo do mar e as princesas maravilhosas. 
(Viriato Corrêa, Cazuza, Nacional)
“... aprisionadas em palácios de coral...” Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo da palavra grifada anteriormente:
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Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: UFOB
Q1210215 Português
Tratamento da Dependência Afetiva nos Relacionamentos Amorosos  Alexandre Alves 

  A dependência afetiva é uma estratégia de rendição conduzida pelo medo com a finalidade de preservar as coisas boas que a relação oferece. Sob o disfarce de amor romântico a pessoa dependente afetiva sofre uma alteração profunda na sua personalidade de modo gradual até se transformar numa espécie de “apêndice” da pessoa amada. Ela obedece e se subordina ao amado para evitar o sofrimento.    Em muitos casos, não importa o quão nociva é a relação, as pessoas são incapazes de por um fim nela. Em outros, a dificuldade reside numa incapacidade para lidar com o abandono ou a perda afetiva. Ou seja, não se conformam com o rompimento ou permanecem, inexplicável e obstinadamente, numa relação desfavorável. Quando o bem-estar da presença do outro se torna indispensável, a urgência em encontrar o amado não o deixa em paz, e o universo psíquico se desgasta pensando nele, bem-vindo ao mundo dos viciados afetivos.    De forma mais específica, se poderia dizer que por trás de toda dependência há medo e, subjacente a isso, algum tipo de sentimento de incapacidade. O apego é a muleta preferida do medo, um calmante com perigosas contraindicações. O sujeito apegado promove um desperdício impressionante de recursos para reter a sua fonte de gratificação. Seu repertório de estratégias de retenção, de acordo com o grau de desespero e a capacidade inventiva pode ser diversificado, inesperado e perigoso. Podemos distinguir dois tipos básicos. São eles:    Os ativos-dependentes podem se tornar ciumentos e hipervigilantes, ter ataques de ira, desenvolver padrões de comportamentos obsessivos, agredir fisicamente ou chamar a atenção de maneira inadequada, inclusive mediante atentados contra a própria vida. Aqui se enquadram os casos de ciúmes patológico conhecidos também como síndrome de Otelo. E os passivos-dependentes tendem a ser submissos, dóceis e extremamente obedientes para tentarem ser agradáveis e evitar o abandono.     A segunda forma de desperdício energético não é por excesso, mas por carência. Com o tempo, essa exclusividade vai se transformando em fanatismo e devoção: “Meu parceiro é tudo”. O gozo da vida se reduz a uma expressão mínima: a vida do outro. Daí vale o velho ditado: “Não se deve colocar todos os ovos no mesmo cesto”.    A dependência afetiva faz adoecer, incapacita, elimina critérios, degrada e submete, deprime, gera estresse, assusta, cansa e exaure a vitalidade e a terapia cognitivo-comportamental objetiva auxiliar o dependente afetivo no autocontrole para que, ainda que necessite da “droga”, seja capaz de brigar contra a urgência e a vontade. No balanço custo-benefício, aprendem a sacrificar o prazer imediato pela gratificação a médio e a longo prazo. O mesmo ocorre com outros tipos de vícios como, por exemplo, a comida e o sexo.
Retirado e adaptado de: <https://psicologiario.com.br/tratamentoda-dependencia-afetiva-nos-relacionamentos-amorosos/>. Acesso em: 19 ago. 2018. 
A dependência afetiva nem sempre foi tratada com seriedade e é vista como um transtorno que necessita de cuidados especiais e auxílio especializado para seu tratamento. Em relação ao texto 1, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir. 
A palavra “apêndice”, utilizada no primeiro parágrafo, poderia ser substituída, nesse contexto, sem prejuízo de sentido, por “anexo” ou “agregado”. 
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Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: DPE-SP
Q1210210 Português
Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto abaixo.
Em defesa da dúvida
Numa época em que tantos parecem ter tanta certeza sobre tudo, vale a pena pensar no prestígio que a dúvida já teve. Nos diálogos de Platão, seu amigo Sócrates pulveriza a certeza absoluta de seus contendores abalando-a por meio de sucessivas perguntas, que os acabam convencendo da fragilidade de suas convicções. Séculos mais tarde, o filósofo Descartes ponderou que o maior estímulo para se instituir um método de conhecimento é considerar a presença desafiadora da dúvida, como um primeiro passo. Lendo os jornais e revistas de hoje, assistindo na TV a entrevistas de personalidades, o que não falta são especialistas infalíveis em todos os assuntos, na política, na ciência, na economia, nas artes. Todos têm receitas imediatas e seguras para a solução de todos os problemas. A hesitação, a dúvida, o tempo para reflexão são interpretados como incompetência, passividade, absenteísmo. É como se a velocidade tecnológica, que dá o ritmo aos nossos novos hábitos, também ditasse a urgência de  constituirmos nossas certezas. 
A dúvida corresponde ao nosso direito de suspender a verdade ilusória das aparências e buscar a verdade funda daquilo que não aparece. Julgar um fato pelo que dele diz um jornal, avaliar um problema pelo ângulo estrito dos que nele estão envolvidos é submeter-se à força de valores já estabelecidos, que deixamos de investigar. A dúvida supõe a necessidade que tem a consciência de se afastar dos julgamentos já produzidos, permitindo-se, assim, o tempo necessário para o exame mais detido da matéria a ser analisada. A dúvida pode ser o primeiro passo para o caminho das afirmações que acabam sendo as mais seguras, porque mais refletidas e devidamente questionadas.  
(Cássio da Silveira, inédito)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
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Ano: 2009 Banca: FUNRIO Órgão: MJSP
Q1209565 Português
O TATU-ROSQUEIRA J. Simões Lopes Neto
Já em rapaz eu ouvira falar numa raça de tatus-rosqueira, porém punha minhas dúvidas nessas histórias. Passaram-se os anos; caminhei muito, muito, aconteceu-me muito, mas de tatu-rosqueira, nada! Pois dessa feita, no Rincão das Tunas, vi; do outro lado do rio Camaquã. Com estes que a terra há de comer, vi... e se me fosse contado não acreditaria.
Periga a verdade, mas lá vai, e, demais, estavam presentes o Capitão Felizardo, já falecido, o licenciado Silvinha (que perdi de vista), além dos peões, sem falar nos cachorros, por sinal bons tatuzeiros.
(...) Era por uma bonita noite de luar. Estávamos mateando e pitando; conversa vai, conversa vem, quando o Major Felizardo lembrou que podia divertir-nos proporcionando-nos uma caçadita aos tatus. – E tatu-rosqueira, então, que é praga!... – concluiu o major. A este dito, saltei: – Pois há? – inquiri. – Xi! Assim!...
E o Major juntou em molho os dedos das duas mãos, e assobiou comprido. Aprestamo-nos e saímos rumo do rincão. De chegada soltamos os cachorros, e daí um quase-nada já lhes ouvíamos o ganiçado. Começamos a bater as tocas. Aquilo foi rápido. Havia mesmo muito tatu! Cachorro farejava, cavava na entrada da toca, e nós já rente, de enxada, dá-le que dá-le! Eu é que tive a sorte de descobrir o primeiro tatu; o primeiro tatu, não, o primeiro rabo de tatu. E no que descobri, agarrei-o. Tironeei, tironeei e nada, o bicho não vinha; já ia meter o dedo... sabem, hein?... quando o licenciado Silvinha gritou-me:   – Não faça isso, Romualdo... Destorça a rosca do rabo!... – Quê? – Sim, e para a esquerda, a modo de parafuso inglês!
Sem ter consciência do que fazia, às mãos ambas dei umas quantas voltas para a esquerda, e qual não foi o meu espanto quando senti que efetivamente aquilo cedia, afrouxava, desatarraxava-se!... E fiquei com o rabo na mão... sem o tatu! Pelos outros lados os companheiros andavam na mesma faina. Algo desapontado, indaguei do licenciado:   – E agora?... – Passe a outro. Guarde esse rabo aí no saco; daqui a pouco você verá o resto!
Aquilo era curioso, passei a outra cova, a mesma manobra: outro rabo no saco; outra e outra, e assim uma porção delas. A certa altura o Tenente-coronel deu ordem de parar, pois não poderíamos transportar toda a caçada; o saco estava cheio a mais de meio. Eu estava desconfiado e furioso, mas disfarçando, achava esquisito vir ao mato caçar tatus e só levar-lhes as caudas... Mas o Coronel Felizardo fez um sinal e logo nos arrolhamos em volta do saco; fez-se silêncio e daí a pouco começou a tatuzada a sair das tocas – desrabados todos – e vieram se chegando para o saco, focinhavam nele e ficavam quietos, como viúva velha chorando na cova de marido novo…  
Aí então é que era pegar e sangrar tatu!... Foi uma senhora matança! Fizemos umas quantas enfiadas e voltamos para casa vergando o peso da caçada. Eu, por mim, confesso estava atônito! Em caminho é que o Brigadeiro Felizardo me foi contando a coisa pelo miúdo.   – Romualdo, você conhece o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros; mas parece que este nunca viu... – De ouvido, sim! – Ora! Ouvir falar é uma coisa, ver é outra... Este tatu tem o rabo como uma rosca, por isso se chama rosqueira; caçá-lo é facílimo: descoberta a toca, basta poder agarrá-lo pela cauda e, em vez de puxar, destorcê-la e depois levá-la para um pouco distante, naturalmente o rosqueira sente falta do peso do rabo e pelo faro vai em busca, acha-o e começa logo a cavar no chão um buraco estreito e fundo, entra então com focinho a dar voltas e mais voltas à cauda solta, e tanto trabalha que a faz cair de ponta para baixo no buraco que preparou: então, chega-lhe terra e vai enchendo, de forma que a cauda pode ficar fincada como uma estaca, e quando ele sente que está firme, senta-se-lhe em cima e... – E... parece incrível!... – E começa a andar à roda, à roda, sempre para a direita, até atarraxar-se de novo ao rabo. No que está pronto vai embora!
No dia seguinte fui ao mato, sozinho, para verificar o caso. Descobri logo umas sete covas, portanto sete tatus; destorci sete rabos, pu-los no chão; trepei a uma árvore copada e esperei: vieram os tatus, fizeram os tais buracos, fincaram as caudas, sentaram-se em cima delas e começaram a rodar, a rodar, a rodar. Dentro em pouco um primeiro cessou o movimento e atirou-se para a frente, na sua posição natural, de quatro patas; e logo outro, enfim todos os sete, perfeitamente bons, enrabados, completos. Sem querer fiz um movimento, e os bichos fugiram rápidos como setas. Era a pino do meio-dia.  
Para comer é que não são bons: têm a carne muito dura.   
(adaptado de “Casos de Romualdo”. Porto Alegre: Globo, 1952)
Ao longo do texto, o personagem Felizardo é apresentado, sucessivamente, como Capitão, Major, Tenente-coronel, Coronel e Brigadeiro. Embora estranha, essa variedade de tratamento em relação ao personagem tem como suporte o fato de 
Alternativas
Respostas
7121: A
7122: A
7123: B
7124: D
7125: D
7126: D
7127: C
7128: B
7129: C
7130: A
7131: C
7132: C
7133: A
7134: B
7135: A
7136: E
7137: B
7138: C
7139: D
7140: B