Questões de Concurso Comentadas sobre libras
Foram encontradas 4.376 questões
A integração de estudos históricos e fonológicos sobre a Libras é fundamental para compreender sua evolução como língua natural, destacando a importância dos trabalhos pioneiros de pesquisadores como William Stokoe na definição da gramática das línguas de sinais.
A eficácia do intérprete de Libras no ambiente educacional depende exclusivamente da habilidade em realizar uma análise discursiva aprofundada que considere a semântica, a pragmática e a variação linguística, sem necessidade de adaptar a interpretação ao contexto educacional específico. Por exemplo, um intérprete pode focar apenas na tradução literal do conteúdo acadêmico sem considerar as necessidades particulares dos alunos ou o contexto da aula.
A implementação efetiva da Libras como língua materna no contexto educacional requer uma abordagem pedagógica que integra teorias de aquisição de segunda língua, sociolinguística e pragmática para garantir o desenvolvimento linguístico completo dos alunos surdos.
Julgue o item subsequente.
A adoção de técnicas de estimulação magnética
transcraniana (EMT) como método exclusivo de
intervenção em alunos surdos tem provado ser tão eficaz
quanto o uso de intérpretes de Libras no ambiente
educacional.
Julgue o item subsequente.
A efetividade do trabalho dos intérpretes de Libras em
contextos educacionais depende da utilização de
estratégias específicas de preparação, incluindo a
pesquisa prévia de vocabulário técnico, a revisão de
materiais teóricos, a análise de vídeos relevantes e a
definição de sinais ainda não convencionados.
O reconhecimento da Libras como língua materna dos alunos surdos e a língua portuguesa como segunda língua implica a necessidade de desenvolver políticas educacionais que respeitem a diversidade linguística, promovendo a identidade cultural e o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
A Libras é considerada inferior em termos de complexidade linguística em comparação com as línguas orais, uma vez que não possui estrutura gramatical própria e depende da língua portuguesa para expressar conceitos abstratos.
As línguas de sinais, incluindo a Libras, são reconhecidas como línguas naturais com todas as características linguísticas, tais como flexibilidade, versatilidade, arbitrariedade, descontinuidade, criatividade, produtividade, dupla articulação e dependência estrutural, desafiando a visão tradicional, que as considerava meras mímicas gestuais.
A questão do movimento nas línguas de sinais sugere que as alterações perceptuais associadas à aquisição de um sistema linguístico formal, como a Língua de Sinais, são independentes do modo de transmissão da linguagem. Isso significa que a experiência linguística, seja ela adquirida através de uma língua falada ou sinalizada, tem um impacto significativo na percepção dos elementos da linguagem, destacando a plasticidade do cérebro humano em adaptar-se às diferentes modalidades linguísticas.
Julgue o item subsequente.
A utilização de técnicas de neurolinguística e estimulação magnética transcraniana eliminou a necessidade de intérpretes de Libras, pois essas tecnologias são suficientes para mediar a comunicação e aprendizagem dos alunos surdos no ambiente educacional.
Julgue o item subsequente.
O desempenho linguístico de ouvintes aprendizes de Libras como segunda língua (L2) é significativamente influenciado pela capacidade de utilizar adequadamente as expressões faciais e corporais que acompanham os sinais.
Julgue o item subsequente.
A inclusão da Língua de Sinais nas escolas brasileiras
sempre foi garantida e promovida desde a fundação do
Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) no
século XIX.
Julgue o item subsequente.
A simultaneidade na articulação dos sinais em Libras inviabiliza sua análise segundo os mesmos princípios fonológicos das línguas orais, conforme os postulados saussurianos, devido à sua natureza gestual-visual distinta que desafia a aplicação de conceitos tradicionais de fonologia desenvolvidos para linguagens auditivoorais.
Julgue o item subsequente.
A história da educação de surdos no Brasil é marcada por
períodos de repressão ao uso da Língua de Sinais, como
a imposição do oralismo pelo Instituto Nacional de
Educação dos Surdos (INES), que proibiu o uso da Libras
e punia os alunos que a utilizavam.
Julgue o item subsequente.
A formação dos professores de Libras deve incorporar
uma compreensão profunda dos aspectos psicológicos
da educação de alunos surdos, incluindo as teorias do
desenvolvimento cognitivo e emocional, para criar um
ambiente de aprendizagem acolhedor e eficaz.
A precisão na configuração das mãos é dispensável para a interpretação de sinais em Libras por parte dos intérpretes, sendo uma escolha meramente estética que não afeta a compreensão semântica ou sintática dos sinais. Por exemplo, um intérprete pode optar por qualquer configuração ao sinalizar termos técnicos em uma aula de biologia, sem comprometer a clareza e a exatidão do conteúdo transmitido aos alunos surdos.
O intérprete de Libras no contexto educacional enfrenta desafios específicos relacionados à transposição de conteúdos metafóricos e culturais da Língua Portuguesa para a Libras, o que exige não apenas fluência linguística, mas também uma profunda compreensão intercultural para garantir a equivalência de significados e a manutenção da integridade educativa.
A formação contínua dos intérpretes de Libras é dispensável após a obtenção da certificação inicial, considerando que as habilidades de interpretação são inalteráveis e não requerem atualização, mesmo diante das constantes inovações nas metodologias pedagógicas, dos avanços nas tecnologias de comunicação assistiva, e das dinâmicas culturais e linguísticas que permeiam o ambiente educacional inclusivo.
A formação de professores de Libras deve incluir uma compreensão aprofundada da fonologia, morfologia e sintaxe da Libras, assim como um conhecimento robusto sobre as estratégias de ensino que favorecem a aprendizagem visual-espacial dos alunos surdos.
A atuação do intérprete de Libras é essencial para garantir a acessibilidade e a compreensão dos conteúdos acadêmicos pelos alunos surdos, especialmente em um contexto histórico marcado por décadas de políticas educacionais oralistas, que negligenciaram a Língua de Sinais e impuseram significativas barreiras linguísticas e culturais, perpetuando a exclusão educacional dos surdos até as recentes mudanças legislativas.