Questões de Concurso
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Graças à língua, o homem liberta-se das circunstâncias imediatas, o ‘aqui e agora’, e expande para o passado e o futuro o cenário em que se passam os episódios de sua vida. Ou seja: graças à língua, o homem nomeia ou evoca seres não presentes na situação de fala; reporta-se a situações e experiências passadas, revive-as e provoca em seu ouvinte ou leitor sensações análogas às que experimentou; projeta experiências futuras ou cria seres que compõem cenários imaginários e participam de acontecimentos imaginários.
Graças à língua, os conteúdos expressos em nossos enunciados não precisam, portanto, ser reflexos de dados presentes na situação comunicativa, mas sempre hão de ser conceitos potencialmente significativos, aptos a compor textos que podem ser produzidos em lugares e épocas distintos do espaço e tempo em que as coisas relatadas ou referidas ocorreram.
AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2011, p. 49.
De acordo com o texto,
O Procon informou nesta segunda-feira (13) que vai notificar a Apas (Associação Paulista de Supermercados) porque supermercados da cidade de São Paulo estão cobrando pelas novas sacolinhas plásticas biodegradáveis.
O órgão diz que a cobrança fere o Código de Defesa do Consumidor, já que o custo das sacolinhas já está embutido no preço dos produtos.
A lei das sacolinhas, em vigor desde o início deste mês, diz que os estabelecimentos só poderão fornecer sacolas verdes e cinzas padronizadas pela prefeitura. As sacolas brancas não poderão mais ser distribuídas.
O objetivo da regra é estimular a separação do lixo entre resíduos recicláveis e orgânicos.
Desde que a lei passou a vigorar, é comum encontrar supermercados que cobram de R$ 0,08 a R$ 0,10 pelas novas sacolas.
Folha de S. Paulo, Dinheiro, 13 abr. 2015, p. D3.
A interpretação que NÃO distorce informações apresentadas no texto encontra-se na alternativa:
TEXTO I
Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. Lá estava uma nódoa amarelada, de um ovo que comera há duas semanas. E as marcas dos lugares onde dormia. Achava sempre onde dormir, casa de um, casa de outro. Quando lhe perguntavam o nome, dizia com voz purificada pela fraqueza e por longuíssimos anos de boa educação:
- Mocinha.
As pessoas sorriam. Contente pelo interesse despertado, explicava:
- Nome, nome mesmo, é Margarida.
(…)
LISPECTOR, Clarice. O grande passeio. In: Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro. Rocco, 1998, p. 29.
TEXTO II
(…)
- Bem, pode ser assim e pode não ser. Agora, tudo pronto. Dá um passo pra frente, George Jackson. E atenção, sem pressa... venha bem devagar. Se tem alguém com você, que ele fique atrás... se ele se mostrar vai levar um tiro. Venha agora. Devagar, empurra a porta pra abrir, você mesmo... uma fresta apenas para entrar se espremendo, entende?
Não me apressei, não ia dar, mesmo querendo. Dei uma passo lento de cada vez, e não tinha nenhum barulho, achei que escutava só o meu coração. Os cachorros tavam tão quietos como os humanos, mas seguiam um pouco atrás de mim. Quando cheguei nos três degraus de tora, escutei as pessoas destrancando, tirando a barra de ferro e o ferrolho. Coloquei a mão na porta e empurrei um pouco e um pouco mais, até que alguém disse: “Aí, já tá bom – bota a cabeça pra dentro”. Enfiei a cara na fresta, mas achava que eles iam cortar minha cabeça fora.
A vela tava no chão, e ali estavam todos eles, olhando pra mim, e eu pra eles, durante um quarto de minuto. Três homens grandes com espingardas apontadas para mim, o que me fez tremer, vou lhe contar. O mais velho, grisalho e com uns sessenta anos, os outros dois com trinta ou mais – todos refinados e bonitos – e uma senhora grisalha muito doce, e atrás dela duas jovens que eu não conseguia ver direito.
TWAIN, Mark. As aventuras de Huckleberry Finn. Trad. Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&PM. 2011, p.112.
Leia as frases e verifique o uso da concordância.
I. Não é necessário mais dados para sentir a força da longevidade atuando no conjunto da população.
II. Durante décadas, ensinava-se, em aulas de Geografia, que o Brasil era um país jovem.
III. A queda nas taxas, tanto de mortalidade quanto de natalidade, alteraram a pirâmide demográfica.
IV. A esperança de vida que girava em torno de 60 anos, nos anos 80 do século passado, ultrapassaram os 70 anos.
Marque a alternativa CORRETA.
Começam os alertas de fim da TV analógica
Julia Borba
De Brasília
O desligamento da TV analógica e o início da transmissão exclusiva dos canais de TV aberta no modelo digital começam em novembro.
Inicialmente, apenas a cidade de Rio Verde (GO) será afetada. Ela foi a escolhida pelo governo federal como piloto para a alteração.
O cronograma fixado pelo Ministério das Comunicações prevê que o processo ocorrerá gradualmente entre 2016 e 2018 em todo país.
De abril a novembro de 2016, por exemplo, capitais como Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Rio entrarão na lista – nessa ordem.
A partir de hoje, moradores das cidades que estão nesse primeiro bloco, que compreende o Distrito Federal e outras 11 cidades do interior goiano e mineiro, começarão a ser alertados sobre a mudança.
A intenção da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é que os alertas iniciem sempre com uma antecedência de 12 meses, dando tempo para adaptação dos aparelhos pelas famílias.
O aviso ocorrerá durante a transmissão da programação da TV. Uma letra "A" aparecerá na tela quando o canal estiver sendo transmitido com a tecnologia analógica. Na parte inferior do televisor, um texto dirá que aquela programação estará disponível apenas em formato digital a partir de determinada data.
Inclusão – Para assistir aos canais na tecnologia digital, os televisores antigos terão de ser ligados a um conversor digital ou trocados por aparelhos mais modernos.
Segundo regras estabelecidas pela agência reguladora, a troca do modelo só será autorizada, em cada município, quando mais de 93% das residências tiverem captando o sinal com a nova tecnologia.
"A palavra de ordem é inclusão. Vamos trabalhar para que não haja exclusão de nenhum domicílio. Claro que há complexidades nesse processo, mas vamos fazer pesquisas para identificar se há regiões que precisam de políticas específicas [para adaptação da população] a serem definidas no momento oportuno", disse o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações).
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/04/1613597-comecam-os-alertas-de-fim-da-tv-analogica.shtml>