Questões de Pedagogia - Teorias e Práticas para o Ensino de Língua Portuguesa para Concurso
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Com as transformações recentes nas práticas culturais, especialmente com o surgimento de novas mídias, o discurso interartes passa a interessar-se por fenômenos contemporâneos que envolvem textos (agora entendidos em acepção mais ampla na perspectiva semiótica) nem sempre considerados artísticos no sentido tradicional, além de textos híbridos que encontram dificuldades de ser situados no sistema acadêmico. Os estudos interartes podem ser, desse modo, absorvidos pelo estudo das inter-relações e interações entre as várias mídias, entre elas a palavra e a imagem.
Juliana Steil e Enéias Farias Tavares Letras v 25, n º 51
Santa Maria, jul -dez /2015, p 7-11 (com adaptações)
Considerando as ideias do texto precedente, assinale a opção que
indica conceitos fundamentais para o reconhecimento da
peculiaridade definidora dos estudos interartes.
São considerados eixos fundamentais no processo de aquisição da língua escrita:
1. Compreensão e valorização da cultura escrita.
2. Memorização da sequência alfabética.
3. Apropriação do sistema de escrita.
4. Leitura.
5. Produção de textos escritos.
6. Desenvolvimento da oralidade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
As principais técnicas de pesquisa podem ser separadas em quatro grupos. Relacione as técnicas com os diferentes grupos e assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Documentação indireta.
2. Documentação direta.
3. Observação direta intensiva.
4. Observação direta extensiva.
( ) Pesquisa de campo, pesquisa de laboratório.
( ) Observação.
( ) Pesquisa documental, pesquisa bibliográfica.
( ) Questionário, formulário.
Leia o texto para responder à questão
.
Ogro filipino
Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, já xingou a mãe do americano Barack Obama, amaldiçoou a União Europeia e ameaçou declarar guerra ao Canadá.
O líder filipino também pede a eliminação física de traficantes e usuários de drogas – e vem sendo atendido. O número de assassinatos extrajudiciais de pessoas envolvidas com entorpecentes no país disparou depois que o presidente chegou ao poder, em 2016.
A oposição fala em 20 mil mortos; outras fontes, talvez mais confiáveis, mencionam a cifra de 5.000.
Duterte não é um tirano que conquistou o poder pela força – e isso só torna seu caso mais assustador. Ele foi eleito democraticamente e conta com apoio de 79% do eleitorado, segundo pesquisas.
Pode-se atribuir grande parte da aprovação ao desempenho da economia, que vem crescendo a um ritmo de mais de 6% anuais, com inflação e desemprego sob controle. A prosperidade encoraja filipinos a relativizar as manifestações absurdas de seu presidente.
As perspectivas futuras não se mostram animadoras em termos de democracia e direitos humanos. O Senado era a única instituição que ainda fazia algum contraponto ao poder de Duterte – o Judiciário já se encontra manietado.
Depois de conquistar recentemente a maioria na Casa legislativa, o líder filipino poderá dar continuidade a projetos mais polêmicos, como a introdução da pena de morte para traficantes.
Teme-se também que ele vá tentar uma fórmula de perpetuar-se no poder, seja diretamente, seja através da filha Sara Duterte-Carpio, hoje prefeita de Davao, a quarta cidade mais populosa do país.
(Ogro filipino. Editorial. Folha de S.Paulo, 06.06.2019. Adaptado)
A conversa espontânea se constrói a cada intervenção dos interlocutores, ou seja, a elaboração e a produção ocorrem, simultaneamente, no mesmo eixo temporal. É uma atividade co-produtiva, que “nunca se pode prever com exatidão em que sentido o parceiro vai orientar a sua intervenção” (Koch, 1997), o que não significa que sua organização seja caótica ou aleatória. As contribuições dos falantes devem demonstrar, de alguma forma, uma relação com o curso da conversa, pois a conversação é uma atividade semântica, ou seja, um processo de produção de sentidos, altamente estruturado e funcionalmente motivado.
(Ângela Paiva Dionísio, “Análise da Conversação”.
In: Mussalim e Bentes, 2004)
As considerações da autora, tomadas em relação à teoria que desenvolve sobre fala e escrita e aos Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa (1998), permitem afirmar que
Na nossa sociedade, a participação social é intensamente mediada pelo texto escrito, e os que dela participam se apropriam não apenas de suas convenções linguísticas, mas, sobretudo, das práticas sociais mediadas por esses textos.
Na concepção de Mikhail Bakhtin (filósofo e pensador russo), os gêneros textuais, são:
TEXTO III
Língua Oral: Usos E Formas
Não é papel da escola ensinar o aluno a falar: isso é algo que a criança aprende muito antes da idade escolar. Talvez por isso, a escola não tenha tomado para si a tarefa de ensinar quaisquer usos e formas da língua oral. Quando o fez, foi de maneira inadequada: tentou corrigir a fala “errada” dos alunos – por não ser coincidente com a variedade linguística de prestígio social –, com a esperança de evitar que escrevessem errado. Reforçou assim o preconceito contra aqueles que falam diferente da variedade prestigiada.
Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis à manifestação do que se pensa, do que se sente, do que se é. Assim, o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhe os usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas. De nada adianta aceitar o aluno como ele é mas não lhe oferecer instrumentos para enfrentar situações em que não será aceito se reproduzir as formas de expressão próprias de sua comunidade. É preciso, portanto, ensinar-lhe a utilizar adequadamente a linguagem em instâncias públicas, a fazer uso da língua oral de forma cada vez mais competente.
As situações de comunicação diferenciam-se conforme o grau de formalidade que exigem. E isso é algo que depende do assunto tratado, da relação entre os interlocutores e da intenção comunicativa. A capacidade de uso da língua oral que as crianças possuem ao ingressar na escola foi adquirida no espaço privado: contextos comunicativos informais, coloquiais, familiares. Ainda que, de certa forma, boa parte dessas situações também tenham lugar no espaço escolar, não se trata de reproduzi-las para ensinar aos alunos o que já sabem. Considerar objeto de ensino escolar a língua que elas já falam requer, portanto, a explicitação do que se deve ensinar e de como fazê-lo.
(MEC - Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: língua
portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000 - com
adaptações).
"A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos rodeiam", escreveu o filósofo.
Segundo essa concepção, a Língua só existe em função do uso que locutores e interlocutores fazem dela em situações de comunicação. O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, para o autor, um enunciado é sempre modulado pelo falante:
Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa incorreta:
Estão corretas as afirmativas:
Assinale a alternativa que traga, de cima para baixo, a sequência correta.
Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa incorreta.
I. Surgiu no renascimento e perdura até hoje, com diversas adaptações. II. Surgiu pelo interesse das Culturas gregas e já não existe, pois possuía apenas finalidades específicas. III. Basicamente, a AGT consiste no ensino da segunda língua pela primeira, as explicações assim são dadas através de explicações na língua materna do estudante. IV. É uma abordagem dedutiva, partindo sempre da regra para o exemplo V. Seu objetivo final era ou ainda é, levar o estudante a cultura e literatura da língua aprendida (L2) adquirindo um conhecimento mais profundo de seu próprio idioma, desenvolvendo inteligência e raciocínio.
Assinale a alternativa correta:
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2017), ao componente Língua Portuguesa cabe “proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas / constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens”.
Nesse documento,
I. registra-se que as práticas de linguagem contemporâneas não só envolvem novos gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimidiáticos, como também novas formas de produzir, de configurar, de disponibilizar, de replicar e de interagir.
II. determina-se que não se deve deixar de privilegiar o escrito / impresso nem de deixar de considerar gêneros e práticas consagrados pela escola, próprios do letramento da letra e do impresso, mas deve-se contemplar também os novos letramentos, essencialmente digitais.
III. prevê-se que as habilidades não sejam desenvolvidas de forma genérica e descontextualizada, mas por meio da leitura de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana e por meio da produção de textos que compreende as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria do texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos.
IV. propõe-se que os objetos de conhecimento e as habilidades estejam organizados a partir das práticas de linguagem e distribuídos pelos nove anos do Ensino Fundamental, dadas as especificidades de cada segmento, sendo as habilidades apresentadas segundo a necessária continuidade das aprendizagens ao longo dos anos, crescendo progressivamente em complexidade.
Estão corretas as afirmativas
Em sua prática pedagógica, o professor de Língua Portuguesa deve conduzir os alunos a perceberem a relação de causa e consequência que pode ser estabelecida de diversas maneiras.
Nas alternativas a seguir, foram analisados pares de frases em termos de uso e de relação estabelecida entre suas orações.
Assinale a alternativa em que a análise feita está incorreta.
Com o objetivo de explorar o tema Intertextualidade em uma turma de 7º ano do Ensino Fundamental, a professora selecionou a seguinte tirinha:
Ao analisar essa tirinha associada ao objetivo da docente, conclui-se que
I. o trabalho com intertextualidade previsto é inviabilizado a partir da ativação do conhecimento prévio de que cobras não têm medo de seres humanos.
II. a escolha da tirinha permite observar a presença de um texto inserido em outro, anteriormente produzido, que faz parte da memória social de uma coletividade.
III. os efeitos de sentido esperados se condicionam à exploração da leitura dos elementos verbais e não verbais constitutivos da multimodalidade do texto.
IV. o êxito do trabalho está garantido, uma vez que os alunos estão aptos a identificar as referências, alusões e retomadas exploradas pelo produtor da tirinha.
Estão corretas as afirmativas