Questões de Concurso Público IGP-SC 2017 para Papiloscopista
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Você fez uma fotografia e a mesma não ficou boa. Essa imagem aparece entre as informações da fotografia. Observe a imagem e leia as sentenças abaixo, indicando na resposta todas as sentenças que estão corretas.
I. A fotografia ficou muito clara.
II. A fotografia ficou muito escura.
III. A imagem apresenta o histograma da fotografia.
IV. O fotógrafo poderia ter fechado o diafragma para melhorar a exposição.
V. O fotógrafo poderia ter aberto o diafragma para melhor a exposição.
VI. O fotógrafo poderia ter deixado o obturador aberto por mais tempo para melhorar a exposição.
VII. O fotógrafo poderia ter deixado o obturador aberto
por menos tempo para melhorar a exposição.
Observe a imagem e leia as sentenças abaixo, indicando na resposta todas aquelas que estão corretas.
I. O ícone da letra “c” corresponde a um ajuste manual em que o fotógrafo indica a temperatura de cor utilizando uma superfície branca ou cinza que esteja no ambiente.
II. O ícone da letra “f” corresponde a um ajuste manual em que o fotógrafo indica a temperatura de cor utilizando uma superfície branca ou cinza que esteja no ambiente.
III. Todos os ícones correspondem a ajustes de balanço de branco na câmera.
IV. O ícone da letra “a” indica uma iluminação do tipo tungstênio ou incandescente.
V. O ícone da letra “d” representa um tipo de
iluminação que, em geral, apresenta um tom
esverdeado.
Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas, assinalando a resposta com a sequência correta de preenchimento.
( ) É preciso utilizar uma lente para obter uma fotografia.
( ) As câmeras fotográficas analógicas mais populares utilizavam filmes de 35 mm.
( ) Em uma câmera DSLR um espelho reflete a imagem para o visor.
( ) O sensor de uma câmera DSLR com resolução de 16 megapixels é igual ao de uma câmera digital compacta com resolução de 16 megapixels.
( ) A letra “D” que diferencia uma câmera DSLR e uma câmera SLR significa que a câmera do tipo DSLR é uma câmera dinâmica.
A sequência correta é:
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.
Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode” ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária, ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Sírio Possenti