Questões de Concurso
Comentadas sobre teorias e práticas para o ensino de geografia em pedagogia
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“Uma menina indígena haverá de ter uma visão diferente de natureza de um infante urbano. São vivências espaciais distintas. Em julho, no Rio Grande do Sul, nossa circulação pelas ruas é menos convidativa do que no verão. Pense você seus exemplos! Meninas podem andar tão livres na rua como os meninos, sobretudo ao anoitecer? Por meio de exemplos e perguntas direcionadas aos alunos, a ação docente na mediação didática assume papel fundamental”.
Compreende-se que a criança não é uma “folha em branco”, tendo suas dimensões e percepções sobre o espaço geográfico e como este se organiza. Pensando a prática docente dos anos iniciais do Ensino Fundamental no que diz respeito ao ensino de Geografia, é correto afirmar que
Segundo Morais e Lima (2018, p. 101), “o trabalho de campo se configura como importante referencial para o desenvolvimento do conhecimento geográfico. Ele está presente nesta ciência desde a sua sistematização. Embora seja utilizado com maior ou menor evidência em diferentes períodos da história, ele sempre deixou suas marcas”.
(MORAIS, Eliana M. B. de; LIMA, Cláudia V. de. Trabalho de campo e ensino de geografia: proposições metodológicas para o ensino dos componentes físico-naturais do espaço na geografia. In: MORAIS, E. M. B. de; ALVES, A. O.; ASCENÇÃO, V. de O. R. (Orgs.). Contribuições da geografia física para o ensino de geografia. Goiânia: C&A Alfa Comunicação, 2018, p. 101-120.)
A respeito do trabalho de campo como metodologia para o ensino de geografia, assinale a afirmativa correta.
Analise as assertivas a seguir a respeito das práticas de ensino em Geografia a partir de uma perspectiva socioconstrutivista, conforme Cavalcanti (2012):
I. São “fórmulas de como dar uma boa aula” sem levar em consideração o espaço geográfico em que os professores e os alunos estão inseridos.
II. São treinamentos preparatórios que capacitam os estudantes para a realização de concursos vestibulares por meio da memorização de conteúdos.
III. São ações que propiciam atividade mental e física, levando em consideração as vivências dos alunos como uma dimensão do conhecimento.
Quais estão corretas?
Assinale a alternativa que revela um método de apresentação inclusivo, que permitiu alcançar a todos os discentes da turma e que tenha abarcado o tema conforme o conteúdo programático da BNCC recomendado para o 7º ano do Ensino Fundamental.
“É bastante comum ouvir professores ou estudantes de licenciatura, sobretudo os estagiários, questionarem sobre que geografia ensinar, que conteúdos são prioritários, ou como selecionar os tópicos mais relevantes no conjunto. Evidentemente, não existem respostas únicas a essas questões, pois elas são polêmicas e responder a elas depende de orientações teóricas sobre temas amplos a respeito do papel da educação e das disciplinas escolares”.
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de Geografia na escola. Campinas-SP: Papirus, 2014. p. 130.
Para a autora, ensinar Geografia demanda uma base teórica, reflexões e discussões, trazendo complexidade ao planejamento.
Assinale a alternativa que apresenta o principal e polêmico agrupamento de tópicos relevantes para o ensino de Geografia.
A proposta descrita apresenta uma importante prática pedagógica e metodologia de aprendizagem ativa na Geografia, conhecida como
Considerando o estudo da Geografia na BNCC para os anos iniciais, avalie as afirmativas a seguir.
I. É importante, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o desenvolvimento da capacidade de leitura por meio de fotos, desenhos, plantas, maquetes e as mais diversas representações, para oportunizar que os alunos desenvolvem a percepção e o domínio do espaço.
II. O estudo da Geografia no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, em articulação com os saberes de outros componentes curriculares e áreas de conhecimento, concorre para o processo de alfabetização e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciocínios.
III. A ênfase nos lugares de vivência, dada no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, oportuniza o desenvolvimento de noções de pertencimento, localização, orientação e organização das experiências e vivências em diferentes locais.
É correto o que se afirma em
[...] o espaço é tomado no sentido do vivido, ou seja, o lugar tem por natureza o espaço, ele é um recorte que caracteriza a afetividade e a identidade pela experiência de vida. O conceito de lugar possibilita, inicialmente, uma autoanálise, a consciência da própria identidade do aluno e do docente, a valorização das percepções que eles têm do lugar em que vivem [...].
ANDRADE, M. S. P.; EVANGELISTA, A. M. Abordagem do conceito de lugar nos anos iniciais do ensino fundamental à luz da pesquisa-ação e do aporte fenomenológico. In: SCABELLO, A. L. et al. (org.). Geografia em debate. Teresina: EDUFPI, 2016, p. 371-394.
No contexto do enunciado apresentado anteriormente, “a valorização das percepções que eles têm do lugar em que vivem” é uma estratégia de ensino utilizada em sala de aula que considera os
A Geografia brasileira tem nas publicações de R. Lobato Corrêa um marco indiscutível no uso e na difusão da expressão rede geográfica. [...] Corrêa (1997, p. 107) concebe a rede geográfica como “um conjunto de localizações geográficas interconectadas entre si por um certo número de ligações”.
DIAS, 2020. [Adaptado].
Uma rede que almeje ser considerada geográfica, precisa ter sua complexidade baseada em três dimensões, são elas:
O espaço escolar é compreendido como parte integrante da realidade socioespacial da cidade, que compõe relações e é por elas simultaneamente instituído. Se, por definição, a escola é o local da inclusão, da convivência das diferenças, do acesso democrático ao conhecimento, para as travestis ela é, ao invés, local de sofrimento, de violência e ataque cotidiano à sua autoestima, abortando suas possibilidades de conquistas materiais e sociais futuras. O espaço escolar reproduz o texto hegemônico da heteronormatividade já vivenciada na cidade. Contudo, segundo elas, outros espaços da cidade em que são discriminadas elas podem se privar de frequentar. A escola não; é uma obrigação a ser cumprida, imposta pela família e pela sociedade como necessária, tornando-se seu maior calvário. Ainda que ocultas, as travestis vivenciam esses espaços, e a geografia pode dar voz a esses sujeitos silenciados e subverter a ordem instituída, que tanto tem naturalizado as injustiças cotidianas perpetradas pela ordem econômica compulsória da heteronormatividade.
SILVA, Joseli. A cidade dos corpos transgressores da heteronormatividade. In: Silva, J. (Org.). Geografias Subversivas. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009, p. 137.
O texto acima se insere na tendência dos estudos de geografia feminista e geografia das sexualidades que contêm o seguinte argumento: