Questões de História - Ocupação de novos territórios: Colonialismo para Concurso
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Um professor de História do ensino fundamental II utiliza o trecho citado para debater o caráter da economia colonial da América portuguesa. Com este material, o professor tem como objetivo
A partir da análise do texto, é correto afirmar que o relato
Não têm nem lei, nem fé nenhuma e vivem de acordo com a natureza. Não conhecem a imortalidade da alma, não têm entre eles bens próprios, porque tudo é comum: não têm limites de reinos e de províncias: não têm rei: não obedecem a ninguém, cada um é senhor de si mesmo, nem amizade, nem agradecimento, o que não lhes são necessários, porque não reina neles cobiça: habitam em comum, em casas feitas à maneira de cabanas muito grandes e comuns e, para gentes que não têm ferro, nem outro metal nenhum, se pode considerar suas cabanas, ou suas casas, maravilhosas [...] e não sabem contar os dias, nem os meses, nem os anos.[...] seus habitantes não estimam coisa alguma, nem ouro, nem prata, ou outras joias, salvo coisas de plumagens, ou de osso.[...] São gente belicosa. E entre eles muito cruéis [...] porque vão tão desnudos como nasceram, nem têm ordem alguma em sua guerra, salvo que fazem o que lhes aconselham seus anciãos, e quando combatem se matam muito cruelmente [...].
VESPUCIO, Américo. El Nuevo Mundo. Cartas relativas a sus viajes y descubrimientos. Estudio preliminar de R. Levillier. Buenos Aires: Editorial Nova, 1951, p.147-53.
As cartas de Américo Vespúcio se revelam como um importante documento histórico que elucida os aspectos do projeto colonizador. A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre a imagem construída a respeito dos povos que habitavam o novo mundo, analise as afirmativas a seguir:
I.O mito do bom selvagem foi a base do pensamento europeu para a compreensão das subjetividades dos povos do novo mundo e justificou a tutela da coroa.
II.A forma como os habitantes do território são retratados - incivilizados - servia de justificativa para o estabelecimento de uma política de dominação religiosa e exploratória.
III.A múltiplas negações atribuídas aos habitantes do novo mundo revelam a mentalidade eurocêntrica que, ao enxergar as ausências, também se coloca como os responsáveis pela ordenação do caos originário em que se encontravam esses indivíduos.
É correto o que se afirma em:
[…] na conjuntura dos anos 1926 a 1961, o Ato Colonial de 1930, no qual Salazar, então ministro das Colônias, teve importante papel ao marcar a política da ditadura militar com a reafirmação oficial da vocação colonizadora do país. Corroborando os princípios básicos estabelecidos desde 1926, o referido ato foi uma espécie de Constituição para os territórios ultramarinos, contendo o Estatuto dos Indígenas, incorporado em 1933, como apêndice da Carta Orgânica do Império Colonial Português. […]
O artigo 2o definia que os territórios ultramarinos pertenciam à essência orgânica da Nação Portuguesa contendo, portanto, a ideia de que era sua missão histórica “possuir e civilizar” as populações “indígenas”. […]
[…] como eram definidos os “indígenas”? Considera-se “indígena” todo indivíduo da raça negra ou que dela descendesse, cujos usos e costumes fossem comuns àquela raça e que não tivesse “evoluído” para a categoria de assimilado.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à História Contemporânea)
No contexto apresentado, para que um sujeito fosse “elevado” à categoria de assimilado, havia a condição, entre outras, desse sujeito
“Porque a principal coisa que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil foi para que a gente dela se convertesse à nossa santa fé católica”. Essa recomendação de D. João III, feita no Regimento de Tomé de Souza em 1549, evidencia a dimensão religiosa da expansão ultramarina portuguesa e aponta para o papel relevante desempenhado pelos missionários e índios nesse projeto.
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Catequese, aldeamentos e missionação. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). O Brasil colonial: vol. 1 (ca. 1443-ca.1580). 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015, p. 435, com adaptações.
Em relação à catequese, à ação da Igreja e aos indígenas na colonização, assinale a alternativa correta.