Questões de Concurso
Comentadas sobre inclusão e exclusão - diversidade, desigualdade e diferença em pedagogia
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Resta-nos apenas acrescentar que, em relação ao desenvolvimento cultural dos meios internos de comportamento (atenção voluntária e pensamento abstrato), deve ser criada a mesma técnica de caminhos alternativos que existe em relação ao desenvolvimento dos meios externos do comportamento cultural. Para a criança intelectualmente atrasada, deve ser criado, em relação ao desenvolvimento de suas funções superiores de atenção e pensamento, algo que lembre o sistema Braille para a criança cega ou a dactilologia para a muda, isto é, um sistema de caminhos indiretos de desenvolvimento cultural, quando os caminhos diretos estão impedidos devido ao defeito.
VYGOTSKY, Lev S. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação da criança anormal, 2011.
Para a educação especial, esse sistema de caminhos indiretos indica que
Em uma escola municipal, recém-construída em Inhumas (GO), a diretora G.P. recebeu o estudante P.B. de 10 anos de idade, que veio transferido de outra instituição/cidade e tem histórico fundamentado em deficiência auditiva com muitas dificuldades de aprendizagem. A gestora nunca teve experiência anterior com um estudante com deficiência, mas, é totalmente favorável à inclusão. Ao conhecer um pouco a história do aluno com a família, verificou que foi transferido de escola por muitas vezes nos últimos anos e que isso impactou a sua aprendizagem. Uma das alternativas para o atendimento ao estudante será solicitar à Secretaria Municipal de Educação um tradutor e intérprete de Libras. Nesse sentido, G.P., inicia a redação de uma carta oficial para solicitar esse profissional.
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão, para atuar na Educação Básica, esse profissional deve possuir a formação de
Estudos, no entanto, verificaram que, além do foco de atenção externo não produzir melhores efeitos na aprendizagem de novas habilidades motoras de crianças com Transtorno do Espectro Autista, o foco de atenção interno tende a ser mais adequado para essa população. Uma possível explicação reside no fato de que indivíduos com TEA confiam menos no feedback visual que indivíduos com desenvolvimento típico na aprendizagem de uma sequência motor e constroem uma associação mais forte que o esperado entre o comando motor voluntário e o feedback proprioceptivo. Depositando, dessa forma, uma maior confiança na propriocepção em comparação ao controle visual para o desempenho de habilidades motoras. Ou seja, ao ensinar, a habilidade de chutar a bola ao gol aos seus alunos nas aulas de educação física ou nas escolinhas de futebol, o professor poderia utilizar a instrução geral de foco externo (“prestar atenção na posição da bola”) para os alunos com desenvolvimento típico e utilizar a instrução específica de foco interno (“prestar atenção na posição do pé”) para os alunos com TEA.
Justapor, portanto, conceitos de aprendizagem motora às características cognitivas, sensório-motoras, sociais e comportamentais peculiares do TEA capacita os professores de educação física a elaborar soluções para os principais desafios, aumentando sua autoeficácia e consequente atitude em relação à inclusão desses indivíduos nas atividades físicas e esportivas.
SCHLIEMANN, A.; ALVES, M. L. T; DUARTE, E. Educação Física Inclusiva e Autismo: perspectivas de pais, alunos, professores e seus desafios. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2020 Jul;34 nesp:77-86, p.83.
De acordo com o texto, o objetivo do trabalho pedagógico com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista deve centrar-se em
Para os surdos, as modificações trazidas pelas novas tecnologias não foram apenas educativas sociais e laborais, mas, sobretudo de inserção comunicativa em muitas das atividades de vida diária antes inacessíveis, pois, a distância e o tempo se encurtam pela Internet e surgiram novas maneiras de se relacionar.
Disponível em: <https://libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoPedagogico/educac ao DeSurdosENovasTecnologias/assets/719/TextoEduTecnologia1_Texto_bas e_ Atualizado_1_.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2023.
A primeira tecnologia utilizada pelos surdos para comunicação à distância foi
Portanto, é imprescindível
Nesta direção, o conceito de integração, segundo Mazotta (1982), deve envolver
( ) O ensino escolar na Língua Portuguesa e na língua de sinais.
( ) O ensino da Língua Portuguesa como segunda língua na modalidade escrita para alunos surdos.
( ) Os serviços de tradutor/intérprete de Libras e Língua Portuguesa.
( ) O ensino da Libras para os demais alunos da escola.
( ) O atendimento educacional especializado é ofertado, somente na modalidade oral.
Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, completando com V, as afirmações verdadeiras, e F, as falsas, a alternativa que completa corretamente é:
I - As adaptações curriculares individualizadas e a acessibilidade ao uso de tecnologia assistiva.
II - A isenção total na participação das avaliações escolares devido as dificuldades de comunicação social.
III - Profissionais especializados, como professores de apoio e atendimento educacional especializado.
IV - O direito de participar de todas as atividades escolares, esportivas, culturais e de lazer.
V - A imposição dos padrões repetitivos de comportamento e rotinas e estruturas previsíveis.
Está correto o que se afirma em:
I - A professora Joana promoveu a inclusão ao adaptar os recursos de aprendizagem, buscando tornar o conteúdo acessível para todos os alunos, incluindo o deficiente visual.
II - Embora a intenção do professor Marcos seja evitar a discriminação, sua abordagem pode, inadvertidamente, excluir o aluno deficiente visual de experiências de aprendizagem social.
III - O professor Marcos valoriza a inclusão ao privar o aluno deficiente das oportunidades de interação com colegas porque o mais importante na inclusão é o desenvolvimento intelectual.
IV - A promoção de atividades individuais do professor Marcos para o aluno deficiente visual evita a discriminação fazendo com que o aluno se sinta valorizado e respeitado.
V - A abordagem da Professora Joana está mais alinhada com os princípios fundamentais da educação inclusiva por adaptar os materiais promovendo a participação ativa.
Está correto o que se afirma em:
( ) A educação inclusiva se baseia na adaptação dos alunos com deficiência às exigências da escola.
( ) Na concepção da escola inclusiva, é ela quem deve se adaptar ao aluno.
( ) A educação inclusiva se baseia na adaptação dos alunos com deficiência às exigências dos professores.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
I. Promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social constitui um dos objetivos da atividade psicopedagógica.
II. Compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem, bem como mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem constituem objetivos da atividade psicopedagógica.
III. Mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem constitui, à luz do Código de Ética do Psicopedagogo, um dos objetivos da atividade psicopedagógica.
Marque a alternativa CORRETA:
O fracasso do processo educativo das pessoas com surdez é um problema resultado das concepções pedagógicas de educação escolar adotadas pelas escolas e de suas práticas. O foco do trabalho deve ser a transformação das práticas pedagógicas excludentes em inclusivas, pois se compreende o homem como um ser dialógico, transformacional, inconcluso, reflexivo, síntese de múltiplas determinações num conjunto de relações sociais, com capacidade de idealizar e de criar. Por isso, é que defende-se a reinvenção das práticas pedagógicas na perspectiva da educação escolar inclusiva para pessoas com surdez, visando proporcionar a essas pessoas a oportunidade de aquisição de habilidades para a vida em comunidade, ou seja, como atuar e interagir com seus pares no mundo, considerando o contraditório, o ambíguo, o complexo e o diferente e suas consequências. Continuar no embate epistemológico entre gestualistas e oralistas é manter na exclusão escolar as pessoas com surdez. Vê-se, portanto, a urgência de deflagrar iniciativas que desconstruam os modelos conservadores da escola comum, para gestar formas de fazer uma educação escolar inclusiva pautada no reconhecimento e na valorização das diferenças, mostrando efetiva e coerentemente, a possibilidade da educação escolar inclusiva de pessoas com surdez na escola comum brasileira. É primordial valorizar as diferenças humanas e aprender com o diferente, não pela diferença que a sua deficiência impõe, mas pela singularidade de sermos diferentes enquanto condição humana que é intrínseca a cada um. O respeito e o oferecimento do atendimento educacional especializado para pessoa com surdez é direito do aluno surdo e como tal não deve ser questionado, pois é a aceitação de sua diferença que assegurará a aprendizagem.
(Disponível em: http://portal.mec.gov.br/. Adaptado.)
Atendendo às pistas textuais e aos direcionamentos defendidos, analise as assertivas a seguir.
I. Prescindir da valorização das tipicidades é caminhar em direção ao fracasso do processo educativo das pessoas surdas.
II. O oralismo obstaculiza o uso de Língua de Sinais e datilologia.
III. O texto defende a prática do bimodalismo.
Está correto o que se afirma em