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Q2726309 Português

O DEVER DA IMPOPULARIDADE


Faz algum tempo, participei de uma mesa-redonda, tripulada por grandes figuras de nossas letras e intelectualidade. Na audiência, milhares de pessoas aplaudiam as frases bem esculpidas, as sínteses elegantes e as críticas virulentas. Um belo espetáculo de uso eloqüente da palavra.

Mas fui para casa com um grande desconforto. Essas pessoas estavam traindo os deveres essenciais do intelectual: 1) dizer o que precisa ser dito de acordo com o julgamento próprio e não dizer o que traz aplauso; 2) mostrar o caminho percorrido e não a resposta pronta; 3) não falar sobre o que não entende, pois desvaloriza a própria atividade intelectual. Meus colegas de mesa haviam pecado.

Falar mal do governo traz aplausos? Pois lancemos uma crítica fulminante. Qual é a bola da vez? Perdoemos talvez os políticos que precisam de votos ou que não tiveram tão burilada educação. Mas, se a liberdade de cátedra e a estabilidade funcional dos professores não lhes dão coragem o bastante para dizer o que pensam, para que servirão?

Quantas vezes ouvimos professores de universidades públicas falando em privado contra os desmandos lá observados, mas sem ousar repeti-lo em público. Onde está a ousadia para reclamar dos colegas que não dão aulas ou não cumprem muitas outras regras, sendo seus salários pagos pelo contribuinte? Onde está a responsabilidade social para reclamar em público de quem denigre a reputação da universidade, pela preguiça, indolência ou desperdício? Onde estão nossos cientistas de primeira linha quando se arrastam greves sem inspiração?

Aqueles que, à custa de enormes gastos do contribuinte receberam a mais primorosa educação têm o dever de educar os que não tiveram esse privilégio. Portanto, a frase feita com a resposta não é o que se espera. O que se espera é que mostrem o caminho que os leva a esta ou àquela conclusão. Afinal de contas, em ciência o que valida os resultados são a limpidez da lógica e o uso disciplinado das informações. É sua competência nessa manipulação simbólica e empírica que valida o resultado, não a extensão dos currículos ou o impacto político do que é dito. Não basta dizer que o governo é imbecil ou a oposição ridícula, a política daquele partido cretina ou que a globalização é uma trama diabólica. Repetir essas palavras está ao alcance de qualquer um. É preciso explicar, guiar, mostrar a lógica do raciocínio e as margens de erro contidas nas análises. É mais difícil, mais enfadonho, produz menos frases de efeito e poucas palmas. Mas é o que a sociedade deveria esperar.

A reputação na ciência e nas letras é conseguida à custa de dedicação e disciplina. Não vem do dia para a noite o domínio da profissão. Portanto, ao defrontar-se com um público e morrer de vontade de ser aplaudido, é preciso resistir à tentação de falar com leviandade sobre as ciências dos outros. Quem anda falando do Proer conhece a história dos bancos e do que já aconteceu em clima de pânico? Quem fala em renegar a dívida externa sabe o que aconteceu com todos os que tentaram fazê-lo? Sabem quanto aumentou o spread do juro ao Brasil quando um presidente deu uma única declaração de que não ia pagar a dívida? Melhorar a distribuição de renda? É preciso dizer como. Os não-economistas não podem ser alijados dessas discussões. Mas tampouco podem olimpicamente ignorar o conhecimento acumulado ao longo dos anos. Isso é tanto mais grave e imperdoável quando dito por pessoas cuja vida foi dedicada a dominar algum campo do saber e, por pura vaidade, desrespeitam outras áreas que requerem pelo menos tanto esforço para dominar.

Nossos homens de ciências e de letras têm obrigações perante a sociedade. Sua ânsia de ser aplaudidos não pode obliterar esses deveres. Eles têm de criticar, mostrar problemas, participar da vida nacional. Mas o que deve falar é sua consciência, e não a vontade de ganhar palmas. Esperamos deles a coragem dos comunistas que denunciaram o stalinismo ou dos direitistas que denunciaram o macarthismo. O primeiro dever é o da impopularidade.


(Claudio de Moura Castro - Revista Veja, 7 de novembro, 2009)

No texto em questão, o autor afirma que os intelectuais:

Alternativas
Q2703778 Direito Administrativo

A respeito do poder de polícia, analise as assertivas abaixo.


I. Segundo o Código Tributário Nacional, poder de polícia é uma atividade da administração pública.

II. O poder de polícia limita ou restringe o exercício de direitos individuais em prol da coletividade.

III. É um poder exclusivo do sistema de segurança pública brasileiro.

IV. O poder de polícia refere-se exclusivamente ao exercício da função policial militar e da função policial civil.


Estão corretas somente

Alternativas
Q2703777 Segurança e Saúde no Trabalho

Sobre a prevenção de acidentes no local de trabalho, analise as assertivas abaixo e, considerando V para verdadeiro e F para falso, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


( ) A prevenção é um trabalho individual, isolado, nunca em equipe, pois há mais eficiência quando cada um cuida de sua própria segurança.

( ) Caso um funcionário venha a executar atividades para as quais não esteja habilitado, deve redobrar sua atenção e aumentar os cuidados.

( ) Todos os incidentes, por mais insignificantes que sejam, devem ser notificados aos superiores e aos setores competentes.

Alternativas
Q2703772 Relações Humanas

Com referência às relações interpessoais no ambiente de trabalho do setor público, é correto afirmar que

Alternativas
Q2703764 Atendimento ao Público

Acerca do adequado atendimento ao público no serviço público, assinale a alternativa INCORRETA.


Alternativas
Respostas
156: B
157: B
158: A
159: C
160: A