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Paridade de gênero nas prefeituras do Brasil pode
demorar até 144 anos para ser atingida, diz estudo
A igualdade de gênero em prefeituras brasileiras pode
demorar mais de um século para ser atingida, segundo o
relatório “Desigualdade de Gênero e Raça na Política
Brasileira”, feito pelo Instituto Alziras e pelo Oxfam Brasil.
O
levantamento mostra que esse deve ser um desafio pelos
próximos 144 anos se mantido o mesmo ritmo de eleição de
homens e mulheres.
O levantamento tem como base os dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que quantificam o perfil das
candidaturas e das pessoas eleitas para o poder Executivo e
Legislativo municipal com recorte de gênero e raça. Foram
analisados os anos eleitorais de 2016 e 2020.
Embora sejam a maioria da população brasileira e
acumulem mais anos de estudo que os candidatos homens, as
mulheres representaram menos de 14% das candidaturas a
prefeituras no Brasil em 2020, segundo o relatório. Em 2016,
eram 13% de candidatas mulheres ao Executivo.
No Legislativo, o cenário é de mais representatividade
devido à Lei de Cotas e do Fundo Especial de Financiamento
de Campanha (FEFC), ambos em vigor desde 2020, que
determinam que os partidos preencham ao menos 30% de suas
vagas com mulheres e destinem o mesmo percentual para
custear as campanhas dessas candidatas.
Como resultado, as Câmaras registraram um número
equivalente a 35% de candidaturas femininas para vereadoras
em 2020, com acesso a 32% da receita destinada à campanha.
Em 2016, eram 32,5% de candidatas mulheres, com 21% do
total da receita.
PUENTE, Beatriz. Paridade de gênero nas prefeituras do Brasil pode demorar
até 144 anos para ser atingida, diz estudo. Disponível em:
. Acesso em: 26 mar. 2024. [Adaptado].