Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SEAP-BA Prova: FGV - 2024 - SEAP-BA - Agente Penitenciário |
Q3015468 Português
Assinale a frase em que o vocábulo apenas mostra valor depreciativo.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SEAP-BA Prova: FGV - 2024 - SEAP-BA - Agente Penitenciário |
Q3015467 Português
Leia a frase abaixo com atenção:
“Quantas lindas árvores deram sua vida para que o escândalo do dia pudesse chegar sem atraso a um milhão de leitores”.
É inadequado afirmar sobre seu significado ou estruturação que
Alternativas
Q3015162 Português
“Uma coisa é preocuparmo-nos com a morte de outro, ao longe. Outra é, de súbito, tomar consciência da própria putrescibilidade, de viver na vizinhança da própria morte, de contemplá-la enquanto possibilidade real. À partida, é esse o terror suscitado pelo confinamento a muita gente: a obrigação de, por fim, responder pela sua vida e nome”

MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições,

2018. 80 p. 
O que o autor quer dizer com "viver na vizinhança da própria morte"
Alternativas
Q3014816 Português
Texto 1A9


        Em uma sociedade em que a imagem pública e a privada constituem fatores preponderantes de prestígio, credibilidade e liderança, esses elementos estão, cada vez mais, permeando nossas vidas, nossas formas de agir e de decidir, que estão sob a vigilância de olhares sociais atentos e fiscalizadores. Os ritos e as cerimônias são elementos estratégicos a serviço da construção e da consolidação das imagens das organizações, que se apoiam na credibilidade e na aceitação social das ações e realizações desenvolvidas.
        O rito consiste em um conjunto de atos formalizados, expressivos e portadores de uma dimensão simbólica. É caracterizado por uma configuração espaço-temporal específica, por sistemas de linguagem e comportamentos específicos e por signos emblemáticos cujo sentido codificado constitui um dos bens comuns do grupo. O uso do rito é paralelo ao aparecimento da humanidade. 
        Em todas as sociedades, os grupos sociais participam de acontecimentos ou eventos especiais e únicos. Porém, para cada um desses grupos, os eventos têm um significado diferente. No Brasil, por exemplo, a Copa do Mundo e uma formatura são eventos com rituais reconhecidos por diferentes classes sociais e culturais. Um rito bem executado é mais que uma mera apresentação teatral. Usa elementos e símbolos e evoca a cultura e as crenças dos povos envolvidos.
        Os ritos podem ser vistos como algo que não se resume a repetições das coisas reais e concretas do mundo rotineiro. Como coisa real e concreta, consistem no que pode ser materializado e simbolizado. Exemplo disso é a troca de presentes entre personalidades de diferentes culturas ou o aperto de mão entre duas pessoas que se saúdam. Este protocolo é uma forma de comunicação na qual os participantes do processo denotam uma mensagem diplomática. Remete, ainda, ao protocolo elementar significativo de boas relações entre povos, governos ou grupos.
Internet: <uel.br>(com adaptações). 
A expressão “em que” (primeiro período do primeiro parágrafo) poderia ser substituída, mantendo-se a correção e o sentido do texto 1A9, por 
Alternativas
Q3014815 Português
Texto 1A9


        Em uma sociedade em que a imagem pública e a privada constituem fatores preponderantes de prestígio, credibilidade e liderança, esses elementos estão, cada vez mais, permeando nossas vidas, nossas formas de agir e de decidir, que estão sob a vigilância de olhares sociais atentos e fiscalizadores. Os ritos e as cerimônias são elementos estratégicos a serviço da construção e da consolidação das imagens das organizações, que se apoiam na credibilidade e na aceitação social das ações e realizações desenvolvidas.
        O rito consiste em um conjunto de atos formalizados, expressivos e portadores de uma dimensão simbólica. É caracterizado por uma configuração espaço-temporal específica, por sistemas de linguagem e comportamentos específicos e por signos emblemáticos cujo sentido codificado constitui um dos bens comuns do grupo. O uso do rito é paralelo ao aparecimento da humanidade. 
        Em todas as sociedades, os grupos sociais participam de acontecimentos ou eventos especiais e únicos. Porém, para cada um desses grupos, os eventos têm um significado diferente. No Brasil, por exemplo, a Copa do Mundo e uma formatura são eventos com rituais reconhecidos por diferentes classes sociais e culturais. Um rito bem executado é mais que uma mera apresentação teatral. Usa elementos e símbolos e evoca a cultura e as crenças dos povos envolvidos.
        Os ritos podem ser vistos como algo que não se resume a repetições das coisas reais e concretas do mundo rotineiro. Como coisa real e concreta, consistem no que pode ser materializado e simbolizado. Exemplo disso é a troca de presentes entre personalidades de diferentes culturas ou o aperto de mão entre duas pessoas que se saúdam. Este protocolo é uma forma de comunicação na qual os participantes do processo denotam uma mensagem diplomática. Remete, ainda, ao protocolo elementar significativo de boas relações entre povos, governos ou grupos.
Internet: <uel.br>(com adaptações). 
De acordo com as ideias do texto 1A9, os ritos
Alternativas
Q3014810 Português
Texto 1A8


        Já se foi o tempo em que acordar tarde e tomar um café da manhã reforçado na cobertura de um duplex era símbolo de status e ascensão social. Hoje em dia, emergente de verdade toma é um brunch no roof top de seu residence club.
        A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai.  
        O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
        Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro.
        A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira.
        Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais. 
        A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer. 
Abrahão C. de Freitas. Guerra passional em torno da língua.
Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,
ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações)
Entende-se da leitura do texto 1A8 que a principal preocupação do autor em relação ao uso de estrangeirismos no Brasil diz respeito
Alternativas
Q3014510 Português

Alce.


O alce é um animal mamífero que pertence à família dos cervídeos, sendo a maior espécie dela. Esse animal é encontrado em regiões frias do Hemisfério Norte.


                                             


O alce (Alces alces) é um animal mamífero que se destaca por ser a maior espécie da família Cervidae. Apresenta pernas longas e finas, corpo maciço, cabeça grande, pescoço grosso, cauda pequena e orelhas longas, assim como seu focinho. Os machos têm grandes chifres, usados para lutar pela fêmea durante o período reprodutivo. A gestação dura, em média, 231 dias, e as fêmeas dão à luz, geralmente, um único filhote. Alces são animais herbívoros que e alimentam de galhos, caules, folhas e brotos. Ocorrem em regiões frias do Hemisfério Norte.


O alce se caracteriza como o maior cervídeo vivente, apresentando cerca de 2,3 m de altura e comprimento de 3 m. Os machos diferenciam-se das fêmeas por serem mais pesados. Enquanto eles podem pesar até 600 kg, elas atingem até 400 kg.


Os alces apresentam pernas longas e finas, um corpo maciço e uma cauda curta. Seu pescoço é curto e grosso, e sua cabeça é grande. Apresentam orelhas longas, assim como seu focinho, o qual é caído. Sob o pescoço deles, há uma aba de pele cheia de pelos, o sino. Essa aba de pele pode ou não estar presente nas fêmeas. Machos têm grandes chifres, que pesam até 35 kg. Eles crescem durante a primavera e caem no inverno. A pelagem do animal é normalmente escura, com pelos pretos a marrons ou marrons acinzentados. As pernas têm coloração mais clara. Os pelos dos alces são essenciais para a manutenção da temperatura, ajudando-os a se protegerem do frio.


Dentre os cervídeos, os alces são os menos sociais, sendo solitários. Comunicam-se por meio de vocalizações, odores e postura corporal. São bons nadadores e, apesar da aparência desajeitada, são capazes de correr até 56 km/h. São mais ativos durante o nascer e o pôr do Sol. Geralmente, os alces não vivem mais que 16 anos. São seus predadores os lobos, ursos e pumas. Coiotes e tigres também podem se alimentar deles.


Alces utilizam seus chifres na luta para se acasalarem.


Dois sistemas de acasalamento ocorrem entre os alces. Nos que vivem na Tundra do Alasca, observa-se a formação de haréns, com um macho dominante reunindo várias fêmeas. Esse macho defende as fêmeas de outros machos que queiram se acasalar com elas. Machos que apresentam tamanho similar ao do macho dominante podem desafiá-lo.


Durante as lutas pelas fêmeas, os machos tentam chifrar um ao outro. Essas feridas, geralmente, não são graves, entretanto, podem ocorrer perfurações e até mesmo lesões nas costelas. Além da formação de haréns, há os indivíduos que fazem ligações de pares transitórias. Nesse caso, os machos defendem apenas uma fêmea.


A gestação do alce dura 231 dias. Apesar de gêmeos serem comuns, em geral, há o nascimento de apenas um filhote. Algumas horas após o nascimento, os filhotes começam a mamar. A ingestão de outros alimentos é observada dias depois. Durante os primeiros cinco meses, os alces ganham muita massa, aumentando cerca de 10 vezes a sua massa de nascimento. Ao nascerem, esses animais pesam cerca de 16 kg. O vínculo entre a mãe e seu filhote permanece até cerca de um ano. (https://brasilescola.uol.com.br/animais/alce.htm).

De acordo com o texto, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q3014470 Português

Leia o texto para responder a próxima  questão.


Mico-Leão-Dourado.


                                                             


Mico-Leão-Dourado é um mamífero que vive exclusivamente na Mata Atlântica. Animal ameaçado de extinção há muito tempo por causa da destruição do seu habitat, sua sobrevivência se deve aos projetos e unidades de conservação.


A principal causa da vulnerabilidade e do risco de extinção do mico-leão-dourado é a fragmentação do seu habitat. Historicamente a Mata Atlântica vem sendo explorada e destruída desde a época da colonização do Brasil.


É um símbolo da luta pela conservação da biodiversidade no mundo todo, os esforços pela espécie começaram nos anos 1970 quando sua situação era muito crítica.


Espécie Ameaçada de Extinção:


As atividades agropecuárias e extrativistas, juntamente com a ocupação e crescimento desordenado das zonas costeiras da Mata Atlântica, quase exterminaram esse mamífero de pelagem dourada. Além disso, o tráfico de animais também é considerado um dos fatores que contribuem com esta situação.


A maioria dos micos-leões-dourados são encontrados atualmente dentro de áreas de proteção ambiental. Estão presentes na Reserva Biológica (Rébio) de Poço das Antas, no Município de Silva Jardim, que foi criada em 1974 e na Rébio União, criada em 1998, no Município de Rio das Ostras, ambas no Rio de Janeiro.


Nos últimos trinta anos aumentou o número de animais na natureza, hoje há cerca de 1000 indivíduos distribuídos em fragmentos do seu habitat natural, mas ainda não o suficiente para retirá-lo da lista de animais ameaçados


Habitat: O mico-leão-dourado é endêmico da Mata Atlântica, ou seja, é encontrado exclusivamente nesse bioma. Originalmente distribuído do Rio de Janeiro até o Espírito Santo, hoje distribui-se por fragmentos florestais na Bacia do Rio São João, localizados em alguns Municípios do Rio de Janeiro.


Vive nas regiões de baixada costeira, ocorrendo até os 500 metros de altitude. Os micos-leões-dourados habitam tanto matas primárias (nativas) como matas secundárias (alteradas pela ação humana).


No entanto, o animal mesmo sendo pequeno ocupa grandes áreas da floresta, cada grupo (de quatro a oito indivíduos), precisa de cerca de 110 hectares para viver.


Isso significa que a fragmentação do habitat gera isolamento dos grupos o que é prejudicial do ponto de vista genético, aumentando a sua vulnerabilidade à extinção.


(https://www.todamateria.com.br/mico-leao-dourado/ - adaptado).

De acordo com o texto, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q3014170 Português



(https://nanquim.com.br/livro-novo-chegando/)

Assinale a alternativa correta, de acordo com a imagem acima:
Alternativas
Q3014165 Português
Despedida:



Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.


Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.


Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.


A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?


Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra…)


Quero solidão.



Cecília Meireles
(https://www.pensador.com/frase/NjYzNTc/)
Assinale a alternativa correta, de acordo com a obra acima: 
Alternativas
Q3014119 Português
Lixo eletrônico: pedras artificiais no meio do ambiente


No meio do caminho tinha uma pilha
tinha uma bateria no meio do caminho
tinha smartphones, computadores, televisores, rádios e
outros aparelhos eletrônicos no meio do caminho.



       Você pode pensar que algo está errado com esse poema de Carlos Drummond de Andrade. No entanto, ele foi simplesmente atualizado. As pedras drummondianas foram substituídas por aparelhos eletrônicos descartados de maneira inadequada no meio ambiente.    

     Se o poeta estivesse vivo, se depararia com uma produção anual global de 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico e elétrico, uma média de 7,3kg por pessoa, conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2020.

       O e-lixo, termo atribuído a todo componente eletrônico descartado na natureza sem tratamento, não polui apenas o meio ambiente, mas também acarreta problemas de saúde pública, expondo as pessoas a substâncias perigosas e cancerígenas, como mercúrio, chumbo e cádmio. A presença de lixo eletrônico em aterros contamina o solo e os lençóis freáticos, ameaçando os sistemas de fornecimento de alimentos e recursos hídricos.

       A reciclagem e a implementação de sistemas de logística reversa surgem como as melhores soluções para minimizar os efeitos pós-consumo. A coleta seletiva e a reutilização de materiais eletrônicos têm o potencial de gerar renda e proporcionar uma melhor qualidade de vida para todos. Contudo, a melhor forma de mudar essa situação é por meio da educação ambiental, que deve começar bem cedo. Seja dentro de casa ou nas escolas, crianças e jovens precisam aprender a separar os recicláveis e rever a própria maneira como consumem, produzem e depois descartam seus resíduos.


(Fernando Uliana Barboza – Eco Debate. Adaptado).
Analisar as perguntas a seguir:

I. Qual o significado do termo “e-lixo”?
II. Por quais objetos as pedras drummondianas foram substituídas?
III. Qual a melhor forma de mudar a situação atual provocada pelo acúmulo de lixo eletrônico e elétrico?

É CORRETO afirmar que é(são) respondida(s) pelo texto:
Alternativas
Q3013995 Português
Texto 1A8


        Já se foi o tempo em que acordar tarde e tomar um café da manhã reforçado na cobertura de um duplex era símbolo de status e ascensão social. Hoje em dia, emergente de verdade toma é um brunch no roof top de seu residence club.
        A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai. 
        O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
        Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro.
        A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira. 
        Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais.
        A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer. 


Abrahão C. de Freitas. Guerra passional em torno da língua.
Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,
ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações).
No último parágrafo do texto 1A8, o autor qualifica como “perfeitamente compreensível” 
Alternativas
Q3013852 Português

Texto 1A8


        Já se foi o tempo em que acordar tarde e tomar um café da manhã reforçado na cobertura de um duplex era símbolo de status e ascensão social. Hoje em dia, emergente de verdade toma é um brunch no roof top de seu residence club.
        A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai.
        O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
        Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro. 
        A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira.
        Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais.
        A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer.


Abrahão C. de Freitas. Guerra passional em torno da língua.
Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,
ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações).
No último período do quinto parágrafo do texto 1A8, é estabelecida uma relação de
Alternativas
Q3013850 Português

Texto 1A8


        Já se foi o tempo em que acordar tarde e tomar um café da manhã reforçado na cobertura de um duplex era símbolo de status e ascensão social. Hoje em dia, emergente de verdade toma é um brunch no roof top de seu residence club.
        A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai.
        O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.
        Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro. 
        A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira.
        Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais.
        A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer.


Abrahão C. de Freitas. Guerra passional em torno da língua.
Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,
ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações).
No último parágrafo do texto do 1A8, o autor qualifica como “perfeitamente compreensível” 
Alternativas
Q3013774 Português
Sobre a correta grafia de senão / se não, marque a alternativa indevida.
Alternativas
Q3013773 Português


  Imagem associada para resolução da questão

(Fonte: https://br.pinterest.com/pin/734931232931343499/).


De acordo com o quadro, assinale a alternativa, onde não temos substantivo.

Alternativas
Q3013770 Português
Marque a alternativa, onde temos uma frase interrogativa.
Alternativas
Q3013769 Português
Marque a alternativa, onde temos uma frase exclamativa.
Alternativas
Q3012728 Português

“Uma coisa é preocuparmo-nos com a morte de outro, ao longe. Outra é, de súbito, tomar consciência da própria putrescibilidade, de viver na vizinhança da própria morte, de contemplá-la enquanto possibilidade real. À partida, é esse o terror suscitado pelo confinamento a muita gente: a obrigação de, por fim, responder pela sua vida e nome”


MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições,

2018. 80 p.

O confinamento provoca o sentimento de terror porque:
Alternativas
Q3012726 Português

“Uma coisa é preocuparmo-nos com a morte de outro, ao longe. Outra é, de súbito, tomar consciência da própria putrescibilidade, de viver na vizinhança da própria morte, de contemplá-la enquanto possibilidade real. À partida, é esse o terror suscitado pelo confinamento a muita gente: a obrigação de, por fim, responder pela sua vida e nome”


MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições,

2018. 80 p.

Qual a principal diferença entre "preocupar-se com a morte de outro" e "tomar consciência da própria putrescibilidade"?
Alternativas
Respostas
1201: D
1202: D
1203: A
1204: C
1205: A
1206: D
1207: D
1208: D
1209: A
1210: B
1211: D
1212: C
1213: A
1214: C
1215: B
1216: E
1217: A
1218: D
1219: C
1220: A