Questões de Concurso Para fiscal de tributos - médio

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Q2504253 Português
A inquietude imobiliária: sobre a cidade à venda e o desejo de se mudar



Pode ser uma impressão equivocada, pode ser uma atração exagerada do meu olhar. Mas sinto que em minha cidade nunca houve tantas casas à venda, tantos apartamentos desejosos de um novo proprietário, tantos terrenos baldios a exibir suas figueiras para seduzir algum comprador. Por toda parte vejo placas, em cada bairro por que passo, tudo parece posto à venda em simultâneo, em ação coordenada. Como se todos os habitantes de uma cidade decidissem no mesmo instante se mudar, num livro nunca escrito por Saramago. Ou então como numa brincadeira infantil, em que uma voz gritasse "já" e todos fossem obrigados a largar seus lares e encontrar um novo lugar.

Insisto, pode ser que nada disso se passe, pode ser que eu esteja projetando nos outros apenas o que inunda a minha intimidade — não passo de um cronista, afinal. Já há algum tempo me vejo tomado por algo que acabei chamando de inquietude imobiliária. Uma insatisfação difusa e injusta com os espaços onde minha vida se dá, com o quarto colorido e modesto onde brinco com as minhas filhas, com o escritório em que troco turnos com a minha companheira. Sem que nada me incomode de verdade, sem que me sejam de fato necessários uns metros a mais, me vejo a sonhar com outra casa, informe ainda, inexata, onírica. Há anos tenho o mesmo sonho recorrente: estou percorrendo algum cômodo ultraconhecido da minha própria casa e me deparo com uma porta misteriosa, uma janela, um alçapão. Abro e descubro o que sempre esteve lá: o espaço que me faltava, um lugar para a escrivaninha própria, e para as vastas estantes em que eu poderia enfim ordenar os livros que vão se espalhando pelo chão. É um sonho vívido: a cada vez acordo largo e aliviado, e levo alguns segundos para voltar à estreiteza da realidade. Trata-se da expressão inconsciente da inquietude imobiliária, é o que agora me vejo a interpretar.

[...]

Volto a pensar na imensidade de placas de vende-se que proliferam pela cidade, cada uma exposta ali, talvez, por uma pessoa que deseja se mudar. Que aspecto da vida urbana ou social tem provocado tamanho desejo de transformação? O que significa que tantos se vejam tomados no mesmo momento por essa inquietude imobiliária, isto é, existencial? Por que a um só tempo tantos de nós estaremos querendo nos tornar outros?

Sobre as crises de seus concidadãos não convém a um cronista especular muito, nesses gestos imprudentes sempre lhe cabe algum pudor. Mas sobre mim posso dizer que já me vejo mais sossegado em minhas insatisfações. 



(Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/02/24. Acesso em: 27/02/2024.) 
Marque a afirmativa INCORRETA referente a recursos gramaticais usados nesse texto. 
Alternativas
Q2504252 Português
A inquietude imobiliária: sobre a cidade à venda e o desejo de se mudar



Pode ser uma impressão equivocada, pode ser uma atração exagerada do meu olhar. Mas sinto que em minha cidade nunca houve tantas casas à venda, tantos apartamentos desejosos de um novo proprietário, tantos terrenos baldios a exibir suas figueiras para seduzir algum comprador. Por toda parte vejo placas, em cada bairro por que passo, tudo parece posto à venda em simultâneo, em ação coordenada. Como se todos os habitantes de uma cidade decidissem no mesmo instante se mudar, num livro nunca escrito por Saramago. Ou então como numa brincadeira infantil, em que uma voz gritasse "já" e todos fossem obrigados a largar seus lares e encontrar um novo lugar.

Insisto, pode ser que nada disso se passe, pode ser que eu esteja projetando nos outros apenas o que inunda a minha intimidade — não passo de um cronista, afinal. Já há algum tempo me vejo tomado por algo que acabei chamando de inquietude imobiliária. Uma insatisfação difusa e injusta com os espaços onde minha vida se dá, com o quarto colorido e modesto onde brinco com as minhas filhas, com o escritório em que troco turnos com a minha companheira. Sem que nada me incomode de verdade, sem que me sejam de fato necessários uns metros a mais, me vejo a sonhar com outra casa, informe ainda, inexata, onírica. Há anos tenho o mesmo sonho recorrente: estou percorrendo algum cômodo ultraconhecido da minha própria casa e me deparo com uma porta misteriosa, uma janela, um alçapão. Abro e descubro o que sempre esteve lá: o espaço que me faltava, um lugar para a escrivaninha própria, e para as vastas estantes em que eu poderia enfim ordenar os livros que vão se espalhando pelo chão. É um sonho vívido: a cada vez acordo largo e aliviado, e levo alguns segundos para voltar à estreiteza da realidade. Trata-se da expressão inconsciente da inquietude imobiliária, é o que agora me vejo a interpretar.

[...]

Volto a pensar na imensidade de placas de vende-se que proliferam pela cidade, cada uma exposta ali, talvez, por uma pessoa que deseja se mudar. Que aspecto da vida urbana ou social tem provocado tamanho desejo de transformação? O que significa que tantos se vejam tomados no mesmo momento por essa inquietude imobiliária, isto é, existencial? Por que a um só tempo tantos de nós estaremos querendo nos tornar outros?

Sobre as crises de seus concidadãos não convém a um cronista especular muito, nesses gestos imprudentes sempre lhe cabe algum pudor. Mas sobre mim posso dizer que já me vejo mais sossegado em minhas insatisfações. 



(Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/02/24. Acesso em: 27/02/2024.) 
Analise as afirmativas abaixo sobre elementos composicionais, nível de linguagem e recursos linguísticos empregados no texto.

I. Predomina a norma padrão da linguagem e todas as palavras são empregadas no sentido denotativo.
II. O uso da primeira pessoa do singular está de acordo com uso da linguagem marcada pela subjetividade.
III. Nesse texto híbrido, são usados elementos da tipologia argumentativa e da tipologia narrativa.
IV. Em “Sem que nada me incomode de verdade, sem que me sejam de fato necessários uns metros a mais, me vejo a sonhar com outra casa, informe ainda, inexata, onírica.”, os adjetivos destacados reiteram o significado do verbo sonhar.


Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2504251 Português
A inquietude imobiliária: sobre a cidade à venda e o desejo de se mudar



Pode ser uma impressão equivocada, pode ser uma atração exagerada do meu olhar. Mas sinto que em minha cidade nunca houve tantas casas à venda, tantos apartamentos desejosos de um novo proprietário, tantos terrenos baldios a exibir suas figueiras para seduzir algum comprador. Por toda parte vejo placas, em cada bairro por que passo, tudo parece posto à venda em simultâneo, em ação coordenada. Como se todos os habitantes de uma cidade decidissem no mesmo instante se mudar, num livro nunca escrito por Saramago. Ou então como numa brincadeira infantil, em que uma voz gritasse "já" e todos fossem obrigados a largar seus lares e encontrar um novo lugar.

Insisto, pode ser que nada disso se passe, pode ser que eu esteja projetando nos outros apenas o que inunda a minha intimidade — não passo de um cronista, afinal. Já há algum tempo me vejo tomado por algo que acabei chamando de inquietude imobiliária. Uma insatisfação difusa e injusta com os espaços onde minha vida se dá, com o quarto colorido e modesto onde brinco com as minhas filhas, com o escritório em que troco turnos com a minha companheira. Sem que nada me incomode de verdade, sem que me sejam de fato necessários uns metros a mais, me vejo a sonhar com outra casa, informe ainda, inexata, onírica. Há anos tenho o mesmo sonho recorrente: estou percorrendo algum cômodo ultraconhecido da minha própria casa e me deparo com uma porta misteriosa, uma janela, um alçapão. Abro e descubro o que sempre esteve lá: o espaço que me faltava, um lugar para a escrivaninha própria, e para as vastas estantes em que eu poderia enfim ordenar os livros que vão se espalhando pelo chão. É um sonho vívido: a cada vez acordo largo e aliviado, e levo alguns segundos para voltar à estreiteza da realidade. Trata-se da expressão inconsciente da inquietude imobiliária, é o que agora me vejo a interpretar.

[...]

Volto a pensar na imensidade de placas de vende-se que proliferam pela cidade, cada uma exposta ali, talvez, por uma pessoa que deseja se mudar. Que aspecto da vida urbana ou social tem provocado tamanho desejo de transformação? O que significa que tantos se vejam tomados no mesmo momento por essa inquietude imobiliária, isto é, existencial? Por que a um só tempo tantos de nós estaremos querendo nos tornar outros?

Sobre as crises de seus concidadãos não convém a um cronista especular muito, nesses gestos imprudentes sempre lhe cabe algum pudor. Mas sobre mim posso dizer que já me vejo mais sossegado em minhas insatisfações. 



(Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/02/24. Acesso em: 27/02/2024.) 
Depreende-se da leitura desse texto: 
Alternativas
Q2504250 Português
A inquietude imobiliária: sobre a cidade à venda e o desejo de se mudar



Pode ser uma impressão equivocada, pode ser uma atração exagerada do meu olhar. Mas sinto que em minha cidade nunca houve tantas casas à venda, tantos apartamentos desejosos de um novo proprietário, tantos terrenos baldios a exibir suas figueiras para seduzir algum comprador. Por toda parte vejo placas, em cada bairro por que passo, tudo parece posto à venda em simultâneo, em ação coordenada. Como se todos os habitantes de uma cidade decidissem no mesmo instante se mudar, num livro nunca escrito por Saramago. Ou então como numa brincadeira infantil, em que uma voz gritasse "já" e todos fossem obrigados a largar seus lares e encontrar um novo lugar.

Insisto, pode ser que nada disso se passe, pode ser que eu esteja projetando nos outros apenas o que inunda a minha intimidade — não passo de um cronista, afinal. Já há algum tempo me vejo tomado por algo que acabei chamando de inquietude imobiliária. Uma insatisfação difusa e injusta com os espaços onde minha vida se dá, com o quarto colorido e modesto onde brinco com as minhas filhas, com o escritório em que troco turnos com a minha companheira. Sem que nada me incomode de verdade, sem que me sejam de fato necessários uns metros a mais, me vejo a sonhar com outra casa, informe ainda, inexata, onírica. Há anos tenho o mesmo sonho recorrente: estou percorrendo algum cômodo ultraconhecido da minha própria casa e me deparo com uma porta misteriosa, uma janela, um alçapão. Abro e descubro o que sempre esteve lá: o espaço que me faltava, um lugar para a escrivaninha própria, e para as vastas estantes em que eu poderia enfim ordenar os livros que vão se espalhando pelo chão. É um sonho vívido: a cada vez acordo largo e aliviado, e levo alguns segundos para voltar à estreiteza da realidade. Trata-se da expressão inconsciente da inquietude imobiliária, é o que agora me vejo a interpretar.

[...]

Volto a pensar na imensidade de placas de vende-se que proliferam pela cidade, cada uma exposta ali, talvez, por uma pessoa que deseja se mudar. Que aspecto da vida urbana ou social tem provocado tamanho desejo de transformação? O que significa que tantos se vejam tomados no mesmo momento por essa inquietude imobiliária, isto é, existencial? Por que a um só tempo tantos de nós estaremos querendo nos tornar outros?

Sobre as crises de seus concidadãos não convém a um cronista especular muito, nesses gestos imprudentes sempre lhe cabe algum pudor. Mas sobre mim posso dizer que já me vejo mais sossegado em minhas insatisfações. 



(Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/02/24. Acesso em: 27/02/2024.) 
Marque o trecho que recupera a ideia sugerida no título. 
Alternativas
Q2504249 Português
A inquietude imobiliária: sobre a cidade à venda e o desejo de se mudar



Pode ser uma impressão equivocada, pode ser uma atração exagerada do meu olhar. Mas sinto que em minha cidade nunca houve tantas casas à venda, tantos apartamentos desejosos de um novo proprietário, tantos terrenos baldios a exibir suas figueiras para seduzir algum comprador. Por toda parte vejo placas, em cada bairro por que passo, tudo parece posto à venda em simultâneo, em ação coordenada. Como se todos os habitantes de uma cidade decidissem no mesmo instante se mudar, num livro nunca escrito por Saramago. Ou então como numa brincadeira infantil, em que uma voz gritasse "já" e todos fossem obrigados a largar seus lares e encontrar um novo lugar.

Insisto, pode ser que nada disso se passe, pode ser que eu esteja projetando nos outros apenas o que inunda a minha intimidade — não passo de um cronista, afinal. Já há algum tempo me vejo tomado por algo que acabei chamando de inquietude imobiliária. Uma insatisfação difusa e injusta com os espaços onde minha vida se dá, com o quarto colorido e modesto onde brinco com as minhas filhas, com o escritório em que troco turnos com a minha companheira. Sem que nada me incomode de verdade, sem que me sejam de fato necessários uns metros a mais, me vejo a sonhar com outra casa, informe ainda, inexata, onírica. Há anos tenho o mesmo sonho recorrente: estou percorrendo algum cômodo ultraconhecido da minha própria casa e me deparo com uma porta misteriosa, uma janela, um alçapão. Abro e descubro o que sempre esteve lá: o espaço que me faltava, um lugar para a escrivaninha própria, e para as vastas estantes em que eu poderia enfim ordenar os livros que vão se espalhando pelo chão. É um sonho vívido: a cada vez acordo largo e aliviado, e levo alguns segundos para voltar à estreiteza da realidade. Trata-se da expressão inconsciente da inquietude imobiliária, é o que agora me vejo a interpretar.

[...]

Volto a pensar na imensidade de placas de vende-se que proliferam pela cidade, cada uma exposta ali, talvez, por uma pessoa que deseja se mudar. Que aspecto da vida urbana ou social tem provocado tamanho desejo de transformação? O que significa que tantos se vejam tomados no mesmo momento por essa inquietude imobiliária, isto é, existencial? Por que a um só tempo tantos de nós estaremos querendo nos tornar outros?

Sobre as crises de seus concidadãos não convém a um cronista especular muito, nesses gestos imprudentes sempre lhe cabe algum pudor. Mas sobre mim posso dizer que já me vejo mais sossegado em minhas insatisfações. 



(Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/02/24. Acesso em: 27/02/2024.) 
Os gêneros textuais desempenham importantes papéis na comunicação escrita e oral, e cada gênero desempenha uma função social específica na interação do autor com o leitor. Nessa crônica argumentativa em análise, o autor tem como intencionalidade 
Alternativas
Q2504248 Português
Desafios do crescimento urbano no Brasil


No momento em que se discute novo pacto federativo para o país, é importante avaliar os desafios inerentes ao desenvolvimento dos municípios, a começar pela informação de que, a cada semana, 1,4 milhão de pessoas, em todo o mundo, migram para o meio urbano. Isso significa dizer que, a cada sete dias, a civilização global precisa prover alimentação, moradia, transportes, empregos, serviços de saúde e educação para uma nova Porto Alegre (população da capital gaúcha é de 1,48 milhão de habitantes — IBGE/2019).
O fulminante ritmo da urbanização e crescimento populacional, que acontece nas cidades, além dos problemas intrínsecos à dificuldade de atender às necessidades básicas dos indivíduos e famílias, pode sobrecarregar as capacidades locais, contribuindo para aumentar o risco de ocupações desordenadas e desastres naturais.
Invasões, loteamentos clandestinos sem nenhum tipo de infraestrutura de saneamento básico, queimadas, obstrução e poluição de rios e córregos e desmatamento sem compensações são alguns dos efeitos colaterais da incapacidade de resposta do Estado que provocam graves danos urbano-ambientais. Os problemas inerentes ao acelerado crescimento das populações urbanas são mais graves nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. Aqui, como em outras nações, a demanda mais premente refere-se ao deficit habitacional. Trata-se de prioridade, pois habitação digna é o portal da cidadania. Sua ausência agrava a exclusão, gera a ocupação irregular do solo e provoca graves consequências socioambientais.
O deficit habitacional brasileiro, de 7 milhões de moradias, tem múltiplas causas, sendo as principais: falta de planejamento de longo prazo; restrições ambientais; dependência de verbas públicas; crédito caro; legislações urbanísticas elitistas; judicialização de projetos aprovados; leniência com ocupações irregulares; inexistência de políticas públicas que incentivem investimentos privados; e aversão ao adensamento e verticalização. 


(Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/01/11/. Acesso em: 27/02/2024.)
Sobre os elementos coesivos responsáveis pela construção de sentido, marque a afirmativa INCORRETA. 
Alternativas
Q2504247 Português
Desafios do crescimento urbano no Brasil


No momento em que se discute novo pacto federativo para o país, é importante avaliar os desafios inerentes ao desenvolvimento dos municípios, a começar pela informação de que, a cada semana, 1,4 milhão de pessoas, em todo o mundo, migram para o meio urbano. Isso significa dizer que, a cada sete dias, a civilização global precisa prover alimentação, moradia, transportes, empregos, serviços de saúde e educação para uma nova Porto Alegre (população da capital gaúcha é de 1,48 milhão de habitantes — IBGE/2019).
O fulminante ritmo da urbanização e crescimento populacional, que acontece nas cidades, além dos problemas intrínsecos à dificuldade de atender às necessidades básicas dos indivíduos e famílias, pode sobrecarregar as capacidades locais, contribuindo para aumentar o risco de ocupações desordenadas e desastres naturais.
Invasões, loteamentos clandestinos sem nenhum tipo de infraestrutura de saneamento básico, queimadas, obstrução e poluição de rios e córregos e desmatamento sem compensações são alguns dos efeitos colaterais da incapacidade de resposta do Estado que provocam graves danos urbano-ambientais. Os problemas inerentes ao acelerado crescimento das populações urbanas são mais graves nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. Aqui, como em outras nações, a demanda mais premente refere-se ao deficit habitacional. Trata-se de prioridade, pois habitação digna é o portal da cidadania. Sua ausência agrava a exclusão, gera a ocupação irregular do solo e provoca graves consequências socioambientais.
O deficit habitacional brasileiro, de 7 milhões de moradias, tem múltiplas causas, sendo as principais: falta de planejamento de longo prazo; restrições ambientais; dependência de verbas públicas; crédito caro; legislações urbanísticas elitistas; judicialização de projetos aprovados; leniência com ocupações irregulares; inexistência de políticas públicas que incentivem investimentos privados; e aversão ao adensamento e verticalização. 


(Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/01/11/. Acesso em: 27/02/2024.)
Depreende-se da leitura desse texto que
Alternativas
Q2504246 Português
Desafios do crescimento urbano no Brasil


No momento em que se discute novo pacto federativo para o país, é importante avaliar os desafios inerentes ao desenvolvimento dos municípios, a começar pela informação de que, a cada semana, 1,4 milhão de pessoas, em todo o mundo, migram para o meio urbano. Isso significa dizer que, a cada sete dias, a civilização global precisa prover alimentação, moradia, transportes, empregos, serviços de saúde e educação para uma nova Porto Alegre (população da capital gaúcha é de 1,48 milhão de habitantes — IBGE/2019).
O fulminante ritmo da urbanização e crescimento populacional, que acontece nas cidades, além dos problemas intrínsecos à dificuldade de atender às necessidades básicas dos indivíduos e famílias, pode sobrecarregar as capacidades locais, contribuindo para aumentar o risco de ocupações desordenadas e desastres naturais.
Invasões, loteamentos clandestinos sem nenhum tipo de infraestrutura de saneamento básico, queimadas, obstrução e poluição de rios e córregos e desmatamento sem compensações são alguns dos efeitos colaterais da incapacidade de resposta do Estado que provocam graves danos urbano-ambientais. Os problemas inerentes ao acelerado crescimento das populações urbanas são mais graves nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. Aqui, como em outras nações, a demanda mais premente refere-se ao deficit habitacional. Trata-se de prioridade, pois habitação digna é o portal da cidadania. Sua ausência agrava a exclusão, gera a ocupação irregular do solo e provoca graves consequências socioambientais.
O deficit habitacional brasileiro, de 7 milhões de moradias, tem múltiplas causas, sendo as principais: falta de planejamento de longo prazo; restrições ambientais; dependência de verbas públicas; crédito caro; legislações urbanísticas elitistas; judicialização de projetos aprovados; leniência com ocupações irregulares; inexistência de políticas públicas que incentivem investimentos privados; e aversão ao adensamento e verticalização. 


(Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/01/11/. Acesso em: 27/02/2024.)
Acerca dos elementos linguísticos usados nesse texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Em “Trata-se de prioridade, pois habitação digna é o portal da cidadania.”, todas as palavras estão empregadas no sentido denotativo.

( ) Em “O fulminante ritmo da urbanização”, a anteposição do adjetivo ao substantivo sugere um posicionamento subjetivo do autor em relação ao tema abordado nesse artigo de opinião.

( ) Ocorreria alteração de sentido se, no trecho “Os problemas inerentes ao acelerado crescimento das populações urbanas”, o adjetivo destacado fosse substituído por intrínsecos.

( ) As palavras federativo, civilização, judicialização, inexistência são formadas pelo processo de derivação.


Assinale a sequência correta. 
Alternativas
Q2500395 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Sobre o disciplinado pela Lei Orgânica Municipal de Rio Bonito/RJ referente aos servidores públicos municipais, marque a opção CORRETA.
Alternativas
Q2500394 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Marque a opção que define CORRETAMENTE o conceito de jeton de acordo com o estipulado pelo Estatuto dos Servidores do Município de Rio Bonito/RJ.
Alternativas
Q2500393 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Está previsto na Lei Orgânica Municipal de Rio Bonito/RJ que a Câmara Municipal, bem como qualquer de suas Comissões, mediante comunicação prévia ao Executivo, poderá convocar Secretário Municipal para prestar informações sobre assunto previamente determinado. Neste sentido, a ausência sem justificativa adequada, com base nessa Lei, importa em:
Alternativas
Q2500392 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Acerca das Competências Municipais dispostas na Lei Orgânica Municipal de Rio Bonito/RJ, marque a opção INCORRETA.
Alternativas
Q2500391 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
O Capítulo I, do Título III “dos Direitos e Vantagens” dos Servidores de Rio Bonito, trata da “Jornada de Trabalho”. Considerando expressamente a regra estipulada no Estatuto dos Servidores do Município de Rio Bonito/RJ referente à jornada normal de trabalho dos servidores municipais, marque a opção CORRETA.
Alternativas
Q2500390 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Segundo a Lei Orgânica Municipal de Rio Bonito/RJ, no que se refere ao Desenvolvimento Urbano do Município, para efeito de aprovação de Projeto de loteamento comercial, é exigível a comprovação das obras de infraestrutura do empreendimento, que compreende, EXCETO:
Alternativas
Q2500389 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Sobre a matéria tributária municipal, marque a opção INCORRETA, nos termos da Lei Orgânica Municipal de Rio Bonito/RJ.
Alternativas
Q2500388 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro
Nos termos do Estatuto dos Servidores do Município de Rio Bonito/RJ, marque a opção INCORRETA sobre a temática “Tempo de Serviço”.
Alternativas
Q2500387 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro

Considerando as normas do Estatuto dos Servidores do Município de Rio Bonito/RJ, analise o seguinte artigo e marque a opção que preenche CORRETAMENTE as lacunas abaixo:


“A ___________ dar-se-á com a assinatura, pela autoridade competente e pelo _________, do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres e as responsabilidades inerentes ao cargo ocupado, que resultarão aceitos, com compromisso de bem servir.”.

Alternativas
Q2500386 Legislação dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro

As regras referentes ao Estágio Probatório preveem a realização de avaliação especial de desempenho. Analise os itens a seguir, considerando as disposições normativas do Estatuto dos Servidores do Município de Rio Bonito/RJ:


I - Constitui condição necessária à aquisição de estabilidade, nos termos da Constituição da República de 1988, a avaliação especial de desempenho.


II - A avaliação especial de desempenho, durante o período de estágio probatório, ocorrerá a cada 06 (seis) meses.


III - A avaliação especial de desempenho, durante o estágio probatório, poderá ser diferenciada de acordo com as características do cargo e da unidade da respectiva lotação.


IV - Na avaliação especial de desempenho são considerados determinados critérios de julgamento, entre eles: assiduidade e pontualidade.


Está(ão) CORRETA(S):

Alternativas
Q2500385 Português


A idosa que passa o tempo ensinando como entrar para a história fazendo o que ninguém consegue


Mauro Condé



“Desistir não é estratégia”.


Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes filmes disponíveis na Netflix.


Eles me levaram para Havana, capital de Cuba, onde fui recebido por Diana Nyad, a quem fui logo pedindo:


Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.


— Acredite ... você nunca será velho demais para desistir dos seus sonhos ... qualquer que seja a sua outra margem... o que quer que você queira fazer... o que quer que te inspire... você sempre encontrará uma maneira de chegar lá.


Onze anos atrás, quando Nyad tinha 64 anos, ela acordou durante um pesadelo, lembrando que a vida é caótica, que a gente não controla o tempo e que vivemos para morrer um dia. 


Alguma vez na sua vida você também já pensou assim?


Ela não esperou o dia clarear, acordou aos gritos a sua melhor amiga e treinadora de longa data, dizendo-se decidida a retornar ao desafio de nadar os mais de 160 km de Cuba até a Flórida, por quase 60 horas ininterruptas (quase uma hora para cada ano de vida)... feito que ela já tinha tentado um punhado de vezes sem sucesso, a primeira quando tinha 28 anos.


Foi taxada de louca varrida.


Você conhece alguém irritantemente determinado e teimoso desse jeito?


E acredita que ela mandou pintar a frase... “O diamante é um carvão que só se transformou porque foi submetido a alta e constante pressão”... na parede do seu quarto?!


Rapidamente Nyad persuadiu a treinadora a embarcar no seu sonho, depois de tantos anos, e organizou um pequeno time de apoio com coadjuvantes melhores do que ela, gente boa... a treinadora, velejadores, médicos e meteorologistas... todos incrédulos diante de tanta chama acesa numa pessoa só.


Ocê acredita que pouco tempo depois ela pulou na água do mar de Cuba e enfrentou as maiores adversidades pelo caminho?... tubarões, águas vivas, desvios de rota por causa da traiçoeira corrente do Golfo, a alta temperatura das águas daquela região.


E que, desta vez, ela finalmente chegou do outro lado do seu sonho, através de uma heróica trajetória, braçada a braçada, até Miami?


Desde que assisti ao filme Nyad, eu não tiro da cabeça aquela música dos Beatles “When I’m sixty-four (Quando eu tiver 64 anos)”... Estranhei sua ausência na ótima trilha sonora.


Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/aidosa-que-passa-o-tempo-ensinando-como-entrar-para-a-historiafazendo-o-que-ninguem-consegue-1.1007486

Considerando os tempos e modos bem como as especificidades das formas verbais nos seguintes fragmentos retirados do texto, marque a opção que apresenta uma análise INCORRETA acerca delas.


I. “Ensina-me algo” (4º parágrafo)


II. “ainda não saiba” (4º parágrafo)


III. “você queira” (5º parágrafo)


IV. “Eles me levaram” (3º parágrafo)

Alternativas
Q2500384 Português


A idosa que passa o tempo ensinando como entrar para a história fazendo o que ninguém consegue


Mauro Condé



“Desistir não é estratégia”.


Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes filmes disponíveis na Netflix.


Eles me levaram para Havana, capital de Cuba, onde fui recebido por Diana Nyad, a quem fui logo pedindo:


Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.


— Acredite ... você nunca será velho demais para desistir dos seus sonhos ... qualquer que seja a sua outra margem... o que quer que você queira fazer... o que quer que te inspire... você sempre encontrará uma maneira de chegar lá.


Onze anos atrás, quando Nyad tinha 64 anos, ela acordou durante um pesadelo, lembrando que a vida é caótica, que a gente não controla o tempo e que vivemos para morrer um dia. 


Alguma vez na sua vida você também já pensou assim?


Ela não esperou o dia clarear, acordou aos gritos a sua melhor amiga e treinadora de longa data, dizendo-se decidida a retornar ao desafio de nadar os mais de 160 km de Cuba até a Flórida, por quase 60 horas ininterruptas (quase uma hora para cada ano de vida)... feito que ela já tinha tentado um punhado de vezes sem sucesso, a primeira quando tinha 28 anos.


Foi taxada de louca varrida.


Você conhece alguém irritantemente determinado e teimoso desse jeito?


E acredita que ela mandou pintar a frase... “O diamante é um carvão que só se transformou porque foi submetido a alta e constante pressão”... na parede do seu quarto?!


Rapidamente Nyad persuadiu a treinadora a embarcar no seu sonho, depois de tantos anos, e organizou um pequeno time de apoio com coadjuvantes melhores do que ela, gente boa... a treinadora, velejadores, médicos e meteorologistas... todos incrédulos diante de tanta chama acesa numa pessoa só.


Ocê acredita que pouco tempo depois ela pulou na água do mar de Cuba e enfrentou as maiores adversidades pelo caminho?... tubarões, águas vivas, desvios de rota por causa da traiçoeira corrente do Golfo, a alta temperatura das águas daquela região.


E que, desta vez, ela finalmente chegou do outro lado do seu sonho, através de uma heróica trajetória, braçada a braçada, até Miami?


Desde que assisti ao filme Nyad, eu não tiro da cabeça aquela música dos Beatles “When I’m sixty-four (Quando eu tiver 64 anos)”... Estranhei sua ausência na ótima trilha sonora.


Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/aidosa-que-passa-o-tempo-ensinando-como-entrar-para-a-historiafazendo-o-que-ninguem-consegue-1.1007486

Quanto à classificação morfológica do “que” nos fragmentos retirados do texto, está INCORRETA a especificação posta à frente do segmento na opção: 
Alternativas
Respostas
1061: C
1062: A
1063: A
1064: D
1065: A
1066: C
1067: D
1068: B
1069: D
1070: B
1071: D
1072: A
1073: A
1074: C
1075: C
1076: B
1077: B
1078: C
1079: B
1080: D