Questões de Concurso
Sobre teorias e práticas para o ensino de língua portuguesa em pedagogia
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Considere o excerto a seguir e responda à questão.
“Articulada à instância de uso da língua oral e escrita – que incorpora práticas de escuta e de leitura e práticas de produção de textos orais e escritos –, é preciso desenvolver a reflexão sobre a língua e a linguagem – que incorpora práticas de análise linguística. Considerando essa segunda instância, é inegável que a escola precisa trabalhar com gramática (i) contemplando o funcionamento de recursos linguísticos em diferentes níveis (fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico-discursivo) e (ii) e propiciando condições para que o aluno tenha acesso à norma culta da língua, que é a variedade de prestígio na sociedade, e, consequentemente, à possibilidade de ascensão social. O que se coloca em discussão é: qual gramática ensinar? e de que maneira ensiná-la?”
(GORSKI e COELHO, 2009)
Por volta das décadas de 1970 e 1980, alguns professores e linguistas perceberam que os alunos eram capazes de produzir sentenças gramaticalmente corretas muitas vezes, mas pouco as utilizavam em situações realmente comunicativas e reais fora da sala de aula. Ficou claro, portanto, que a comunicação (entendida como um todo, e não somente a fala) requeria mais do que simplesmente o conhecimento das regras.
I. A competência estratégica, de acordo com o texto, é a capacidade de usar estratégias apropriadas para compensar deficiências no domínio do código linguístico ou outras lacunas na comunicação, visando favorecer uma efetiva comunicação ou alcançar um efeito pretendido, como falar mais lentamente, pedir para repetir ou esclarecer algo e enfatizar certas palavras, por exemplo.
II. A prioridade dada ao conceito de competências é um recurso para quem busca um processo de ensino e de aprendizagem mais equilibrado, cujos objetivos são definidos não apenas em termos de conteúdo a ser aprendido, mas também com base na discussão das habilidades que o aprendiz precisa desenvolver, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Por volta das décadas de 1970 e 1980, alguns professores e linguistas perceberam que os alunos eram capazes de produzir sentenças gramaticalmente corretas muitas vezes, mas pouco as utilizavam em situações realmente comunicativas e reais fora da sala de aula. Ficou claro, portanto, que a comunicação (entendida como um todo, e não somente a fala) requeria mais do que simplesmente o conhecimento das regras.
I. A competência sociolinguística é a competência para saber escolher, entre os vários meios e registros de comunicação, aquele que possui melhor adequação a uma determinada situação, ou seja, o uso de uma linguagem mais formal ou informal, por exemplo, de acordo com o texto.
II. O professor que faz uso da abordagem comunicativa passa a ser um mediador da aprendizagem, promovendo situações efetivas de uso da língua e privando-se de dar conselhos aos aprendizes, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Os testes de Língua Portuguesa do Saeb tradicional têm como foco a leitura. Seu objetivo é verificar se os alunos são capazes de apreender o texto como construção de conhecimento em diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação.Os conhecimentos e competências linguísticas esperadas para cada etapa estão indicadas nos descritores da Matriz de Referência de Língua Portuguesa.
(Disponívelem: http://provabrasil.inep.gov.br)
NÃO corresponde a um descritor do tópico denominado Procedimentos de Leitura do 5º ano do ensino fundamental:
“Há uma infinidade de textos e, eles surgem da real necessidade de interação entre os indivíduos a partir do uso efetivo da língua. Assim, à medida que os indivíduos, numa determinada sociedade, participam de um conjunto maior de atividades ou compartilham de um número maior de experiências em diferentes âmbitos, o seu repertório de gêneros aumenta e se diversifica. A Internet, por exemplo, possibilitou novas formas de interações discursivas e, consequentemente, o aparecimento de novos gêneros, como o e-mail.”
Sobre os gêneros textuais, assinale a alternativa CORRETA.
O trabalho com diversos textos na sala de aula, sejam eles histórias em quadrinhos, notícias, poemas, charge, contos de fadas e etc., se constitui em uma possibilidade de ampliar o repertório dos estudantes. Os diversos gêneros textuais podem favorecer o enfoque das duas facetas da aprendizagem: a alfabetização e o letramento.
Sobre o trabalho de leitura e escrita com a diversidade de textos na escola, assinale a alternativa INCORRETA.
Luiz Carlos Cagliari afirma que o grande problema da ortografia na vida das pessoas e, por conseguinte, também na vida escolar, é o de que esta:
Está correto o que se afirma em:
O ensino de Língua Portuguesa dá continuidade às práticas de oralidade e escrita, iniciadas na Educação Infantil no campo de experiências da escuta, da fala do pensamento e da imaginação. Leia cada um dos assertos abaixo sobre esse tópico e marque a opção correta.
I. As aprendizagens da Língua Portuguesa na Educação Infantil demonstram que sua finalidade é inserir a criança no universo das culturas do escrito visando ao reconhecimento da função social da escrita e da leitura como fonte de prazer e informação;
II. O processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa deve excluir qualquer referência à cultura digital, uma vez que ela não é parte da prática de linguagem;
III. No Ensino Fundamental, o texto (oral, escrito, multimodal) torna-se o centro das atividades a serem desenvolvidas, implicando um trabalho com a língua não apenas como um mero sistema de regras gramaticais, mas como uma das formas de manifestação da linguagem.
O fato de as crianças serem alfabetizadas formalmente a partir dos seis anos constitui uma novidade no meio educacional brasileiro. Sabe-se que as crianças das camadas populares não têm experiências relacionadas à alfabetização na instituição de Educação Infantil, ou mesmo em casa, não demonstrando condições cognitivas necessárias a este aprendizado (1ª parte). No processo de alfabetização, a escola deve considerar a curiosidade, o desejo e o interesse das crianças, utilizando a leitura e a escrita em situações significativas para elas. Entretanto, possibilitar o acesso aos diversos usos da leitura e da escrita já é suficiente para que elas se alfabetizem (2ª parte). É necessário um trabalho sistemático, centrado tanto nos aspectos funcionais e textuais, quanto no aprendizado dos aspectos gráficos da linguagem escrita e daqueles referentes ao sistema alfabético de representação (3ª parte).
A sentença está:
Vivemos em uma sociedade letrada e o domínio do código escrito faz-se necessário em vários contextos e em várias práticas sociais. São cada vez mais comuns as situações nas quais temos que preencher um formulário, ou mesmo um cupom para participarmos de um sorteio; que temos que ler um folheto explicativo de um eletrodoméstico que compramos; e assim por diante.
Portanto, é impossível negarmos que, de uma forma ou de outra, o código escrito não esteja presente em nossas vidas de alguma maneira. No entanto, ao utilizarmos tais habilidades, não constatamos que só o fazemos dentro da escola e nas aulas de língua portuguesa. O mundo é uma totalidade complexa. Mas, mesmo assim, a escola teima em dividir seu conhecimento em partes.
A ideia de que a fragmentação facilitaria a compreensão do conhecimento científico orientou a elaboração de currículos básicos durante algum tempo e, com eles, certo número de disciplinas foi considerado indispensável à construção do saber escolar. [...] No entanto, não há como separar as áreas do conhecimento, pois uma complementa a outra, um assunto puxa outro. A formação do indivíduo é integral; não podemos então legar o alfabetizar letrando somente às aulas de língua portuguesa, se nas outras aulas também se lê e se escreve. Pois hoje, tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita e trabalhar os conteúdos de cada disciplina é engajar-se na busca pelo conhecimento em práticas sociais letradas. [...]
Por isso, aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las, [como fazemos] nas aulas de língua portuguesa, mas na possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas no seu dia a dia dentro e fora da escola, dentro das aulas de língua portuguesa e também nas outras áreas de conhecimento.
(Fragmento adaptado. In: ALMEIDA, A. M. B. de et al. O letramento em todas as Áreas do Conhecimento do Currículo de Alfabetização. Disponível em: https://bit.ly/32mJp1m.)
I. No texto, está implícita a afirmação de que não adianta o indivíduo conhecer as letras e decodificá-las (habilidade leitora básica), se ele não consegue ampliar o seu leque de formação em práticas socioculturais mais amplas. Nesse sentido, aprender a ler e a escrever implica obter sucesso em todos os espaços de letramento.
II. As autoras do texto sustentam a tese de que, apesar de o conhecimento ser tratado cartesianamente pelas instituições de poder que “orientam” o que os professores devem ensinar (no caso do currículo), as escolas têm autonomia para promover uma formação integral do indivíduo.
Marque a alternativa CORRETA:
Vivemos em uma sociedade letrada e o domínio do código escrito faz-se necessário em vários contextos e em várias práticas sociais. São cada vez mais comuns as situações nas quais temos que preencher um formulário, ou mesmo um cupom para participarmos de um sorteio; que temos que ler um folheto explicativo de um eletrodoméstico que compramos; e assim por diante.
Portanto, é impossível negarmos que, de uma forma ou de outra, o código escrito não esteja presente em nossas vidas de alguma maneira. No entanto, ao utilizarmos tais habilidades, não constatamos que só o fazemos dentro da escola e nas aulas de língua portuguesa. O mundo é uma totalidade complexa. Mas, mesmo assim, a escola teima em dividir seu conhecimento em partes.
A ideia de que a fragmentação facilitaria a compreensão do conhecimento científico orientou a elaboração de currículos básicos durante algum tempo e, com eles, certo número de disciplinas foi considerado indispensável à construção do saber escolar. [...] No entanto, não há como separar as áreas do conhecimento, pois uma complementa a outra, um assunto puxa outro. A formação do indivíduo é integral; não podemos então legar o alfabetizar letrando somente às aulas de língua portuguesa, se nas outras aulas também se lê e se escreve. Pois hoje, tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita e trabalhar os conteúdos de cada disciplina é engajar-se na busca pelo conhecimento em práticas sociais letradas. [...]
Por isso, aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las, [como fazemos] nas aulas de língua portuguesa, mas na possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas no seu dia a dia dentro e fora da escola, dentro das aulas de língua portuguesa e também nas outras áreas de conhecimento.
(Fragmento adaptado. In: ALMEIDA, A. M. B. de et al. O letramento em todas as Áreas do Conhecimento do Currículo de Alfabetização. Disponível em: https://bit.ly/32mJp1m.)
I. As autoras corroboram com a ideia de que a escola tem uma visão reducionista dos saberes científicos. É como se a instituição ignorasse o fato de as ciências estarem interligadas; isto é, um assunto “puxando” o outro.
II. O texto aponta para a ideia de que o código escrito se torna indispensável em diversas situações de interação que exigem o domínio de práticas de leitura e de escrita. Sendo assim, pode-se afirmar que esse contato não se dá exclusivamente na escola.
Marque a alternativa CORRETA:
Vivemos em uma sociedade letrada e o domínio do código escrito faz-se necessário em vários contextos e em várias práticas sociais. São cada vez mais comuns as situações nas quais temos que preencher um formulário, ou mesmo um cupom para participarmos de um sorteio; que temos que ler um folheto explicativo de um eletrodoméstico que compramos; e assim por diante.
Portanto, é impossível negarmos que, de uma forma ou de outra, o código escrito não esteja presente em nossas vidas de alguma maneira. No entanto, ao utilizarmos tais habilidades, não constatamos que só o fazemos dentro da escola e nas aulas de língua portuguesa. O mundo é uma totalidade complexa. Mas, mesmo assim, a escola teima em dividir seu conhecimento em partes.
A ideia de que a fragmentação facilitaria a compreensão do conhecimento científico orientou a elaboração de currículos básicos durante algum tempo e, com eles, certo número de disciplinas foi considerado indispensável à construção do saber escolar. [...] No entanto, não há como separar as áreas do conhecimento, pois uma complementa a outra, um assunto puxa outro. A formação do indivíduo é integral; não podemos então legar o alfabetizar letrando somente às aulas de língua portuguesa, se nas outras aulas também se lê e se escreve. Pois hoje, tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita e trabalhar os conteúdos de cada disciplina é engajar-se na busca pelo conhecimento em práticas sociais letradas. [...]
Por isso, aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las, [como fazemos] nas aulas de língua portuguesa, mas na possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas no seu dia a dia dentro e fora da escola, dentro das aulas de língua portuguesa e também nas outras áreas de conhecimento.
(Fragmento adaptado. In: ALMEIDA, A. M. B. de et al. O letramento em todas as Áreas do Conhecimento do Currículo de Alfabetização. Disponível em: https://bit.ly/32mJp1m.)
I. As autoras consideram que, mesmo diante da complexidade do mundo, a escola insiste em dividir o conhecimento em partes. Isso se comprova também por meio da visão fragmentadora do conhecimento científico, trazida pelos currículos básicos.
II. Está claro, no texto, que as práticas de leitura e escrita não se dão apenas no contexto das aulas de língua portuguesa, pois nas aulas de outras disciplinas o estudante também tem contato com essas práticas. Sendo assim, alfabetizar letrando não é apenas restringir esse processo às aulas de língua materna.
Marque a alternativa CORRETA:
Vivemos em uma sociedade letrada e o domínio do código escrito faz-se necessário em vários contextos e em várias práticas sociais. São cada vez mais comuns as situações nas quais temos que preencher um formulário, ou mesmo um cupom para participarmos de um sorteio; que temos que ler um folheto explicativo de um eletrodoméstico que compramos; e assim por diante.
Portanto, é impossível negarmos que, de uma forma ou de outra, o código escrito não esteja presente em nossas vidas de alguma maneira. No entanto, ao utilizarmos tais habilidades, não constatamos que só o fazemos dentro da escola e nas aulas de língua portuguesa. O mundo é uma totalidade complexa. Mas, mesmo assim, a escola teima em dividir seu conhecimento em partes.
A ideia de que a fragmentação facilitaria a compreensão do conhecimento científico orientou a elaboração de currículos básicos durante algum tempo e, com eles, certo número de disciplinas foi considerado indispensável à construção do saber escolar. [...] No entanto, não há como separar as áreas do conhecimento, pois uma complementa a outra, um assunto puxa outro. A formação do indivíduo é integral; não podemos então legar o alfabetizar letrando somente às aulas de língua portuguesa, se nas outras aulas também se lê e se escreve. Pois hoje, tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita e trabalhar os conteúdos de cada disciplina é engajar-se na busca pelo conhecimento em práticas sociais letradas. [...]
Por isso, aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las, [como fazemos] nas aulas de língua portuguesa, mas na possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas no seu dia a dia dentro e fora da escola, dentro das aulas de língua portuguesa e também nas outras áreas de conhecimento.
(Fragmento adaptado. In: ALMEIDA, A. M. B. de et al. O letramento em todas as Áreas do Conhecimento do Currículo de Alfabetização. Disponível em: https://bit.ly/32mJp1m.)
I. De acordo com o texto, a sociedade contemporânea é iletrada e, atualmente, o domínio do código escrito é dispensável na maioria dos contextos e práticas sociais.
II. A expressão “práticas sociais letradas”, no texto, faz referência às práticas sociais em que é escusável o domínio da leitura e da escrita (código escrito), a exemplo dos formulários, reportagens, notícias, ou outros gêneros textuais que circulam cotidianamente.
Marque a alternativa CORRETA: