Questões de Concurso
Comentadas para professor - história
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O ensino por meio da interdisciplinaridade pressupõe a interação entre as diversas áreas do conhecimento como alternativa de eliminar a fragmentação e promover uma educação para a construção da cidadania. Nessa perspectiva, em se tratando de conhecimentos, uma prática docente mediada por projetos de trabalho é ressignificar a escola dentro da realidade contemporânea.
Moura. D. P. Pedagogia de Projetos: Contribuições para Uma Educação Transformadora. Só Pedagogia.Virtuous Tecnologia da Informação,2008-2021.Disponível em http://www.pedagogia.com.br/artigos/pedagogiadepr ojeros/index.php?pagina=2. Acesso em 26/03/2021.
Considerando os pressupostos e a importância dos projetos de trabalho, a metodologia do trabalho docente por projetos tem início a partir do momento que os alunos expressam suas ideias e conhecimentos sobre o problema em questão, ou seja, desperte o interesse por um "acontecimento” dentro ou fora da escola ou até mesmo pela estimulação do professor.
A essa etapa inicial do projeto de trabalho, a alternativa correta é:
As atribuições da educação e, consequentemente, da função social da escola sempre foram perpassadas por vários olhares. No entanto, ressignificar a função social da escola voltada para a formação integral do aluno tem sido um desafio político institucional frente ao atual contexto histórico emergente que vem exigindo mudanças não somente em sua estruturação, mas principalmente, no compromisso com a realização plena do ser humano, alcançada pela democratização participativa.
SANTOS, Emina Márcia Nery dos; LIMA, Francisco Willams Campos; VALE, Cassio. Decálogo da escola como espaço de proteção social: consolidando a função social da escola como espaço democratizante. Eccos - Revista Cientifica, São Paulo, n. 54, p. 1-18, e8338, jul./set. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5585/eccos.n54.8338.
O fragmento acima faz referência à função social da escola em resposta ao novo cenário da sociedade contemporânea, cujas condições estruturantes são:
I. Democratização.
II. Inclusão.
III. Neutralidade curricular.
IV. Educação integral.
V. Promoção da formação continuada da comunidade educativa.
Está correto apenas o que é afirmado em:
Para fazer uma viagem, 5 pessoas combinaram que cada um deles, exceto o que será o motorista da viagem, irá contribuir com a quantia de R$ 120,00.
O valor total arrecadado para a viagem foi de:
TEXTO 03
Leitura e escola
As situações de ensino, no formato oficinas de leitura, círculos literários, projetos de narrativas de ficção, sequências didáticas com diferentes gêneros na escola, dentre outras atividades, permitem, ou deveriam permitir a comunicação, o estar com o outro, a interlocução, a dialogia da leitura (Bakhtin, 1995 e 2003), o fazer-ser leitor em seus modos de ler, conhecendo seus princípios e operações ao/para ler variados escritos. O que representa um modo de sair de seu cotidiano e retornar a ele mais enriquecido, pois pleno de possibilidades de um ensino desenvolvente, que permita a humanização do indivíduo (Davidov, 1986; Libâneo, 2004).
Para Davidov (1986), crianças e jovens vão à escola para aprender a cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo. Para isso, é necessário pensar - estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva. Nessa direção, Libâneo (2004) aponta que a "didática", hoje, precisa comprometer-se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar. Cabe-lhe investigar como se pode ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, para se defrontarem com dilemas e dificuldades da vida prática. A razão pedagógica está também, associada, inerentemente, ao valor, a um valor intrínseco, que é a formação humana, visando ajudar os outros a se constituírem como sujeitos, a se educarem, a serem pessoas dignas, justas, cultas.
Para adequar-se às necessidades contemporâneas relacionadas com as formas de aprendizagem, a "didática" precisa fortalecer a investigação sobre o papel mediador do professor na preparação dos alunos para o pensar - problematiza Libâneo (2004). Mais precisamente: será fundamental entender que o conhecimento supõe o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar. Para essa empreitada, a teoria do ensino desenvolvente é oportuna. Nesse caso, a questão está em como o ensino pode impulsionar o desenvolvimento das capacidades cognitivas mediante a formação de conceitos teóricos. Ou, em outras palavras, o que fazer para estimular as capacidades investigadoras dos alunos ajudando-os a desenvolver habilidades mentais (Libâneo, 2004, p.1-4).
Assim, falamos do sujeito aprendiz na constituição de si mesmo, como agente de sua personalidade, já na relação com as diversas conquistas humanas, no processo de confrontação com as obras de arte (Snyders, 1993) - em nossa delimitação de estudo, o tornar-se membro efetivo de uma comunidade de leitores em vista de uma "cultura em si, para uma cultura para si", de uma "literatura em si para uma literatura para si", de um "leitor em si' para um leitor para si" (...)
GIROTTO, CGGS., SOUZA, RJ., and DAVIS, CL.
Metodologias de ensino – Educação literária e o
ensino da leitura: a abordagem das estratégias de
leitura na formação de professores e crianças. In:
DAVID, CM., et al., orgs. Desafios contemporâneos
da educação [online]. São Paulo: Editora UNESP;
São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. Desafios
contemporâneos collection, pp. 277-308.
Observe o trecho a seguir (extraído e adaptado do Texto 03):
“Para Davidov, crianças e jovens vão à escola para aprender a cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo. Para isso, é necessário pensar - estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva. Nessa direção, Libâneo aponta que a "didática", hoje, precisa comprometer-se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar. Cabe-lhe investigar como se pode ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, para se defrontarem com dilemas e dificuldades da vida prática. A razão pedagógica está também, associada, inerentemente, ao valor, a um valor intrínseco, que é a formação humana, visando ajudar os outros a se constituírem como sujeitos, a se educarem, a serem pessoas dignas, justas, cultas.”
Sabe-se que, em língua portuguesa, há expressões que funcionam como elementos de conexão (coesão), além de contribuírem para a construção de sentido no texto. Nesse sentido, as palavras em destaque contribuem para dar os seguintes sentidos, respectivamente:
I. Contemplar o desenvolvimento de capacidades que possibilitem adaptações às complexas condições e alternativas de trabalho que temos hoje e a lidar com a rapidez na produção e na circulação de novos conhecimentos e informações, que têm sido avassaladores e crescentes. II. Possibilitar aos alunos condições para desenvolver competência e consciência profissional, focando no ensino de habilidades imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho. III. Aguardar o poder público local, pois o desenvolvimento do projeto requer investimento, discussão e reelaboração pelo menos de dois em dois anos, o que só é possível em um clima institucional favorável e com condições objetivas de realização.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
A Amazônia é o centro do mundo
Eu quero começar lembrando onde nós estamos. E quero lembrar que nós estamos no centro do mundo. Essa não é uma frase retórica. Também não é uma tentativa de construir uma frase de efeito. No momento em que o planeta vive o colapso climático, a floresta Amazônica é efetivamente o centro do mundo. Ou, pelo menos, é um dos principais centros do mundo. Se não compreendermos isso, não há como enfrentar o desafio do clima.
Esta é justamente a razão de colocarmos o nosso corpo aqui, nesta cidade, Manaus, capital do Amazonas, estado do Brasil, país que abriga cerca de 60% da Amazônia. Manaus é tanto uma floresta em ruínas como as ruínas de uma ideia de país. Manaus pode ser vista como a escultura viva de um conflito iniciado em 1500, com a invasão europeia que causou a morte de centenas de milhares de homens e mulheres indígenas e a extinção de dezenas de povos. Neste momento, em 2019, testemunhamos o início de um novo e desastroso capítulo.
O Brasil é um grande construtor de ruínas. O Brasil constrói ruínas em dimensões continentais desde que começou a ser inventado pelos europeus no século 16. Para sermos capazes de resistir nós precisamos nos tornar floresta — e resistir como floresta. Como floresta que sabe que carrega consigo as ruínas, que carrega consigo tanto o que é quanto o que deixou de ser. Parece-me que é a esse sentimento afetivo que precisamos dar forma para dar sentido à nossa ação. Para isso temos que deslocar algumas placas tectônicas de nosso próprio pensamento. Temos que descolonizar a nós mesmos.
O fato de a Amazônia ainda ser vista como um longe e também — ou principalmente — como uma periferia dá a dimensão da estupidez da cultura ocidental branca, de matriz primeiro europeia e depois norte-americana, essa estupidez que molda e dá forma às elites políticas e econômicas do mundo e também do Brasil. E, em parte, também às elites intelectuais do Brasil e do planeta. Acreditar que a Amazônia é longe e que a Amazônia é periferia, quando qualquer possibilidade de controle do aquecimento global só é possível com a floresta viva, é uma ignorância de proporções continentais. A floresta é o perto mais perto que todos nós aqui temos. E o fato de muitos de nós nos sentirmos longe quando aqui estamos só mostra o quanto o nosso olhar está contaminado, formatado e distorcido. Colonizado.
Dias atrás eu conversava com procuradores e defensores públicos que chegaram há pouco em cidades do interior amazônico. Era o primeiro posto deles. Porque essa é a lógica. A Amazônia é o epicentro dos conflitos, mas, para fiscalizar o Estado e defender os direitos dos maisdesamparados, as instituições mandam os sem nenhuma experiência. Alguns deles — não todos — interpretam que estão sendo enviados a uma região amazônica como um teste ou mesmo um castigo, um calvário que precisam passar antes de ter um posto “decente”. Parte deles — não todos — não vê a hora de ter o que é chamado de “remoção” e deixar essa bad trip para trás. E não é culpa deles, ou não é só culpa deles, porque essa é a lógica das instituições, este é o olhar para a Amazônia. Felizmente alguns deles percebem à importância do seu papel, aprendem, compreendem, permanecem e se tornam servidores públicos essenciais para a luta pelos direitos em regiões onde os direitos pouco ou nada valem.
Lembrei a eles que, como eu, eram privilegiados. Eles estavam justamente no centro do mundo. Eles estavam no melhor lugar para se estar para quem tinha escolhido aquela profissão. Mas teriam que se esforçar muito para superar a sua ignorância, como eu me esforço todos os dias para superar a minha. Era a população local, eram os povos da floresta que teriam de ter enorme paciência para explicar a eles o que precisam saber, já que pouco ou nada sabem quando aqui chegam. O mesmo princípio vale para jornalistas e também para cientistas.
Somos nós que precisamos da ajuda dos povos da floresta. É deles o conhecimento sobre como viver apesar das ruínas. São eles os que têm experiência sobre como resistir às grandes forças de destruição. Para que tenhamos alguma chance de produzir movimento de resistência precisamos compreender que, nesta luta, nós não somos os protagonistas.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/09/opinion/1565386635_3112 70.html. Acesso em: 12/12/2019.)
I. O 1º de maio de 1933 foi proclamado feriado nacional. No dia 2, os dirigentes sindicais foram presos, espancados e jogados em campos de concentração. E sobre os escombros do mais poderoso movimento operário da Europa, Hitler criou a Frente do Trabalho operário-patronal. II. Em julho de 1933, foi habilitado, em Dachau, o primeiro campo de concentração, no qual foram internados comunistas, anarquistas, socialistas e demais opositores e, em janeiro de 1934, foi ditada a Lei de Regulação do Trabalho Nacional, totalmente desfavorável às empresas privadas. III. Os patrões das grandes empresas foram designados como “Führer”. Hitler foi, antes do mais, o homem do grande capital na situação histórica criada pela crise capitalista mundial e pela emergência da classe operária. IV. O ministro da propaganda (Goebbels) controlava a imprensa, a edição de livros, o rádio, o cinema – setores que conheceram “depurações” em massa. Os “criadores” e jornalistas receberam instruções precisas: as bibliotecas sofreram razias (20 mil volumes foram queimados só a 10 de maio de 1933). V. Na educação houve também um expurgo dantesco: baseada no racismo, foi feita a revisão de manuais e textos escolares, e o enquadramento de estudantes e professores em corporações. As organizações juvenis nazistas (para espanto das igrejas) passaram a enquadrar crianças a partir de oito anos de idade, ao tempo que a lei passou a autorizar a esterilização de certos indivíduos ou grupos “defeituosos”. Estão corretas as afirmativas