Questões de História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo para Concurso
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Durante o período colonial e imperial, a sociedade e a economia criadas no Brasil estavam vinculadas à escravidão de grande parte da força de trabalho. No século XVI, prevaleceu a escravização dos povos nativos, mas numerosos fatores combinaram-se para que, aos índios, sucedessem os africanos na virada para o século XVII.
Os fatores listados a seguir motivaram a substituição do trabalho escravo indígena pelo africano no contexto indicado, à exceção de um. Assinale-o.
(...) mesmo quando os portugueses começaram a traficar escravos, estes se destinavam privilegiadamente à Europa para o cumprimento de tarefas domésticas. Mas com a introdução da cultura do açúcar, a história seria outra: os cativos tornaram-se indispensáveis na produção agrícola e o interesse se voltou da pimenta para o tráfico de viventes.
A chegada dos portugueses à costa atlântica subsaariana em meados do XV alteraria radicalmente as modalidades de comércio, tanto no que se referia à escala como no que se referia ao recurso crescente à violência. A nova conquista alteraria também modalidades internas de guerra e de redes de relacionamento no interior de Estados africanos.
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 80-81.)
As citações acima nos remetem ao processo do sistema escravista que levou milhares de africano à diáspora para todo o continente, principalmente a América onde se concentrou sua maioria devido ao modo de produção agrícola na contramão do capitalismo comercial. Nesse sentido, com relação à escravidão africana, podemos considerar que:
I- A escravidão estava também presente na África, mas se desenvolveram sistemas de linhagens e de parentescos que ditavam regras de como poderia ser tratado o escravo, destacando quem poderia ser escravizado ou não a partir da linhagem.
II- O uso de escravos é anterior à descoberta da América, no entanto, os escravos africanos na Europa eram utilizados nos serviços domésticos, já que estavam na transição do Feudalismo para o Capitalismo Comercial.
III- O comércio de escravos não era lucrativo, mas necessário para o abastecimento das colônias do Novo Mundo. Sem o uso da mão de obra escrava, não teria sido possível o desenvolvimento das colônias portuguesas.
IV- Os escravos na Europa tiveram outro tratamento, sendo enaltecida a sua importância nos serviços domésticos das famílias abastadas capitalistas que estavam em ascensão. A cultura africana sempre valorizada.
V- Foi a cultura da cana-de-açúcar que tornou o tráfico de viventes em um grande negócio, traçando rotas diretamente da África para a América sem intermediários, sem regras de linhagem ou parentesco, todos eram passíveis.
Estão CORRETAS:
I. A escravidão africana foi estruturada de forma legal, configurada pelas instituições em função da falta de propriedade privada na estrutural social. Sendo assim, o escravo tornou-se uma propriedade privada institucionalizada.
II. A estrutura social africana não era retrógada ou igualitária, era apenas legalmente diferente, facilitando, assim, as elites a fornecerem e fomentar um grande número de escravos ao comércio atlântico.
III. Pode-se afirmar que o sistema social africano foi caracterizado pela falta de oportunidade e interesse dos próprios africanos, que, ao juntar sua capacidade de submissão com a falta da propriedade corporativa de terra, estabeleceu o que os historiadores chamam de sistema escravocrata hereditário.
Quais estão corretas?
“O Ciclo da Cana de Açúcar, também intitulado como ciclo do açúcar, foi um período importante da história do Brasil Colônia. Esse período foi compreendido entre a metade do século XVI e a metade do século XVIII. No Brasil, o açúcar foi considerado a primeira grande riqueza agrícola e industrial e por muito tempo, também foi a base da economia colonial.”
(https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/ciclo-da-cana-de-acucar).
Sobre essa temática, assinale a alternativa CORRETA.
“les serviteurs enfideles sont la ruine l ela Companie”. Com esta simples afirmação, o predicante calvinista Vicente Soler, em dezembro de 1637, expressou o seu descontentamento com a Companhia das Índias Ocidentais (WIC) que, havia sete anos, fincara o pé em Pernambuco. Esta mesma Companhia, que no ano acima citado completava dezesseis anos de sua fundação, colhia na América Portuguesa os infortúnios e sucessos de uma administração conturbada.”
(O desconforto da governabilidade, NASCIMENTO, Romulo Luiz Xavier do.)
O trecho acima se refere a um importante período da história do Brasil, especialmente de Pernambuco. Assinale a alternativa que indica esse momento.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
No Brasil, a escravidão africana prolongou-se por todo o
período colonial, sendo extinta apenas ao final do
Império, com a Lei Áurea (1888).
Considerando as transformações sociais e econômicas da América portuguesa no século 18, julgue (C ou E) o item a seguir.
O declínio da produção aurífera afetou as regiões da
Capitania de Minas Gerais de forma desigual.
Os centros urbanos e os termos de Vila Rica e Mariana
foram mais afetados do que a região da Comarca
do Rio das Mortes, uma vez que esta irrigava
o vasto mercado interno da Capitania e, até mesmo, o
Rio de Janeiro.
Considerando as transformações sociais e econômicas da América portuguesa no século 18, julgue (C ou E) o item a seguir.
Verifica-se, na América portuguesa setecentista, a
existência de um mercado interno caracterizado pela
formação de eixos mercantis e sistemas agropastoris
voltados para o comércio e o abastecimento de regiões
mineradoras. Entre as consequências desse processo,
está a ascensão econômica do Rio de Janeiro. Ao
superar a Bahia como principal porto de desembarque
de escravizados da África centro-ocidental, o caso do
Rio de Janeiro é indicativo de um processo de relativa
particularização dos circuitos mercantis coloniais.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas corretamente:
A respeito da economia e sociedade dos ciclos da borracha, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A descoberta do processo de vulcanização da borracha ampliou as possibilidades de suas aplicações na indústria, por aumentar sua resistência e durabilidade.
( ) O regime de exploração dos seringueiros provocava um endividamento do seringueiro, que não tinha outra alternativa a não ser continuar a trabalhar em péssimas condições.
( ) As estradas de seringueiras eram construídas em forma de gota para que, ao fim da estrada, o seringueiro estivesse novamente próximo ao início.
As afirmativas são, de cima para baixo,
Tendo em vista o processo de formação territorial do Brasil, analise as afirmativas a seguir.
I. Durante a União Ibérica, a expedição de Pedro Teixeira (1637-1639) ajudou a Coroa portuguesa a tomar posse da região amazônica e a expandir as fronteiras assinaladas pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
II. Em meados do século XVIII, foi assinado o Tratado de Madri (1750) para definir os limites das possessões espanholas e lusas na América do Sul, com base no princípio do direito romano de propriedade (uti possidetis, ita possideatis).
III. Em 1777, Espanha e Portugal firmam o tratado de Santo Ildefonso, que expandiu ainda mais o território português na América, mediante a compra do atual Estado do Acre, então pertencente ao vice-reino do Peru.
Está correto o que se afirma em
As missões desempenharam um papel importante na ocupação territorial do vale amazônico durante o período colonial, mas as disputas entre elas exigiram uma intervenção da Coroa que, mediante cartas régias, fixou as áreas de atuação das principais ordens.
Assinale a afirmativa que relaciona corretamente a ordem religiosa à região em que atuou predominantemente.
( ) A conformação dos arranjos de apropriação de terras no Brasil, que caracterizam os regimes fundiários brasileiros e que marcam o surgimento da questão agrária no país, perpassa pelo regime das sesmarias(1532-1822); regime de posse como prática de apropriação privada da terra (1822-1850); regime de propriedade mercantil da terra – Lei de Terras 1850; regime do Estatuto da Terra de 1964 e, regime de Reforma Agrária e sua implementação (1985-dias atuais).
( ) A implantação do regime das capitanias hereditárias, a partir de 1530, possibilitou a formação dos primeiros núcleos de ocupação e de colonização portuguesa no território brasileiro. Através da carta de doação era concedido ao donatário o direito de administração da capitania.
( ) A partir do fim das concessões de sesmarias, que aconteceu às vésperas da independência, o território brasileiro ficou sem uma legislação referente às terras públicas, durante aproximadamente três décadas. Este período ficou conhecido como a fase de transição entre o regime das sesmarias e o regime da propriedade da terra como mercadoria.
( ) Através da criação da Lei de Terras, as antigas sesmarias foram confirmadas como propriedade pública, bem como as posses conquistadas de forma pacífica foram legitimadas nos termos da nova lei, independentemente de suas extensões.
A sequência CORRETA é:
( ) Manifestava o projeto colonizador de "civilizar" os nativos mediante a educação e o trabalho, alçando-os à condição de súditos de Sua Majestade.
( ) Apoiava a fundação de vilas nos lugares das antigas aldeias missionárias, medida de caráter estratégico, pois visava o povoamento e a defesa das fronteiras.
( ) Modificava a legislação indigenista vigente, estabelecendo que o poder temporal sobre os nativos livres da escravidão seria exercido por diretores seculares.
As afirmativas são, de cima para baixo,
Leia o texto a seguir:
“O principal objetivo do movimento era o controle total da província, uma vez que seus integrantes desejavam melhorias na região e resolveram mudar a situação por conta própria, com apoio de alguns fazendeiros pertencentes à elite da época, os quais estavam descontentes com a política central imposta pelo Governo Imperial. A radicalização do movimento (luta para o fim da escravidão e a distribuição de terras aos lavradores, auxiliando na diminuição da pobreza) levou à saída da elite.”
O texto se refere a um movimento conhecido como
“Em meados do Século XVIII, com a inversão de posições das principais capitanias, o Pará passou a ser a "cabeça" do Estado do Grão-Pará e Maranhão. Esse processo foi acompanhado pela transferência de sede da nova unidade administrativa, dependente de Lisboa, da cidade de São Luís para a de Belém, e pela posse de Francisco Xavier de Mendonça Furtado como governador e capitão-general. Iniciava-se, assim, uma fase de retomada da colonização amazônica.”
(Adaptado de SANTOS, F. Vilaça dos, O "paraíso na terra" ou o Estado do Grão-Pará na segunda metade do século XVIII, in historiacolonial.arquivonacional.gov.br.)
Entre as características dessa “retomada da colonização amazônica” consta