A teorização da atividade-guia concebida no âmbito
da psicologia histórico-cultural representa uma
orientação consistente para ser tomada a serviço de um
trabalho pedagógico voltado para a conquista do salto
ontológico em cada indivíduo singular. Uma dessas
atividades-guia, quando dominante, deve estar a serviço
da apropriação da cultura e do desenvolvimento
psíquico, cabendo ao professor não só ampliar o
conhecimento de mundo da criança de modo que
forneça matéria-prima para o faz de conta, mas
enriquecer a atividade lúdica e promover sua
complexificação. A atividade-guia em questão
“relaciona-se com a literatura fundamentalmente pela
cultura oral. O livro infantil como objetivo social que
socializa a linguagem literária para a criança se
apresenta inicialmente como relação da criança com a
cultura escrita, a qual passa necessariamente pela
mediação do adulto. A criança lê o texto com a voz
emprestada do adulto e, portanto, os conteúdos
literários a que a criança tem acesso ocorrem
inicialmente em decorrência da relação do adulto com o
livro infantil” (ABRANTES, 2013, p. 163-164). Esta
atividade-guia é denominada: