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Q1077427 Português

INFELICIDADES CONTEMPORÂNEAS


Marcia Tiburi – 31 de maio de 2017

    Faz tempo que ando pensando na felicidade como categoria ética. Longe da felicidade publicitária, da felicidade das mercadorias, me parece necessário manter esse conceito em cena devolvendo-lhe ao campo da análise crítica contra a ordem da ingenuidade onde ele foi lançado. Justamente porque o tema da felicidade foi capturado na ordem das produções discursivas, falar da felicidade se torna um desafio quando muita gente tenta transformá-la em uma bobagem, uma caretice, um assunto do passado.
    A felicidade é assunto do campo da ética. Em Aristóteles ela representa o máximo da virtude. Feliz acima de tudo é quem pratica a filosofia, mas na vida em geral, aquele que vive uma vida justa já pode ser feliz. Uma vida justa é uma vida boa, vivida com dignidade. Aquele que alcança um meio termo entre extremos e faltas sempre falsos, sempre destrutivos, sempre irreais, é alguém que pode se dizer feliz. A felicidade não é inalcançável, ela é busca bem prática que conduz a vida.
     Hoje, depois de uma aula sobre o tema, uma aula crítica e analítica, daquelas que revoltam os ressentidos e fortalecem os corajosos, uma pessoa que se anunciou tendo mais de 80 anos, me abraçou e me disse, “sua aula me deixou feliz”. Eu também fiquei feliz.

***

     Fico pensando no que o termo felicidade pode ainda nos dizer, quando, por meio de uma deturpação conceitual, localizamos a felicidade nas mercadorias, quando a confundimos com fantasias e propagandas.
   A felicidade sempre foi uma ideia e uma prática complexas. Sua complexidade remete a uma instabilidade inevitável. Em nossos dias, as pessoas falam muito da felicidade porque a desejam. E se a desejam é porque, de algum modo, podemos dizer que sonham com ela. Mas não podem pegá-la, comprá-la, obtê-la simplesmente e justamente porque ela não é uma coisa. Por isso, a ideia de felicidade não combina com a ideia de mercadoria. Como ideia, a felicidade é aberta e produz aberturas. Ela não cabe nas coisas, nem nas mais ricas, nem nas mais bonitas. Porque quando a felicidade está, ela é como a morte, as coisas, assim como a vida, já não estão.
    Há, no entanto, coisas que nos lembram ou nos iludem da ideia de felicidade, mas sempre o fazem como um ideal ou um simulacro. Ninguém pode ser feliz plenamente, mas sempre pode buscar ser feliz em uma medida muito abstrata que, no entanto, nos conecta à outras utopias. Não é sem sabedoria que, em vez de pensarmos em uma única felicidade, começamos há muito tempo a pensar em felicidades no plural. Se não se pode ser feliz no todo, que se seja em lugares, em setores da vida. Que se realize a felicidade relativa, contra uma felicidade absoluta. Abaixo os absolutos, diz todo pensamento razoável  .  
  Felicidades mil é o que desejamos àqueles que amamos. É um voto, apenas, um voto de fé que em tudo se confunde com a postura ética de quem deseja o bem ao outro. Felicidade, lembremos os filósofos antigos, era o sumo bem, o bem maior, o Bem com letra maiúscula. Uma coisa para inspirar, para fazer suportar as dores e sofrimentos da vida comum. [...].

Adaptado de: (https://revistacult.uol.com.br/home/marcia-tiburi-infelicidades-contemporaneas/).

Sobre o texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q925066 Fisioterapia
Na análise gráfica do paciente em ventilação mecânica, a identificação da condição apresentada na figura abaixo pode significar a presença de
Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q925065 Fisioterapia
Nas Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica (2013) sobre os Cuidados de Fisioterapia nos Pacientes em Suporte Ventilatório, é INCORRETO afirmar que
Alternativas
Q925064 Fisioterapia
Os efeitos da imobilidade no leito de pacientes acamados vêm sendo citados na literatura vigente, principalmente para portadores de insuficiência cardíaca crônica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), correlacionando-se com o comprometimento sistêmico mediado pelo processo inflamatório. Sobre essa temática, analise as afirmativas abaixo:
I. Na imobilidade, existe a liberação de óxido nítrico, mediador da resposta inflamatória, com ação vasodilatadora, o que pode comprometer a pressão arterial de forma significativa, podendo isso agravar o quadro clínico do paciente. II. As interleucinas pró-inflamatórias relacionadas com a imobilidade, IL-18, IL-1a, TNF-a e IL-1b aumentam a apoptose celular (morte celular programada) e reduzem a formação de antioxidantes e o reparo celular. III. Os radicais livres degradam o DNA, lipídeos e proteínas das células, e, no músculo, levam a sua degeneração e liberação de metabólitos. IV. O exercício ou as atividades e os posicionamentos que promovem estímulos reflexos proprioceptivos podem liberar citocinas anti-inflamatórias IL-6 e IL-10, que exercem inibição das citocinas pró-inflamatórias. V. A IL-6 aumenta a produção da IL-10 e da IL-Ra (molécula inibitória dos efeitos inflamatórios das citocinas próinflamatórias). A IL-10 inibe a produção de citocinas pelas células.
Está CORRETO o que se afirma em
Alternativas
Q925063 Fisioterapia
Estudos hemodinâmicos comparativos entre diversos modos de ventilação mecânica demonstram que, independentemente do modo específico de ventilação, a pressão média de vias aéreas é o principal responsável pelos efeitos cardiovasculares associados à ventilação mecânica. Dentre as manobras que tendem a elevar a pressão média de vias aéreas, podendo comprometer a situação hemodinâmica, destacam-se todas as citadas abaixo, EXCETO
Alternativas
Respostas
1016: D
1017: C
1018: D
1019: E
1020: B