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Q3042031 Direito Administrativo
Em relação ao controle na administração pública, julgue as afirmativas a seguir em verdadeira (V) ou falsas (F).

( ) O controle administrativo é exercido exclusivamente pelo Poder Executivo sobre suas próprias condutas, podendo anular ou revogar atos inoportunos, quando eles ferirem a legalidade ou o mérito. Esse tipo de controle deriva do poder de autotutela.

( ) O controle judicial de ofício ocorre quando não há o emprego do mínimo de recursos destinados à saúde e à educação no município, com objetivo de garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos administrativos necessários para o direcionamento da destinação orçamentária, conforme a legislação.

( ) O controle social é exercido pelo cidadão diretamente ou pela sociedade civil organizada, quando examina e questiona a legitimidade das contas de todas as esferas de governo, as quais ficam à disposição de qualquer contribuinte no respectivo Poder Legislativo ou órgão de controle.


Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com as afirmativas, considerando-as de cima para baixo.
Alternativas
Q3042030 Auditoria
Suponha que o responsável pelo controle interno no município de Pindaí (BA), ao avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, identificou irregularidades na execução dos programas de Governo e dos orçamentos aprovados pelo legislativo: 50% dos programas tiveram gastos, mas não apresentaram o cumprimento das metas físicas. Com relação a essa situação hipotética, tomando como base a lei orgânica do município de Pindaí, assinale a alternativa que apresenta a ação CORRETA do responsável pelo controle interno.
Alternativas
Q3042028 Contabilidade Geral
Em relação ao patrimônio do município de Pindaí (BA), é CORRETOR afirmar que:
Alternativas
Q3042016 Português
Texto 04


A (nem sempre) sutil diferença entre ser autêntico e ser grosseiro

 
            Muita gente usa a sinceridade ou autenticidade como desculpa para grosserias: “O que eu tenho pra falar, falo na cara!”; “Não douro pílula, não uso meias palavras, sou uma pessoa autêntica!”


         Quantas vezes você já ouviu frases como essas? Na verdade, elas são, na maioria das vezes, desculpas para esconder a falta de tato de pessoas ríspidas. Pessoas assim escondem a própria rudeza em argumentos como autenticidade ou mesmo sinceridade.


        Claro que não vamos pedir que as pessoas não sejam autênticas, que não sejam sinceras, que sorriam para todos e sejam hipócritas. Mas, no trato com as pessoas, é sempre possível encontrar expressões menos grosseiras, mais positivas e animadoras do que frases duras, secas e amargas. [...]



Disponível em: https://www.bemparana.com.br/trabalho-negocios. Acesso em: 18 abr. 2023. Adaptado.
Analise as afirmativas, tendo em vista os recursos usados na construção do texto.


I. No título, os parênteses foram usados para a inserção de uma ideia, os quais, se retirados, provocam alteração de sentido.

II. No primeiro parágrafo, verifica-se o uso de palavras e expressões da linguagem coloquial.

III. No primeiro parágrafo, verifica-se o uso de expressões que estão na linguagem conotativa.

IV. No primeiro parágrafo, as aspas foram usadas para marcar tanto a presença do discurso direto quanto da ironia.

V. No último parágrafo, verifica-se o uso do paralelismo sintático, ou seja, há complementos do verbo “pedir” que são utilizados conjuntamente.


Estão CORRETAS as afirmativas  
Alternativas
Q3042007 Direito Financeiro
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em restos a pagar. Sobre a responsabilidade fiscal, é correto o que se afirma em:
Alternativas
Q3042006 Direito Tributário
Entidade religiosa, reconhecida como de assistência social e sem fins lucrativos, pretende ampliar suas ações em relação à distribuição da palavra, com o emprego de livros e bíblias, em regime de produção própria, para tanto, pretende produzir ela mesma seu material, necessitando de recursos materiais, como papel e maquinário que só existem no exterior, pretendendo importar os referidos recursos. A entidade, porém, sabe que a carga tributária relacionada a essa importação é superior à que pode suportar, tendo em vista o diminuto tamanho da entidade e a falta de receita própria.

Considerando o caso e o sistema tributário brasileiro, pode-se afirmar que: 
Alternativas
Q3042005 Direito Tributário
A Lei Complementar do Estado X apresenta o seguinte artigo: “Art. 1.º Ficam isentos do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), os automóveis de fabricação nacional, quando adquiridos por servidores públicos do Poder Judiciário que ocupam cargo de ‘Oficial de Justiça’, cuja finalidade é a sua utilização para execução do trabalho.”

Considerando o comando normativo da Lei Complementar do Estado X, o seu artigo 1.º é
Alternativas
Q3042004 Direito Penal
Em 11 de junho de 2002, a Lei n.º 10.467 inclui, no Título XI do Código Penal Brasileiro, o “Capítulo II-A” com o objetivo de dar efetividade ao Decreto n.º 3.678, de 30 de novembro de 2000, que promulgou a Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais. Para efeitos da nova normatização, considera-se funcionário público estrangeiro 
Alternativas
Q3042003 Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Segundo o Código de Processo Civil Brasileiro (2015), na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública é citada para opor embargos em 30 (trinta) dias. Nos embargos, a Fazenda Pública pode alegar
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Q3042002 Direito Administrativo
O Código Civil Brasileiro (2002) adota a classificação tripartite dos bens públicos. Nos termos do artigo 99, “são bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades”. Os bens públicos das três modalidades previstas no artigo 99 do Código Civil podem ser utilizados pela pessoa jurídica de direito público que detém a sua titularidade ou por outros entes públicos aos quais sejam cedidos, ou, ainda, por particulares. Sobre os instrumentos estatais de outorga de uso privativo dos bens públicos, está CORRETO o que consta em:
Alternativas
Q3042000 Direito Administrativo
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a autarquia é uma pessoa jurídica de direito público, o que significa que tem praticamente as mesmas prerrogativas e sujeições da Administração Direta, e pessoa pública administrativa, apresentando as seguintes características, entre outras:  
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Q3041999 Direito Constitucional
Em 2009, a Emenda Constitucional n.º 58 alterou a redação do artigo 29 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, para modificar a composição das Câmaras Municipais quanto ao número de parlamentares, estabelecendo o limite máximo de  
Alternativas
Q3041998 Direito Constitucional
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, registram seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, sendo livre a criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 

I - caráter multinacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de governo estrangeiro; III - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade estrangeira; IV - prestação de contas ao Tribunal de Contas; V - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.


Está CORRETO apenas o que se afirma em
Alternativas
Q2764679 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 undefined As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

undefined Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 undefined A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

undefined Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

undefined Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)

“Em outras palavras, quanto mais alegre você for, mais fácil será sentir alegria.” (Linhas 31-32)


A locução conjuntiva presente nesse trecho introduz nele uma ideia de:

Alternativas
Q2764678 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 undefined As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

undefined Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 undefined A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

undefined Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

undefined Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)

Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase NÃO pode ser justificado pela regra geral (“a” preposição + “a/as” artigo feminino).

Alternativas
Q2764677 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 undefined As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

undefined Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 undefined A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

undefined Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

undefined Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)

“Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância?” (Linha 14) Tendo em vista esse trecho, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2764676 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 undefined As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

undefined Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 undefined A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

undefined Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

undefined Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)

Assinale a alternativa CORRETA tendo em vista as ideias defendidas no texto.

Alternativas
Q2764675 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)


De acordo com a autora, a alegria é um sentimento vivenciado com mais frequência na

Alternativas
Q2764674 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)


“Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância?” (Linha 14) Com essa pergunta a autora que afirmar que:

Alternativas
Q2764673 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões que se seguem.


O PODER DA ALEGRIA


1 As tardes de sábado eram ansiosamente esperadas pela pequena Meiry Ito. De vestidinho rosa, ela e as

irmãs, Marilda, Márcia, Miltes, Miriam, Marta e Marly, de mãos dadas com o caçula, Milton, seguiam os

passos rápidos do pai rumo ao galpão onde eram projetados filmes para os plantadores de chá e comerciantes

de Registro, cidadezinha do interior de São Paulo às margens do Rio Ribeira de Iguape. Feliz, acomodava-se na

5 palha macia destinada às crianças enquanto a mãe distribuía para os filhos os motis, bolinhos de arroz, retirados

com cuidado da furoshiki, a trouxa multicolorida de pano usada pelos descendentes de japoneses da região. Era

um instante de sublime contentamento. “Não tínhamos nada, nada, nada, mas a alegria daquele momento é

inesquecível”, lembra ela, que completou 84 anos em fevereiro. Naquele cinema improvisado, a fita de

celuloide do filme rompia-se constantemente e só era possível sentar onde as goteiras do teto não pingavam. Mas

10 Meiry experimentava ali uma plenitude: estarem todos juntos na expectativa do filme, comer as delícias

preparadas pela mãe e ser invadida pelo sabor do que era especial e único durante toda a semana

proporcionavam um prazer indizível para ela. Até hoje, ao lembrar dessa cena, seus olhos brilham e seu rosto se

abre num largo sorriso. Por alguns momentos, ela tem novamente 8 anos de idade.

Quem de nós não tem na memória momentos de infinita alegria na infância? Temos uma predisposição

15 natural para sermos alegres nesse período. Nossas lembranças de momentos felizes são tão abundantes e plenas,

nos primeiros anos de vida, que é fácil identificar numerosas imagens que a traduzem: mergulhar na onda

para pegar jacaré, pular corda, balançar, brincar de pique, viajar... Com a idade, porém, os bons momentos

costumam escassear. E são cada vez mais intercalados por emoções como tristeza, desencanto, amargura. Mas o

que será que temos de tão precioso quando crianças que perdemos durante a vida?

20 A primeira resposta: vitalidade. “O contrário da alegria não é a tristeza. É a falta de energia vital”, afirma

categoricamente o pensador e professor gaúcho Mário Sérgio Cortela em suas palestras. É muito importante

destacar essa diferença. Quando se está pleno de vigor e disposição, é impossível ficar triste e deprimido por

muito tempo. Pode ser até que sejamos atingidos pela melancolia, mas a recuperação é rápida. Porque

a alegria está ligada ao prazer de estar vivo. Vida e alegria podem ser interpretadas como sinônimos. Portanto,

25 o contentamento tem uma base biológica, vital, e está muito ligado ao corpo. Alguns estados de depressão

estão relacionados à má alimentação e à falta de exercícios, que ativam a energia vital. Então, para reviver a

alegria de uma criança, é preciso recobrar o potencial energético que temos na infância, pelo menos em

parte (caminhadas, exercícios físicos [...] são muito bons para começar).

Ainda dentro do campo da biologia, temos de entender que os estados emocionais positivos, como a

30 alegria, a gratidão e a compaixão, criam um padrão neuronal positivo. Em outras palavras, quanto mais

alegre você for, mais fácil será sentir alegria. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados

emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade.

“As características emocionais têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as

experiências cotidianas e reagem a elas. Alguém predisposto ao medo ou à depressão, por exemplo, tem

35 mais chances de encarar situações com um senso de temor, enquanto alguém predisposto à confiança

encarará a mesma situação com mais equilíbrio e segurança”, escreveu o monge tibetano Mingyur Rinpoche

em A Alegria de Viver (Elsevier), um livro precioso que pode ser baixado gratuitamente.

Ele tem razão. Conheci Mingyur de perto (ele jantou em casa...), e sua alegria é realmente contagiante: ri com

uma cascata de hahahas cristalinos, assim como subitamente fica sério e atento se o assunto exige. Enfim, uma

40 pessoa alegre não é necessariamente um bobo alegre, como alguns podem supor, mas alguém capaz de entrar em

contato com suas emoções e expressá-las com gentileza e intensidade. [...]


(ALVES, Liane. O poder da alegria. Revista Vida Simples. p. 44, maio de 2016. Adaptado.)


Através do primeiro parágrafo do texto, pode-se inferir, EXCETO

Alternativas
Respostas
1161: E
1162: C
1163: D
1164: C
1165: D
1166: A
1167: C
1168: E
1169: B
1170: A
1171: E
1172: A
1173: D
1174: B
1175: D
1176: B
1177: A
1178: A
1179: D
1180: D