Questões de Filosofia - A Política para Concurso

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Q1970755 Filosofia
Ao apresentar a figura do Soberano, Thomas Hobbes (1588-1679) assim o diz:
É nele que consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum. Aquele que é portador dessa pessoa se chama Soberano, e dele se diz que possui poder soberano. Todos os restantes são súditos.
(HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural p.106. Coleção Os pensadores)
A figura do poder em Thomas Hobbes é, sobretudo, uma alusão à força do Estado, assim posto pelo filósofo como consequência de sua concepção da natureza humana. Sobre isso, assinale o item CORRETO.
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Q1970754 Filosofia
Deve-se compreender [..] que [..] aquilo que generaliza a vontade é o interesse comum que os une, pois nessa instituição cada um necessariamente se submete às condições que impõe aos outros: admirável acordo entre o interesse e a justiça, que dá às deliberações comuns um caráter de equidade que vimos desaparecer na discussão de qualquer negócio particular, pela falta de um interesse comum que una e identifique a regra do juiz à da parte. [...] Que será, pois, um ato de soberania? Não é uma convenção entre o superior e o inferior, mas uma convenção do corpo com cada um de seus membros: convenção legítima por ter como base o contrato social, equitativa por ser comum a todos, útil por não poder ter outro objetivo que não o bem geral e sólida por ter como garantia a força pública e o poder supremo.
(ROUSSEAU, J-J. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 56. Coleção Os Pensadores)
Nome recorrente entre os contratualistas, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), porém, difere de outros dois nomes consagrados nessa corrente de filósofos. Assinale o item no qual essa distinção é CORRETAMENTE indicada. 
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Q1970750 Filosofia
No último parágrafo de sua obra Anarquia, Estado e Utopia, o filósofo estadunidense Robert Nozick (1938-2002) afirma:
O Estado mínimo trata-nos como indivíduos invioláveis, que não podem ser usados de certas maneiras por outros como meios, ferramentas, instrumentos ou recursos. Trata-nos como pessoas que têm direitos individuais, com a dignidade que isso pressupõe. Trata-nos com respeito ao acatar nossos direitos, ele nos permite, individualmente ou em conjunto com aqueles que escolhemos, determinar nosso tipo de vida, atingir nossos fins e nossas concepções de nós mesmos, na medida em que sejamos capazes disso, auxiliados pela cooperação voluntária de outros indivíduos possuidores da mesma dignidade. Como ousaria qualquer Estado ou grupo de indivíduos fazer mais, ou menos?
(NOZICK, R. Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991, p.357 e 358)
Robert Nozick é um dos mais conhecidos filósofos liberais do século XX e sua defesa em favor de certo modelo de Estado está em harmonia com a tese liberal, particularmente da corrente libertarianista, conforme indicado no item: 
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Q1970739 Filosofia
Texto I

“(...) concebo umas particularidades referentes aos números, às figuras, aos movimentos e a outras coisas semelhantes, cuja verdade se revela com tanta evidência e se acorda tão bem com minha natureza que, quando começo a descobri-las, não me parece que aprendo algo de novo, mas, antes, que me recordo de algo que já sabia anteriormente, isto é, que percebo coisas que estavam já no meu espírito, embora eu ainda não tivesse voltado meu pensamento para elas.

E o que, aqui, estimo mais considerável é que eu encontro em mim uma infinidade de ideias de certas coisas que não podem ser consideradas um puro nada, embora talvez elas não tenham nenhuma existência fora do meu pensamento, e que não são fingidas por mim, conquanto esteja em minha liberdade pensá-las ou não pensá-las; mas elas possuem suas naturezas verdadeiras e imutáveis.”

(DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.98-97)

Texto II

“Consiste numa opinião estabelecida entre alguns homens que o entendimento comporta certos princípios inatos, certas noções primárias (...). Seria sufi ciente para convencer os leitores, sem preconceito da falsidade desta hipótese, se pudesse apenas mostrar como os homens, simplesmente pelo uso de suas faculdades naturais, podem adquirir todo conhecimento que possuem, sem ajuda de quaisquer impressões inatas, e podem alcançar a certeza, sem quaisquer destas noções ou princípios originais.”

(LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. 2.ed. São Paulo: Brasil Cultural, 1978. p.145. (Coleção Os pensadores)
Karl-Otto Apel e Jurgen Habermas, ao desenvolver uma ética do discurso, tentam articular uma teoria ética para uma civilização tecnológica e científica que, com a globalização, lida com problemas universais. A fundamentação dessa ética, em Apel e Habermas, encontra-se no discurso.
Sobre a ética do discurso de Apel e Habermas, podemos AFIRMAR
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Q1970731 Filosofia
Julgue as afirmativas abaixo como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F) e marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
I - O debate contemporâneo entre filósofos liberais e comunitaristas parece polarizar-se de importante oposição: indivíduo e comunidade. As teorias políticas liberais são inseparáveis do individualismo moderno, ao valorizarem o indivíduo em relação ao grupo social e por se oporem às visões coletivistas da política, que tendem a valorizar o grupo social e não o indivíduo.
II - Charles Larmore é autor do livro Multiculturalism: Examining the politics of recognition (1994) e um dos principais pensadores da corrente comunitarista.
III - O comunitarismo propõe que o indivíduo seja considerado membro inserido numa comunidade política de iguais. E, para que exista um aperfeiçoamento da vida política na democracia, se exiga uma cooperação social, um empenhamento público e participação política, isto é, formas de comportamento que ajudem ao enobrecimento da vida comunitária. 
IV - No caso dos Liberais, encontramos Éticas Procedimentais que definem uma teoria moral fundada segundo normas procedimentais, formais, desligadas de qualquer concepção específica do bem.
V - A concepção comunitarista defende que “uma vez que os cidadão se vejam a si mesmos como pessoas livres e iguais, reconhecerão que para realizarem as suas diferentes convicções de bem necessitam dos mesmos bens primários - ou seja, os mesmos direitos básicos, liberdades e oportunidades - bem como dos mesmos meios destinados a todos os fins, como o rendimento, a riqueza e as mesmas bases sociais de autoestima’’ (MOUFFE, 1996 p. 84)
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Q1970729 Filosofia
Entre os séculos XVI e XVIII, uma das principais questões que ocuparam os debates filosóficos foi em torno do surgimento da sociedade civil, ou seja, o que levou os homens a formarem Estados e qual a origem legítima de seus governos. Neste contexto, encontra-se o holandês Baruch de Espinosa (1632-1677), com sua obra Tratado Teológico-Político. (1670)
Em relação à política e organização da sociedade civil, no pensamento de Espinosa, assinale a alternativa CORRETA:
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Q1970728 Filosofia
Analise as alternativas e marque aquela que NÃO representa um enunciado coerente dentro do debate contemporâneo em filosofia política:
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Q1970727 Filosofia
Os filósofos abaixo podem ser didaticamente chamados de comunitaristas em suas abordagens na área da filosofia política, EXCETO:
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Q1970726 Filosofia
Muito do que vem sendo escrito nos últimos anos em termos de filosofia política gira em torno das questões de igualdade distributiva e meritocracia. Neste sentido, analise a citação abaixo:
“Ninguém mereça sua maior capacidade natural nem mereça um ponto de partida mais favorável na sociedade [...] não decorre daí que alguém deva eliminar estas distinções. Há outra maneira de lidar com elas. A estrutura básica pode ser ordenada de maneira que estas contingencias operem para o bem dos menos afortunados. Portanto, somos levados ao princípio da diferença se desejamos estabelecer o sistema social de tal maneira que ninguém ganhe nem perca com seu lugar arbitrário na distribuição dos bens naturais ou na sua posição inicial na sociedade, sem dar nem receber vantagens compensatórias em troca.”
Marque a alternativa CORRETA que descreve a corrente de pensamento da filosofia política contemporânea.
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Q1970371 Filosofia
O conceito de igualdade de oportunidades denota a ideia de que:
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Q1970369 Filosofia
No âmbito da filosofia política, o conceito de intolerância religiosa denota a ideia de que:
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Q1969682 Filosofia
Um regime político totalitário é um estado no qual: 
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Q1969680 Filosofia
A transição de um “estado de natureza” para uma sociedade civil expressa a ideia de uma passagem de: 
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Q1969410 Filosofia
Leia com atenção o trecho abaixo para responder à questão que se seguem.


“Todo agir orientado em sentido ético pode oscilar entre duas máximas radicalmente diferentes e irreconciliavelmente opostas, isto é, pode ser orientado segundo a “ética da intenção” ou segundo a “ética da responsabilidade”. Não que a ética da intenção coincida com a falta de responsabilidade, e a ética da responsabilidade coincida com a falta de boas intenções. Claro que não queremos dizer isso, mas há uma diferença intransponível entre o agir segundo a máxima da ética da intenção, a qual – em termos religiosos – soa: “O cristão age como justo e coloca os resultados nas mãos de Deus”, e o agir segundo a máxima da ética da responsabilidade, segundo a qual é preciso responder pelas consequências (previsíveis) das próprias ações.


(WEBER, 1919 apud GALIMBERTI, 2006, p. 530, grifos do autor).”
Considerando os conhecimentos da tradição filosófica no que diz respeito às reflexões éticas, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

I. Embora se possa contra argumentar no sentido do reducionismo ou da supersimplificação, é comumente aceita a classificação do pensamento moral kantiano, considerando as duas classes apresentadas no trecho citado, como exemplo de “ética da intenção”.
II. O juízo moral que parte da consideração das intenções do agente necessariamente assume como ponto de partida a finitude, ou, com outras palavras, os limites do conhecimento humano - e essa é a premissa kantiana. A razão disso se mostra na evidência de que não sendo o agente moral capaz de conhecer a totalidade dos efeitos de suas ações, torna-se impossível julgar a moralidade destas segundo seus efeitos.
III. Embora seja verdadeira a premissa da finitude humana do ajuizamento moral na ética da intenção, a razão capaz de justificar essa premissa, em Kant, não pode supor contingências, isto é, a intenção é moral por sua forma, não por uma consideração psicológica das condições do agente.
IV. O exemplo da máxima da ética da intenção apresentado por Weber, na forma do pensamento religioso: “O cristão age como justo e coloca os resultados nas mãos de Deus”, poderia ser interpretado como se segue: “O crisão não é responsável pelos efeitos de suas ações”.

Estão corretas as afirmativas: 
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Q1969290 Filosofia
Assinale a alternativa que corretamente apresenta o tipo de ideologia que foi concebida pelo filósofo John Locke.
Alternativas
Q1950951 Filosofia

Leia o texto abaixo para responder à pergunta seguinte.



Teses sobre o conceito da história (§ 9)

Walter Benjamin



"Minhas asas estão prontas para o voo,

Se pudesse, eu retrocederia

Pois eu seria menos feliz

Se permanecesse imerso no tempo vivo."

(Gerhard Scholem, Saudação do anjo). 



“Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” 


(BENJAMIN, W. As Teses sobre o Conceito de História. In: Obras Escolhidas, Vol. 1, p. 222-232. São Paulo, Brasiliense, 1985).

A tempestade que impulsiona o anjo para trás, que o impede de salvar os homens, e que vem do paraíso, é o progresso. Contra esta ideia, entendida como historicismo.
(CANTINHO, M. J. Walter Benjamin e a história messiânica: contra a visão histórica do Progresso. Universidade Nova de Lisboa. In: Cadernos Benjaminianos. Disponível em: < http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/cadernosbenja minianos/article/view/5309/4717 >. Acesso em: 08/08/2021.)

Benjamin recorre a conceitos importantes da tradição judaica. Assinale a alternativa que lista estes conceitos de forma correta.
Alternativas
Q1950950 Filosofia

Leia o texto abaixo para responder à pergunta seguinte.



Teses sobre o conceito da história (§ 9)

Walter Benjamin



"Minhas asas estão prontas para o voo,

Se pudesse, eu retrocederia

Pois eu seria menos feliz

Se permanecesse imerso no tempo vivo."

(Gerhard Scholem, Saudação do anjo). 



“Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” 


(BENJAMIN, W. As Teses sobre o Conceito de História. In: Obras Escolhidas, Vol. 1, p. 222-232. São Paulo, Brasiliense, 1985).

Existem duas categorias de seres na exposição de Benjamin: o Anjo e os homens. Por que um anjo? O que ele representa? Sobre os questionamentos apresentados, assinale a alternativa incorreta.
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Q1950948 Filosofia

Leia o trecho abaixo para responder à questão seguinte.



“Com a promulgação da Lei 11.684, de 2 de junho de 2008, a Filosofia volta a ser uma disciplina obrigatória nas escolas brasileiras, função que ela não desempenhava desde 1961 (Lei nº 4.020/61). Segundo a nova lei, o ensino de Filosofia (assim como o de Sociologia) assume um caráter de obrigatoriedade em todas as séries do ensino médio, a última etapa da educação básica no país. Diante desse cenário, profissionais envolvidos com o ensino, principalmente com o ensino de Filosofia – sejam eles professores universitários, de ensino médio ou mesmo estudantes – são novamente convocados a pensar questões fundamentais sobre a disciplina: é preciso saber por que, afinal de contas, deve-se ensinar Filosofia para os jovens do ensino médio, e quais conteúdos e metodologias devem ser empregados para atingir esses objetivos.” 



(DA SILVA, T. C.. A Filosofia no Ensino Médio: Por que, o que e como ensiná-la? In: Humanidades em diálogo. Vol. IV, N. I, Jun. 2011. p. 201). 

No Inciso III do artigo 35 da LDB (artigo em que são expostas as finalidades do ensino médio), lemos: “(...) o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Não se discute que a Filosofia seja fundamental para o desenvolvimento do educando como pessoa humana, seja em relação à sua formação ética ou sua autonomia intelectual e seu pensamento crítico, mas o problema é o “como fazer?”, ou com outras palavras: o que justificaria o ensino de Filosofia como elemento fundamental deste processo de desenvolvimento dos educandos? Assinale a alternativa que apresente a resposta correta à pergunta. 
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Q1950947 Filosofia
A definição de fato social e o significado da expressão “os fatos sociais são coisas”, para Durkheim em sua obra As regras do método sociológico (1895), se estabelece a partir de três conceitos fundamentais. Assinale a alternativa que apresente corretamente estes conceitos.
Alternativas
Q1950946 Filosofia
Sobre o papel da Escola na sociedade democrática, pensando na Escola no Brasil, tomando ainda emprestados conceitos importantes de Durkheim em sua obra Educação e Sociologia (1922), assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
201: D
202: B
203: E
204: A
205: D
206: A
207: D
208: D
209: C
210: A
211: A
212: B
213: A
214: C
215: D
216: A
217: D
218: B
219: B
220: A