Questões de Concurso
Para unibave
Foram encontradas 300 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Leia o texto a seguir e responda às questões de 11 a 20:
A Língua Portuguesa ou apenas português é uma língua originada no galegoportuguês, idioma falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Os portugueses foram os primeiros europeus a lançar-se ao mar no período das Grandes Navegações Marítimas.
Em virtude dessa expansão marítima, motivada por questões comerciais, deu-se a difusão da língua nas terras conquistadas, entre elas, o Brasil, cuja língua primária é o português.
A influência da cultura portuguesa por aqui foi tamanha que acabou definindo o idioma oficial da terra recém-conquistada. O mesmo aconteceu em outras partes do mundo, principalmente na África, onde países como Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe utilizam, além de vários dialetos, a língua de Camões, Fernando Pessoa e de nosso genial Machado de Assis.
Além dos países africanos, o português chegou a Macau, Timor-Leste e em Goa, países asiáticos que também foram colonizados ou dominados por Portugal.
Hoje, a língua portuguesa é a 5ª língua mais falada no mundo e a mais falada no hemisfério sul da Terra, contando com aproximadamente 280 milhões de falantes em diferentes continentes.
De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, o português, depois do inglês e do espanhol, é um dos idiomas que mais crescem entre as línguas europeias, além de ser a língua com maior potencial de crescimento como língua internacional na África e na América do Sul. Se as estimativas se confirmarem, é possível que, até o ano de 2050, nosso idioma conte com mais de 400 milhões de falantes ao redor do mundo!
O português, assim como vários outros idiomas, sofreu uma evolução histórica, fato que comprova a organicidade de nossa língua. Ao longo dos séculos, outras línguas e dialetos influenciaram sua composição, resultando no idioma tal qual o conhecemos hoje.
É importante ressaltar que o português brasileiro, hoje o mais estudado, falado e escrito no mundo, apresenta importantes diferenças em relação ao português falado em Portugal, especialmente no que diz respeito ao vocabulário, à pronúncia e à sintaxe.
Tais diferenças deram origem a dois padrões de linguagem diferentes, o que não significa que um seja mais correto do que o outro. Nossa língua é rica em variedades, e essas variedades, sobretudo regionais, não inviabilizam a sua compreensão, ainda que dificuldades pontuais possam acontecer.
Além das variações linguísticas, a língua portuguesa também possui diferentes registros, adotados de acordo com as necessidades comunicacionais dos falantes. Esses registros referem-se aos níveis de linguagem e estabelecem diferenças entre a linguagem culta (determinada pela norma-padrão) e a linguagem coloquial, empregada em diferentes situações de nosso cotidiano. Tais aspectos apenas comprovam a riqueza e a diversidade de nosso idioma, reforçando a importância de estudá-lo e compreendê-lo.
Fonte: Luana Castro. Disponível em: < +http://brasilescola.uol.com.br/portugues/>.
Na frase: “Tais aspectos apenas comprovam a riqueza e a diversidade de nosso idioma, reforçando a importância de estudá-lo e compreendê-lo’, a palavra apenas é um:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 11 a 20:
A Língua Portuguesa ou apenas português é uma língua originada no galegoportuguês, idioma falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Os portugueses foram os primeiros europeus a lançar-se ao mar no período das Grandes Navegações Marítimas.
Em virtude dessa expansão marítima, motivada por questões comerciais, deu-se a difusão da língua nas terras conquistadas, entre elas, o Brasil, cuja língua primária é o português.
A influência da cultura portuguesa por aqui foi tamanha que acabou definindo o idioma oficial da terra recém-conquistada. O mesmo aconteceu em outras partes do mundo, principalmente na África, onde países como Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe utilizam, além de vários dialetos, a língua de Camões, Fernando Pessoa e de nosso genial Machado de Assis.
Além dos países africanos, o português chegou a Macau, Timor-Leste e em Goa, países asiáticos que também foram colonizados ou dominados por Portugal.
Hoje, a língua portuguesa é a 5ª língua mais falada no mundo e a mais falada no hemisfério sul da Terra, contando com aproximadamente 280 milhões de falantes em diferentes continentes.
De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, o português, depois do inglês e do espanhol, é um dos idiomas que mais crescem entre as línguas europeias, além de ser a língua com maior potencial de crescimento como língua internacional na África e na América do Sul. Se as estimativas se confirmarem, é possível que, até o ano de 2050, nosso idioma conte com mais de 400 milhões de falantes ao redor do mundo!
O português, assim como vários outros idiomas, sofreu uma evolução histórica, fato que comprova a organicidade de nossa língua. Ao longo dos séculos, outras línguas e dialetos influenciaram sua composição, resultando no idioma tal qual o conhecemos hoje.
É importante ressaltar que o português brasileiro, hoje o mais estudado, falado e escrito no mundo, apresenta importantes diferenças em relação ao português falado em Portugal, especialmente no que diz respeito ao vocabulário, à pronúncia e à sintaxe.
Tais diferenças deram origem a dois padrões de linguagem diferentes, o que não significa que um seja mais correto do que o outro. Nossa língua é rica em variedades, e essas variedades, sobretudo regionais, não inviabilizam a sua compreensão, ainda que dificuldades pontuais possam acontecer.
Além das variações linguísticas, a língua portuguesa também possui diferentes registros, adotados de acordo com as necessidades comunicacionais dos falantes. Esses registros referem-se aos níveis de linguagem e estabelecem diferenças entre a linguagem culta (determinada pela norma-padrão) e a linguagem coloquial, empregada em diferentes situações de nosso cotidiano. Tais aspectos apenas comprovam a riqueza e a diversidade de nosso idioma, reforçando a importância de estudá-lo e compreendê-lo.
Fonte: Luana Castro. Disponível em: < +http://brasilescola.uol.com.br/portugues/>.
A Língua Portuguesa tem origem no idioma:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 11 a 20:
A Língua Portuguesa ou apenas português é uma língua originada no galegoportuguês, idioma falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Os portugueses foram os primeiros europeus a lançar-se ao mar no período das Grandes Navegações Marítimas.
Em virtude dessa expansão marítima, motivada por questões comerciais, deu-se a difusão da língua nas terras conquistadas, entre elas, o Brasil, cuja língua primária é o português.
A influência da cultura portuguesa por aqui foi tamanha que acabou definindo o idioma oficial da terra recém-conquistada. O mesmo aconteceu em outras partes do mundo, principalmente na África, onde países como Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe utilizam, além de vários dialetos, a língua de Camões, Fernando Pessoa e de nosso genial Machado de Assis.
Além dos países africanos, o português chegou a Macau, Timor-Leste e em Goa, países asiáticos que também foram colonizados ou dominados por Portugal.
Hoje, a língua portuguesa é a 5ª língua mais falada no mundo e a mais falada no hemisfério sul da Terra, contando com aproximadamente 280 milhões de falantes em diferentes continentes.
De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, o português, depois do inglês e do espanhol, é um dos idiomas que mais crescem entre as línguas europeias, além de ser a língua com maior potencial de crescimento como língua internacional na África e na América do Sul. Se as estimativas se confirmarem, é possível que, até o ano de 2050, nosso idioma conte com mais de 400 milhões de falantes ao redor do mundo!
O português, assim como vários outros idiomas, sofreu uma evolução histórica, fato que comprova a organicidade de nossa língua. Ao longo dos séculos, outras línguas e dialetos influenciaram sua composição, resultando no idioma tal qual o conhecemos hoje.
É importante ressaltar que o português brasileiro, hoje o mais estudado, falado e escrito no mundo, apresenta importantes diferenças em relação ao português falado em Portugal, especialmente no que diz respeito ao vocabulário, à pronúncia e à sintaxe.
Tais diferenças deram origem a dois padrões de linguagem diferentes, o que não significa que um seja mais correto do que o outro. Nossa língua é rica em variedades, e essas variedades, sobretudo regionais, não inviabilizam a sua compreensão, ainda que dificuldades pontuais possam acontecer.
Além das variações linguísticas, a língua portuguesa também possui diferentes registros, adotados de acordo com as necessidades comunicacionais dos falantes. Esses registros referem-se aos níveis de linguagem e estabelecem diferenças entre a linguagem culta (determinada pela norma-padrão) e a linguagem coloquial, empregada em diferentes situações de nosso cotidiano. Tais aspectos apenas comprovam a riqueza e a diversidade de nosso idioma, reforçando a importância de estudá-lo e compreendê-lo.
Fonte: Luana Castro. Disponível em: < +http://brasilescola.uol.com.br/portugues/>.
A temática central do texto é:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
Conforme o autor, há algumas atitudes que podem reverter a situação de corrupção no Brasil:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
Para o autor, conforme leitura feita em um artigo, a corrupção começa:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
A expressão “delito nosso de cada dia", utilizada no texto, é uma sátira de qual frase:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
No trecho: “Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa [...]”, as palavras ‘ilícito’ e ‘derrocada’ significam, respectivamente:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
6- O autor exemplifica alguns atos que podem ser considerados corruptos:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
Conforme o autor, “A desonestidade, o engano e a falta de caráter é [...]”:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
No trecho: “E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.”, a cultura da qual o autor trata refere-se ao:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
No trecho: “De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade [...]”, a palavra ‘exorbitante’ é um:
Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 10:
A ética coletiva e o jeitinho brasileiro
Ricardo Semler, homem de negócios bem sucedido, em seu best-seller ‘Virando a Própria Mesa’, alega que “é impossível ser industrial neste país sem ser corrupto”, tantos e tamanhos são os esquemas que envolvem essa atividade que não resta alternativa senão fazer parte deles ou perecer.
De certa forma, embora a exorbitante carga tributária a que estão submetidas as empresas brasileiras não deixe dúvidas do quanto a afirmativa se aproxima da realidade, é fato também que todo o restante da sociedade se utiliza dessa mesma lógica para justificar suas ações despidas de qualquer sentido de ética. E isso se generalizou de tal forma que não podemos mais falar sequer de ações pontuais, mas de uma cultura que se instalou e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas que sequer conseguem fazer a distinção entre certo e errado, entre ético e não ético no convívio social.
A corrupção é mera consequência desse padrão moral no qual somos iniciados desde a mais tenra idade. A desonestidade, o engano e a falta de caráter é algo intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. Daí porque me posiciono como um ferrenho combatente do tal "jeitinho brasileiro".
Se fizermos uma pesquisa nas ruas, será bem provável que muitos digam ser da mesma opinião, mas na prática do dia-a-dia as mesmas pessoas que fazem tal afirmativa cometem atos que vão desde conseguir um lugar na frente de uma fila ou calar-se ao receber um benefício indevido da previdência, até se manter na folha de pagamento de empresa pública na qual nunca desenvolveu qualquer atividade. E todos se acham plenamente justificados na crença de que "estou pegando de volta um pouco do muito que o governo me tira!". Não resta dúvida de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências a partir do momento em que reconhecemos que o governo fica longe de cumprir a sua parte.
Só que isso não se pode constituir em fator decisivo para a perda generalizada de referenciais e de renúncia absoluta ao sentido de valores pelas pessoas. Vou mais longe quando se trata de avaliar essa prática quando utilizada com conotação de malandragem.
Se ainda existe a vontade de enganar, a real intenção de ser malandro, ainda há esperança de que o processo seja revertido, pois a pessoa sabe que está cometendo um ilícito, tem o conhecimento de que está utilizando um recurso desleal ou desonesto. O mais grave – e é o que já está amplamente difundido na cultura deste país – é quando os indivíduos perdem a noção de que tais atitudes se constituem em ações desonestas.
Eu tenho muito mais medo dos indivíduos aéticos do que dos antiéticos, porque estes últimos têm consciência plena de que estão cometendo um ato ilícito, e isso faz o divisor de águas. Quando se perde a noção entre o lícito e o ilícito, como acontece no Brasil, e a população acha muito comum cometer o pequeno "delito nosso de cada dia", aí sim, tem-se o maior indicador de que a moral pública sofreu uma derrocada significativa, e não se sabe mais se isso poderá ser revertido um dia.
O contexto está degenerado de tal forma, com seu esquema de valores tão deturpado, que tudo passa a ser válido, desde que o final seja considerado "uma boa causa".
Li certa vez um artigo que classifica a corrupção em vários níveis e mostra que ela já começa dentro de casa, quando se usa até a carteira de estudante de um irmão para pagar "meia" no cinema. E o comportamento tolerante, a complacência usual das pessoas com a corrupção do cotidiano é que se configura inaceitável.
O país do "jeitinho" é a mais verdadeira das nossas realidades! Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo? Enquanto não nos cobrarmos, cada um de si mesmo, – até que isto se torne uma prática comum – uma postura ética de tolerância zero, nada vai mudar.
Fonte: BOLDSTEIN, Luiz Roberto. Disponível em:< www.diferencialbr.com.br>.
A temática principal do texto é:
I-Utilizar caminhos próprios na construção do conhecimento matemático, como ciência e cultura construídas pelo homem, através dos tempos, em resposta a necessidades concretas e a desafios próprios dessa construção.
II. Reconhecer regularidades em diversas situações, de diversas naturezas, compará-las e estabelecer relações entre elas e as regularidades já conhecidas.
III. Perceber a importância da utilização de uma linguagem simbólica universal na representação e modelagem de situações matemáticas como forma de comunicação.
IV. Desenvolver o espírito investigativo, crítico e criativo, no contexto de situações-problema, produzindo registros próprios e buscando diferentes estratégias de solução.
V. Fazer uso do cálculo mental, exato, aproximado e de estimativas. Utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação potencializando sua aplicação em diferentes situações.
É correto o que se afirma em:
I- O professor alfabetizador deve propiciar aos seus alunos, situações de aprendizagem para que desenvolva o conhecimento linguístico e discursivo necessário para atuar como um eficiente leitor e produtor de textos, de forma ativa e crítica, nas mais diversas situações de interação social.
II- As sequências didáticas devem ser propostas partindo da análise de diversos textos, observando os elementos linguísticos e não linguísticos que atuam na construção dos sentidos dos textos, além das regularidades e irregularidades da língua, só após, o professor trabalhará com os textos reais de circulação.
III- O trabalho a ser desenvolvido deve considerar a língua como elemento de interação e comunicação entre os sujeitos de uma comunidade, visando à consolidação da formação do sujeito letrado.
É correto o que se afirma em:
As alternativas a seguir apontam algumas habilidades desenvolvidas a partir do trabalho desenvolvido com esta temática, com exceção de:
Assinale a alterantiva correta:
A situação descrita acima está de acordo com qual teoria de aprendizagem? Assinale a alternativa correta:
Barca e Schmidt (2009 apud SOBANSKI et al, 2010, p.11)
De acordo com os fundamentos da educação histórica e com base nos PCN, constituem objetivos do ensino de história as alternativas a seguir, exceto:
Assinale a alternativa correta: