Questões de Concurso
Sobre protagonismo juvenil e cidadania em pedagogia
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A discussão de Cidadania é presente e importante no Brasil contemporâneo. Há 30 anos, a Constituição Federal de 1988 já dava destaque com um dos 5 fundamentos (Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político). No ensino de História, Cidadania está atrelada a tudo o que é essencial para a formação tanto no ensino fundamental como no médio.
Sobre a Cidadania no Ensino de História, é CORRETO afirmar:
“No livro O Mundo como Vontade e Representação, o filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860) propõe uma metáfora interessante sobre as relações humanas. Ele conta que um grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não congelar, chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Então se dispersavam, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar novamente companhia e o ciclo se repetia na luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o congelamento. Adolescentes não são porcos-espinhos, mas experimentam, na puberdade, uma condição que os aproxima dos mamíferos descritos por Schopenhauer: a convivência em um grupo. Afinal, ao fazer parte de uma reunião de pessoas que têm algo em comum, o jovem consegue “calor” na forma de aceitação e acolhimento. Ao mesmo tempo, precisa se defender dos “espinhos”, posicionamentos que se chocam contra a sua individualidade e podem degenerar em preconceito e agressividade”.
MARTINS, Ana Rita. Revista Nova Escola Abril, 2010.
A adolescência é caracterizada por inúmeros elementos, dos quais pode-se considerar:
I. a perda do corpo infantil, dos pais da infância e da identidade infantil.
II. a reorganização de novas estruturas e estados de mente.
III. a entrada na fase oral.
IV. a apropriação do novo corpo; a vivência de uma nova etapa do processo de separação-individuação.
V. a construção de novos vínculos com os pais, caracterizados por menor dependência e idealização.
É correto o que se afirma em:
Leia o trecho abaixo.
A promoção do desenvolvimento positivo do jovem vai exigir: primeiramente, a identificação de seus recursos pessoais - talentos, energias e interesses construtivos - e, depois, a elaboração de programas específicos de estimulação desses talentos. De acordo com Lerner (2004), o sucesso desses programas depende de três fatores preponderantes: uma relação positiva e sustentável com adultos; atividades dirigidas ao desenvolvimento de suas habilidades: e a participação do jovem em todas as decisões e vertentes do programa. Em geral, eles propõem ações efetivas com base, por exemplo, no desenvolvimento de características, tais como os cinco “Cs” - caráter, cuidado, confiança, conexão e compaixão.
SENNA, Sylvia Regina Carmo Magalhães et DESSEN, Maria Auxiliadora, 2012.
A escola de Ensino Fundamental II e Ensino Médio, ao
adotar princípios do desenvolvimento positivo do século
XXI, tem como finalidade promover formas de
desenvolvimento saudáveis na adolescência e não só
diminuir comportamentos de risco. Busca possibilitar ao
jovem o preparo para construir o seu próprio
desenvolvimento e o da sociedade. Diante disso,
entende-se adolescência
No que se refere à organização didático-pedagógica e suas implicações na construção do conhecimento em sala de aula, julgue o item a seguir.
Em uma sociedade democrática de direitos, valorizadora de
políticas públicas de inclusão social e de exercício da
cidadania, a educação integral tem papel basilar, porque
preconiza o desenvolvimento humano, em todas as suas
dimensões, e assegura direitos e oportunidades fundamentais
para a população infantojuvenil.
A parceria entre avaliação e aprendizagem se estabelece a partir da compreensão, pelos sujeitos envolvidos nesse processo, de que todos são capazes de aprender e que fazem isso de diferentes formas e em diferentes espaços de tempo. As práticas escolares que emergem dessa percepção se desvelam por meio de ações que constituem o trabalho pedagógico concebido e organizado como espaço de participação, ou seja, como processo de democratização emancipatória que contribui decisivamente para a conquista e a construção de novos espaços e de novas formas de cidadania individual e coletiva.
Boaventura de Sousa Santos. A transição paradigmática: da regulação à emancipação. Oficina do Centro de Estudos Sociais (CES), n.º 25. Coimbra, mar./1991 (com adaptações).
Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as Diretrizes Pedagógicas para a Organização Escolar e o Currículo em Movimento da Educação Básica, julgue o item subsecutivo.
A educação emancipatória de que trata o texto pressupõe a
compreensão do estudante como sujeito central do processo de
ensino, comprometido com a própria aprendizagem e capaz de
tomar atitudes éticas, críticas e reflexivas, consoante a
perspectiva do protagonismo infantojuvenil.
A disciplina escolar precisa ser construída pela escola considerando alguns desafios contemporâneos, entre eles o fato de que a sociedade hoje caminha para construir-se para todos. Perceber que mais gente participa da escola é um aspecto positivo. Para uma escola que se quer democrática, são algumas destas ações:
I – compreender que nem todos podem fazer parte da escola, uma vez que alguns não têm condições biológicas e socioculturais para isso;
II – construir um projeto pedagógico que expresse as necessidades e ideias do grupo a que ele se destina;
III – coibir tratamento preconceituoso para com os estudantes, independente de condições biológicas, socioculturais, de gênero, origem étnico-racial, religiosas e de orientações sexuais.
“A escola, instituição epicentro da sociedade contemporânea, padece da violência canalizada para seu interior e daquela que ela mesma gera nas suas próprias práticas.” (JUSTO, José Sterza, Escola no Epicentro da Crise Social, POA: Ed. Mediação, 2005, p. 47)
No que se refere a práticas escolares que geram a violência e, no lugar de promover a disciplina, geram indisciplina, podemos apontar:
I – o não reconhecimento dos estudantes como sujeitos, portadores de conhecimentos, desejos, expectativas;
II – práticas dialogadas de construção da escola, seu espaço, seus tempos e conteúdos;
III – a verticalização do poder, onde poucos definem os objetivos, as estratégias e os conteúdos do ensino.
A indisciplina na escola existe desde sempre, todavia, aspectos como o medo e o respeito unilateral eram mais fortes há alguns anos atrás. Hoje, na sociedade atual, considerando as demandas por democracia e inclusão social, temos o desafio de construir a disciplina com outros valores, ditos democráticos. Seriam atitudes que contribuíram para promover a disciplina em uma sociedade democrática:
I – substituir a ideia de respeito unilateral (baseado apenas na hierarquia e no poder de punição) pela ideia de respeito mútuo (horizontal e com base no diálogo);
II – práticas coerentes com os discursos, o que vem a favorecer o desenvolvimento de valores éticos;
III – combate permanente à indisciplina, com métodos calados na punição exemplar.
As instituições educativas podem contribuir com a prevenção ao uso de drogas: para isto, utilizam-se dois conceitos importantes, o conhecimento de fatores de risco e o desenvolvimento de atividades de prevenção. A própria escola pode gerar fatores risco, quando promove que:
I. o ambiente escolar não oportunize a participação em jogos, atividades físicas e artísticas que contribuam para um pleno desenvolvimento da pessoa;
II. o ambiente escolar não oportunize o sucesso escolar, gerando falta de vínculo com aprendizagens significativas e, por consequência, mais desigualdade social e frustração entre aqueles que participam de grupos sociais desvalorizados pela escola;
III. no ambiente escolar não circule informações adequadas sobre as drogas e seus efeitos.