Questões de Concurso

Os tecidos gengivais devem ser reavaliados após 2 meses para determinar a efetividade da terapia inicial, ou seja, verificar a higiene oral, a resposta dos tecidos periodontais após raspagem e alisamento corono-radicular. No caso de bolsas residuais, mais profundas (> 7 mm), deve-se lançar mão das terapias cirúrgicas para remoção de placa e de cálculo para acessar as superfícies radiculares, antes do procedimento restaurador.

O tratamento periodontal é feito para garantir o estabelecimento de margens gengivais estáveis antes do preparo do dente. Os tecidos saudáveis, não inflamados, são menos propensos a mudar em consequência do tratamento restaurador subgengival ou do cuidado periodontal pós-restauração. Além disso, os tecidos que não sangram durante a manipulação restauradora permitem um resultado restaurador estético mais previsível.

O movimento ortodôntico é adjuvante para a terapia periodontal. Ele pode ser realizado antes, durante e após o controle da doença periodontal, ativa ou crônica, com consultas mensais. Os dentes com perda óssea podem ser movimentados ortodonticamente sem incorrer em mais perda de inserção.

A extração dos dentes condenados deve ser realizada após a reavaliação, pois sua condição pode ser alterada com a redução da inflamação e da mobilidade.

as doenças periodontais são caracterizadas pelas alterações da cor e da textura da gengiva, por exemplo, rubor e edema, assim como aumento da tendência a sangramento à sondagem (BOP) na área do sulco gengival/bolsa.

nas radiografias, a periodontite pode ser reconhecida pela perda moderada à avançada do osso alveolar. Os defeitos ósseos horizontais são resultados de perda óssea que ocorre em índices diferentes ao redor e nas superfícies dos dentes.

A presença do sintoma sangramento à sondagem no fundo do sulco/bolsa gengival está associado à presença de infiltrado de células inflamatórias. A ocorrência de tal sangramento é indicativo de progressão da doença com excelente valor preditivo. Uma sonda periodontal é introduzida no fundo da bolsa gengival/periodontal e é movida delicadamente ao longo da superfície dentária. Se o sangramento for provocado ao introduzir a sonda, será considerado “BOP” – positivo.

uma grande variedade de fatores pode influenciar as medições feitas com as sondas periodontais, incluindo: (1) a espessura e o formato da sonda usada; (2) a angulação e o posicionamento da sonda devido às características anatômicas, como o contorno da superfície dentária; (3) a escala de graduação e o material de fabricação da sonda periodontal; (4) a pressão aplicada sobre o instrumento durante a sondagem e (5) o fenótipo gengival.

em 1999, a periodontite agressiva foi caracterizada pelos seguintes aspectos mais comuns: prevalência em adultos, mas podendo ocorrer em crianças; existência invariavelmente de cálculo subgengival nos locais acometidos; ser classificada como localizada quando < 30% dos locais são afetados e como generalizada quando esse nível é excedido; presença de fatores relativos ao hospedeiro determinam a patogênese e a progressão da doença.

a destruição tecidual em periodontite crônica afeta todos os dentes da mesma forma, com sinais de perda de inserção, perda óssea, ou seja, destruição dos tecidos periodontais.

fatores bacterianos (microbiota específica), idade, tabagismo, doença sistêmica, estresse e genética são, indiscutivelmente, fatores de risco para a periodontite crônica.

a periodontite agressiva compreende um grupo de formas de periodontite de progressão rápida, rara e frequentemente grave, muitas vezes, caracterizada pela idade precoce da manifestação clínica e uma tendência distinta dos casos a se desenvolver em uma mesma família.

a lesão tecidual secundária está relacionada àquela causada pelo trauma oclusal associado à placa. As alterações que ocorrem no periodonto são mais severas e dependentes da perda óssea.

os experimentos realizados em seres humanos e em animais demonstraram que o trauma de oclusão consegue induzir alterações patológicas no tecido conjuntivo supra-alveolar.

o trauma ocluso resulta em reabsorção do osso alveolar, formação de epitélio funcional longo e perda de fibras do ligamento periodontal, levando ao aumento da mobilidade dentária. Essa reabsorção deve ser considerada patológica e deve ser tratada com raspagem e alisamento radicular, ajuste oclusa e regeneração óssea guiada.

a lesão tecidual associada ao trauma de oclusão é frequentemente dividida em primária e secundária. A forma primária inclui reações teciduais induzidas ao redor de um dente com periodonto de altura normal.

o reparo restaura a continuidade da gengiva marginal doente e restabelece um sulco gengival normal na raiz no mesmo nível da base da bolsa periodontal preexistente. Esse processo, chamado cura por cicatrização, paralisa a destruição óssea, resultando em ganho de inserção gengival ou de altura óssea.

ganho de inserção gengival ou de altura óssea. B) a reinserção é a incorporação de fibras novas do ligamento periodontal no cemento radicular neoformado e adesão do epitélio gengival na superfície radicular desnudada anteriormente pela doença.

a regeneração ocorre a partir do crescimento de tecidos do mesmo tipo dos que foram destruídos ou de seus precursores. No periodonto, o epitélio gengival é substituído por epitélio, e o tecido conjuntivo subjacente e o ligamento periodontal são derivados do tecido conjuntivo. O osso e o cemento radicular são substituídos por tecido conjuntivo, que é o precursor de ambos. Células indiferenciadas do tecido conjuntivo diferenciam-se em osteoblastos e cementoblastos, que formam osso e cemento radicular.

a nova inserção se refere ao reparo de áreas da raiz não expostas previamente à bolsa, como após o afastamento cirúrgico dos tecidos ou após lesões traumáticas no cemento radicular, em fraturas dentárias ou em tratamento de lesões periapicais.