Questões de Concurso Público Prefeitura de Queimadas - PB 2024 para Enfermeiro
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Eu nasci há dez mil anos atrás E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais (...)
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares Eu vi Zumbi fugir com os negros prá floresta Pro Quilombo dos Palmares, eu vi
(...)
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu E pr’aquele que provar que eu tô mentindo Eu tiro o meu chapéu. (Eu nasci há dez mil anos atrás, Paulo Coelho e Raul Seixas. LP, Há dez mil anos atrás, Philips, 1976)
Sobre as figuras de linguagem usadas no trecho da música "Eu nasci há dez mil anos atrás", relacione as duas colunas abaixo:
1ª COLUNA
(1) Eu vi a arca de Noé cruzar os mares. (2) Eu nasci há dez mil anos. (3) Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu.
2ª COLUNA
( ) Hipérbole. ( ) Metáfora. ( ) Pleonasmo. A ordem correta é:
"Se avexe não Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada Se avexe não A lagarta rasteja até o dia em que cria asas Se avexe não Que a burrinha da felicidade nunca se atrasa Se avexe não Amanhã ela para na porta da sua casa"
Fonte: https://www.letras.mus.br/flavio-jose/200188/
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras e uma solenidade de amor. E pode ser instrmento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvir um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve/ que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro.
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.
No texto “Cabeludinho” de Manuel de Barros, o autor usa elementos linguísticos para criar efeitos estilísticos e expressivos. Sobre o uso da preposição deslocada e a criação de verbos novos no texto, qual das alternativas a seguir está correta?
"Meu pai se matou quando eu tinha 15 anos. Ele rompeu com o tempo de acontecer das coisas, um tempo que era meu também e que de vazio não tinha nada, pois era repleto de sentimentos, sonhos e expectativas. Mesmo roubada, traída e judiada, posso rezar e, às vezes, é isso o que me conforta.”
(Marília Litvin, via Internet. In: Super Interessante - Edição 185, fevereiro, 2003.)
Qual é o gênero textual predominante nesse trecho?
Reconhecimento facial: o que se pode esperar dele? A tecnologia não é nova, mas está cada vez mais avançada. O conceito foi desenvolvido na década de 1960 por Woodrow "Woody" Bledsoe para a Panoramic Research e até hoje os preceitos são os mesmos: boa parte dos sistemas ainda aposta em imagens 2D, já que a maioria dos bancos de dados de referência tem apenas esse tipo de foto.
Ela é, portanto, uma forma de autenticação biométrica que permite confirmar uma identidade. O processo de identificação usa as medidas do formato e da estrutura facial, que são únicas para cada indivíduo. Aí começam os problemas: embora seja bastante interessante, ela pode ser controversa.
É essa a tecnologia usada no Facebook para sugerir marcações em fotos — e quem tem irmãos sabe que o sistema pode ser bastante falho na tarefa de diferenciar pessoas com características semelhantes. Isso porque informações-chave das imagens (como o tamanho e o formato de nariz, boca e olhos, bem como a distância entre diferentes pontos da face) são comparadas com um banco de dados. Há até quem tenha processado a rede social por ter sido identificado em imagens sem ser informado.
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/reconhecimentofacial-o-que-se-pode- esperar-dele/84009>. (Adaptado)
O texto destaca tanto a evolução quanto os desafios da tecnologia de reconhecimento facial desde sua invenção na década de 1960. Analise criticamente os seguintes pontos sobre o reconhecimento facial e identifique a alternativa que melhor reflete uma análise complexa dos impactos e limitações dessa tecnologia. Considere os aspectos históricos, técnicos e éticos abordados no texto:
1. A cinemática do trauma envolve a análise das forças e movimentos envolvidos no acidente para prever os tipos de lesões que o paciente pode ter sofrido, mas a análise só é útil em traumas de alta energia, sendo dispensável em traumas de menor impacto. (PHTLS, 9ª edição).
2. A análise da cinemática é igualmente relevante tanto em traumas penetrantes quanto em traumas fechados, uma vez que ambos os tipos de trauma podem causar lesões ocultas e difíceis de detectar, especialmente em regiões com maior densidade de vasos e órgãos vitais. (ATLS, 10ª edição).
3. Em colisões veiculares, a cinemática pode ajudar a prever lesões como fraturas de costelas em impactos laterais ou lesões cervicais em impactos traseiros, mas a previsão exata das lesões não deve ser usada como base para determinar o tipo de transporte do paciente. (PHTLS, 9ª edição).
4. A velocidade do impacto e a deformação do veículo são fatores cruciais na cinemática do trauma, sendo relevantes para a avaliação inicial e para antecipar a gravidade das lesões, independentemente da constituição física do paciente. (ATLS, 10ª edição). 5. A avaliação da cinemática deve ser feita em conjunto com a avaliação clínica inicial para guiar as intervenções prioritárias no atendimento ao trauma, mas não deve ser o principal critério para decidir sobre a necessidade de evacuação médica. (PHTLS, 9ª edição).
Alternativas:
1. A prevenção do trauma inclui políticas públicas como campanhas de conscientização, legislação sobre o uso de dispositivos de segurança e a fiscalização rigorosa do cumprimento dessas leis, sendo essas medidas essenciais para a redução dos acidentes de trânsito (OMS, 2018).
2. O resgate veicular deve priorizar a retirada rápida do paciente do veículo, mas as técnicas de extração devem sempre ser realizadas de forma segura para evitar lesões adicionais, mesmo que isso ocasione um resgate mais lento (PHTLS, 9ª edição).
3. O uso de dispositivos de segurança como cintos de segurança e airbags tem demonstrado reduzir significativamente a gravidade dos traumas em acidentes de trânsito, mas sua eficácia depende do tipo e da intensidade do impacto sofrido (NHTSA, 2019).
4. As equipes de resgate devem coordenar suas ações com as equipes de atendimento médico para garantir que a extração do veículo minimize o risco de lesões adicionais, utilizando técnicas seguras e adaptadas às condições do paciente e do acidente (PHTLS, 9ª edição).
5. A prevenção do trauma veicular deve incluir a formação de motoristas em primeiros socorros, uma vez que os primeiros minutos após o acidente são críticos para a sobrevida da vítima, e a assistência por leigos pode ser crucial até a chegada dos profissionais de saúde (OMS, 2018).
Alternativas:
1. Estudos recentes indicam que a administração precoce de ácido acetilsalicílico (AAS) em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio reduz a mortalidade em cerca de 23%, desde que não haja contraindicação ao uso, como alergias ou histórico de sangramento gastrointestinal significativo (AHA, 2022).
2. A monitorização contínua do eletrocardiograma (ECG) em pacientes com síndromes coronarianas agudas é crítica para a detecção precoce de arritmias, especialmente fibrilação ventricular, que ocorre em até 20% dos casos de infarto agudo do miocárdio, sendo essa uma das principais causas de morte súbita (ESC, 2023).
3. A administração de nitroglicerina sublingual deve ser evitada em pacientes com infarto do miocárdio inferior e bradicardia severa, devido ao risco de hipotensão grave, mas pode ser utilizada com cautela em outros tipos de infarto, desde que haja monitorização adequada (ACC, 2022).
4. A trombólise sistêmica é recomendada em pacientes com infarto com supradesnível do segmento ST (STEMI) que não têm acesso a intervenção coronariana percutânea (ICP) dentro de 90 minutos após o primeiro contato médico, com uma redução da mortalidade de até 30%, mas deve ser evitada em pacientes com contraindicações, como histórico de AVC hemorrágico (ESC, 2023).
5. O uso profilático de betabloqueadores está associado a uma redução significativa da mortalidade pós-infarto, mas deve ser evitado em pacientes com sinais de insuficiência cardíaca descompensada e choque cardiogênico, devido ao risco de agravar a disfunção cardíaca (AHA, 2022).
Alternativas:
1. A administração de trombolíticos intravenosos em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico deve ocorrer dentro de uma janela terapêutica de 3 a 4,5 horas após o início dos sintomas, com uma redução da mortalidade em até 18% em estudos recentes, mas essa intervenção só é indicada após a exclusão de hemorragias com exames de imagem (AHA/ASA, 2022).
2. A escala de coma de Glasgow (GCS) continua sendo amplamente utilizada para a avaliação inicial de pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE), com um escore abaixo de 8 indicando a necessidade de intubação e manejo avançado das vias aéreas (Neurosurgery, 2022).
3. Estudos recentes indicam que a administração precoce de benzodiazepínicos em crises convulsivas prolongadas reduz a mortalidade e previne danos neurológicos, sendo o tratamento de primeira linha no status epiléptico, embora a redução de mortalidade em si não seja significativa (ILAE, 2023).
4. A tomografia computadorizada (TC) sem contraste deve ser realizada dentro dos primeiros 30 minutos de atendimento em todos os pacientes com suspeita de AVC isquêmico, sendo crucial para excluir hemorragias, mas sua acurácia para detecção precoce de AVC isquêmico é limitada (AHA/ASA, 2022).
5. A pressão intracraniana (PIC) deve ser monitorada continuamente em pacientes com TCE grave e sinais de hipertensão intracraniana, com intervenções baseadas em diretrizes que demonstraram uma redução de 20% na mortalidade, embora a inserção do monitor de PIC dependa de avaliação neurológica criteriosa (Brain Trauma Foundation, 2023).
Alternativas:
1. A cetoacidose diabética (CAD) deve ser tratada com infusão contínua de insulina regular intravenosa, correção agressiva de líquidos com solução salina isotônica e reposição de eletrólitos, principalmente potássio, mas a redução de mortalidade não chega a 30%, sendo o foco principal a correção dos desequilíbrios metabólicos (ADA, 2023).
2. Em casos de hipoglicemia grave, a administração intravenosa de glicose a 50% (D50) é a intervenção inicial recomendada, com recuperação da consciência observada em até 90% dos casos dentro de 10 minutos, mas deve-se monitorar atentamente para evitar hiperglicemia rebote (ADA, 2022).
3. O uso de bicarbonato de sódio no tratamento da acidose metabólica deve ser reservado para casos de acidose severa (pH < 7,0), já que o uso indiscriminado pode agravar a acidose respiratória compensatória e precipitar arritmias (NEJM, 2023).
4. A monitorização contínua da glicose capilar e dos níveis de cetonas no sangue é recomendada durante o manejo de CAD, com ajustes nas intervenções a cada 1 a 2 horas, a fim de prevenir tanto hipoglicemia quanto hipocalemia, evitando complicações iatrogênicas (ADA, 2023).
5. O tratamento da hipocalcemia sintomática em emergências metabólicas envolve a infusão intravenosa de gluconato de cálcio, mas os sintomas neuromusculares podem não ser completamente resolvidos em 95% dos casos, dependendo da gravidade e da duração da hipocalcemia (NEJM, 2023).
Alternativas: