Questões de Português - Flexão verbal de número (singular, plural) para Concurso
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I. Na linha 03, o verbo ‘provir’ pode ser flexionado na terceira pessoal do singular ou na terceira do plural, mantendo a correção gramatical.
II. ‘afligem' completaria corretamente a lacuna da linha 24, considerando a sintaxe do período que em ocorre.
III. Na linha 43, ‘gera’ completaria corretamente a lacuna, visto que o sujeito, naquele contexto, é dito implícito.
Quais estão corretas?
I. A frase Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas atesta que o texto está narrado em primeira pessoa.
II. Os elementos apresentados no texto indicam que a personagem é casada, possui filhos e que, ao longo de sua existência, teve uma vida sem grandes embaraços ou necessidades existenciais.
III. Há, no texto, muitos verbos conjugados no pretérito mais-que-perfeito, cuja utilização é muito limitada e, portanto, são verbos pouco utilizados na linguagem coloquial.
Pode-se afirmar que:
Texto para responder a questão.
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa de que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com “fundos insuficientes”. Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente à nossa liberdade. Nós não podemos caminhar sós. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não puderem ter hospedagem nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.
Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que um dia, até mesmo o estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.
Eu tenho um sonho hoje!
(Trecho do Discurso de Martin Luther King. 28/08/1963. Disponível em: http://www.palmares.gov.br/sites/000/2/download/discursodemartinl utherking.pdf. Adaptado.)
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://pt.aleteia.org/2020/01/13/ciencia-diz-que-visitar-museus-pode-prolongar-a-sua-vida/ -
texto adaptado especialmente para esta prova.)
...o estudo fornece uma grande motivação para chegarmos lá e dedicarmo-nos a apreciar as artes.
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão incompleto.
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos
de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).
No terceiro parágrafo, tanto “ponhas” quanto “Fecha” são formas verbais flexionadas na segunda pessoa do singular do modo imperativo.
Se eu ___________ na audiência atrasado, seria um vexame.
No trecho “havia tempos” (segundo parágrafo), a substituição de “havia” por faziam prejudicaria a correção gramatical do texto.
A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, impôs um dos maiores desafios à saúde pública do planeta nos últimos tempos!
(Adaptado de Estadão, abril de 2017.)
De acordo com o registro formal da escrita padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Leia o poema a seguir e responda à questão.
Seiscentos e sessenta e seis
Mário Quintana
A vida é uns deveres que nós trouxemos para
fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra
oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e
inútil das horas.
I. Trata-se do verbo “haver”, utilizado no sentido de “ter”, como em “tem tempo”. II. O verbo está conjugado no singular, por isso seu uso está incorreto. III. O objeto direto “tempo” deveria estar no plural, para ficar gramaticalmente certo. IV. Trata-se do verbo “haver”, utilizado no texto com o sentido de “fazer”, como em “faz tempo”.
Leia o poema a seguir e responda à questão.
Seiscentos e sessenta e seis
Mário Quintana
A vida é uns deveres que nós trouxemos para
fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra
oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e
inútil das horas.
Com base na norma-padrão da língua portuguesa, o verbo destacado no trecho está
Instrução: A questão refere-se a diferentes aspectos da norma culta da língua portuguesa.
Assinale a alternativa INCORRETA em relação à conjugação dos verbos a seguir, considerando as pessoas, tempos e modos indicados.
VERBO 1ª. pessoa do singular do 3ª. pessoa do singular do
presente do indicativo pretérito perfeito do
indicativo
Texto para a questão.
Internet: <corrreiobraziliense.com.br> (com adaptações).