A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o inte...

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Q308276 Direito Processual Civil - CPC 1973
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"CERTO" (C) OU "ERRADO" (E)
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender, tratando-se de formalidade indispensável à validade do processo. Nesse sentido, é correto afirmar que a ausência de citação é uma causa de nulidade relativa do processo, podendo ser suprida pelo comparecimento espontâneo do réu.
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creio que o erro está em afirmar que a falta de citação é causa de nulidade relativa. Penso que seja causa de nulidade absoluta.

Art. 214.  Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
        § 1o  O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Um dia chegará a sua vez de tomar posse!
Nery menciona a citação inválida, que é causa de nulidade absoluta cominada (art. 214, § 2o), mas pode ser convalidada. No entanto, Na PUC/SP (Arruda Alvim, Nelson Nery, Cássio Scarpinella), para eles, a citação é pressuposto de existência do processo, pois o  processo sem citação é processo que não existe. assim a sentença nesses casos é sentença inexistente.
ausência de citação é um vício transrescisório, ensejando até mesmo a querela nullitatis, o comparecimento do réu supre, sana o vício, mas não significa dizer que o mesmo é relativo
Questão complicada, pq pelos princípios gerais do processo e dos atos a questão está correta, pois, o ato só será declarado nulo se não atingir seu objetivo, neste caso, sequer houve citação, mas se o sujeito apareceu, não há que se falar em nulidade.

A finalidade, pois, da citação é dar conhecimento ao réu da ação contra si ajuizada. Logicamente, se ele espontaneamente comparece antes de ser citado, não há mais necessidade de se efetuar a citação, valendo tal comparecimento para suprir a falta de citação, que não mais se justificará.

Estranho como uma prova para promotor não recorreram da questão... Se é que não recorreram né?

Nulidade pela ausência de citação, só quando provado prejuízo à parte

A nulidade pela ausência de citação no processo somente deve ser declarada quando se caracteriza prejuízo à parte, pois fica suprida a citação com o comparecimento espontâneo do advogado. A A interpretação foi da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça ao determinar que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) examine a apelação da empresa WSM Design Ltda. contra a sentença que julgou improcedente acusação de anatocismo (cobrança de juros sobre juros) praticada pelo Banco Banerj S/A.

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=92527

 



O erro está em afirmar que a citação é uma formalidade indispensável à validade do processo.
Tanto não é, que pode ser suprida pelo comparecimento espontâneo do réu. 
Suprir, segundo o Michaelis, é "fazer as vezes de", "substituir", logo, o comparecimento espontâneo, substitui a citação e isso ocorre sem nenhuma formalidade.. 
O que de fato é indispensável à validade do processo é o ciência da existência do processo comprovada de forma inequívoca pelo comparecimento espontâneo e não a forma da citação em si.

Por fim, considerando um comentário feito por rivanda, acho interessante trazer a opinião de Didier, para quem a citação não é pressuposto de existência, pois a relação processual, ainda que incompleta, existe entre juiz e autor. Segundo este autor, a falta de citação é causa de ineficácia em relação aquele que não fora citado. Como, por exemplo, falta de citação de um dos litisconsortes necessários.

"Trata-se de condição de eficàcia do processo em reiação ao rfm (art. 219 e 263 do CPC) e além disso, requisito de validade dos atos processuais que lhe segmrem. A sentença, por exemplo, proferida em processo em que não houve citação, é ato defeituoso, cuJa nulidade pode ser decretada a qualquer tempo, 2 mesmo após o prazo da ação rescisória (art. 475-L, I e art. 741, I. CPC-73) - trata-se também de vício "transrescisóno", na eloqüente expressão de Josê Mana Teshemer.3 Não se pode confundir nulidade que se decreta a qualquer tempo, corno é o caso, com mextstênciaJurídica." (Didier, Curso de Direito Processual Civil, Vol. 1., p.493)

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