Questões de Concurso Comentadas para if-pi
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Ser professor é conquistar uma posição no seio da profissão, mas é também tomar posição, publicamente, sobre os grandes temas educativos e participar na construção das políticas públicas. É aprender a intervir como professor. Obviamente, também aqui se exige uma preparação, uma consciência crítica, que tem de ser trabalhada desde a formação inicial. É o que sugerem Kenneth Zeichner e colegas, em artigo recente, quando afirmam que “nem as escolas, nem as universidades, só por si, podem formar os professores, e mesmo em conjunto, as escolas e as universidades não serão capazes de formar bem os professores sem se relacionarem com o saber que existe nas comunidades que a escola tem de servir” (ZEICHNER; PAYNE; BRAYKO, 2015, p. 132).
Zeichner, K.; Payne, K.; Brayko, K. Democratizing teacher
education. In: NÓVOA, A. Firmara posição como professor,
afirmar a profissão docente. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980-5314-cp-47-166-1106.pdf.
Acesso em: 14 jul. 2019.
A partir das informações apresentadas, assinale
a opção correta.
Leia os textos a seguir para responder à questão.
(...) O foco do currículo para a escola e dos formuladores de currículo para os professores de disciplinas. Aqui, valho-me da obra do sociólogo e filósofo francês Bernard Chariot (2009). Ele inicia sua discussão estabelecendo o que é a escola e o tipo de lugar que a caracteriza. (...) As escolas são lugares onde o mundo é tratado como um “objeto de pensamento” e não como um “lugar de experiência”. Disciplinas como história, geografia e física são as ferramentas que os professores têm para ajudar os alunos a passarem da experiência ao que o psicólogo russo, Vygotsky, se referiu como “formas mais elevadas de pensamento”. As disciplinas reúnem “objetos de pensamento” como conjuntos de “conceitos” sistematicamente relacionados.
(...) O conhecimento da disciplina fornece aos professores a base de sua autoridade sobre os alunos. Para os alunos, passar de seu mundo cotidiano, no qual conceitos são desenvolvidos por experiência em relação a problemas que surgem em contextos específicos, para o mundo da escola, que trata o mundo como um objeto sobre o qual se pensa, pode ser uma experiência ameaçadora e mesmo estranha. O mundo cotidiano não é como a escola. Não se divide em matérias ou disciplinas. Esse papel gerador de identidade das disciplinas é particularmente importante para alunos de lares desfavorecidos e para seus professores. Muitos desses alunos chegarão à escola com pouca experiência de tratar o mundo como mais que um conjunto de experiências, em outras palavras, conceitualmente. As disciplinas, com suas fronteiras para separar aspectos do mundo que foram testados ao longo do tempo, não só oferecem a base para analisar e fazer perguntas sobre o mundo, como também oferecem aos estudantes uma base social para um novo conjunto de identidades como aprendizes. Com as novas identidades referentes às disciplinas, que os estudantes adquirem pelo currículo, acrescentadas àquelas com que vieram para a escola, eles têm mais probabilidades de serem capazes de resistir ao senso de alienação de suas vidas cotidianas fora da escola ou, ao menos, melhor lidar com ele. A escola pode promover tal capacidade.
YOUNG, Michael, F. D. O Futuro da educação em uma
sociedade de conhecimento: o argumento radical em
defesa de um currículo centrado em disciplinas. Revista
Brasileira de Educação, São Paulo, v. 16, n. 48, p. 609-
623, set./dez. 2011.
Considerando essa perspectiva de currículo no texto, avalie as afirmações a seguir.
I - Defende um currículo por resultados, instrumental e imediatista, ressaltando a necessidade de garantir acesso ao conhecimento, em especial para crianças e jovens dos grupos sociais da elite.
II - Defende que a escola não se afaste de sua tarefa específica, disponibilizando o conhecimento especializado, que não se acessa na vida cotidiana e que pode oferecer generalizações e base para se fazer julgamentos, fornecendo parâmetros de compreensão de mundo. Entende que, para o desenvolvimento dessa compreensão de mundo, é importante dispor de conhecimentos e formas de pensamento que permitam problematizar a prática social com base nos conhecimentos especializados, de forma a aprofundar o entendimento das múltiplas relações envolvidas nos fenômenos naturais e sociais.
III - Afirma a importância da produção das áreas de conhecimento, nas universidades e nos centros de pesquisa, como fonte para a seleção do conhecimento especializado que deverá compor o currículo, a ser recontextuaiizado nas disciplinas escolares. Afirma que estas representam, numa forma adequada à transmissão escolar, o mais próximo que se chegou até agora na tentativa de explicar o mundo natural e social. Destaca, nesse sentido, o caráter de incompletude desse conhecimento, sempre sujeito a revisões, o que identifica como o diferencial de sua perspectiva em relação a uma visão tradicional de currículo.
IV - Em contraste com a visão tradicional, as disciplinas não são vistas como parte de algum cânone fixo definido pela tradição, com conteúdos e métodos imutáveis. [...] Ao adquirirem conhecimentos das disciplinas, [os estudantes] estão ingressando naquelas “comunidades de especialistas”, cada uma com suas diferentes histórias, tradições e modos de trabalhar.
É correto apenas o que se afirma em:
Leia o trecho a seguir para responder à próxima questão.
O conceito de currículo em ação ou vivido aparece em diferentes autores no campo do currículo, no geral, se referindo, ao que ocorre nas escolas. A ideia de complementaridade em relação ao currículo prescrito também perpassa a maioria dos sentidos que ele vai assumindo na literatura, dando conta de a impossibilidade do currículo formal fazer jus às experiências imprevisíveis que ocorrem no dia a dia da sala de aula.
MACEDO, E. “A base é a base”. E o currículo o que é?.
In: AGUIAR, M. A. S.; DOURADO, L. F. (Org.). A BNCC na
contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas.
Recife: ANPAE, 2018. p. 28-33.
Leia o trecho a seguir para responder à questão.
Conhecer como se dá o conhecimento no processo pedagógico e suas implicações na formação do indivíduo é instrumentalizar o professor a eliminar a determinação social dos destinos dos alunos. Para o professor, é importante este conhecimento a fim de melhor saber como interagir com o educando, no sentido de favorecer seu desenvolvimento e sua emancipação. Nesse sentido, Vasconcellos (1999) afirma que os fatores determinantes da prática do professor são de duas ordens: Objetiva e Subjetiva.
(VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em
sala de aula. São Paulo; Libertad, 1999. p. 13.)
Utilize 1 para os fatores OBJETIVOS e 2 para os fatores SUBJETIVOS; em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
____Formação
____Reunião pedagógica frequente
____Cobrança por parte de direção
____Valores
____Opção ideológica
____Coordenação
____Vontade política