Questões de Concurso
Sobre teorias e práticas para o ensino de língua portuguesa em pedagogia
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A exclusão da literatura do currículo escolar não impacta negativamente o desenvolvimento do comportamento leitor, visto que textos técnicos e informativos são suficientes para formar leitores críticos e proficientes.
A estratégia de leitura chamada "escaneamento", que envolve a leitura rápida de um texto para localizar informações específicas, é menos eficaz no desenvolvimento da compreensão textual em alunos do Ensino Fundamental do que a leitura detalhada e atenta de todo o texto.
A produção para aprofundamento em textos orais e escritos envolve um processo que encoraja o estudante a selecionar e explorar um gênero textual em detalhe ao longo de um período extenso, visando não apenas à familiaridade com o gênero, mas também um entendimento profundo das práticas sociais associadas a ele.
Incentivar apenas a correção gramatical e ortográfica dos textos dos alunos é suficiente para o desenvolvimento do comportamento escritor, sem necessidade de se preocupar com a exposição dos alunos a diferentes modelos de textos.
Na produção por frequentação, os alunos trabalham com gêneros discursivos que já conhecem, utilizando sua experiência prévia para escrever bilhetes, convites ou outros textos, precisando apenas de orientação básica do professor para organizar suas ideias e estruturar seus textos.
A integração de métodos interativos e tecnológicos na metodologia de ensino da Língua Portuguesa é essencial para adaptar o ensino às necessidades da geração atual, promovendo maior engajamento e eficácia no aprendizado.
Na abordagem contemporânea do ensino de língua portuguesa, é fundamental considerar a oralidade como um componente autônomo. Isso envolve selecionar conteúdos como gêneros orais formais, tais como debates e assembleias; gêneros textuais da cultura popular, como cordéis e lendas; e gêneros das mídias digitais, como podcasts e memes. Além disso, é necessário propor métodos de ensino que incluam práticas de recepção e produção para ampliar os repertórios culturais dos estudantes.
( ) É uma situação didática adequada para discutir coletivamente um título considerado difícil para a condição atual dos alunos, pois permite reduzir parte da complexidade da tarefa, compartilhando a responsabilidade. ( ) O professor segmenta a obra em partes em função de algum critério, propondo a leitura sequenciada de cada uma delas. ( ) Os alunos realizam a leitura do trecho combinado, para discuti-lo posteriormente em classe com a mediação do professor. ( ) Durante a discussão, além da compreensão e análise do trecho lido, que poderá facilitar a leitura dos trechos seguintes, os alunos podem ser estimulados a antecipar eventuais rumos que a narrativa possa tomar, criando expectativas para a leitura dos segmentos seguintes. ( ) Também durante a discussão, o professor pode introduzir informações a respeito da obra, do contexto em que foi produzida, da articulação que estabelece com outras, dados que possam contribuir para a realização de uma leitura que não se detenha apenas no plano do enunciado, mas que articule elementos do plano expressivo e estético.
A sequência CORRETA é:
( ) Compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação.
( ) Leitura no contexto da BNCC é tomada em um sentido mais amplo, dizendo respeito não somente ao texto escrito, mas também a imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e ao som (música), que acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais.
Todas as sugestões feitas nos textos anteriores só farão sentido se os professores estiverem convencidos — ou puderem ser convencidos — de que o domínio efetivo e ativo de uma língua dispensa o domínio de uma metalinguagem técnica. Em outras palavras, se ficar claro que conhecer uma língua é uma coisa e conhecer sua gramática é outra. Que saber uma língua é uma coisa e saber analisá-la é outra. Que saber usar suas regras é uma coisa e saber explicitamente quais são as regras é outra. Que se pode falar e escrever numa língua sem saber nada “sobre” ela, por um lado, e que, por outro lado, é perfeitamente possível saber muito “sobre” uma língua sem saber dizer uma frase nessa língua em situações reais.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1996, p. 53-54.
Partindo da citação de Possenti, Marcos Bagno (1999) afirma, em seu livro O Preconceito Linguístico, que
I. No espaço geográfico, constituindo os diferentes dialetos.
II. No nível sociocultural, constituindo os diferentes níveis de língua e estratos ou camadas socioculturais.
III. No nível ou aspecto expressivo, isto é, em relação a diferentes situações do falar e estilos de língua.
Quais estão corretos?
Julgue o item subsequente.
A psicolinguística sugere que a aprendizagem de uma segunda língua deve começar apenas após a completa aquisição da língua materna, para evitar confusão linguística.
Julgue o item subsequente.
Os métodos de pesquisa da psicolinguística, como o observacional e o experimental, são utilizados pelo psicopedagogo para avaliar e melhorar as práticas de ensino de leitura e escrita.
I. Leitura: não compreende apenas o texto escrito, mas as imagens estáticas ou em movimento, e sons. Além disso, essa prática de linguagem compreende as situações de produção do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos.
II. Escrita: compreende as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos.
III. Oralidade: compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou sem contato face a face. Envolve também a oralização de textos em situações socialmente significativas e interações e discussões envolvendo temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos de atuação.
IV. Análise linguística/semiótica: diz respeito à análise sintática e morfológica, compreendendo os efeitos de sentido pela forma de composição do texto. Por sua vez, a análise semiótica compreende a produção escrita em texto de multiletramentos ocasionados pelo plano, pelo ângulo, pelo lado, pela figura, pelo fundo, pela profundidade, pelo foco, pela cor e pela intensidade dados às imagens. Vale destacar que a análise linguística e semiótica se efetiva no momento da aula, através da análise do texto escrito.
Quais estão corretas?
I. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
II. Relegar a segundo plano o ensino da linguagem escrita, visto que em diferentes campos de atuação da vida social sua utilização não exige conhecimentos próprios da língua padrão.
III. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
IV. Evitar o trabalho em sala de aula com o fenômeno da variação linguística, em virtude da não promoção de discussões acerca de preconceitos linguísticos.
Quais estão corretas?