Questões de Concurso
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A batalha contra a agenda do medo
A percepção de que algo ruim pode acontecer causa nos seres humanos um estado de alerta conhecido como medo. O medo é causado por um processo crescente de ansiedade e não é difícil perceber a enorme inquietação que vive boa parte da população mundial. Ansiedade em função das incertezas que as transformações no mundo da tecnologia e do trabalho vem incitando. Infelizmente, estamos diante de um ambiente perfeito para a imposição da agenda do medo.
No mundo das percepções e das versões, a Amazônia está em chamas, as águas estão contaminadas por resíduos químicos de toda a natureza, a biodiversidade está ameaçada, os alimentos estão contaminados. Produtores agrícolas são pessoas malignas que destroem a natureza, poluem as águas, desalojam comunidades indígenas. Os animais, que fornecem proteína para a existência humana há centenas de milhares de anos, não devem mais ser abatidos porque “sofrem”. A antropomorfia se impõe sobre a racionalidade. E a carne faz mal às pessoas – alguns dizem que é carcinogênica. Campanhas contra a eficácia de vacinas levam a índices inéditos de aumento de doenças que não deveriam mais existir. A inteligência artificial também viria para eliminar o trabalho de milhões de pessoas, que ficariam, assim, excluídas do sistema. O planeta precisa ser “salvo”.
Proliferam por todo mundo ONGs, institutos, fundos e entidades que se apresentam como os monopolistas das virtudes. Afinal de contas o que pode ser mais nobre do que contribuir para “salvar o planeta”? Quem pode ser contra a defesa de um “alimento saudável”? Alguém pode estar interessado em não reduzir a pobreza? Os monopolistas das virtudes construíram imensas máquinas burocráticas com orçamentos bilionários para viajar o mundo, realizar conferências, seminários, publicar artigos e livros, produzir filmes de grande impacto visual. Executivos de tais organizações frequentam as mais sofisticadas redes políticas do mundo. Estudaram nas melhores escolas norte-americanas e europeias. Entopem as burocracias de organizações internacionais e nacionais. Vivem bem, mas dependem visceralmente de uma agenda apenas: a do medo.
A sociedade livre das corporações quer desafiá-los. Pede a arbitragem da ciência, a única prática humana capaz de enfrentar as percepções, as versões, os dogmatismos, e o oportunismo corporativo dos salvadores do planeta. A ciência, que já foi e deveria continuar sendo a base de todo o processo de desenvolvimento civilizatório, está em baixa. Hoje, infelizmente, muitas pessoas desconfiam da ciência. Se tudo é ciência, nada é ciência. É notável que em uma era em que tantos seres humanos têm acesso a tantas informações, nunca tantas pessoas estiveram tão desinformadas e convencidas de insanidades. É como se na era da informação estivéssemos vivendo a desinformação das trevas medievais.
Não há saída para o desenvolvimento pleno da humanidade e da liberdade que não seja pela agenda da inovação. A ciência, entendida de forma simples como o conhecimento aprofundado de algo, o conhecimento sistematizado, formulado metodicamente e racionalmente, é que deve se impor sobre o princípio da precaução, do sentimento de ansiedade e medo. A ciência, praticada de maneira ética, abre os caminhos da prosperidade. O que a ciência demonstra hoje é que há sim incêndios na Amazônia, mas nada que não seja diferente do que já aconteceu em outros anos com medição técnica idêntica. As águas do mundo não estão contaminadas, embora haja sim locais problemáticos mundo afora. O mesmo vale para a biodiversidade e para as mudanças climáticas que, apesar de serem uma realidade, não significam que a humanidade está condenada ou que o planeta corre riscos.
Quando a agenda é a produção de alimentos, a questão é ainda mais cristalina. Não existe nenhum estudo científico que comprove a relação entre defensivos agrícolas e alterações na saúde de populações. Não existe caso científico que, comprovadamente, relacione o uso adequado de defensivos com a morte de produtores ou trabalhadores no campo. Também não existe relação entre efetividade de um defensivo agrícola biológico ou não biológico. Todos seguem os mesmos critérios rígidos de análise regulatória para evitar efeito sobre a saúde humana e no meio ambiente. Não existe nenhum perigo associado ao desenvolvimento de sementes transgênicas a saúde humana e animal. Não existe perigo nenhum ao se utilizar a biotecnologia para aumentar a produtividade na produção de alimentos. E que fique claro para aqueles que vivem da agenda do medo: o alimento produzido no Brasil e no mundo é saudável, os índices de resíduos químicos são exaustiva e cientificamente estudados e não há alimentos atualmente, seja grãos ou proteína animal, que carreguem índices de resíduos que afetem a saúde humana. E imaginemos que, por alguma razão, isso aconteça, há suficientes instrumentos de análise que permitem que esse alimento não chegue ao consumo. O que existe e faz parte de qualquer processo responsável que envolva a saúde humana é o compromisso para que todas as ofertas tecnológicas disponíveis para a produção de alimentos sejam utilizadas de forma correta, assim como se faz com medicamentos. Quem utiliza insumos para a produção de alimentos tem que conhecer o produto ou a tecnologia que está utilizando. E isso é sim uma responsabilidade de todos.
Qualquer sociedade deseja desenvolvimento e prosperidade. A agenda do medo trabalha no sentido inverso. Ao ignorar o que a ciência já demonstrou de forma cabal, as corporações que defendem a agenda do medo prestam desserviço as populações. Impedem que novas tecnologias sejam desenvolvidas, impedem que mais gente tenha acesso a alimento barato e saudável, impedem o comércio internacional dos mais pobres e contribuem para promover a demagogia e o obscurantismo. Tudo para manter seus privilégios. Não passarão. A agenda da inovação é tão avassaladora que não haverá sociedade que dela não se beneficiará.
(LOHBAUER, Christian. A batalha contra a agenda do medo. Disponível
em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/a-batalha-contra-a-agenda-do-medo/. Acesso em: 06/11/2019.)
A batalha contra a agenda do medo
A percepção de que algo ruim pode acontecer causa nos seres humanos um estado de alerta conhecido como medo. O medo é causado por um processo crescente de ansiedade e não é difícil perceber a enorme inquietação que vive boa parte da população mundial. Ansiedade em função das incertezas que as transformações no mundo da tecnologia e do trabalho vem incitando. Infelizmente, estamos diante de um ambiente perfeito para a imposição da agenda do medo.
No mundo das percepções e das versões, a Amazônia está em chamas, as águas estão contaminadas por resíduos químicos de toda a natureza, a biodiversidade está ameaçada, os alimentos estão contaminados. Produtores agrícolas são pessoas malignas que destroem a natureza, poluem as águas, desalojam comunidades indígenas. Os animais, que fornecem proteína para a existência humana há centenas de milhares de anos, não devem mais ser abatidos porque “sofrem”. A antropomorfia se impõe sobre a racionalidade. E a carne faz mal às pessoas – alguns dizem que é carcinogênica. Campanhas contra a eficácia de vacinas levam a índices inéditos de aumento de doenças que não deveriam mais existir. A inteligência artificial também viria para eliminar o trabalho de milhões de pessoas, que ficariam, assim, excluídas do sistema. O planeta precisa ser “salvo”.
Proliferam por todo mundo ONGs, institutos, fundos e entidades que se apresentam como os monopolistas das virtudes. Afinal de contas o que pode ser mais nobre do que contribuir para “salvar o planeta”? Quem pode ser contra a defesa de um “alimento saudável”? Alguém pode estar interessado em não reduzir a pobreza? Os monopolistas das virtudes construíram imensas máquinas burocráticas com orçamentos bilionários para viajar o mundo, realizar conferências, seminários, publicar artigos e livros, produzir filmes de grande impacto visual. Executivos de tais organizações frequentam as mais sofisticadas redes políticas do mundo. Estudaram nas melhores escolas norte-americanas e europeias. Entopem as burocracias de organizações internacionais e nacionais. Vivem bem, mas dependem visceralmente de uma agenda apenas: a do medo.
A sociedade livre das corporações quer desafiá-los. Pede a arbitragem da ciência, a única prática humana capaz de enfrentar as percepções, as versões, os dogmatismos, e o oportunismo corporativo dos salvadores do planeta. A ciência, que já foi e deveria continuar sendo a base de todo o processo de desenvolvimento civilizatório, está em baixa. Hoje, infelizmente, muitas pessoas desconfiam da ciência. Se tudo é ciência, nada é ciência. É notável que em uma era em que tantos seres humanos têm acesso a tantas informações, nunca tantas pessoas estiveram tão desinformadas e convencidas de insanidades. É como se na era da informação estivéssemos vivendo a desinformação das trevas medievais.
Não há saída para o desenvolvimento pleno da humanidade e da liberdade que não seja pela agenda da inovação. A ciência, entendida de forma simples como o conhecimento aprofundado de algo, o conhecimento sistematizado, formulado metodicamente e racionalmente, é que deve se impor sobre o princípio da precaução, do sentimento de ansiedade e medo. A ciência, praticada de maneira ética, abre os caminhos da prosperidade. O que a ciência demonstra hoje é que há sim incêndios na Amazônia, mas nada que não seja diferente do que já aconteceu em outros anos com medição técnica idêntica. As águas do mundo não estão contaminadas, embora haja sim locais problemáticos mundo afora. O mesmo vale para a biodiversidade e para as mudanças climáticas que, apesar de serem uma realidade, não significam que a humanidade está condenada ou que o planeta corre riscos.
Quando a agenda é a produção de alimentos, a questão é ainda mais cristalina. Não existe nenhum estudo científico que comprove a relação entre defensivos agrícolas e alterações na saúde de populações. Não existe caso científico que, comprovadamente, relacione o uso adequado de defensivos com a morte de produtores ou trabalhadores no campo. Também não existe relação entre efetividade de um defensivo agrícola biológico ou não biológico. Todos seguem os mesmos critérios rígidos de análise regulatória para evitar efeito sobre a saúde humana e no meio ambiente. Não existe nenhum perigo associado ao desenvolvimento de sementes transgênicas a saúde humana e animal. Não existe perigo nenhum ao se utilizar a biotecnologia para aumentar a produtividade na produção de alimentos. E que fique claro para aqueles que vivem da agenda do medo: o alimento produzido no Brasil e no mundo é saudável, os índices de resíduos químicos são exaustiva e cientificamente estudados e não há alimentos atualmente, seja grãos ou proteína animal, que carreguem índices de resíduos que afetem a saúde humana. E imaginemos que, por alguma razão, isso aconteça, há suficientes instrumentos de análise que permitem que esse alimento não chegue ao consumo. O que existe e faz parte de qualquer processo responsável que envolva a saúde humana é o compromisso para que todas as ofertas tecnológicas disponíveis para a produção de alimentos sejam utilizadas de forma correta, assim como se faz com medicamentos. Quem utiliza insumos para a produção de alimentos tem que conhecer o produto ou a tecnologia que está utilizando. E isso é sim uma responsabilidade de todos.
Qualquer sociedade deseja desenvolvimento e prosperidade. A agenda do medo trabalha no sentido inverso. Ao ignorar o que a ciência já demonstrou de forma cabal, as corporações que defendem a agenda do medo prestam desserviço as populações. Impedem que novas tecnologias sejam desenvolvidas, impedem que mais gente tenha acesso a alimento barato e saudável, impedem o comércio internacional dos mais pobres e contribuem para promover a demagogia e o obscurantismo. Tudo para manter seus privilégios. Não passarão. A agenda da inovação é tão avassaladora que não haverá sociedade que dela não se beneficiará.
(LOHBAUER, Christian. A batalha contra a agenda do medo. Disponível
em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/a-batalha-contra-a-agenda-do-medo/. Acesso em: 06/11/2019.)
Anderson França escreveu nas suas redes sociais uma série de cinco textos levantando reflexões acerca do espetacular filme Coringa, lançado em outubro de 2019. Num desses textos, ele citou uma frase que aprendeu a partir da banda Racionais MC’s, que diz: “Os holofotes embaçam a visão”. Essa frase é muito verdadeira e revela o quanto esse mundo de exposição às redes digitais supervaloriza as pessoas que aparecem mais, que têm mais likes, mais seguidores, mais views etc. Ele comentava em seu texto sobre o vazio que todos nós trazemos conosco, as sombras que, por mais que tentemos trabalhar em terapia, ainda persistem e nos atormentam. Essa busca de aplausos e reconhecimento alimentada pelas redes sociais é como esse holofote: tem uma luz forte, mas embaça a visão. Perceba que metáfora interessante! Ao mesmo tempo em que o holofote ilumina muito, também dificulta a visão de quem está sob o seu foco.
Vale ressaltar que o Anderson de forma alguma demoniza o uso das redes sociais, até porque é por lá que ele divulga seus textos. O que ele faz é levantar a reflexão sobre a ilusão de se atribuir importância conforme o quanto se aparece nelas. Há alguns meses o próprio Instagram mudou seu algoritmo para que as publicações deixassem de quantificar os likes. Já foi divulgado que o Facebook também tomará essa medida em breve. A atitude se justifica porque, por causa desse vício, milhões de pessoas estavam perdendo o sono, piorando sua produtividade, deteriorando relacionamentos próximos etc.
Eu escrevo na internet e seria hipocrisia da minha parte dizer que não me importo em ser ou não ser lido, de ter ou não muitos likes etc. É libertador, porém, expressar isso com franqueza, pois não há nada de errado no reconhecimento desse desejo. Na realidade, sofrem bem mais os que negam e dizem que não se importam com o feedback daquilo que postam nas redes.
No filme Coringa, dirigido por Todd Phillips, a realidade que descrevi é transportada para a TV. Em diversas cenas vemos o protagonista, Arthur Fleck, assistindo hipnotizado aos principais programas de auditório dos Estados Unidos. Um de seus prediletos tem o seu ideal de comediante representado pelo apresentador Murray Franklin, interpretado pelo ator Robert de Niro. Arthur assiste, ao lado da sua mãe, a esse programa todas as noites. Ele se imagina no programa e sendo efetivamente reconhecido pelo apresentador e pelo público. Inclusive, durante os programas, faz encenações em casa e transmuta-se para o seu desejo, sempre alimentando a esperança de se tornar um comediante reconhecido e amado: aquele que faz rir. O filme, no entanto, também retrata o quanto ele foi abandonado e maltratado desde a infância, não poupando exemplos que indicam o porquê da série de transtornos mentais dos quais ele sofre. Ele nunca se sentiu respeitado por ninguém e era visto por quase todos como um sujeito estranho, que merece ser desprezado.
Após o assassinato de três homens ricos no metrô de Gotham City, a mídia jornalística retrata Arthur como alguém que quer fazer uma revolução, mas, em princípio, isso não era o que ele pensava ou almejava. É aqui que está a questão do holofote, pois Arthur parece ter a sensação de que está começando a ser visto, e isso só foi possível depois que ele assumiu o personagem Coringa, que imprime medo ___ pessoas e que é visto como uma espécie de justiceiro. Também foi após a fama ao receber um convite real para o programa de Murray Franklin que ele alcança de forma doentia ___ que tanto deseja: o reconhecimento. O mais louco é que há um misto entre ele ser visto como um vilão por muitos, enquanto, por outros, é tido como um herói.
Esse filme traz uma simbologia riquíssima de ensinamentos e, claro, uma série de outros ensinamentos que ressoarão dentro de cada um de forma particular. Que tenhamos a capacidade de olhar para nós mesmos e despertar a luz que vem de dentro, tendo a consciência de que esses holofotes, sejam das redes sociais, sejam da TV, só embaçam a nossa visão. Como vimos em Coringa, o desejo de ser reconhecido pelo outro nada mais é do que um profundo sintoma do não ser reconhecido por si mesmo.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em:
https://www.contioutra.com/os-holofotes-embacam-a-visao/. Acesso
em: 24/10/2019.)
Anderson França escreveu nas suas redes sociais uma série de cinco textos levantando reflexões acerca do espetacular filme Coringa, lançado em outubro de 2019. Num desses textos, ele citou uma frase que aprendeu a partir da banda Racionais MC’s, que diz: “Os holofotes embaçam a visão”. Essa frase é muito verdadeira e revela o quanto esse mundo de exposição às redes digitais supervaloriza as pessoas que aparecem mais, que têm mais likes, mais seguidores, mais views etc. Ele comentava em seu texto sobre o vazio que todos nós trazemos conosco, as sombras que, por mais que tentemos trabalhar em terapia, ainda persistem e nos atormentam. Essa busca de aplausos e reconhecimento alimentada pelas redes sociais é como esse holofote: tem uma luz forte, mas embaça a visão. Perceba que metáfora interessante! Ao mesmo tempo em que o holofote ilumina muito, também dificulta a visão de quem está sob o seu foco.
Vale ressaltar que o Anderson de forma alguma demoniza o uso das redes sociais, até porque é por lá que ele divulga seus textos. O que ele faz é levantar a reflexão sobre a ilusão de se atribuir importância conforme o quanto se aparece nelas. Há alguns meses o próprio Instagram mudou seu algoritmo para que as publicações deixassem de quantificar os likes. Já foi divulgado que o Facebook também tomará essa medida em breve. A atitude se justifica porque, por causa desse vício, milhões de pessoas estavam perdendo o sono, piorando sua produtividade, deteriorando relacionamentos próximos etc.
Eu escrevo na internet e seria hipocrisia da minha parte dizer que não me importo em ser ou não ser lido, de ter ou não muitos likes etc. É libertador, porém, expressar isso com franqueza, pois não há nada de errado no reconhecimento desse desejo. Na realidade, sofrem bem mais os que negam e dizem que não se importam com o feedback daquilo que postam nas redes.
No filme Coringa, dirigido por Todd Phillips, a realidade que descrevi é transportada para a TV. Em diversas cenas vemos o protagonista, Arthur Fleck, assistindo hipnotizado aos principais programas de auditório dos Estados Unidos. Um de seus prediletos tem o seu ideal de comediante representado pelo apresentador Murray Franklin, interpretado pelo ator Robert de Niro. Arthur assiste, ao lado da sua mãe, a esse programa todas as noites. Ele se imagina no programa e sendo efetivamente reconhecido pelo apresentador e pelo público. Inclusive, durante os programas, faz encenações em casa e transmuta-se para o seu desejo, sempre alimentando a esperança de se tornar um comediante reconhecido e amado: aquele que faz rir. O filme, no entanto, também retrata o quanto ele foi abandonado e maltratado desde a infância, não poupando exemplos que indicam o porquê da série de transtornos mentais dos quais ele sofre. Ele nunca se sentiu respeitado por ninguém e era visto por quase todos como um sujeito estranho, que merece ser desprezado.
Após o assassinato de três homens ricos no metrô de Gotham City, a mídia jornalística retrata Arthur como alguém que quer fazer uma revolução, mas, em princípio, isso não era o que ele pensava ou almejava. É aqui que está a questão do holofote, pois Arthur parece ter a sensação de que está começando a ser visto, e isso só foi possível depois que ele assumiu o personagem Coringa, que imprime medo ___ pessoas e que é visto como uma espécie de justiceiro. Também foi após a fama ao receber um convite real para o programa de Murray Franklin que ele alcança de forma doentia ___ que tanto deseja: o reconhecimento. O mais louco é que há um misto entre ele ser visto como um vilão por muitos, enquanto, por outros, é tido como um herói.
Esse filme traz uma simbologia riquíssima de ensinamentos e, claro, uma série de outros ensinamentos que ressoarão dentro de cada um de forma particular. Que tenhamos a capacidade de olhar para nós mesmos e despertar a luz que vem de dentro, tendo a consciência de que esses holofotes, sejam das redes sociais, sejam da TV, só embaçam a nossa visão. Como vimos em Coringa, o desejo de ser reconhecido pelo outro nada mais é do que um profundo sintoma do não ser reconhecido por si mesmo.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em:
https://www.contioutra.com/os-holofotes-embacam-a-visao/. Acesso
em: 24/10/2019.)
A mielomeningocele é uma das mais graves malformações compatíveis com a vida e acomete diversos sistemas orgânicos, notadamente o sistema nervoso, o sistema geniturinário e o sistema musculoesquelético. Há uma grande variação da incidência em diferentes partes do mundo, explicada pela influência da composição genética da população e de fatores ambientais. O defeito pode ocorrer em qualquer nível ao longo do eixo neural, mas predomina na região lombossacra. Sobre a classificação dos níveis funcionais da mielomeningocele, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Torácico: paralisia total dos membros inferiores.
( ) Lombar alto: L1-L2, flexores e adutores do quadril.
( ) Lombar baixo: L3-L4-L5, quadríceps e tibial anterior.
( ) Sacral: S1-S2, paralisia dos intrínsecos do pé e fraqueza do tríceps.
A sequência está correta em
A propedêutica da coluna vertebral se inicia pela história clínica, por meio da obtenção de dados para a determinação do diagnóstico, permitindo a identificação de síndromes clínicas distintas. A localização da dor, a frequência, os fatores de piora ou melhora e a interferência da dor nas atividades diárias precisam ser incluídas. Na coluna lombar, a anamnese deve localizar a queixa e dirigir o exame, procurando, ainda, relatos de alterações neurológicas e traumas pregressos. Sobre a avaliação dos níveis neurológicos lombossacrais, analise as afirmativas a seguir.
I. L4 = Reflexo: Tibial Anterior; Músculo: Extensor longo do hálux; Sensibilidade: Face lateral da perna e dorso do pé.
II. L5 = Reflexo: Patelar; Músculo: Tibial Anterior; Sensibilidade: Face medial da perna e do pé.
III. S1 = Reflexo: Aquileu; Músculo: Fibular longo e curto; Sensibilidade: Face lateral do pé.
Estão INCORRETAS as afirmativas
A postura é como um corpo se equilibra. Por conseguinte, a análise postural é uma avaliação da função do sistema motor (ossos, músculos e ligamentos) e do controle do sistema nervoso do sistema motor. A postura neutra de um indivíduo ocorre quando o encéfalo e o sistema nervoso usam a informação a partir de três fontes para equilibrar o corpo no espaço: ao ficar em pé, ao sentar ou ao mover-se. De acordo com a avaliação dessas fontes de equilíbrio, analise as afirmativas a seguir.
I. Olhos: conseguimos ver o que é nivelado.
II. Ouvidos: o aparato vestibular dá ao encéfalo a informação sobre a posição relativa e o movimento de cada ouvido interno.
III. Músculos e articulações: os proprioceptores nos músculos, ligamentos e tendões informam ao encéfalo o quanto cada um está sendo estressado.
IV. Encéfalo: integra a informação que recebe para equilibrar o corpo.
Estão corretas as afirmativas
A função da extremidade superior na utilização da mão, de modo que ela possa acessar e manipular objetos no espaço, é atingida por pensão, que é o ato de segurar, pegar ou agarrar um objeto. O ombro, o cotovelo e o punho funcionam juntos para colocar a mão em um local desejado, a fim de serem realizadas tarefas motoras finas e amplas. O principal objetivo das órteses de extremidade superior, portanto, é manter a função da mão, restaurando ou preservando a própria preensão ou permitindo o posicionamento ideal da mão no espaço para manipular objetos no ambiente. Sobre os objetivos comuns na área de órteses de extremidade superior, analise as alternativas a seguir.
I. Substituir músculos fracos ou ausentes.
II. Proteger segmentos danificados ou lesionados, limitando as cargas ou o movimento.
III. Prevenir deformidade e corrigir contratura.
IV. Unir-se a outros aparelhos de auxílio.
Estão corretas as alternativas
Nos protocolos de avaliação, uma compreensão abrangente dos princípios anatômicos e biomecânicos fornece a base para a avaliação precisa das condições ortopédicas e neurológicas relacionadas. O conhecimento desses princípios é necessário para entender a relação entre a estrutura e a função e, ainda, para entender o seu papel ao avaliar a disfunção ortopédica e neurológica. O método mais comum para registrar o resultado da avaliação usa a forma SOAP. Com relação a tal método, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Subjetivo: a porção subjetiva é avaliada com a história relatada pelo paciente.
( ) Objetivo: a porção objetiva é avaliada pela observação e por testes especiais que medem um componente objetivo.
( ) Avaliação: a avaliação é baseada na compilação dos achados subjetivos e objetivos e no exame.
( ) Plano: o plano pode incluir opções adicionais de testes e/ou de tratamento.
A sequência está correta em
As doenças neuromusculares da infância incluem um grande grupo de patologias, geralmente de caráter hereditário, que afetam a medula espinhal, os nervos periféricos, a placa mioneural e os músculos. As amiotrofias espinhais se caracterizam por um processo degenerativo das células do corno anterior da medula. A incidência é de 1:20.000 nascidos vivos. Em relação aos principais indicadores clínicos, sinais propedêuticos da atrofia muscular espinhal, marque V para os verdadeiros e F para os falsos.
( ) Fasciculação em esqueleto axial.
( ) História de hipercinesia fetal.
( ) Normorreflexia com hipertonia muscular.
( ) Tremor fino dos dedos e fraqueza muscular grave.
A sequência está correta em
Sempre ocorre um alongamento da capsular significativo quando a articulação glenoumeral subluxa ou se desloca de forma traumática ou atraumática. Dependendo da gravidade, o alongamento capsular apresenta frouxidão ou instabilidade dessa articulação. Há uma série de procedimentos cirúrgicos para a instabilidade do ombro, como reconstrução capsulolabial anterior aberta, reconstrução artroscópica e capsulorrafia térmica. Considerando a fase I do processo reabilitacional pós-operatório (3 dias a 3 semanas após a cirurgia), analise as afirmativas a seguir.
I. Os exercícios pendulares de Codman devem ser feitos com sustentação do cotovelo. Dependendo do procedimento e das instruções médicas sobre as restrições à ADM, o paciente pode fazer exercícios leves com roldanas para a flexão até 90° e elevação no plano escapular até 60°.
II. O paciente deve iniciar exercícios isométricos leves de rotação interna e externa, flexão, extensão e abdução do ombro para restaurar a atrofia muscular, mantendo o braço abaixo de 90° para abdução e em 90° para flexão.
III. A ADM ativa é executada para o cotovelo, o punho e a mão, incluindo flexão e extensão do cotovelo, pronação e supinação do antebraço, flexão e extensão do punho e fechar e abrir a mão.
IV. As técnicas de mobilização do tecido mole e liberação miofascial e a terapia do ponto-gatilho são as mais adequadas. A ADM passiva sem dor pode ser executada dentro de todos os planos, desde que não exerça tensão na rotação externa.
Estão corretas as afirmativas
As estruturas do corpo humano estão organizadas em vários níveis, de mesmo modo como estão organizadas as letras do alfabeto, as palavras, as frases, os parágrafos e, assim, por diante. Todos os organismos vivos têm determinadas características que os distinguem das coisas não vivas. Considerando os processos vitais dos seres humanos, analise as afirmativas a seguir.
I. Crescimento: é o processo pelo qual células não especializadas se tornam especializadas. As células especializadas diferem em estrutura e função das não especializadas que as originam.
II. Reatividade: é a capacidade de o corpo detectar e responder às alterações no ambiente. As células nervosas respondem as variações no ambiente, por meio da geração de sinais elétricos, conhecidos como impulsos nervosos. As células musculares respondem aos impulsos nervosos por meio da contração, que gera força para mover partes do corpo.
III. Metabolismo: é a soma de todos os processos químicos que ocorrem no corpo e inclui a decomposição de moléculas maiores e complexas em moléculas menores e mais simples, e a formação de moléculas complexas a partir de moléculas menores e mais simples.
IV. Diferenciação: é um aumento no tamanho do corpo. Pode ser decorrente de um aumento no tamanho das células existentes, no número de células ou na quantidade de material intercelular.
Estão corretas as afirmativas
O Ca2+ e a energia, na forma de ATP, são necessários para a contração muscular. Quando a fibra muscular está relaxada (não contraída), há uma baixa concentração de Ca2+ no sarcoplasma, porque a membrana do retículo sarcoplasmático contém bombas de transporte ativo de Ca2+ que, continuamente, transportam Ca2+ do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático. Contudo, quando um potencial de ação muscular se propaga ao longo do sarcolema e no interior do sistema de túbulos transversos, os canais de liberação de Ca2+ se abrem, permitindo que o Ca2+ escape para o sarcoplasma. O Ca2+ se liga às moléculas de troponina, nos filamentos finos, provocando alteração na sua forma. Essa alteração na forma da troponina move a tropomiosina para longe dos sítios de ligação de miosina e actina. Em relação ao ciclo de contração, analise as afirmativas a seguir.
I. Hidrólise de ATP: as cabeças de miosina contêm ATPase, uma enzima que hidrolisa ATP em difosfato de adenosina (ADP) e em um fosfato (P).
II. Formação de pontes cruzadas: as cabeças de miosina energizadas se fixam aos sítios de ligação de miosina na actina e liberam grupos de fosfato.
III. Movimento de tensão: após a formação das pontes cruzadas, ocorre o movimento de tensão. Durante o movimento de tensão, as pontes cruzadas mudam sua conformação e liberam ADP. A força produzida pela mudança conformacional de centenas de pontes cruzadas desliza o filamento fino sobre o filamento espesso, em direção ao centro do sarcômero.
IV. Ligação e separação do ATP: ao final do movimento de tensão, as pontes cruzadas permanecem firmemente fixadas à actina. Quando se ligam a outra molécula de ATP, as cabeças de miosina se soltam da actina.
Estão corretas as afirmativas