Questões de Concurso Sobre advérbios em português

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Q2463971 Português

Tenho pânico de aranha



                                                      (Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-           ordovassartori/noticia/2024/03/tenho-panico-de-aranha.html – texto adaptado especialmente para esta                                                                                                                                                                   prova).

Assinale a alternativa que apresenta um advérbio.
Alternativas
Q2463379 Português


(Disponível em: www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/03/novos-medicamentos-contra-a-obesidadeestao-chegando-sera-que-eles-podem-mudar-o-cenario-atual – texto adaptado especialmente para esta prova). 
Assinale a alternativa em que a palavra retirada do texto seja um advérbio.
Alternativas
Q2461224 Português
       Democracia é uma palavra resultante da composição dos substantivos gregos demos (povo) e kratos (força, superioridade, poder político). Assim, pode-se dizer que democracia é o regime político em que o povo exerce o poder.
         Entre os gregos, a palavra povo poderia designar tanto os homens adultos livres, residentes e nascidos na cidade-Estado, como a parte menos elevada da população, a classe não nobre da sociedade, que representava sua maioria. Mulheres não eram consideradas cidadãs e não tinham o direito de participar da vida política da cidade-Estado. Para o jurista Friedrich Müller, o povo deve sempre corresponder à totalidade dos atingidos pelas normas.
         Hoje, em boa parte das sociedades modernas, o conceito de povo abrange todos os adultos integrados na sociedade, independentemente de seu gênero, sua raça, sua cor e seu credo religioso. Nesse contexto, todas e todos têm direito a igual participação na produção das leis e na eleição para cargos públicos.

Internet:<www.cidadessustentaveis.org.br>  (com adaptações).

Acerca das ideias veiculadas no texto anterior e de seus aspectos linguísticos, julgue o item subsequente.


A palavra “Hoje” (primeiro período do último parágrafo) classifica-se como advérbio de tempo.

Alternativas
Q2459320 Português
Pinimba


Por Cláudia Laitano







(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/claudia-laitano/noticia/2024/01/pinimbaclry99cch0022013fy3pmb5ju.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica o sentido correto do advérbio sublinhado no trecho a seguir:


“lança um homem e uma mulher que nunca tinham se visto antes”.

Alternativas
Q2458934 Português

Segurança



Por Luís Fernando Verissimo







(Disponível em: www.armazemdetexto.blogspot.com/2018/09/cronica-seguranca-luis-fernando.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica a correta classificação do advérbio sublinhado no trecho a seguir:



talvez avistar um ou outro condômino” (l. 32). 

Alternativas
Q2458536 Português
As frases a seguir apresentam formas verbais precedidas do advérbio “não”, segmentos esses que correspondem semanticamente a outro verbo, de mesmo sentido, com a eliminação do advérbio.
Assinale a frase em que a substituição do segmento sublinhado por um só verbo foi feita de forma correta.
Alternativas
Q2456944 Português



significa-o-legado-de-uma-vida – texto adaptado especialmente para esta prova). 
Assinale a alternativa que indica a classe de palavras à qual pertence o termo sublinhado no trecho “o luto que dela decorre não é uma doença”, retirado do texto. 
Alternativas
Q2456170 Português
Empreendedorismo Social e Inteligência Artificial:
como a tecnologia pode ajudar a resolver problemas globais


    O empreendedorismo social é uma das forças que movem a transformação do mundo, trazendo soluções inovadoras e impactantes para problemas sociais. Já a Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia em constante evolução que tem sido cada vez mais discutida, principalmente após o lançamento do ChatGPT (Generative Pre-trained Transformer). Mas o que essas duas coisas têm em comum? A resposta é simples: ainda que haja uma série de discussões importantes sobre ética e formas de uso da tecnologia, é inegável que a IA pode ser usada para impulsionar ainda mais o empreendedorismo social e criar soluções mais eficientes e acessíveis para quem mais precisa.

      A Inteligência Artificial é uma tecnologia que permite que as máquinas aprendam, tomando decisões e resolvendo problemas. Ela é utilizada em diversos setores, desde a saúde até o transporte, e vem se tornando cada vez mais acessível e presente no dia a dia das pessoas. No fim de 2022, a IA chegou a um novo patamar com o ChatGPT, um modelo de linguagem de Inteligência Artificial criado pela OpenAI capaz de gerar texto coeso e fluente em diversos idiomas.

     A tecnologia da OpenAI ainda está envolta a uma série de discussões necessárias, por exemplo, sobre como pode ser usada para a disseminação de fake news e desinformação. Por ser capaz de gerar textos naturalistas e coerentes, o modelo pode ser alimentado com informações falsas e utilizado para espalhar notícias enganosas. Além disso, há críticas em relação à falta de transparência do modelo, que dificulta a compreensão de como ele funciona e como chega a determinadas respostas. Por fim, há críticas quanto à representatividade do modelo, uma vez que ele pode reproduzir e reforçar estereótipos e preconceitos presentes nos dados utilizados para o seu treinamento.

     Felizmente, a Inteligência Artificial também pode ser uma grande aliada na missão de resolver problemas sociais. Um exemplo recente é o da parceria entre o aplicativo Be My Eyes e a OpenAI. O aplicativo funciona conectando usuários cegos ou com visão limitada a voluntários que conseguem ver, tudo isso baseado no idioma que eles falam e no fuso horário. Quando um usuário cego ou com visão limitada solicita ajuda através do aplicativo, o Be My Eyes manda uma notificação para vários voluntários. O primeiro a responder à solicitação é conectado àquele usuário específico e recebe uma transmissão de vídeo ao vivo. A conexão de áudio permite que o usuário e o voluntário resolvam tarefas juntos.

       Desde fevereiro de 2023, o Be My Eyes integra o ChatGPT-4, ainda em fase de teste, para desenvolver o que chamam de Voluntário Virtual, que poderá gerar o mesmo nível de contexto e compreensão de um voluntário humano. Isso dará mais agilidade e independência à rotina dos usuários, que podem enviar imagens por meio do aplicativo para que o voluntário virtual responda a qualquer pergunta sobre essa imagem e forneça assistência visual instantânea.

      Segundo a empresa responsável pelo aplicativo, se um usuário enviar uma foto do interior de sua geladeira, o Voluntário Virtual poderá não só identificar corretamente o que tem dentro dela, mas também analisar o que pode ser preparado com aqueles ingredientes, oferecendo receitas e um guia passo a passo sobre como prepará-los. Quando a ferramenta não conseguir responder a uma pergunta, oferecerá automaticamente aos usuários a opção de se conectar por meio do aplicativo a um voluntário com visão.



https://institutolegado.org/blog/empreendedorismo-sociale-inteligencia-artificial-como-a-tecnologia-pode-ajudar-aresolver-problemas-globais
[Questão Inédita] Leia o trecho abaixo e marque a alternativa correta.

“Além disso, há críticas em relação à falta de transparência do modelo, que dificulta a compreensão de como ele funciona e como chega a determinadas respostas”. (3º parágrafo) 
Alternativas
Q2454825 Português
Texto 2


O tempo nosso de cada dia


         Os dias têm a mesma duração para todos, ricos ou pobres, jovens ou velhos, brasileiros ou estrangeiros. Entretanto, o tempo não é aproveitado por todos com igual intensidade, pois alguns conseguem realizar coisas extraordinárias enquanto outros apenas vêem “o tempo passar”.

          Pessoas que até conhecem boas práticas para administração do tempo, mas que não conseguem efetiválas em suas vidas, seja por desorganização, comodismo ou objetivos pouco claros. A certeza é que este mesmo homem que criou as unidades de tempo hoje se sente escravizado pelo próprio relógio que ajudou a inventar.

           É só olhar ao redor para perceber que as pessoas transformaram o viver freneticamente num modo de encarar seus dias. “Não tenho tempo pra nada” transformou-se numa afirmação de quem se sente bem-sucedido, quando deveria ser encarada como uma frase de insatisfação perante o descontrole de seu recurso mais precioso: o tempo. Para tais pessoas, é inadmissível que o computador leve mais de um minuto para abrir seus programas ou que o elevador do prédio esteja congestionado pela manhã, por exemplo.

         Todavia, engana-se quem pensa que tais pessoas realmente alcançaram êxito. Muitos não têm espaço em suas agendas para jantar com a família, fazer um curso de especialização, praticar o esporte predileto ou tirar férias e daqui a alguns anos perceberão que abriram mão de seus sonhos para se dedicarem a tarefas secundárias.

Disponível em: https://caputconsultoria.com.br/artigos139- o-tempo-nosso-de-cada-dia/. Acesso em 02 de nov. 2023.
Com base no texto “O tempo nosso de cada dia”, analise as afirmativas a seguir:

I. Em: “É só olhar ao redor para perceber que as pessoas transformaram o viver freneticamente num modo de encarar seus dias.”, o termo destacado, num, é a contração entre a preposição “em” e o numeral “um”.
II. Em: “quando deveria ser encarada como uma frase de insatisfação perante o descontrole de seu recurso mais precioso: o tempo.”, os dois termos destacados são advérbios de tempo e de intensidade.

Marque a alternativa correta:
Alternativas
Q2453266 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.


Um país (quase) sem leitores


Livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos


Uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e divulgada no fim do ano passado apresentou um dado estarrecedor, mas que acabou sendo pouco discutido. Segundo a pesquisa “Panorama do Consumo de Livros”, aplicada pela Nielsen BookData em 16 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre os dias 23 e 31 de outubro de 2023, aproximadamente 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses. Ou seja, em 2023, apenas 16% das pessoas se dispuseram a ir a uma livraria ou a um site para comprar um livro sobre qualquer assunto. Além disso, apenas 25 milhões dos 214,3 milhões de brasileiros se consideram consumidores de livros, ou seja, menos de 10%.

É um sinal de alerta que não pode ser ignorado. Mesmo sendo uma pesquisa sobre a compra de livros – outros modos de acesso, como bibliotecas, não foram considerados –, o número revela de modo claro a ausência de interesse pela leitura da população brasileira, o que traz implicações mais amplas para a educação e o desenvolvimento da sociedade.

Afinal, livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos. Eles são um dos principais dispositivos que a humanidade dispõe de transmissão de conhecimento ao longo de gerações, e são ferramentas fundamentais para o aprendizado e a educação. Além disso, a leitura, ao estimular o pensamento crítico, promove a capacidade de análise e síntese. São habilidades fundamentais para um mundo cada vez mais dominado pelas telas e pelos algoritmos das redes sociais. A educação proporcionada pelos livros torna-se um antídoto poderoso contra a superficialidade e a desinformação. A leitura é um instrumento democratizador do conhecimento, permitindo que indivíduos de todas as origens tenham acesso a ideias e perspectivas que enriquecem sua compreensão do mundo e leva a uma mobilidade na pirâmide social.

[...]

É preciso, portanto, que o debate sobre o estímulo à leitura seja ampliado. O preço do livro no Brasil, por exemplo, vem sendo exaustivamente discutido por editoras, livreiros, entidades e políticos desde a consolidação da Amazon – acusada de praticar uma concorrência desleal contra livrarias e prejudicar toda a cadeia produtiva do livro –, mas raramente inclui a opinião do consumidor final, ou seja, o leitor. Outras ações para o incentivo à leitura, como programas educacionais, campanhas de conscientização e parcerias entre governos, empresas e organizações da sociedade civil também podem desempenhar um papel vital nesse esforço conjunto e devem ser consideradas. Afinal, investir na educação, com foco na promoção da leitura, é investir no futuro.

ESTADO DE Minas. Um país (quase) sem leitores. Estado de Minas. Editorial, 8 jan. 2024. Disponível em: https://www.em.com. br/opiniao/2024/01/6781938-um-pais-quase-sem-leitores.html. Acesso em: 15 jan. 2024. [Fragmento]
Releia o trecho a seguir.
“Afinal, investir na educação, com foco na promoção da leitura, é investir no futuro.” 
Tendo em vista esse período, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2451261 Português

Leia o Manual do Folião da Prefeitura de Palmas e responda a questão.







Fonte: Disponível em: https://www.palmas.to.gov.br/media/doc/20_2_2020_17_0_46.pdf. Acesso em: 16 fev. 2024.

Assinale a alternativa INCORRETA, de acordo com os aspectos gramaticais da norma padrão da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q2450875 Português

Profissionais ainda temem perder o emprego para IA, mas este especialista aposta no contrário 






(Disponível em: exame.com/carreira/profissionais-ainda-temem-perder-o-emprego-para-ia-mas-esteespecialista-aposta-no-contrario/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando as classes de palavras, analise as assertivas a seguir:


I.  Na linha 01, o termo “e” é classificado como preposição.


II. O vocábulo “simples”, localizado na linha 07, é classificado como adjetivo.


III. A palavra “muitos” (l. 16) é classificada como advérbio de intensidade.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2450199 Português

Redes sociais geram efeito “cérebro de pipoca”    


(Disponível em: vitat.com.br/cerebro-de-pipoca/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Entre as palavras do texto apresentadas abaixo, assinale a alternativa que apresenta um advérbio. 
Alternativas
Q2449907 Português

“As pessoas vão derreter feito lesma na calçada”





(Disponível em: www.apublica.org/2024/03/as-pessoas-vao-derreter-feito-lesma-na-calcada/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando as palavras retiradas do texto às suas respectivas classes gramaticais.

Coluna 1

1. Advérbio.

2. Adjetivo.

3. Numeral.

4. Pronome.

Coluna 2


( ) “perigosas” (l. 08).

( ) “meio” (l. 11).

( ) “Alguns” (l. 11).

( ) “quinta” (l. 28).

( ) “muito” (l. 31).

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2449624 Português

A cidade do RS onde o bitcoin é aceito em 200 lojas e tem até cuca inspirada na criptomoeda





(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/giane-guerra/noticia/2024/03/a-cidade-do-rs-onde-obitcoin-e-aceito-em-200-lojas-e-tem-ate-cuca-inspirada-na-criptomoeda-cltq2oum5005f014a7fbcqtzm.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o fragmento “Quanto mais girarmos aqui, mais gente terá”, assinale a alternativa que classifica corretamente o termo sublinhado.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: AL-PR Prova: FGV - 2024 - AL-PR - Procurador |
Q2448917 Português
No mês de fevereiro, surgiu a seguinte notícia na Internet:
Em Haia, Itamaraty diz que a ocupação israelense de territórios palestinos é "inaceitável e ilegal". Para o governo Lula, escreve Jamil Chade, "os palestinos são discriminados, têm suas liberdades individuais violadas e até a composição demográfica abalada". A manifestação ocorreu ontem na Corte Internacional de Justiça em meio à crise diplomática entre Israel e Brasil.
Sobre o conteúdo ou a estruturação desse texto, a afirmativa incorreta.
Alternativas
Q2447956 Português
Leia o texto para responder a questão de Língua portuguesa

“UMA VELA PARA DARIO” 

Dalton Trevisan

    Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram em chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade e sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade. Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes. O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. A última boca repetiu: 
    - Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair. 

    Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág. 20. Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.
“Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver.” De acordo com o contexto em que estão inseridos os vocábulos sublinhados, assinale a alternativa que especifica a classe gramatical de cada termo respectivamente.
Alternativas
Q2447079 Português
Chuva


     Houve um prefeito, paisano e sem imaginação, que resolveu acabar com as inundações do Rio. Foi o engenheiro João Carlos Vital, cujo breve reinado se perde, na série imensa dos prefeitos, entre um calvo general atrabiliário que construiu o Maracanã e um bravo coronel do P.T.B. que ali recebeu a mais estrondosa das manifestações.

     Vital foi um Frontin às avessas, e conseguiu livrar o Rio do excesso de água com esta providência original: mandou desentupir os bueiros. Nunca ninguém se lembrara disso antes; e depois, como se viu no dia de ontem, nunca ninguém voltou a se lembrar. Tivemos ruas, praças e amplas avenidas transformadas em córregos, lagoas e rios. Foi a bela resposta do coronel à populaça que no estádio lhe gritava: água, água! “Pois tomem água”! – Disse ele.

          Eu tive pena foi de sair de casa calçado e, além disso, com 30 anos de idade mais do que o conveniente. Descalço e menino, faria o que os meninos descalços eu vi fazendo: entraria na enchente, patinaria na lama, soltaria na esquina meus barcos de papel, e me divertiria imenso com a aflição da gente grande a empilhar trastes e móveis no andar térreo e a buzinar nervosamente atrás de um carro de capota levantada e distribuidor enlameado.

       A infância pobre do Rio, sempre esquecida, teve ontem um lindo dia de folga e festa: desculpa para não ir à escola e divertimentos animados na grande alegria das enxurradas.

       Quando a infância ri, Deus está contente. O telhado de minha mansarda amanheceu limpinho, e as árvores da rua engordaram de verde, pingando alegria, muito gratas ao senhor prefeito. Os chauffeurs de táxi tungaram alegremente seus passageiros; não é à toa que esses marotos gostam de ter, no quadro do carro, a imagem de São Cristóvão carregando o menino Jesus no ombro durante uma enchente.

          Salve, portanto, a chuva, amiga das crianças, da lavoura e dos motoristas. Cheguei em casa de pés molhados, mas um gole de pisco, lembrança do Peru, me esquentou os pés e a alma. Para dizer a verdade, foi um gole para os pés e outro para a alma; e para dizer toda a verdade, houve mais um de lambuja. Haja pisco; motivos para beber não hão de faltar neste país sempre desgovernado e às vezes, graças a Deus, chuvoso.


(BRAGA, Rubem. Dois pinheiros e o mar: e outras crônicas sobre meio ambiente. Brasil, Global Editora, 2017.)
Chama-se derivação imprópria o processo de formação de palavras no qual um vocábulo tem sua classificação gramatical alterada em razão do contexto de sua aplicação de modo a estender sua significação. Dentre as diversas metamorfoses morfológicas possíveis, tem-se o processo em que um adjetivo passa a atuar como um advérbio. Um exemplo se dá no caso sublinhado em:
Alternativas
Q2446464 Português
“Ele terminava depressa suas tarefas diárias”. A palavra em destaque pode ser classificada como:
Alternativas
Q2446077 Português
Polenta: história secreta de uma das comidas favoritas da Itália

    É dourada, granulada, pegajosa e tem um sabor bastante insípido se servida sozinha. Mas a versatilidade da polenta transformou-a em uma estrela culinária, com o famoso prato de fubá cozido da Itália combinando perfeitamente com uma infinidade de sabores. As coberturas podem incluir desde carne de veado, peixe, coelho, javali e vitela refogada até cogumelos, molho de tomate e queijo derretido. Também pode ser utilizado em sobremesas, incluindo biscoitos, tortas e panquecas -alguns até comem com Nutella. E não se pode esquecer das texturas, ela vem em vários formatos e pode ser extremamente cremosa.

    A polenta é consumida em toda a Itália, mas há três regiões principais no norte do país onde é particularmente popular – Veneto, Lombardia e Piemonte. Giovanna Gilli, 85 anos, tem boas lembranças de sua avó piemontesa mexendo lentamente o mingau de fubá dentro de um enorme caldeirão de cobre na lareira, depois servindo em uma mesa de madeira, derramando molho de tomate, salsichas e cebolas por cima antes que todos pegassem sua parte. “Pegávamos uma colherada e colocávamos em nossos pratos. Era uma delícia, derretia na boca”, lembra ela. “No dia seguinte, a polenta crocante e seca que sobrou era cortada em palitos para nós, crianças, mergulharmos no leite ou polvilharmos com açúcar no café da manhã.”

     Hoje, acredita-se que a polenta seja o alimento básico mais popular da Itália, depois das massas e da pizza. Na sua essência, continua a ser um humilde prato comunitário, mas durante os anos da Segunda Guerra Mundial foi consumido, principalmente, por necessidade. No final de um árduo dia de trabalho, alguns familiares reuniam-se à volta da mesa e partilhavam a polenta. Usando as mãos como colheres, esfregavam cada mordida em um arenque seco pendurado por um barbante no teto da cozinha para dar mais sabor à polenta simples e, ao mesmo tempo, conservar o peixe.

   Embora os historiadores da culinária observem que os antigos romanos costumavam comer um tipo mais macio de polenta, feita com espelta moída cozida, a versão que as pessoas conhecem e amam hoje tem suas raízes no Oceano Atlântico, nas Américas. Tudo começou quando Cristóvão Colombo trouxe consigo para o Velho Continente uma safra “exótica” de milho, produto que não era familiarizado até sua viagem em 1492.

     Segundo o chef e o historiador alimentar Amedeo Sandri, o milho foi posteriormente importado para a Itália por missionários que voltavam das Américas para a região de Friuli. O cultivo em grande escala se espalhou nos anos 1600 para Veneto e Lombardia, substituindo as culturas tradicionais e desencadeando uma revolução agrária. Hoje, existem cerca de uma dúzia de tipos de milho italiano cultivados no país. “Os agricultores perceberam que o milho tinha maior rendimento e ciclo de cultivo mais curto em comparação ao milheto, centeio e trigo, e que dava força suficiente para trabalhar na lavoura”, diz Sandri. “Mas houve alguns efeitos colaterais graves nesta dieta à base de polenta.”

     Diz-se que os europeus ficaram tão viciados em fubá cozido que desenvolveram uma doença peculiar chamada pelagra, causada pela falta de niacina – também conhecida como vitamina B3. Muitos teriam sofrido de demência, diarreia e erupções cutâneas como resultado da doença.

Fonte: Polenta: história secreta de uma das comidas favoritas da Itália | CNN Brasil 
Assinale a alternativa que apresente a circunstância estabelecida pelo termo em destaque no período: Diz-se que os europeus ficaram tão viciados em fubá cozido que desenvolveram uma doença peculiar chamada pelagra, causada pela falta de niacina – também conhecida como vitamina B3.
Alternativas
Respostas
461: C
462: E
463: C
464: A
465: B
466: A
467: D
468: E
469: C
470: C
471: B
472: B
473: C
474: E
475: B
476: B
477: A
478: D
479: B
480: B