Questões de Concurso Público Prefeitura de Ribeirão Preto - SP 2019 para Professor de Educação Básica III - Matemática
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
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Q1277296
Português
Texto associado
Vista Cansada
Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que
olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez.
Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente.
Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua,
não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse
um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O
problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não
vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia,
sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos
é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da
nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo
mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre,
pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às
vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um
dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não
fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o
viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia
no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser
também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja
os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos
e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de
ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que
nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria
mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam
no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o
monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)
* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.
Com base no texto, é correto concluir que o autor
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277312
Pedagogia
Uma coordenadora pedagógica foi informada de que no
bairro da escola pública em que trabalha, um grupo de
moradores organizou um projeto de atividades esportivas, cuja participação de crianças e adolescentes era
condicionada à frequência e ao desempenho escolar.
O documento “Conselho escolar e a relação entre a escola e o desenvolvimento com igualdade social” (Aguiar
et al., 2006) traz recomendações para a interação da
escola com a comunidade em que se insere.
Adotando uma conduta compatível a essas recomendações, a coordenadora
Adotando uma conduta compatível a essas recomendações, a coordenadora
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277319
Pedagogia
O fracasso escolar é um tema de crucial importância para
a reflexão pedagógica, tendo inclusive implicações sociopolíticas. Para Libâneo (2013), a escola pública democrática deve considerar as características de sua clientela,
porque
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277321
Pedagogia
Texto associado
Marcos é professor do Ensino Fundamental II há 20 anos.
Preocupado com a pressão que os alunos sentem diante de
provas, que parece ter se intensificado mais recentemente,
suspendeu as avaliações quantitativas em suas aulas. O professor tem considerado as provas prejudiciais ao desenvolvimento autônomo da criatividade e das potencialidades dos
alunos. Como é muito experiente e afirma ter “olho clínico”,
Marcos conta que consegue cedo no ano letivo identificar os
bons alunos e aqueles que terão problemas.
Como vimos no caso, a ação docente partiu de um problema comum, que envolve a ansiedade dos estudantes
nas situações de provas. Luckesi (2006) trata do uso da
avaliação como disciplinamento social dos alunos em
uma pedagogia do exame. A esse respeito, de acordo
com o autor, é correto afirmar que
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277322
Pedagogia
Uma estudante com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista foi matriculada em uma sala regular de ensino.
Segundo relatos da professora, é a primeira vez que a docente trabalha com uma aluna autista e, por isso, realizou
leituras e buscou informações sobre o distúrbio. A estagiária se encontra nessa mesma situação, sendo seu primeiro contato. A aluna fica a cargo da estagiária para que
a professora possa trabalhar com o restante da sala. Assim, a estagiária já construiu um vínculo com a menina,
realizando os contatos pedagógicos e intervenções. Foi
colocado um colchão no fundo da sala para que a aluna
possa se deitar e dormir, o que costuma fazer por duas
horas diariamente. Ela também se dirige para lá quando
está irritada. Seu ensino na escola é adaptado, específico para seu transtorno, com atividades facilitadas, cujo
nível de profundidade foi previamente determinado pela
professora (caso adaptado de Ferreira e Bezerra, 2016).
De acordo com a discussão de Mantoan (2001) a respeito da inclusão escolar, é possível afirmar que o caso descrito
De acordo com a discussão de Mantoan (2001) a respeito da inclusão escolar, é possível afirmar que o caso descrito
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277323
Pedagogia
Sobre as relações entre tecnologia e educação, Moran
(2004) observa que
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277326
Pedagogia
Considerando a discussão de Ropoli (2010) sobre inclusão, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o trecho a seguir.
“A ___________ é tida sempre como ____________ , generalizada e positiva em relação às demais, e sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. [...]
Na perspectiva da _______________ , as identidades são transitórias, instáveis, inacabadas e, portanto, os alunos não são categorizáveis, não podem ser reunidos e fixados em categorias, grupos, conjuntos, que se definem por certas características arbitrariamente escolhidas”.
“A ___________ é tida sempre como ____________ , generalizada e positiva em relação às demais, e sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. [...]
Na perspectiva da _______________ , as identidades são transitórias, instáveis, inacabadas e, portanto, os alunos não são categorizáveis, não podem ser reunidos e fixados em categorias, grupos, conjuntos, que se definem por certas características arbitrariamente escolhidas”.
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277328
Pedagogia
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna,
de acordo com Veiga (1996):
_____________, ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza poderes de decisão.
_____________, ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza poderes de decisão.
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
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Q1277331
Pedagogia
A Lei nº 11.645, de 10.03.2008, estabelece:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
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Q1277337
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Os imortais
De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três
anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a
longevidade dele.
Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século.
Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e
a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que
ele vai conhecer o novo milênio?
Esse pensamento ganhou forma com um ensaio
primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha
uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava
nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia,
ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a
doença serão revertidos em 2119.
Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás,
será demasiado tarde até para os nossos filhos.
Mas não será para os nossos netos. Com essa data
imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra
com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos
com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o
nosso (injusto) destino?
O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação
filosófica. E a autora termina a sua indagação com um
pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo
legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os
primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico
legado.
Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível
e a humanidade eterna.
A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos:
“Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme,
Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia
todos os dias.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que
pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos
alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente,
deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora
ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir
em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua
existência.
E esse sentido não está no hipotético legado que deixará
para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente.
Quando isso acontece – quando o personagem encontra um
propósito para si próprio e na relação com os outros – ele
consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã
seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale
ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe
uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada
de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa correta a respeito das informações
do texto.
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277338
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Os imortais
De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três
anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a
longevidade dele.
Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século.
Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e
a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que
ele vai conhecer o novo milênio?
Esse pensamento ganhou forma com um ensaio
primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha
uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava
nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia,
ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a
doença serão revertidos em 2119.
Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás,
será demasiado tarde até para os nossos filhos.
Mas não será para os nossos netos. Com essa data
imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra
com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos
com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o
nosso (injusto) destino?
O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação
filosófica. E a autora termina a sua indagação com um
pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo
legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os
primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico
legado.
Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível
e a humanidade eterna.
A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos:
“Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme,
Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia
todos os dias.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que
pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos
alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente,
deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora
ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir
em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua
existência.
E esse sentido não está no hipotético legado que deixará
para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente.
Quando isso acontece – quando o personagem encontra um
propósito para si próprio e na relação com os outros – ele
consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã
seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale
ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe
uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada
de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)
Considere o trecho do décimo primeiro parágrafo.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais...
Esse trecho está reescrito, sem alteração do sentido original do texto, na alternativa:
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais...
Esse trecho está reescrito, sem alteração do sentido original do texto, na alternativa:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
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Q1277339
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Os imortais
De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três
anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a
longevidade dele.
Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século.
Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e
a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que
ele vai conhecer o novo milênio?
Esse pensamento ganhou forma com um ensaio
primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha
uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava
nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia,
ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a
doença serão revertidos em 2119.
Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás,
será demasiado tarde até para os nossos filhos.
Mas não será para os nossos netos. Com essa data
imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra
com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos
com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o
nosso (injusto) destino?
O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação
filosófica. E a autora termina a sua indagação com um
pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo
legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os
primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico
legado.
Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível
e a humanidade eterna.
A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos:
“Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme,
Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia
todos os dias.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que
pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos
alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente,
deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora
ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir
em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua
existência.
E esse sentido não está no hipotético legado que deixará
para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente.
Quando isso acontece – quando o personagem encontra um
propósito para si próprio e na relação com os outros – ele
consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã
seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale
ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe
uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada
de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)
Leia os trechos do texto.
• Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou... (12º parágrafo) • Desde que essa vida seja dotada de sentido. (último parágrafo)
Considerando o contexto, as expressões destacadas estabelecem entre as ideias, respectivamente, as relações de
• Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou... (12º parágrafo) • Desde que essa vida seja dotada de sentido. (último parágrafo)
Considerando o contexto, as expressões destacadas estabelecem entre as ideias, respectivamente, as relações de
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
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Q1277340
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Os imortais
De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três
anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a
longevidade dele.
Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século.
Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e
a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que
ele vai conhecer o novo milênio?
Esse pensamento ganhou forma com um ensaio
primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha
uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava
nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia,
ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a
doença serão revertidos em 2119.
Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás,
será demasiado tarde até para os nossos filhos.
Mas não será para os nossos netos. Com essa data
imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra
com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos
com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o
nosso (injusto) destino?
O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação
filosófica. E a autora termina a sua indagação com um
pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo
legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os
primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico
legado.
Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível
e a humanidade eterna.
A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos:
“Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme,
Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia
todos os dias.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que
pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos
alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente,
deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora
ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir
em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua
existência.
E esse sentido não está no hipotético legado que deixará
para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente.
Quando isso acontece – quando o personagem encontra um
propósito para si próprio e na relação com os outros – ele
consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã
seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale
ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe
uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada
de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)
Os travessões empregados no segundo e no décimo
terceiro parágrafo marcam trechos em que o autor,
respectivamente:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
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Q1277341
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Os imortais
De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três
anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a
longevidade dele.
Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século.
Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e
a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que
ele vai conhecer o novo milênio?
Esse pensamento ganhou forma com um ensaio
primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha
uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava
nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia,
ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a
doença serão revertidos em 2119.
Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás,
será demasiado tarde até para os nossos filhos.
Mas não será para os nossos netos. Com essa data
imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra
com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos
com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o
nosso (injusto) destino?
O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação
filosófica. E a autora termina a sua indagação com um
pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo
legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os
primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico
legado.
Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível
e a humanidade eterna.
A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos:
“Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme,
Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia
todos os dias.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que
pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos
alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente,
deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora
ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir
em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua
existência.
E esse sentido não está no hipotético legado que deixará
para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente.
Quando isso acontece – quando o personagem encontra um
propósito para si próprio e na relação com os outros – ele
consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã
seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale
ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe
uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada
de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)
De acordo com a concordância verbal e nominal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Matemática |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Atendimento Educacional Especiliazado |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia |
Q1277342
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Os imortais
De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três
anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a
longevidade dele.
Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século.
Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e
a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que
ele vai conhecer o novo milênio?
Esse pensamento ganhou forma com um ensaio
primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha
uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava
nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia,
ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a
doença serão revertidos em 2119.
Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás,
será demasiado tarde até para os nossos filhos.
Mas não será para os nossos netos. Com essa data
imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra
com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos
com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o
nosso (injusto) destino?
O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação
filosófica. E a autora termina a sua indagação com um
pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo
legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os
primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico
legado.
Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível
e a humanidade eterna.
A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos:
“Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme,
Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia
todos os dias.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que
pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos
alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente,
deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora
ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir
em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua
existência.
E esse sentido não está no hipotético legado que deixará
para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente.
Quando isso acontece – quando o personagem encontra um
propósito para si próprio e na relação com os outros – ele
consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã
seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale
ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe
uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada
de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)
O sinal indicativo de crase está corretamente empregado
na alternativa:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Matemática |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Atendimento Educacional Especiliazado |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia |
Q1277344
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Vista Cansada
Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que
olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez.
Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente.
Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua,
não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse
um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O
problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não
vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia,
sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos
é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da
nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo
mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre,
pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às
vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um
dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não
fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o
viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia
no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser
também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja
os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos
e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de
ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que
nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria
mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam
no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o
monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)
* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.
No quinto parágrafo, a frase – O hábito suja os olhos e
lhes baixa a voltagem. – está em sentido
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Matemática |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Atendimento Educacional Especiliazado |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia |
Q1277345
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Vista Cansada
Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que
olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez.
Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente.
Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua,
não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse
um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O
problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não
vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia,
sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos
é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da
nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo
mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre,
pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às
vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um
dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não
fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o
viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia
no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser
também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja
os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos
e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de
ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que
nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria
mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam
no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o
monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)
* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.
Considere os trechos do texto.
• Um poeta é só isto: um certo modo de ver. • Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. • Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas.
As expressões destacadas indicam, correta e respectivamente:
• Um poeta é só isto: um certo modo de ver. • Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. • Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas.
As expressões destacadas indicam, correta e respectivamente:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Matemática |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Atendimento Educacional Especiliazado |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia |
Q1277346
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Vista Cansada
Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que
olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez.
Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente.
Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua,
não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse
um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O
problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não
vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia,
sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos
é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da
nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo
mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre,
pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às
vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um
dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não
fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o
viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia
no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser
também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja
os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos
e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de
ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que
nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria
mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam
no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o
monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)
* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.
Respeitando-se a norma-padrão da língua portuguesa, a
colocação do pronome destacado pode ser alterada em:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
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|
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VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia |
Q1277350
Pedagogia
Dantas (1992) descreve um “circuito perverso” da emoção, que é caracterizado em várias teorias como desorganizador do comportamento. No contexto escolar, que
alternativa é condizente com a perspectiva de Wallon
acerca desse problema?
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Arte
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Matemática |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia |
Q1277351
Pedagogia
É notória na reflexão de Vygotsky a articulação entre
pensamento e linguagem. A partir da leitura de Fontana
(1996), a afirmação a seguir que expressa corretamente
essa conexão é: